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Redacção

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Dez presidentes das comissões distritais de eleições foram empossados esta terça-feira (14), para conduzir o processo eleitoral de 2024, que inclui a educação cívica, recenseamento e o escrutínio. Trata-se dos presidentes das comissões distritais de Ancuabe, Macomia, Nangade, Namuno, Mecufi, Quissanga, Metuge, Muidumbe, Meluco e Palma. 

 

O presidente da Comissão Provincial de Eleições em Cabo Delgado, Albino Pariela, apelou aos empossados para observância de integridade e responsabilidade na gestão do processo eleitoral, alertando que o cargo requer muita idoneidade. Os empossados comprometeram-se a observar a Lei Eleitoral e a Constituição da República. (Carta)

O Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD) diz que as principais bacias hidrográficas ainda não estão em risco alto de inundações no período de Outubro a Dezembro ao nível da província de Cabo Delgado.

 

"O mês de Outubro foi caracterizado pela fraca precipitação e consequente ausência do escoamento nas bacias hidrográficas de Messalo, Montepuez, Muidumbe e Megaruma. Por isso, neste momento, os leitos estão completamente secos", explicou a responsável do INGD em Cabo Delgado, Lizete Manuel.

 

Ela esclareceu na reunião do Comité Operativo de Emergência que as previsões meteorológicas indicam ocorrência de chuvas normais entre Outubro e Dezembro, com previsão para chuvas acima do normal, na época seguinte. Segundo a delegada do INGD em Cabo Delgado, estima-se que 76 mil pessoas serão afectadas na época chuvosa 2023/24, contra 55 mil em 2022/23.

 

Para dar cobertura financeira às eventuais situações extremas, o Plano de Contingência da época chuvosa apresentado pelo Instituto Nacional de Gestão de Desastres está orçado em pouco mais de 66 milhões de meticais.

 

Lisete Manuel revelou que, em caso de ocorrência de inundações urbanas, seis bairros da cidade de Pemba poderão ser afectados, principalmente, Eduardo Mondlane, Natite, Paquitequete, Chuiba, Ingonane e Cariacó. (Carta)

Uma em cada três crianças, de um global de 739 milhões em todo o mundo, vive em zonas com uma escassez de água muito elevada, numa altura em que as alterações do clima tendem a agravar-se.

 

De acordo com um novo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a diminuição da disponibilidade de água e de serviços inadequados daquele precioso líquido, incluindo o saneamento, estão a agravar o desafio, o que coloca as crianças em risco ainda maior.

 

O relatório alerta para a ameaça que paira sobre as crianças em resultado da vulnerabilidade da água e fornece uma análise dos impactos dos três níveis de segurança a nível mundial. O documento descreve ainda o peso dos impactos climáticos por que as crianças estão a passar, que incluem doenças, poluição atmosférica e fenómenos meteorológicos extremos, como inundações e secas.

 

“Desde o momento da concepção até à idade adulta, a saúde e o desenvolvimento do cérebro, dos pulmões, do sistema imunitário e de outras funções, as crianças são afectadas pelo ambiente em que crescem. Por exemplo, as crianças são mais vulneráveis à poluição atmosférica do que os adultos. Geralmente, respiram mais depressa do que os adultos e os seus cérebros, pulmões e outros órgãos ainda se estão a desenvolver”, lê-se no documento.

 

O estudo mostra que as crianças mais afectadas são do Médio-Oriente, do Norte de África e do Sul da Ásia, o que significa que vivem em locais com recursos hídricos limitados e níveis elevados de variabilidade sazonal e interanual, declínio dos lençóis freáticos e risco de seca. Moçambique encontra-se na posição 19, entre todos os países. (Carta)

O Ministério Público (MP) instaurou, de Janeiro a Setembro deste ano, 282 processos relacionados com crimes que atentam contra a saúde pública. Em comparação com igual período do ano passado, o número representa um incremento de 13 processos.

 

Segundo a Procuradora-Geral-Adjunta, Amabélia Chuquela, na sua maioria, os processos estão relacionados com os crimes de poluição e uso de substâncias toxicas e nocivas à saúde humana e pesquisas, exploração ilegal de recursos minerais, venda ilegal de bebidas alcoólicas, entre outros.

 

Falando na semana finda em Maputo, no II Seminário sobre saúde pública, Chuquela disse que as procuradorias provinciais de Cabo Delgado, Manica e Niassa, foram as que registaram maior número de processos, com 185, 29 e 20 respectivamente.

 

Na ocasião, o Secretário Permanente do Ministério da Saúde (MISAU), Ivan Manhiça, fez saber que os serviços de psiquiatria e saúde mental atenderam, no ano passado, pouco mais de 15 mil pacientes com perturbações mentais e de comportamento devido ao consumo de substâncias psicotrópicas. A cidade de Maputo e as províncias de Nampula, Tete, Sofala e Zambézia, são as que apresentam o maior número de casos decorrentes do consumo de álcool e drogas. As escolas são apontadas como locais de maior consumo de substâncias psicotrópicas. (M.A)

Os bispos anglicanos de Moçambique exigiram na semana passada a demissão imediata do Presidente da CNE, Carlos Matsinhe, do seu cargo na Igreja como Bispo dos Libombos, porque se absteve na votação da Comissão Nacional de Eleições (CNE) para aprovar resultados fraudulentos das eleições municipais.

 

E o membro da CNE, Daud Dauto Ussene Ibramogy, foi demitido do seu cargo de líder da mesquita no bairro do Aeroporto, na cidade de Maputo, porque votou pela aprovação dos resultados. Ambos os líderes religiosos são acusados de violar um princípio da sua religião – a defesa da verdade.

 

A Comissão Permanente da Igreja Anglicana de Moçambique convocou uma sessão extraordinária em Maputo para esta tarde (terça-feira, 14 de Novembro) com o único objectivo de discutir a carta dos bispos da Igreja Anglicana em Moçambique e Angola (IAMA). Mas ontem, no último minuto, a reunião foi cancelada, pelo que a posição de Matsinhe permanece obscura.

 

Daud Ibramogy justificou o seu comportamento na CNE com o argumento de que “só exerci o meu direito como cidadão moçambicano no âmbito do Estado Democrático de Direito”. Diz que o fez “como cidadão, e não como xeque ou como imã”, em cumprimento dos regulamentos e leis que regem a CNE. “Como imã, sempre procurei não misturar o meu trabalho profissional com o meu trabalho religioso”, explicou.

 

Depois que Daud Ibramogy foi destituído do cargo, ele também perdeu o direito de continuar ocupando a residência da mesquita. Mas ele solicitou continuar a morar na residência até 20 de novembro, quando a sua própria casa estiver em condições.

 

O Bispo Carlos Matsinhe tem estado sob pressão desde que os resultados das eleições de 11 de Outubro foram revelados pela primeira vez. No dia 22 de Outubro, na véspera da aprovação dos resultados eleitorais pela CNE, o Conselho Anglicano de Moçambique (CAM) instou “particularmente o Bispo Carlos Matsinhe” a presidir a CNE “em observância da Lei Eleitoral, e da prática da verdade". 

 

Os bispos anglicanos justificaram este apelo com o argumento de que “o povo moçambicano, os eleitores esperam de vós honestidade, integridade, transparência, respeito e verdade”, porque “Jesus Cristo exortou a humanidade a conhecer a verdade, dizendo que a verdade vos libertará”.

 

Mas três dias depois, Matsinhe ignorou o apelo dos bispos anglicanos e absteve-se, não votando nem a favor nem contra a decisão que aprovou quase todos os resultados das eleições autárquicas de 11 de Outubro, tal como tinham sido anunciados pelas comissões eleitorais distritais dos 65 municípios e foram marcados por graves irregularidades.

 

O Bispo Emérito dos Libombos e antecessor de Matsinhe, Dinis Sengulane, numa palestra no dia 5 de Novembro, enviou uma mensagem dura claramente dirigida a Carlos Matsinhe. “O silêncio pode ser mentira quando você esconde o que é a verdade, porque ficar calado é consentir. Sua mentira pode afetar a muitos, porque você é uma pessoa de influência.”

 

“A falta de verdade chama-se mentira, falsidade, ou falsificação, fraude, engano e muitos outros termos”, disse Singulane, e “a mentira vem do Diabo, mesmo que esteja vestida com roupas bonitas, roupas opulentas e às vezes até roupas sagradas, até roupas como as minhas, parecendo falar das coisas de Deus. Mas no final só leva à ruína”. Uma ruína para a qual, segundo Dom Dinis Sengulane, alguns líderes religiosos estão a conduzir os seus seguidores.

 

“Existem líderes religiosos, vários líderes que perderam o lugar de fazer as coisas sagradas de Deus, e de ligar as pessoas a Deus. Fazem com que muitas pessoas percam a fé, ou pelo menos a enfraqueçam, porque não dizem a verdade, seja porque abraçaram a mentira, seja pelo seu silêncio cúmplice”, explicou. (CIP)

O Estado moçambicano prevê encaixar no próximo ano 4.268 milhões de meticais (62,5 milhões de euros) em receitais fiscais do gás natural, segundo dados do Governo a que a Lusa teve ontem acesso.

 

De acordo com os documentos de suporte à proposta do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE) para 2024, essas receitas, provenientes do Gás Natural Liquefeito (GNL) do projeto Coral Sul na Bacia do Rovuma, representam, contudo, apenas 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) esperado para o próximo ano.

 

As exportações de gás natural de Moçambique dispararam, em volume, 80,9%, no segundo trimestre, face a 2022, rendendo em valor 336 milhões de dólares (318 milhões de euros), segundo dados do banco central noticiados anteriormente pela Lusa.

 

De acordo com um relatório do Banco de Moçambique sobre a balança de pagamentos do país no segundo trimestre, trata-se de um encaixe 238,1 milhões de dólares (225 milhões de euros) superior ao do período homólogo de 2022, explicado essencialmente “pelo incremento do volume exportado”.

 

“A justificar, o início da exploração e exportação do gás da área 4 da bacia do Rovuma, visto que o preço internacional caiu em 64,1%”, lê-se.

 

Apesar deste incremento, o gás natural não destronou o carvão mineral como o principal produto de exportação de Moçambique, que rendeu ao país 583,4 milhões de dólares no segundo trimestre.

 

A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma 'joint venture' em copropriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70% de interesse participativo no contrato de concessão, cuja produção de gás natural arrancou em 2022. A Galp, Kogas (Coreia do Sul) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) detêm cada uma participação de 10%.

 

A Eni, concessionária da Área 4 do Rovuma, já discute com o Governo moçambicano o desenvolvimento de uma segunda plataforma flutuante, cópia da primeira e designada Coral Norte, para aumentar a extração de gás, disse à Lusa, no início de outubro, fonte da petrolífera italiana.

 

Este plano envolve, nomeadamente, a aquisição de uma segunda plataforma flutuante FNLG, para a área Coral Norte, idêntica à que opera na extração de gás, desde meados de 2022, na área Coral Sul.

 

“A Eni está a trabalhar para o desenvolvimento do Coral Norte através de uma segunda FLNG em Moçambique, aproveitando a experiência e as lições aprendidas na Coral Sul FLNG, incluindo as relacionadas com custos e tempo de execução”, acrescentou a mesma fonte da petrolífera, operador delegado daquele consórcio.

 

Um documento divulgado anteriormente, elaborado pela firma moçambicana Consultec para a petrolífera Eni, aponta tratar-se de um investimento de sete mil milhões de dólares (6,3 mil milhões de euros), sujeito a aprovação do Governo moçambicano.

 

Se o cronograma correr como previsto, a plataforma começará a produzir no segundo semestre de 2027, ou seja, poderá arrancar ainda antes dos projetos em terra, que dependem de implicações de segurança devido à insurgência armada em Cabo Delgado.

 

A Coral Norte ficará estacionada 10 quilómetros a norte da Coral Sul cuja produção arrancou em novembro do ano passado, tornando-se no primeiro projeto a tirar proveito das grandes reservas da bacia do Rovuma.(Lusa)

Um total de 1.604 pensões já foram fixadas para os antigos guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, no âmbito do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR), disse ontem o Governo.

 

“Das 1.604 pensões já fixadas e enviadas ao Tribunal Administrativo, nos meses de setembro a novembro, já foram visados cerca de 739 processos e os outros vão seguindo o seu curso”, afirmou o porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suaze.

 

Suaze falava em conferência de imprensa no final da sessão semanal do Conselho de Ministros.

 

Aquele número é parte de um total de 2.403 processos relacionados com a fixação de pensões dos antigos guerrilheiros da Renamo que o Governo recebeu desde setembro até ao mês corrente, acrescentou.

 

O porta-voz do Conselho de Ministros, que é também vice-ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, assinalou que o aludido processo faz parte do programa de reinserção social dos antigos combatentes do braço armado do principal partido da oposição.

 

Os benefícios incluem bónus e as pensões de reforma, de sobrevivência e de invalidez, em função da situação de cada beneficiário.

 

No dia 04 de outubro, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou que os primeiros 27 guerrilheiros dos 5.221 desmobilizados pela Renamo começaram a receber pensões do Estado moçambicano em setembro, no âmbito do processo de DDR.

 

“Com o início deste processo, deixamos claro que não há dúvidas sobre o compromisso do Governo nem motivos para o retorno às armas”, afirmou, em Maputo, o chefe de Estado, Filipe Nyusi, durante a cerimónia do 31.º aniversário do Acordo Geral de Paz, assinado entre a Renamo e as autoridades moçambicanas.

 

O processo de DDR, iniciado em 2018, abrange 5.221 antigos guerrilheiros da Renamo, dos quais 257 mulheres, e terminou em junho último, com o encerramento da base de Vunduzi, a última da Renamo, localizada no distrito de Gorongosa, província central de Sofala.

 

O Acordo Geral de Paz de 1992 colocou fim à guerra dos 16 anos, opondo o exército governamental e a guerrilha da Renamo. Foi assinado em Roma, entre o então Presidente Joaquim Chissano e Afonso Dhlakama, líder histórico da Renamo, que morreu em maio de 2018.

 

Em 2013 sucederam-se outros confrontos entre as partes, que duraram 17 meses e só pararam com a assinatura, em 05 de setembro de 2014, do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares, entre Dhlakama e o antigo chefe de Estado Armando Guebuza.

 

Já em 06 de agosto de 2019 foi assinado o Acordo de Paz e Reconciliação Nacional, o terceiro e que agora está a ser materializado, entre o atual Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Ossufo Momade, prevendo, entre outros aspetos, a Desmilitarização, Desarmamento e Reintegração (DDR) do braço armado do principal partido de oposição.(Lusa)

Foi adiado, sem qualquer explicação e muito menos data marcada, o debate sobre o futuro do Bispo da Igreja Anglicana de Moçambique e Angola (IAMA), Dom Carlos Simão Matsinhe, na liderança daquela província eclesiástica e da Diocese dos Libombos.

 

Ontem, a Comissão Permanente da 23ª Sessão do Sínodo Diocesano da IAMA adiou a Segunda Sessão Extraordinária do órgão, que havia sido agendada para a tarde desta terça-feira, no Centro Anglicano de Chamanculo, na Cidade de Maputo.

 

A reunião, convocada na passada quinta-feira (09 de Novembro), tinha como ponto de agenda a discussão da carta dos Bispos da IAMA, que exigem a resignação imediata de Dom Carlos Simão Matsinhe, do cargo de Bispo da Diocese dos Libombos. Porém, o evento foi adiado sem quaisquer explicações públicas.

 

Aliás, os jornalistas deslocaram-se ao Centro Anglicano de Chamanculo, mas sem sucesso. Tanto os funcionários, tal como alguns crentes que se encontram na sede da Igreja Anglicana disseram à imprensa que não tinham conhecimento da realização de qualquer reunião naquele recinto. Os jornalistas chegaram a cogitar a possibilidade de mudança de local, devido ao “vazamento” da convocatória nas redes sociais, mas não passava mesmo de uma especulação.

 

Refira-se que a autoridade religiosa de Carlos Simão Matsinhe, que desempenha as funções de Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), está a ser posta em causa pelos crentes da Igreja, desde que se absteve, de forma cúmplice, na madrugada do dia 26 de Outubro, na votação que chancelou os resultados finais das eleições autárquicas de 11 de Outubro, que dão vitória à Frelimo em 64 autarquias, das 65 existentes no país.

 

Aliás, em Carta Pastoral emitida dias antes do anúncio dos resultados finais das VI Eleições Autárquicas, o Conselho Anglicano de Moçambique (CAM) apelou aos órgãos eleitorais, em especial ao Dom Carlos Matsinhe, para observância da Lei Eleitoral e a prática da verdade, durante a fase de centralização nacional e apuramento geral dos resultados de 11 de Outubro.

 

“(…) Os eleitores esperam de vós a honestidade, integridade, transparência, respeito e a verdade. Jesus Cristo exorta a humanidade para conhecer a verdade, dizendo que a verdade vos libertará”, defenderam os bispos anglicanos, citando o livro do Evangelho de João (capt.8, vers.32).

 

Porém, debalde! As eleições de 11 de Outubro de 2023, sublinhe-se, são consideradas as mais fraudulentas da história da democracia moçambicana, sendo alvos de contestação em quase todos os municípios do país. Aliás, alguns Tribunais Judiciais do Distrito provaram ter ocorrido irregularidades que colocaram em causa a credibilidade do processo, gerido pelo bispo anglicano, rotulado “Pilatos” pela sociedade moçambicana.

 

Embora a CNE defenda que a Frelimo ganhou em 64 autarquias, uma contagem paralela do Consórcio Eleitoral “Mais Integridade” dá vitória à Renamo em pelo menos quatro municípios (Chiúre, Quelimane, Matola e Cidade de Maputo). Entretanto, para além destes municípios, a “perdiz” reclama vitória também nos municípios de Marracuene, Matola-Rio, Vilankulo, Moatize, Nampula, Nacala-Porto, Angoche, Ilha de Moçambique e Cuamba. Já a Nova Democracia reclama vitória na autarquia de Gúruè. (A.M.)

Há duas décadas, embarcamos numa missão com um propósito claro: “ligar as pessoas para um futuro melhor”. Ao longo dos anos, cumprimos com sucesso este propósito, ligando 12 milhões de clientes, expandindo a nossa rede para cobrir 86% da população de Moçambique.

 

Nossos serviços agora transcendem os de uma empresa de telecomunicações. Hoje, somos o parceiro digital de eleição para as empresas e apoiamos a industrialização de Moçambique.

 

Estabelecemos com sucesso a maior plataforma Fintech em Moçambique, servindo mais de 8 milhões de clientes. Para além dos nossos serviços principais, a nossa abordagem à realização de negócios teve um impacto profundo, tocando e influenciando diariamente a vida de milhões de pessoas em Moçambique. Orgulhamo-nos de garantir que nossos negócios operem de maneira ética, legal e com integridade onde quer que operemos.

 

Como empresa responsável do sector privado, alinhamos a nossa visão com a agenda social e os objectivos digitais do Governo. Ao longo da última década, investimos mais de 30 mil milhões de Meticais em despesas de capital, solidificando a nossa posição como a principal rede móvel em Moçambique.

 

O nosso compromisso incansável em conectar todos os moçambicanos impulsiona-nos para a vanguarda da inovação. Desde o início dos nossos serviços em 2003, temos sido pioneiros, introduzindo serviços 3G em 2010, sendo os primeiros a lançar serviços 4G em 2018 e abrindo novos caminhos como os primeiros a introduzir 5G em 2023.

 

Em 2022, a Vodacom empreendeu uma ambiciosa iniciativa de lançamento do cabo submarino 2 África, ligando Nacala – o primeiro cabo submarino a chegar à região norte do país – e Maputo.

 

Este projecto estratégico teve como objectivo reforçar serviços de Internet mais rápidos, solidificando o nosso compromisso com o avanço da conectividade em Moçambique.

 

Após a insurgência devastadora na região de Cabo Delgado, a Vodacom demonstrou resiliência ao ser a primeira a restaurar as redes 2G, 3G e 4G. Num esforço adicional para melhorar a conectividade, alargámos recentemente o nosso alcance com a instalação de 250 km de cabos de fibra óptica, ligando Pundanhar, Palma, Mocímboa da Praia e Mueda, fortalecendo assim as redes de comunicação nas áreas afectadas.

 

Além disso, estabelecemos uma parceria estratégica com a Coral FLNG para fornecer uma rede privada móvel LTE para a primeira planta FLNG em águas profundas do mundo. Esta colaboração sublinha o nosso compromisso em fornecer soluções de ponta para apoiar e melhorar projetos de infraestruturas críticas no setor energético.

 

O nosso impacto económico vai muito além dos nossos avanços tecnológicos. Orgulhamo-nos de sermos reconhecidos como o maior contribuinte de impostos em Moçambique, com uma contribuição fiscal anual superior a 8 mil milhões de Meticais. Além disso, 45% das nossas despesas operacionais são direcionadas para fornecedores locais, sublinhando o nosso compromisso em promover o crescimento económico em Moçambique.

 

Na prossecução da nossa missão de melhorar a acessibilidade aos serviços financeiros e enfrentar os desafios sociais, a Vodacom lançou os serviços M-Pesa há uma década. Ao longo dos anos, o M-Pesa evoluiu para uma componente fundamental da forma como os moçambicanos se envolvem em transacções financeiras, oferecendo uma experiência contínua e segura num ecossistema confiável e conveniente.

 

Seja facilitando remessas contínuas para famílias em todo o país, permitindo pagamentos convenientes de bens e serviços, fornecendo acesso a fundos de emergência através do nosso programa Txuna, ou promovendo uma cultura de poupança para o futuro através dos nossos serviços Xitique, M-Pesa revolucionou a maneira como os indivíduos navegam e gerem seus assuntos financeiros.

 

O M-Pesa teve um impacto profundo na situação macroeconómica da nossa economia na última década. Anualmente, processa mais de um trilhão de Meticais em transacções, um feito notável que inclui a arrecadação de quarenta e nove mil milhões de Meticais em nome do Governo e cento e oito mil milhões de Meticais para as empresas. Esta plataforma impactante levou indiretamente ao emprego de mais de noventa mil agentes M-Pesa, garantindo assim um rendimento estável para eles e para as suas famílias, sublinhando o seu papel fundamental na promoção do crescimento económico e da prosperidade.

 

(...) queremos reafirmar que as nossas plataformas M-Pesa continuarão focadas em garantir a inclusão financeira para todos, especialmente nas zonas rurais, com a nossa aspiração não apenas de ampliar o alcance, mas também de aumentar a gama de serviços e produtos oferecidos, garantindo que a inclusão financeira se torne uma canal para benefícios econômicos tangíveis para todos que acessam nossa plataforma.

 

Na Vodacom, dedicamo-nos a cultivar um ambiente que nutre talento diversificado e competências críticas em Moçambique. Nos últimos sete anos, temos conquistado consistentemente o reconhecimento como um dos principais empregadores - uma prova de nosso compromisso inabalável em promover experiências excepcionais para os funcionários que impulsionam o desempenho dos negócios. Com uma força de trabalho composta por mais de 100.000 funcionários diretos e indiretos, nosso impacto vai além do emprego da criação para o desenvolvimento de futuros líderes.

 

Através do nosso programa “1 More Skills”, e em parceria com Vodafone, Harvard, MIT e outros líderes organizações que aprendem, investimos esforços significativos para equipar nosso pessoal com habilidades essenciais em áreas como engenharia de software, nuvem computação, aprendizado de máquina, Fintech e processos de automação robótica, para nomear alguns.

 

Nosso emblemático “Code Like a Girl” é programa uma iniciativa dedicada que visa proporcionando às jovens a confiança e as ferramentas necessárias para prosperar nos domínios do desenvolvimento de software e educação STEM (Nota do Editor: STEM é uma abordagem de aprendizagem e desenvolvimento que integra as áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática).

 

No ano passado sozinhos, treinamos com sucesso mais de 1.000 meninas através deste impactante programa, ressaltando nosso compromisso em capacitar e incentivar a diversidade de gênero nos campos da tecnologia e da ciência. Também acreditamos firmemente na promoção do empreendedorismo entre os talentosos jovens de Moçambique, para, em última análise, apoiar o objectivo de criação de emprego, com mais de 8.000 jovens aspirantes a empreendedores alcançados através de vários programas de mentoria apoiados pela Vodacom em Moçambique.

 

No nosso compromisso com o investimento social, alinhamos estrategicamente nos relacionamos com o Governo em dois sectores cruciais: Educação e Saúde. ”Faz Crescer”, iniciativa educacional da Vodacom Moçambique em colaboração com o Ministério da Educação, é amplamente aclamado pelo seu impacto significativo sobre a inclusão digital e a alfabetização. Este programa melhora a qualidade da educação, fornecendo tecnologias de ponta ao ensino secundário público escolas. Até o momento, a “Faz Crescer” estabeleceu com sucesso laboratórios de informática.

 

Ao abordar as preocupações de saúde, a malária continua a ser uma prioridade máxima para o Governo. No nosso esforço de colaboração com o programa Adeus Malária, que se concentra principalmente na pulverização residual interior, a Vodacom Moçambique co-financia a iniciativa e fornece telefones e roteadores para o setor móvel componente de vigilância. A época de pulverização mais recente abrangeu 18 distritos nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane, salvaguardando mais de 2 milhões de vidas.

 

Em tempos de desastres naturais, a Vodacom Moçambique é inabalável no seu compromisso com os esforços de socorro. Durante o rescaldo do ciclone Idai em Março 2019, VM e VF contribuíram conjuntamente com US$ 1 milhão para ajudar em infraestrutura de restauração. Em fevereiro de 2023, quando o ciclone Freddy atingiu consequências devastadoras, a Vodacom forneceu cinquenta toneladas de ajuda humanitária à assistência a mais de vinte mil pessoas. A Vodacom consistentemente combina a restauração de serviços essenciais de conectividade com o fornecimento de serviços críticos de ajuda humanitária.

 

(...) Na Vodacom Moçambique temos consistentemente o orgulho de ser uma organização centrada no cliente, firme na entrega da nossa promessa ao cliente. Nosso objetivo principal de nos conectarmos para um melhor futuro está intrinsecamente ligado à garantia de que cada cliente tenha a melhor experiência possível ao interagir com nossos serviços. Estamos orgulhosos de sermos reconhecidos pelos clientes em Moçambique como a maior marca confiável de telecomunicações, melhores serviços financeiros móveis, melhor em rede desempenho e o melhor em experiência do Expresso minha sincera gratidão aos nossos clientes, que desempenharam um papel importante somos hoje e nos comprometemos para manter nossa promessa de oferecer a melhor experiência digital da categoria serviço. (...)

 

Olhando para o futuro, o nosso compromisso com a economia de Moçambique continua a ser inabalável. Nos próximos anos, aspiramos a liderar o caminho em inovações pioneiras. Nosso foco inclui o avanço da cobertura rural profunda, liderando pagamentos governamentais móveis, ampliando nossa fintech plataforma, criando um mercado dinâmico para empresas e aproveitando o poder transformador da robótica e da inteligência artificial. Essas iniciativas não são apenas sobre tecnologia; tratam de transformar vidas, conectando comunidades e promovendo o progresso econômico. Aqui estão 20 anos de sucesso, crescimento e inovação, e muito mais anos ao serviço do povo de Moçambique.

 

Discurso de Simon Karikari, o PCA da Vodacom Moçambique, lido ontem na gala de celebração aos 20 anos da companhia de telefonia móvel número 1 em Moçambique.

 

O texto foi traduzido e editado por “Carta de Moçambique”, exclusivamente para os seus leitores.

O Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa (GMNK), no âmbito da sua responsabilidade social e conteúdo local lançou, hoje, em Tete, na Vila de Songo, o Programa de Estágios Profissionais, que visa dotar os jovens moçambicanos recém[1]graduados nas diferentes universidades públicas e privadas, oportunidades, de capacidade técnica na gestão e desenvolvimento de grandes projectos.

 

O evento serviu para a assinatura de um Memorando de Entendimento entre GMNK e o Instituto Superior Politécnico de Songo (ISPS).

 

O Programa de Estágios Profissionais foi criado para permitir que os jovens recém[1]graduados possam participar de todas as fases do desenho e implantação do projecto Mphanda Nkuwa, dotando os mesmos de conhecimentos técnicos e práticos com padrões nacionais e internacionais, tendo em conta o envolvimento que terão com vários consultores nacionais e internacionais experientes envolvidos no processo, o que pode constituir mais valia técnica para o País num futuro próximo em outros projectos semelhantes. O programa vai abranger várias áreas de formação, nomeadamente, engenharia, mecânica, eléctrica, electrónica, construção civil, ciências sociais, ambiente, economia e finanças.

 

As candidaturas seguirão um processo competitivo e rigoroso de selecção, triagem, realização de testes escritos e entrevistas, e finalmente, de apuramento e divulgação de resultados, bem como de contratação dos jovens seleccionados.

 

O programa tem como meta atingir 50% por cento de participação feminina. Este programa engloba jovens de todo o país, que uma vez selecionados poderão ser integrados no GMNK, sob supervisão dos gestores da empresa. Os candidatos não deverão ter mais de 27 anos de idade.

 

Deverão ser detentores de, no mínimo, uma licenciatura em áreas de interesse do programa. Os candidatos selecionados assinarão contratos de aprendizagem, com uma duração de um ano, podendo ser estendido por mais um ano, em função do desempenho.

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