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Redacção

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Pelo menos cinco pessoas são dadas como desaparecidas após o naufrágio de uma canoa, na segunda-feira, no distrito de Inhassunge, na província da Zambézia, no centro de Moçambique, avançou fonte oficial.

 

Na embarcação seguia um total de oito pescadores, três dos quais já resgatados, que saíam da localidade de Mitange com destino a Quelimane, numa canoa, explicou à comunicação social Augusto Dongo, administrador Marítimo da Zambézia.

 

“Eles foram abordados pelo conselho comunitário de pesca local, mas não quiseram acatar a informação. No percurso, eles depararam-se com um sistema conflituoso que cria remoinhos e a embarcação não resistiu”, declarou.

 

As autoridades apontam o mau tempo como a provável causa do acidente, avançando que as operações de busca foram reforçadas.

 

“Ainda é possível encontrar as pessoas com vida. Eles podem ter nadado para uma zona similar a uma ilha, sem ter um contacto com o continente. Por isso estamos a reforçar as operações”, declarou Augusto Dongo.

 

Na segunda-feira, já no norte de Moçambique, outra embarcação naufragou, matando três pessoas entre as mais de 20 que seguiam num barco no distrito de Moma, na província de Nampula.

 

Além do excesso de lotação, o mau tempo também é apontado pelas autoridades como uma das causas do naufrágio em Nampula, onde pelo menos três pessoas continuam desaparecidas, disse hoje à Lusa Abacar Chande, administrador do distrito de Moma.(Lusa)

 

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Metade das famílias moçambicanas não tem qualquer solução de fornecimento de eletricidade em casa e das que têm, quase 20% é garantida com painéis solares para autoconsumo, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

 

De acordo com o Inquérito sobre o Impacto do Acesso à Energia Sustentável em 2022, concluído este mês pelo INE moçambicano, 50,1% dos mais de 6,3 milhões de agregados familiares do país tinha acesso a uma ligação de eletricidade.

 

Desse total, 32% tinha o acesso através da rede elétrica nacional e 18,1% através de outras fontes.

 

“Isso significa que 49,9% dos agregados familiares está sem conexão à rede nem outras soluções de eletricidade, situação mais grave nas áreas rurais (86,8%), províncias de Tete (84,7%) e na Zambézia (83,3%)”, lê-se no relatório do INE.

 

Acrescenta que “os poucos domicílios com eletricidade na área rural” têm maior acesso através de energia solar (85,3%), baterias recarregáveis (74,9%) e baterias de células secas (71,4%) face à área urbana, que usa eletricidade da rede nacional (72,2%) e gerador elétrico (58,3%).

 

Nas famílias que têm acesso a eletricidade em casa por outras fontes que não a rede nacional ou local, dominam as soluções por baterias de células secas (47,1%), seguindo-se a energia solar para autoconsumo (19,4%), além de baterias recarregáveis (1,8%) e geradores (0,5%).

 

Sobre o perfil energético de Moçambique, o INE refere que o país tem um potencial de produção de energia elétrica instalada de 2.966 MegaWatts, sendo a principal fonte de produção a hídrica e representando a energia renovável 77% da capacidade total.

 

“A produção a partir do gás natural é a principal fonte das energias não renováveis, contribuindo com cerca de 10% da produção global. Em Moçambique, 50% da energia produzida é exportada para os países vizinhos, sendo a República da África do Sul o principal destino, com um peso de cerca de 80,0% das exportações”, aponta ainda o estudo do INE.(Lusa)

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A transportadora Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) está a reunir as condições necessárias para a obtenção de licenças que permitam voos Maputo-Lisboa, avançou a Fly Modern Arc (FMA), entidade sul-africana responsável pela estratégia de recuperação da transportadora.

 

Sérgio Matos, representante da FMA, disse, em conferência de imprensa, que a LAM está empenhada em obter as devidas autorizações para utilizar o Aeroporto Humberto Delgado e horários de gestão de ‘slot’.

 

“A LAM parou de voar para Lisboa em 2012 e, de lá para cá, não fez nenhuma outra atualização das suas licenças, tendo perdido todas as licenças”, afirmou Matos.

 

A transportadora previa retomar o trajeto entre as capitais moçambicana e portuguesa este mês, mas a operação foi adiada, devido à necessidade de obter as devidas autorizações, prosseguiu.

 

A transportadora também está em processo de regularização de dívidas inerentes ao tempo em que voava para Lisboa, até suspender a operação há 11 anos, disse Sérgio Matos.

 

A reativação da rota Maputo-Lisboa faz parte da estratégia de internacionalização da operação da LAM, no âmbito da recuperação da empresa.

 

Em maio, Sérgio Matos declarou, em conferência de imprensa, que o plano de salvamento da transportadora de bandeira moçambicana também passa por explorar novos destinos, como Brasil, Índia, Dubai e China.

 

No âmbito do plano de recuperação, a LAM inaugurou este ano as rotas Maputo-Lusaca, Joanesburgo-Vilankulo e Joanesburgo-Beira, bem como trajetos interprovinciais.

 

Sérgio Matos disse hoje que a LAM reduziu a sua dívida em 57 milhões de euros, desde abril, e continua em recuperação.

 

Quando a FMA assumiu a gestão da companhia aérea estatal em abril, a LAM tinha uma dívida estimada em cerca de 300 milhões de dólares (277,7 milhões de euros), de acordo com dados fornecidos na altura.

 

A estratégia de revitalização da empresa segue-se a anos de problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à ineficiente manutenção das aeronaves.(Lusa)

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Depois de um sorteio realizado nesta terça-feira, na cidade de Maputo, pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) ficou na primeira posição no Boletim de Voto das sextas eleições autárquicas agendadas para 11 de Outubro deste ano.

 

Na segunda posição ficou a FRELIMO e, na terceira, a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO). Na quarta e quinta posições, estão os partidos Acção do Movimento Unido para Salvação Integral (AMUSI) e Partido para o Desenvolvimento de Moçambique (PDM), respectivamente, e na última posição a Associação Olopfa (ASO).

 

Sorteados os tempos de antena

 

Além da posição dos concorrentes nos boletins de voto, o sorteio também determinou a distribuição do tempo de antena de cada formação política na rádio e televisão públicas durante a campanha.  Para o dia 26 de Setembro, primeiro dia da campanha, a Associação UMOJA está na sétima posição, a Associação ASTIMO na décima primeira posição, o partido PAHUMO na décima oitava posição, a FRELIMO na décima quarta posição, o MDM na décima quinta posição e o partido RENAMO na décima segunda posição.

 

Lembre que a CNE aprovou 21 formações políticas para as eleições autárquicas que se avizinham. Deste número, dez são partidos políticos, três coligações de partidos políticos e oito grupos de cidadãos. A campanha eleitoral terá início no dia 26 de Setembro, prolongando-se até 02 de Outubro. (Marta Afonso)

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Os três principais partidos moçambicanos (Frelimo, Renamo e MDM) ocupam as primeiras posições no boletim de voto para as eleições autárquicas de outubro, anunciou a Comissão Nacional de Eleições (CNE), em sorteio realizado em Maputo.

 

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro partido parlamentar, ocupa a primeira posição, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder, a segunda, e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior força da oposição, ocupa a terceira, disse Alberto Sabie, coordenador adjunto da Comissão dos Assuntos Legais e Deontológicos da CNE, após o sorteio.

 

Mais de 11.500 candidatos, de 10 partidos políticos, três coligações de partidos e oito grupos de cidadãos foram admitidos pela CNE às autárquicas de 11 de outubro.

 

O órgão eleitoral fez também um outro sorteio para “determinar a distribuição do tempo de antena” dos concorrentes durante a campanha eleitoral, que vai decorrer entre 26 de setembro e 08 de outubro.

 

Mais de 8,7 milhões de eleitores moçambicanos estão inscritos para votar nas sextas eleições autárquicas, abaixo da projeção inicial, de 9,8 milhões de votantes, segundo dados da CNE.

 

Os eleitores moçambicanos vão escolher 65 novos autarcas, incluindo em 12 novas autarquias, que se juntam as 53 já existentes.

 

Nas eleições autárquicas de 2018, a Frelimo venceu em 44 das 53 autarquias e a oposição em apenas nove - casos da Renamo, com oito, e do MDM, terceiro partido, com uma.(Lusa)

A empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) já é uma companhia tecnicamente solvente. Esta é a garantia deixada hoje, de forma reiterada, pela Fly Modern Ark (FMA), consultora sul-africana contratada para reanimar a companhia aérea de bandeira.

 

Segundo o Gestor do Projecto de Reestruturação da LAM, Sérgio Matos, a FMA conseguiu, em 90 dias de intervenção, reduzir a dívida da companhia moçambicana em 61.6 milhões de USD (47,3 milhões de USD foram reduzidos nos primeiros 30 dias), deixando-a em condições de cumprir as suas obrigações.

 

Aos jornalistas, Matos explicou que a redução da dívida deveu-se ao lançamento correcto de transacções em conformidade com as normas internacionais de contabilidade, às práticas contabilísticas geralmente aceitáveis e às directrizes contabilísticas do Tesouro Nacional.

 

Igualmente, foi feita uma compensação de dívidas com devedores da LAM no valor de quase 23 milhões de USD e, neste momento, está em curso uma negociação com a Boeing para o reembolso de pouco mais de 23 milhões de USD pagos em 2013 para a produção de três aviões Boeing 737, com vista a reduzir, ainda mais, a dívida da LAM.

 

O Gestor do Projecto de Reestruturação da LAM defendeu que a empresa já é solvente, pelo facto de o seu rácio de endividamento em relação ao capital próprio ser inferior a 1%. No entanto, não consegue explicar o que a FMA terá feito para garantir a tão rápida recuperação das contas da LAM que, até Março último, estava numa situação de falência técnica.

 

Lembre-se que dados avançados em Maio último, na Assembleia da República, pelo Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, indicavam que a LAM tinha um rácio de endividamento de 9,3%, significando que o negócio era financiado, em mais de 90%, através de dívidas.

 

“A dívida não reestruturada manterá a companhia aérea a perder cada vez mais por ano. No ano passado, a LAM comunicou perdas na ordem de 74,6 milhões de USD. A empresa mantém consigo 9 milhões de USD em impostos diferidos. A situação é tão grave que tem tido dificuldades de pagar os benefícios de pensão para o pessoal, desde 2019”, detalhou Magala.

 

Para a FMA, houve equívocos: “penso que a nossa área contabilística terá tido uma má interpretação sobre alguns elementos, pois, o accionista, IGEPE [Instituto de Gestão das Participações do Estado], a cada ano faz incremento do seu capital e esse incremento de capital era lançado como dívida”, revelou a fonte.

 

“O Governo tem um contrato-programa que foi assinado com a LAM para cobrir as rotas não lucrativas (Maputo/Xai-Xai/Maputo, Maputo/Chimoio/Maputo e Maputo/Lichinga/Maputo) e estes valores eram lançados como dívida. Também houve injecção de liquidez durante a Covid-19 para apoiar a companhia e também foi lançada como dívida. O que nós fizemos, foi contactar estas instituições e deram-nos documentos comprovativos que sustentam não se tratar de dívida”, acrescentou.

 

Questionado se houve gestão danosa da companhia aérea de bandeira, Matos disse que não podia precisar. Defendeu apenas que a FMA trouxe pragmatismo na gestão, pois, “as pessoas são as mesmas e a competência é a mesma”. Sublinhou que os auditores sempre trabalharam com as peças que lhe eram fornecidas pela contabilidade, pelo que não podiam saber o valor que correspondia à dívida ou ao capital.

 

Entretanto, apesar de já ter reduzido a dívida da LAM em 61.6 milhões de USD, em apenas três meses, a FMA não sabe quando a companhia aérea moçambicana terá a sua dívida liquidada, pois, para tal, necessitaria de pelo menos 22 aeronaves em pleno funcionamento. Agora, a LAM só tem 10 aeronaves em operação, sendo que mais da metade são alugadas. (Abílio Maolela)

terça-feira, 29 agosto 2023 08:33

LAM promove novos destinos na FACIM 2023

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A LAM – Linhas Aéreas de Moçambique participa na 58ª edição da FACIM, focada na divulgação e promoção dos seus novos destinos, com destaque para as rotas interprovinciais anunciadas no princípio de Agosto corrente, bem como os destinos onde as passagens são mais atractivas, designadamente, Beira/Joanesburgo (a partir de 4.765,00MZN), Joanesburgo/Beira (a partir de 1.516,43ZAR), Vilankulo/Joanesburgo (a partir de 8.510,00MZN), Joanesburgo/Vilankulo (a partir de 2.495,43ZAR) Maputo/Lusaka (a partir de 17.801,00MZN), Lusaka/Maputo (a partir de 323.88USD) Harare/Lusaka (a partir 75.00USD) e Lusaka/Harare (a partir de 76.88USD). Nesta rotas, os respectivos voos iniciaram-se recentemente.
 
Ainda no leque das novidades, a companhia aérea fará referência ao início, em breve, dos voos directos da rota Maputo/Cape Town/Maputo e Maputo/Lisboa/Maputo. 
 
Os visitantes do Stand da LAM na FACIM saberão ainda dos atractivos que a companhia disponibiliza aos seus clientes, como são os casos da redução da tarifa em 30%, já em vigor nos destinos que seguem: Maputo/Beira (a partir de 7.846,00MZN), Beira/Maputo (a partir de 7.846,00MZN), Maputo/Tete (a partir de 8.436,00MZN), Tete/Maputo (a partir de 8.137,00MZN), Maputo/Pemba (a partir de 8.986,00MZN), Pemba/Maputo (a partir de 8.687,00MZN), Maputo/Inhambane (a partir de 7.756,00MZN), Inhambane/Maputo (a partir de 7.457,00MZN), Maputo/Vilankulo (a partir de 7.886,00MZN) e Vilankulo/Maputo (a partir de 7.587,00MZN). Outros percursos com atractivos são Maputo/Joanesburgo (a partir de 6.515,00MZN) e Joanesburgo/Maputo (a partir de 1.316,43ZAR).
 
Neste certame, a LAM tem em vista vincar a aposta na criação contínua de benefícios para os passageiros, como são os casos da disponibilização de tarifas acessíveis,  implementação do Care Team - serviço de assistência ao passageiro à chegada ao aeroporto, bem como o seu encaminhamento para o check-in, embarque e desembarque. Os colaboradores especializados para esta função estão em actividade, numa primeira fase, nos Aeroportos de Maputo e Joanesburgo, estando previsto para breve a expansão para outros aeroportos. 
 
Outras informações por partilhar na FACIM relacionam-se com as vantagens do Programa de Passageiro Frequente – FLAMINGO CLUB, o serviço de adição antecipada de bagagem (BAGAGEM EXPRESSO) que deve ser feita até 24 horas antes do voo,  aquisição de passagens pela internet, no site www.lam.co.mz, onde são mais acessíveis, check-in online que confere autonomia e comodidade ao passageiro e deve ser feito de 48 a 2 horas antes do voo, entre outros serviços e produtos.
 
A FACIM – Feira Internacional de Maputo vai decorrer de 28 de Agosto de 2023 (segunda-feira) a 03 de Setembro de 2023 (domingo), em Ricatha, distrito de Marracuene, província de Maputo. O Stand da LAM está situado no pavilhão do Sector Empresarial do Estado (SEE).
terça-feira, 29 agosto 2023 06:12

Produção energética da HCB alcança 8.013,6 GWh

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A cifra é 14% superior à produção planificada para o período

 

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), uma das maiores produtoras independentes de energia de África Austral alcançou, no primeiro semestre de 2023, uma produção hidro-energética de 8.013,6 GWh, uma cifra que supera o plano de produção semestral em 14,8% e em 0,6%, se comparado com o período homólogo de 2022.

 

A HCB está na fase final de preparação para a implementação de projectos de reabilitação e modernização do seu parque electroprodutor que terão impacto multiplicador na sua performance de produção, ao mesmo tempo que colocou em carteira a perspectiva de realização de projectos de produção de energia, de curto e médio prazo, através de fontes alternativas, com destaque para a construção de uma central fotovoltaica de até 400MW, com possibilidade de evoluir no futuro.

 

A longo prazo, a empresa está a conduzir reflexões estratégicas com vista a reactivação do projecto Cahora Bassa Norte, para atender a crescente demanda energética de Moçambique e da região, face a crise que se vem assistindo.

 

Em relação aos recursos hídricos da Albufeira, a HCB encerrou o primeiro semestre de 2023, com armazenamento em 92,5% do seu volume útil.

 

Este armazenamento corresponde a cota da superfície de água na Albufeira de 324,5 metros em relação ao nível médio das águas do mar, e afigura-se satisfatório para garantir a produção orçamentada até o final do ano, estimada em 14.291,6 GWh.(Carta)

terça-feira, 29 agosto 2023 08:08

Poesia em cores/Edwin Filipe

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Vamos fazer uma Visita Guiada e ter uma conversa com a artista Edwin Filipe, em volta da exposição Poesia em Cores.

 

(30 de Agosto, às 17h30min no Centro Cultural Brasil-Moçambique)

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“O Descalço dos Murmúrios”, de Gibson João e “Incêndios à Margem do Sono”, de Óscar Fanheiro, marcam a estreia dos dois jovens moçambicanos como autores.

 

A cerimónia será pública e os livros serão apresentados pelo jornalista e crítico literário José dos Remédios.

 

(30 de Agosto, às 18h00 na Fundação Fernando Leite Couto)

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