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Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

Redacção

terça-feira, 14 novembro 2023 16:02

Literatura/Eduardo White

Um dos maiores poetas de Moçambique será lembrado e celebrado numa festa multidisciplinar. Eduardo White é um poeta total. Amante e diarista profundo. Este sarau cultural será feito pelos seus amigos e admiradores (confessos e inconfessos) nas diferentes linguagens da arte. Uma iniciativa organizada pela activista social Eva Trindade e pelo poeta Eduardo Quive.

 

(22 de Novembro, às 18h00 na Fundação Fernando Leite Couto)

terça-feira, 14 novembro 2023 16:00

Festival de dança/Kinani

No âmbito da 10ª edição do Kinani e da Biennale de la Danse en Afrique, a Sala Grande do Centro Cultural Franco-Moçambicano irá acolher a performance intitulada “Nuit” de Cie 7273, no dia 19 de Novembro, às 18h00.

 

(19 de Novembro, às 18h00 no Centro Cultural Franco’Moçambicano)

terça-feira, 14 novembro 2023 15:58

Literatura / Pintar incongruências

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A Gala-Gala Edições e o Instituto Guimarães Rosa têm a honra de anunciar o lançamento do livro “Pintar incongruências”. A obra de estreia da escritora Angelina Neves para um público adulto. Com 112 páginas, o livro é dividido em sete partes, denominadas com as cores do arco-íris. A apresentação será protagonizada pela professora brasileira (UEM) Izzy Gomes.

 

(16 de Novembro, às 17h30min no Centro Cultural Brasil’Moçambique)

O seriado “Ex-Amissíssimas” é vencedor da sessão de pitch de conteúdos televisivos, evento que aconteceu entre 4 e 5 de Setembro, no Centro Cultural Franco-Moçambicano, em Maputo, no âmbito da 14ª. edição do Kugoma, o mais antigo fórum de cinema moçambicano.

 

Trata-se de um seriado com 13 episódios, de 25 minutos cada, produzida pela AfroCinemakers. Da autoria de Lorna Zita, o seriado conta com o guião de Elton Pila, Gil d’oliveira Nota, Ivo Mabjaia, Lorna Zita, Jarcia Muando, JJ Nota e Silvino Ubisse e com a realização de Ivo Mabjaia, Gil d’oliveira Nota e JJ Nota.

 

Esta proposta foi escolhida entre 65 candidaturas, das quais seis chegaram à fase final num processo que durou aproximadamente dois meses e que culminou em dois dias de sessões públicas de pitching na presença de júri, composto por cinco profissionais ligados ao sector e o público.

 

Aspectos técnicos como a originalidade, o arco da história e sua relevância, a viabilidade de produção, o desenvolvimento dos personagens e a apresentação e respostas às questões do júri concorreram para tornar “Ex-Amissíssimas” a melhor produção.

 

“Corações Amargos”, da produtora Ideias; “Chovem Amores na Rua do Matadouro”, da produtora CineGroup; “Buma” e “Subúrbios”, da produtora AfroCinemakers e “Os Magnatas”, da produtora Smart, são as outras propostas que chegaram na fase final da corrida, mas não tiveram a mesma apreciação.

 

“Ex-Amissíssimas” terá a sua exibição em Maio do próximo ano e a sua produção vai arrancar em Janeiro.

 

Afrocinemakers é a mesma produtora do ‘Kuga Munu’, série original moçambicana sobre crenças e práticas africanas, cujo um dos produtores é Nelson Faquirá, fruto do programa MultiChoice Talent Factory.

 

Frise-se que esta iniciativa do fórum de cinema moçambicano, Kugoma, é organizada pela Associação dos Amigos do Museu do Cinema em Moçambique, em parceria com a MultiChoice Talent Factory e o canal Maningue Magic.

 

Aliás, esta iniciativa é um marco para a indústria cinematográfica em Moçambique, uma vez que nunca antes se realizou uma experiência desta natureza no país. O canal Maningue Magic reforça, através deste projecto, o seu comprometimento em apoiar o desenvolvimento da indústria local, fornecendo uma plataforma para os produtores moçambicanos mostrarem o seu talent e criatividade.

 

As autoridades moçambicanas anunciaram ontem, em Nhamatanda, o início da entrega das primeiras 54 novas casas de um total de três mil, construídas com apoio da Fundação Tzu Chi, em pontos afetados pelo ciclone Idai, em 2019, no centro do país.

 

“Aqui nesta zona [Nhamatanda] já estão construídas cerca de 410 casas […], das quais cerca de 54 já estão entregues oficialmente às famílias vítimas do ciclone e a seleção foi criteriosa com base naqueles cidadãos que ficaram sem teto após os efeitos do ciclone”, disse Carlos Mesquita, ministro das Obras Publicas, Habitação e Recursos Hídricos em Moçambique, em declarações à comunicação social após visitar obras de construção da maior escola secundária do país no centro de Moçambique, no âmbito do mesmo projeto.

 

Com um orçamento de cerca 108 milhões de dólares (101 milhões de euros), a Fundação Tzu Chi, em coordenação com o Governo, está a construir de um total de três mil casas, 410 das quais já prontas, e 23 escolas, no âmbito dos planos de reconstrução das regiões, que foram afetadas severamente pelo ciclone Idai, em março de 2019, no centro de Moçambique, indicou à Lusa fonte daquela organização.

 

“Mais uma vez, com o mesmo parceiro, a Fundação Tzu Chi está a construir na zona de Mafambisse, o projeto de construção de casas do tipo 1 e 2, com uma área externa de cerca de 40/40 metros, de espaço bastante aceitável para as zonas rurais. São casas com uma resiliência aos efeitos dos ciclones”, frisou o governante.

 

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetado pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.

 

O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o país. (Lusa)

 

 

Os casos de amputação de órgãos genitais em crianças na província de Tete preocupam os médicos afectos na cidade de Maputo, uma vez que são encaminhados para a capital do país para cirurgias de implantação do pénis. Segundo informações partilhadas esta segunda-feira, pelo Médico Cirurgião de Fístula Obstétrica, Igor Vaz, só este ano, a sua equipa já recebeu dois casos de crianças vindas da província de Tete, cujos órgãos genitais foram amputados, o que leva a crer que existem mais casos que nem chegam às unidades sanitárias.

 

“Antes de recebermos no princípio do ano a criança que até agora se encontra internada, também recebemos uma outra criança que teve o pénis amputado por um familiar na mesma província e, em conversa com alguns colegas de Tete, ficamos a saber que há mais casos de amputação de órgãos genitais para fins de enriquecimento das pessoas”, explicou Vaz.

 

“Esta situação precisa ser resolvida o mais urgente possível porque os órgãos genitais retirados destas crianças não servem absolutamente para nada. Não há ninguém que enriqueça por vender órgãos genitais, uma vez retirados, tempo depois, estes órgãos não servem para nada”.

 

Para o médico cirurgião, a criança que se encontra actualmente internada vai ter de passar por quatro a cinco cirurgias de forma a permitir que a mesma possa urinar de pé. “Quando chegar aos 18 anos vai precisar de uma nova cirurgia porque o pénis que será implantado agora não tem a mesma função que um pénis normal. Então, aos 18 anos deve ser criado um novo pénis e, depois, fazer-se uma prótese peniana e, até ao fim da vida, vai sofrer de cirurgias e consultas de controlo”.

 

Já a mãe da criança de oito anos, que se encontra num dos hospitais da cidade de Maputo, sequestrada por um vizinho e amputado o órgão genital em 2020, de lá para cá, começou a viver os piores momentos da sua vida.

 

“Meu filho tornou-se violento, sofreu bullying na escola por não ter pénis e, até hoje, o meu vizinho não foi preso para ser responsabilizado pelo acto cometido contra o meu filho. Sempre que vou à polícia, as autoridades dizem que não possuem meios para irem atrás dele para o prenderem. O meu vizinho passa a vida a chantagear-me. Depois de ter cortado o pénis e os testículos do meu filho, ainda teve a coragem de ligar para a minha mãe para saber se encontramos o meu filho com vida”, explicou.

 

“Eu quero justiça, meu filho já não é mais homem, já não pode fazer filhos, ele agora é uma criança traumatizada. Até meu esposo abandonou-nos. Recebi ajuda para que meu filho seja operado em Maputo. Será implantado um pequeno pénis, para pelo menos conseguir urinar em pé”. (M. Afonso)

A Autoridade Sul-Africana de Gestão de Fronteiras (BMA) deteve dois cidadãos moçambicanos no porto de entrada da Baía de Kosi, no norte de KwaZulu-Natal, apanhados em flagrante na posse de 52 postes de iluminação orçados em 1,82 milhões de Rands (cerca de 97.000 dólares americanos, ao câmbio actual).

 

Segundo a imprensa sul-africana, os indivíduos foram detidos depois de o seu carro ter sido interpelado pelos Guardas de Fronteira da BMA para uma revista de rotina, enquanto o veículo viajava da África do Sul em direcção a Moçambique. 

 

“Foi realizada uma busca e foram encontradas 52 luzes LED de rua gravadas como propriedade do município de eThekwini. Os suspeitos não conseguiram dar uma explicação razoável sobre como obtiveram a propriedade municipal”, disse o tenente-coronel Simphiwe Mhlongo, porta-voz da unidade policial de Hawks em KwaZulu-Natal.

 

“Um funcionário do município de eThekwini foi chamado ao local do crime e identificou os postes de iluminação como propriedade do município”, explicou.

 

Os suspeitos foram presos e acusados de posse de bens suspeitos de roubo, bem como de adulteração de infra-estrutura essencial.

 

“O valor dos postes de iluminação apreendidos está estimado em 1,82 milhões de rands. Os suspeitos compareceram esta segunda-feira (13) ao Tribunal de Magistrados de Manguzi”, disse Mhlongo. (AIM)

A Polícia da República de Moçambique, em Nampula, exige a condução do cabeça-de-lista da Renamo, naquele ponto do país, ao tribunal, por incitação à violência. A exigência da corporação surge na sequência do discurso de Paulo Vahanle durante o fim-de-semana no campo do Matchedje, em Muahivire, onde prometeu usar os instrumentos rudimentares em contestação aos resultados das eleições autárquicas.

 

Empunhando flechas, Vahanle disse que o seu partido não tem armas, mas em caso de necessidade vai recorrer aos instrumentos rudimentares, se o Conselho Constitucional promulgar os resultados considerados fraudulentos. 

 

“Nós, como membros da Polícia, acompanhamos através das redes sociais o pronunciamento do candidato à Autarquia da Cidade de Nampula, Paulo Vahanle, instigando, de forma clara, a população à prática de um crime. Estamos a falar da violação dos nossos dispositivos penais, concretamente o código penal, precisamente nos crimes relacionados à segurança pública”, disse a PRM na Cidade de Nampula, frisando que espera a actuação das instituições de justiça.

 

A Polícia espera que o Ministério Público encaminhe o caso à barra do tribunal para que Paulo Vahanle seja responsabilizado pelas suas declarações que minam a convivência pacífica entre os munícipes. (Carta)

Mais um ataque foi registado no distrito de Muidumbe, em Cabo Delgado, concretamente num acampamento de pescadores, onde pelo menos quatro pessoas foram mortas por um grupo de homens armados. O ataque, protagonizado por homens vestidos de farda militar, aconteceu no último domingo (12). Inguri fica a cerca de 20 quilómetros da aldeia Novo Cabo Delgado, onde na sexta-feira houve um outro ataque.

 

Fontes disseram à "Carta" que os atacantes chegaram de surpresa quando os residentes processavam peixe proveniente da lagoa Inguri, tendo começado a fuga em debandada.

 

"Lá em Inguri temos relatos através dos agentes da força local de que morreu muita gente, porque os nossos militares recusaram-se a ir para lá. Pelo menos quatro mortes foram confirmadas”, disse Luís Benjamin Matato, a partir da vila de Macomia, acrescentando que, das quatro vítimas mortais, duas são seus conterrâneos do posto administrativo de Chai.

 

A fonte acrescentou que os atacantes deixaram uma carta na qual alertam que haverá novos ataques nos próximos dias, uma vez que não foi autorizado o regresso das pessoas àquela zona.

 

Entretanto, os meios de propaganda pró-terroristas divulgaram, no último fim-de-semana, uma informação em que reivindicam autoria do ataque à aldeia Novo Cabo Delgado e Litandacua no distrito de Macomia, assumindo a morte de pessoas e destruição de palhotas.

 

As autoridades moçambicanas ainda não se pronunciaram sobre o ataque, mas "Carta" soube que uma organização humanitária esteve, esta segunda-feira, a prestar assistência às famílias que chegaram à vila de Macomia. (Carta)

Está iminente a derrocada religiosa do Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Dom Carlos Matsinhe, que viu a sua autoridade religiosa posta em causa após a confirmação dos resultados fraudulentos das Eleições Autárquicas de 11 de Outubro, que deram vitória ao partido Frelimo em 64 autarquias, das 65 existentes no país.

 

Esta terça-feira, pelas 16h30min, a Comissão Permanente da 23ª Sessão do Sínodo Diocesano estará reunida, em sessão extraordinária (segunda), no Centro Anglicano de Chamanculo, na Cidade de Maputo, para discutir o futuro religioso do Bispo da Diocese dos Libombos.

 

A reunião, convocada na passada quinta-feira (09 de Novembro), tem como ponto de agenda a discussão da carta dos Bispos da Igreja Anglicana de Moçambique e Angola (IAMA), que exigem a resignação imediata de Dom Carlos Simão Matsinhe, do cargo de Bispo da Diocese dos Libombos.

 

“Carta” não teve acesso à missiva subscrita pelos Bispos da nova província eclesiástica da Igreja Anglicana, constituída em Setembro de 2021, mas sabe que Matsinhe já não granjeia simpatia junto da comunidade daquela congregação, em face da sua abstenção na aprovação dos resultados eleitorais de 11 de Outubro último.

 

Aliás, em Carta Pastoral emitida dias antes do anúncio dos resultados finais das VI Eleições Autárquicas, o Conselho Anglicano de Moçambique (CAM) apelou aos órgãos eleitorais, em especial ao Dom Carlos Matsinhe, para observância da Lei Eleitoral e a prática da verdade, durante a fase de centralização nacional e apuramento geral dos resultados de 11 de Outubro.

 

“(…) Os eleitores esperam de vós a honestidade, integridade, transparência, respeito e a verdade. Jesus Cristo exorta a humanidade para conhecer a verdade, dizendo que a verdade vos libertará”, defenderam os bispos anglicanos, citando o livro do Evangelho de João (capt.8, vers.32).

 

No entanto, a Lei não foi observada e os resultados produzidos pelas Comissões Distritais de Eleições foram aprovados sem quaisquer alterações, apesar de alguns Tribunais Judiciais de nível distrital terem provado que houve irregularidades insanáveis durante o escrutínio.

 

Lembre-se que desde a divulgação dos resultados finais, a 26 de Outubro de 2023, Dom Carlos Matsinhe tem sido rotulado como “Pilatos”, o Governador Romano que deixou nas mãos do povo de Jerusalém a decisão sobre o destino da vida de Jesus Cristo, para depois sentencia-lo à morte, alegadamente em nome do povo de Jerusalém.

 

Refira-se que os resultados divulgados pela CNE confirmam a vitória à Frelimo em 64 autarquias, menos a autarquia da cidade da Beira, que continua nas mãos do Movimento Democrático de Moçambique (MDM). No entanto, uma contagem paralela do Consórcio Eleitoral “Mais Integridade” dá vitória à Renamo em pelo menos quatro autarquias (Chiúre, Quelimane, Matola e Cidade de Maputo).

 

Porém, para além destes municípios, a “perdiz” reclama vitória também nos municípios de Marracuene, Matola-Rio, Vilankulo, Moatize, Nampula, Nacala-Porto, Angoche, Ilha de Moçambique e Cuamba. Já a Nova Democracia reclama vitória na autarquia de Gúruè. (Carta)

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