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Redacção

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A concessionária do porto de Maputo (MPDC) prevê investir nos próximos três anos 600 milhões de dólares (553,4 milhões de euros) na expansão da infraestrutura portuária, a primeira fase de investimento na adenda ao contrato de concessão, até 2058. 

 

Em entrevista à agência Lusa, o diretor executivo da Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), Osório Lucas, explicou que essa primeira fase vai aumentar a capacidade do terminal de contentores, dos atuais 170.000 para 530.000 contentores em três anos.

 

“São quase 90% de aumento. E vai aumentar também a capacidade do Terminal de Carvão da Matola, de sete milhões [mtpa] para 12 milhões. E a nossa capacidade na carga geral vai subir de 10 milhões [mtpa] para 13 milhões, na fase 1, que estará concluída nos próximos três anos”, detalhou.

 

Estes investimentos estão prontos a avançar, logo após a assinatura da adenda ao contrato de concessão, aprovada em 23 de janeiro último pelo Conselho de Ministros, e que implicam mobilizar nos três primeiros anos 600 milhões de dólares: “Este é outro fator interessante.

 

A adenda ao contrato de concessão estabelece uma obrigatoriedade de investir neste intervalo de três anos e fazer a primeira fase de investimento. Não é uma opção, nós temos a obrigatoriedade de o fazer”.

 

A concessionária do porto de Maputo prevê duplicar o volume de carga movimentada anualmente até 2058, com a extensão do contrato e investimentos globais, nesse período, de 2.060 milhões de dólares (1.900 milhões de euros).

 

A MPDC prevê passar de um volume manuseado de carga de 26,7 mtpa (milhões de toneladas por ano) em 2023 para 50,9 mtpa em 2058, no final do período desta nova prorrogação do contrato, de mais 25 anos (a contar de 2033).

 

Estima igualmente até 2058 o aumento da capacidade operacional dos atuais 37 mtpa para 54 mtpa e da capacidade do terminal de 270 para um milhão de contentores, a expansão do Terminal de Carvão da Matola de 7,5 para 18 mtpa e do Terminal de Carga Geral de 9,2 para 13,6 mtpa.

 

A Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo é uma empresa privada moçambicana que resultou da parceria entre os Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e a Portus Indico, esta constituída pela Grindrod, DP World e a empresa Mozambique Gestores.

 

“Esta extensão, que foi negociada com o Governo durante um período de quase um ano e meio, que começou em novembro de 2022, tem por objetivo criar capacidade e condições para aumentar o volume de carga manuseada no nosso porto. A capacidade nominal antes desta extensão é de 37 milhões de toneladas, contra os 17 milhões de toneladas anteriores ao nosso investimento, sendo que no ano passado atingimos 31 milhões, andámos aí a quase 80% da capacidade”, detalhou o diretor executivo.

 

O responsável acrescentou que a MPDC já investiu desde 2003 cerca de 900 milhões de dólares (830,6 milhões de euros) na modernização da infraestrutura portuária, aumentando para 37 milhões de toneladas de capacidade através da dragagem de aprofundamento, reabilitação e aprofundamento de mais de cerca de 1.500 metros de cais, equipamentos, sistemas e num centro de formação.

 

O porto de Maputo movimenta atualmente cerca de 10.000 trabalhadores, diretos e indiretos, 99% moçambicanos e que dependem todos os dias da atividade do porto, número que a administração prevê crescer com a extensão da concessão.

 

“Vai ter impacto nos trabalhadores na ordem de 2.000 trabalhadores mais, diretos e indiretos, quer seja no terminal de carvão, quer seja no terminal de contentores”, sublinhou o diretor executivo.

 

No âmbito da extensão da concessão, a administração acordou com o Estado investir 15 milhões de dólares (13,8 milhões de euros) - que não se insere no valor comprometido para o investimento no porto - em seis projetos sociais, nomeadamente na acessibilidade à ilha de Inhaca, na entrada da baía de Maputo e na reabilitação dos pontões de Maputo e Catembe, entre outros.

 

“É um exemplo que se deve usar como referência. Dizer às empresas com capacidade financeira 'invistam no país, promovam a geração de emprego, mas deixem algum impacto na sociedade'”, concluiu Osório Lucas.(Lusa)

Trinta e nove (39) estudantes provenientes de diferentes províncias que concorreram a bolsas de estudo para diferentes cursos na Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), no Brasil, através do Instituto de Bolsas de Estudo de Moçambique (IBE), alegam que foram abandonados e burlados pelo Estado.

 

Segundo a representante do grupo, Margarida Nipatyhi, o processo para ingresso na referida universidade iniciou em Janeiro de 2023, quando vários estudantes se candidataram a vagas anunciadas pela UNILAB e publicadas também pelo IBE e, posteriormente, passaram por todas as fases, desde os exames até ao apuramento.

 

Como o número era elevado, os estudantes foram divididos em dois grupos, sendo que um já se encontra no Brasil desde Agosto do ano passado. O outro devia estar no Brasil desde o dia 07 de Janeiro do presente ano, mas a viagem ainda não aconteceu devido ao atraso de fundos para aquisição das passagens.

 

Faltando três dias para a viagem, os estudantes foram solicitados para que se aproximassem ao Centro Cultural Brasil-Moçambique, na cidade de Maputo, ansiosos para receber as passagens para embarcar no dia seguinte para Brasília.

 

Chegados ao local, o representante da Directora do Instituto de Bolsas de Estudo (IBE) informou-os que não havia mais financiamento porque o Estado cortou o orçamento em 46 por cento. Na ocasião, os estudantes sentiram-se abandonados e desesperados porque já tinham gasto muito dinheiro para tratar o visto e outros documentos, incluindo passagens dos estudantes que vêm das províncias. Inconformados, dirigiram-se ao IBE onde não obtiveram nenhuma satisfação.

 

“Quando chegamos ao IBE ninguém se mostrou disponível a dar a cara. O funcionário que se reuniu connosco no Centro Cultural escusou-se a tecer qualquer palavra. Ficamos amotinados em frente à instituição. Posteriormente, chegaram agentes da PRM e explicamos o que estava a acontecer e eles aconselharam-nos a voltar para as nossas casas e assim o fizemos. Nesta segunda-feira, decidimos ir ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e fomos enviados para cá”.

 

Os estudantes alegam que não faz sentido, faltando três dias para a partida, o Estado dizer que já não tem orçamento, quando o mesmo IBE também tinha garantido que já estava tudo pronto, incluindo as passagens, mas, de repente, a viagem foi cancelada. Neste momento, os estudantes dizem que já estão a perder aulas que iniciaram no passado dia 18 de Janeiro.

 

 

“Nós queremos saber como é que ficamos no meio desta confusão. Os nossos pais gastaram muito dinheiro com passagens até Maputo. A universidade está pronta para nos receber, mas não temos dinheiro para adquirir as passagens. Neste grupo, temos colegas que vêm das províncias e não têm onde ficar. Eles tinham sido acolhidos por alguns colegas de Maputo, mas já foram mandados embora. Temos colegas que hoje vão dormir na rua porque não têm abrigo”, explicou um dos estudantes.

 

A fonte diz ainda que as candidaturas foram feitas através do edital lançado pela UNILAB e IBE. Os candidatos fizeram a inscrição no site da UNILAB e submeteram os documentos no IBE, razão pela qual o primeiro grupo já se encontra no Brasil a estudar desde Agosto do ano passado.

 

“Neste momento, já gastamos em torno de 50 a 60 mil mts contando com as despesas de viagem de alguns colegas das suas províncias para Maputo e o IBE ainda diz que temos que comprar as passagens para o Brasil. Os nossos pais não estão em condições de conseguir o valor em poucos dias e alguns chegaram a contrair empréstimos para tratar todo o processo”.

 

Por sua vez, a Directora do Instituto de Bolsas de Estudo (IBE), Carla Caomba, diz que os 39 estudantes foram seleccionados directamente pela UNILAB-Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira por meio de um concurso para participar num programa de formação da própria instituição.

 

Caomba justificou que, neste momento, o IBE não pode custear as despesas de deslocação destes estudantes porque, dada a actual conjuntura sócio-económica do país e os desafios associados, a instituição sofreu um corte financeiro significativo.

 

“Por esta razão, comunicamos a nossa contraparte, a UNILAB, sobre a nossa incapacidade para financiar estudantes para este ano académico até que a situação financeira do país melhore. É exactamente por isso que, para este ano, não existe qualquer anúncio relacionado com as bolsas”.

 

Detalhou que a redução de fundos terá impacto não só no envio de novos estudantes como também na manutenção daqueles que já estão no sistema. A Directora do Instituto de Bolsas de Estudo considera legítima a preocupação dos estudantes e das suas famílias, contudo, apela para que se informem sobre assuntos relacionados com as bolsas junto do IBE.

 

Para este grupo específico de 39 estudantes, Carla Caomba afirmou que o Estado nunca comunicou que iria financiar as passagens.

 

“Não temos nenhum ofício ou vínculo com este grupo. Eles candidataram-se ao acesso ao ensino superior para a UNILAB. Nós realizamos uma reunião com os estudantes seleccionados no dia 02 de Fevereiro deste ano e informamo-los sobre a actual situação do IBE, mas o facto é que este grupo de 39 estudantes não consta da nossa planificação para este ano”.

 

Segundo aquela responsável, estão a ser tomadas medidas para minimizar o impacto desta decisão e oportunamente serão comunicados.

 

“Nós não temos qualquer contrato com estes estudantes, mas entramos em contacto com o nosso parceiro, a UNILAB, para explorar possíveis alternativas de apoio a este grupo e eles se prontificaram em apoiar com o alojamento, alimentação e um subsídio de 530 reais. Neste momento, o grande desafio é a aquisição das passagens de ida ao Brasil e isso deve ser individual”, frisou.

 

Questionada sobre o facto de alguns estudantes que se encontram no Brasil estarem a reclamar de falta de subsídio há mais de cinco meses, a Directora disse não ter recebido nenhuma comunicação oficial sobre o assunto.

 

“Estes estudantes receberam o subsídio em Dezembro último. O nosso calendário de pagamento dos subsídios sofreu alguma alteração por conta dos desafios financeiros, mas contactámos o nosso parceiro, a UNILAB, para que nos pudesse apoiar no que puder e conseguimos a gratuidade da alimentação e um apoio de emergência no mês de Janeiro deste ano. Não sabemos qual foi a motivação destes estudantes difundirem esta informação sobre os cinco meses de atraso dos subsídios”.

 

A fonte esclareceu ainda que, neste momento, se encontram no Brasil 144 bolseiros do IBE seleccionados no quadro da parceria com a UNILAB. No geral, o IBE conta com 3584 bolseiros, dentro e fora do país.

 

“Isto não impede que cidadãos nacionais possam concorrer às bolsas a título particular, desde que suportem os encargos da formação”. (M.Afonso)

É já amanhã, 07 de Fevereiro de 2024, que os 65 edis “eleitos” na votação de 11 de Outubro e 10 de Dezembro de 2023, no âmbito da realização das VI Eleições Autárquicas, iniciam as suas funções, em todo o território nacional. Trata-se de 60 edis da Frelimo, quatro da Renamo e um do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), chancelados e proclamados pelo Conselho Constitucional, sendo que alguns chegam ao cargo em forma de imposição e não da escolha dos eleitores.

 

A cerimónia de tomada de posse dos novos edis terá lugar, em simultâneo, em todas as 65 autarquias do país, devendo ser antecedida pela investidura das Assembleias Municipais, a ser dirigida pelos juízes-presidentes dos Tribunais Provinciais (no caso dos municípios das cidades capitais) e Distritais (no caso das restantes cidades e vilas autárquicas).

 

Dos 65 edis, destaque vai para os presidentes dos Conselhos Municipais da Cidade de Maputo; Matola, Marracuene, Matola-Rio (província de Maputo); Marromeu (Sofala); Moatize (Tete); Gurué, Alto-Molócuè, Maganja da Costa, Milange (Zambézia); Nampula, Nacala-Porto, Angoche (Nampula); e Cuamba (Niassa), cuja eleição foi considerada fraudulenta.

 

Aliás, em nove autarquias, o Conselho Constitucional alterou, sem quaisquer explicações, os resultados produzidos pelos órgãos eleitorais, sendo que, em quatro municípios, atribuiu a vitória à Renamo e nas restantes manteve a vitória da Frelimo, reduzindo apenas o número de mandatos. Igualmente, anulou parcialmente a eleição em três municípios e, na totalidade, em uma autarquia.

 

Razaque Manhique (Cidade de Maputo), Júlio Parruque (Cidade da Matola), Shafee Sidat (Vila de Marracuene), Otílio Nunequele (Alto-Molócuè), Faruk Nuro (Nacala-Porto), Luís Giquira (Cidade de Nampula) e Luís Raimundo (Cuamba) são alguns dos edis da “discórdia” que, esta quarta-feira, tomam posse para um mandato de cinco anos (07 de Fevereiro de 2024 a 06 de Fevereiro de 2029).

 

Os novos edis

 

De acordo com o Conselho Constitucional, a Frelimo ganhou as eleições em todos os municípios da província do Niassa, Nampula, Tete, Manica, Gaza e província de Maputo. Já a Renamo conquistou um município nas províncias de Cabo Delgado (Chiúre) e Inhambane (Vilankulo) e dois na província da Zambézia (Alto-Molócuè e Quelimane), enquanto o MDM venceu apenas um município, na província de Sofala (Beira).

 

Assim, das VI Eleições Autárquicas, o Conselho Constitucional proclamou os seguintes Edis, na província do Niassa: Luís Jumo (Lichinga), Luís Raimundo (Cuamba), Paulo Chicomaussico (Metangula), Rachide Buanausse (Marrupa), Damião Lissiba (Insaca-Mecanhelas) e Wala Daúda (Mandimba).

 

Na província de Cabo Delgado, foram proclamados Satar Abdul Gani (Pemba), Cecílio Chabane (Montepuez), Helena Bandeira (Mocímboa da Praia), Alicora Ntutunha (Chiúre), Manuel Alavalave (Mueda), Issa Tarmamade (Ibo) e Mansur Cassamo (Balama).

 

Em Nampula, são novos edis, Luís Giquira (Nampula), Faruk Nuro (Nacala-Porto), Abdul Amide Alimamad (Monapo), Momade Ali (Ilha de Moçambique), Dalila Ussene (Angoche), Rui Chong Saw (Mossuril), Nelson Manuel Pedro (Malema) e Osvaldo Celestino (Ribáuè).

 

Por sua vez, na província da Zambézia, o Conselho Constitucional proclamou, novos Edis, José Jonasse (Morrumbala), Otílio Nunequele (Alto-Molócuè), Manuela Opincai (Mocuba), Virgílio Dinheiro (Maganja da Costa), Manuel de Araújo (Quelimane), Felisberto Elias Mvua (Milange) e José Fernando (Gurué).

 

Na província de Tete, são novos edis, os cidadãos: César de Carvalho (Tete), Carlos Portimão (Moatize), Domingos Torcida (Chitima), Evaristo Fidélis (Ulónguè-Angónia) e Mamani Bunga Vale (Nhamayábwè). Já em Manica, os novos edis são: Jilane Constantino (Manica), Arlindo Cesário (Gondola), João Ferreira (Chimoio), Pero Mazonde (Catandica) e Latifo Vinho (Guro).

 

A província de Sofala passa a ter os seguintes edis: João Tangue (Marromeu), Sabete Morais (Gorongosa), Satar Colimão (Caia), António João (Nhamatanda), Manuel Chaparica (Dondo) e Albano Carige António (Beira). Em Inhambane, foram proclamados edis, os seguintes cabeças-de-lista: Benedito Guimino (Inhambane), Issufo Francisco (Maxixe), Jovial Setina (Homoíne), Roberto Zunguze (Massinga), Abílio Paulo (Quissico) e Joaquim Vilanculo (Vilankulo).

 

Na província de Gaza, sempre dominada pela Frelimo, são novos Edis, os seguintes cidadãos: Ageu Ngovene (Massingir), Francelina Nhantumbo (Manjacaze), Mufundisse Chilengue (Praia do Bilene), Ramal Mussagy (Macia), José Moiane (Chókwè), Henrique Machava (Chibuto) e Ossumane Adamo (Xai-Xai).

 

Na província de Maputo, onde a Frelimo foi declarada vencedora perante evidências claras da vitória da Renamo, em quatro autarquias, serão novos edis: Júlio Parruque (Matola), Luís Munguambe (Manhiça), Paulo Chitiva (Namaacha), Shafee Sidat (Marracuene), Geraldina Bonifácio (Boane) e Abdul Gafur Issufo (Matola-Rio). A capital do país será gerida por Razaque Manhique. (A. Maolela)

A Embaixada dos E.U.A. estabeleceu uma parceria com a Fundação Moreira Chonguiça para desenvolver o sector das indústrias criativas em Cabo Delgado através do projecto Êxodo Cultural.  Em 2023, a Embaixada concedeu à Fundação uma subvenção para orientar pelo menos 30 jovens artistas em Pemba e distritos vizinhos sobre como usar os seus talentos para elevar as suas comunidades e gerar rendimentos. Dez dos participantes viajaram para a cidade de Maputo na semana passada para aprender mais sobre o sector das indústrias criativas.  

 

"Ao virem a Maputo estão a servir como Embaixadores de Cabo Delgado", disse o Embaixador dos E.U.A. em Moçambique, Peter H. Vrooman, durante uma recepção aos artistas. "Não foi fácil chegar aqui.  Sei que enfrentaram barreiras e desafios.  Mas não desistiram. Este exemplo de resiliência, de continuar mesmo perante as dificuldades, vai mostrar aos outros que, mais uma vez, tudo é possível."    

 

A parceria entre a Embaixada dos E.U.A. e a Fundação Moreira Chonguiça foca-se também em elevar a música como uma importante ferramenta de empreendedorismo, liderança e autonomia financeira em Cabo Delgado, que tem vindo a combater o extremismo violento desde 2017.  

 

Esta subvenção para o Êxodo Cultural faz parte do fundo de estabilidade dos Estados Unidos, formalmente designado por Estratégia dos E.U.A. para Prevenir Conflitos e Promover a Estabilidade. Esta estratégia de 10 anos atribui fundos para promover a parceria necessária para resolver conflitos em cinco regiões, incluindo Moçambique. Lançada em 2022 pela Casa Branca, os Estados Unidos investiram em programas como a criação de uma liga de basquetebol juvenil, a construção de uma nova escola secundária, a formação de forças de segurança e funcionários do governo local, o apoio à criação de empresas por jovens e o restabelecimento de uma estação de rádio comunitária, entre outros programas.

    

O Governo dos Estados Unidos da América reitera o seu compromisso de trabalhar em conjunto com os Moçambicanos para promover a paz, construir resiliência e fortalecer a esperança. 

segunda-feira, 05 fevereiro 2024 14:54

BCI testa capacidade de resposta a incidentes

O BCI realizou, na sexta-feira (2), um simulacro no seu edifício-sede, em Maputo, com o intuito de testar a capacidade de articulação e de resposta das equipas de primeira intervenção (EPI) e outras de socorristas do BCI, constituídas por colaboradores do edifício-sede.

 

Sem criação de cenários de emergência, o exercício consistiu em atender a uma situação de evacuação de uma colaboradora para uma unidade sanitária, contando-se, para efeitos de monitoria e segurança, com a intervenção da Cruz Vermelha, do Serviço Nacional de Salvação Pública e da Polícia da República de Moçambique, entidades com as quais o BCI tem cooperado no processo de gestão de emergências.

 

Numa acção sinérgica e multissectorial, o Banco testou o seu plano de evacuação e de emergência, assim como a sua capacidade de resposta, tendo sido evacuados, em 17 minutos, cerca de 1000 colaboradores e clientes que se faziam no interior do edifício.

 

Importa referir que os simulacros permitem testar a operacionalidade do plano de emergência interno, e treinar equipas de emergência, uma mais-valia para os ocupantes do Edifício. Promovem, de igual modo, rotinas de comportamento e de actuação, perante situações de emergência, para além de terem, ainda, como finalidade reduzir as probabilidades de ocorrência de acidentes e incidentes que periguem a vida humana.

A Caetano Moçambique acaba de se juntar à Federação Moçambicana de Futebol (FMF), com o objectivo de prestar a sua contribuição no contínuo reforço da capacidade institucional da entidade máxima responsável pela gestão do futebol moçambicano.

 

Para a materialização deste desiderato, as duas instituições assinaram, esta segunda-feira, nas instalações da FMF, em Maputo, um memorando de entendimento sob o lema: Ajudamos o Futebol a Mover-se. Através deste memorando, a Caetano Moçambique cedeu à Federação Moçambicana de Futebol uma viatura do tipo pick-up, 4x4, Dupla Cabine, de marca Peugeot, modelo Landtrek, a qual irá garantir a mobilidade dos processos administrativos na FMF e promover o engrandecimento do futebol nacional.

 

O acordo foi rubricado pelo Presidente do Conselho de Administração da Caetano Moçambique, Paulo Oliveira, e pelo Presidente da Federação Moçambicana de Futebol, Feizal Sidat.

 

Na sua intervenção, Paulo Oliveira enalteceu os feitos da FMF, ao mesmo tempo que congratulou a agremiação pela organização rumo à participação da selecção nacional no CAN que decorre na Costa do Marfim.

 

“A Caetano é pela massificação do desporto em Moçambique, uma actividade aglutinadora e sem fronteiras. Acreditamos que o futebol é o desporto das massas, uma modalidade que traz alegria a todos os moçambicanos. É pensando nesta alegria de todos que damos a nossa contribuição e reafirmamos o nosso compromisso no apoio ao desenvolvimento do desporto em Moçambique”, destacou o Presidente do Conselho de Administração da Caetano Moçambique sobre a contribuição da instituição que representa para a elevação do desporto no país.

 

Por seu turno, o Presidente da Federação Moçambicana de Futebol, Feizal Sidat, agradeceu o gesto da Caetano Moçambique no apoio à modalidade ‘mãe’ do desporto. “Com a união de todos, podemos fazer crescer cada vez mais o futebol nacional e levarmos a nossa selecção a brilhar em campeonatos internacionais, por isso, quero agradecer à Caetano Moçambique, na pessoa de Paulo Oliveira, por esta impactante iniciativa para a elevação do nosso desporto”.

 

Refira-se que a Caetano Moçambique tem patrocinado diferentes modalidades desportivas, com destaque para o futebol, rugby, vela, boxe, patinagem em linha e desporto motorizado.

Os meios de propaganda do Estado Islâmico divulgaram na sexta-feira (02) o relatório dos ataques terroristas durante a semana passada na província de Cabo Delgado, em que reivindicam a morte de oito elementos das Forças de Defesa e Segurança no distrito de Metuge.

 

No mesmo distrito, o Estado Islâmico diz ter destruído quatro veículos e capturado diverso armamento das Forças de Defesa e Segurança. O EI reivindica ainda a decapitação de um civil na aldeia Litamanda, no distrito de Macomia. 

 

Refira-se que o Presidente Filipe Nyusi anotou, durante a cerimónia do 3 de Fevereiro, dia dos heróis moçambicanos, que as Forças de Defesa e Segurança, com apoio dos ruandeses e da SAMIM, estão a intensificar a destruição dos esconderijos terroristas. (Carta)

A Vila de Mecufi, em Cabo Delgado, cerca de 50 quilómetros da cidade de Pemba, viveu desde a noite de sábado até ao fim deste domingo momentos de pânico, depois de uma informação dando conta de que os terroristas estariam a caminho da sede distrital, na sequência da ocupação da aldeia Nampwlimuity.

 

Além do pânico, a situação provocou o deslocamento de muitas famílias da sede de Mecufi e das aldeias circunvizinhas, à cidade de Pemba, um cenário que foi aproveitado por alguns motoristas para a especulação do preço de transporte semi-colectivo de passageiros, vulgo "chapa-cem".

 

Fontes relataram à "Carta" que se trata do mesmo grupo de terroristas que na semana passada emboscou as Forças de Defesa e Segurança no vizinho distrito de Metuge. No contacto com a população, o grupo explicou que a sua intenção era atravessar o rio Megaruma em direcção ao distrito de Chiúre, por isso, durante a sua estadia em Nampwlimuity, não protagonizou nenhum acto de violência.

 

"Na verdade, há pânico aqui na vila. As pessoas estão a sair em direcção à cidade de Pemba. Eles não chegaram à vila, mas avisaram que estão a caminho. Quando chegaram em Nampwlimuity, não violentaram ninguém. Disseram que iam a Chiúre e pediram que fossem acompanhados até ao rio Megaruma", contou Adolfo Manuel a partir da aldeia Sassalane.

 

De acordo com a fonte, "eles ficaram todo o sábado, das 07h00 às 20h00, mataram um cabrito e comeram e depois, à noite, atravessaram o rio Megaruma até à aldeia Soma já no distrito de Chiúre".

 

Outras fontes descreveram que, devido à presença terrorista, foram reforçadas as medidas de segurança na sede do distrito de Mecufi, com o aumento do efectivo das FDS, mas tal não impediu que a população abandonasse as suas aldeias em direcção à cidade de Pemba.

 

Por outro lado, aproveitando-se do medo e do pânico da população, os operadores do transporte semi-colectivo de passageiros, vulgo "chapa-cem", passaram a cobrar entre 300 a 500 meticais a mesma distância que na semana passada cobravam apenas 120 meticais. (Carta)

A paralisação da produção da Açucareira da Maragra, na província de Maputo, não está a afectar o abastecimento do mercado nacional, pois, há stock suficiente para as necessidades internas e de exportação, assegurou há dias o Director-executivo da Associação de Produtores de Açúcar de Moçambique, Orlando da Conceição.

 

“Não vai faltar açúcar no mercado. Existe produto mais do que suficiente para abastecer o mercado”, explicou ao “Notícias”. Da Conceição argumentou que, apesar de a Açucareira da Maragra ser importante, outros produtores como as fábricas de Xinavane e Mafambisse, continuam a abastecer o mercado.

 

A fonte enfatizou que, nos últimos dez anos, a média de produção tem sido de cerca de 350 mil toneladas anuais, num contexto em que o país absorve apenas metade desta quantidade e algumas vezes nem isso se consome.

 

O gestor acrescentou que outro ponto tranquilizador está relacionado com o facto de, além de se garantir a disponibilidade interna, haver produção suficiente para a exportação, principalmente para os Estados Unidos da América e a Europa. No mesmo quadro, o Director-executivo da Associação dos Produtores disse que o mercado aguarda a retoma das actividades da açucareira da Maragra. Assinalou que decorrem acções que incidem no repovoamento dos canaviais, numa operação que envolve os agricultores.

 

As chuvas que caíram em Fevereiro de 2023 causaram danos aos canaviais e equipamentos e devastaram os campos de produção da Açucareira da Maragra, levando a um prejuízo de 3.6 mil milhões de Meticais. Nos campos de produção de cana perderam-se 470 mil toneladas desta que é a principal matéria-prima para a produção do açúcar, o que representa 1.6 mil milhões de Meticais. Também existem vários equipamentos avariados, avaliados em cerca de 30 milhões de USD.

 

As perdas afectaram gravemente a sustentabilidade da empresa e, como consequência, viu-se obrigada a reduzir o número de trabalhadores dos cerca de 500 que estavam vinculados à açucareira para cerca de 140. Avaliações feitas na altura davam conta de que para a empresa se reerguer seria necessário um período de pelo menos um a dois anos, podendo beneficiar de um investimento. (Carta)

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Os encarregados de educação da Escola Comunitária Graça Machel e alguns membros da Associação dos Empresários e Amigos da Ponta do Ouro (ADAPO) unem esforços em busca de fundos para melhorar as condições daquele estabelecimento de ensino encerrado pelo Governo por falta de condições. Pretende-se com a iniciativa pôr em prática todas as recomendações deixadas pela Inspecção, para que depois da vistoria possa ser reaberta.

 

Do levantamento feito, são necessários cerca de dois milhões de meticais para aquisição de diverso material para todas as intervenções necessárias.

 

Depois da visita à escola pela comunidade e pelos membros da associação, na última quinta-feira, o grupo constatou que são necessárias 150 carteiras, para substituir parte das existentes, consideradas impróprias para o uso naquela instituição.

 

Nesta primeira fase, para que a escola seja reaberta em tempo útil, serão adquiridas também novas sanitas, material para apetrechar a biblioteca e o laboratório, melhorado o campo e removida a tijoleira de cinco salas e nos corredores.

 

Segundo a porta-voz do grupo, Isaura Dimbane, já está a ser preparado um plano de acção e o respectivo calendário para atender a todas as insuficiências detectadas pelas inspecções das estruturas da educação.

 

“Agora, o Governo conseguiu acalmar a comunidade porque mandou os seus filhos para uma escola bem próxima, mas há uma vontade colectiva para ajudar o proprietário da escola com tudo o que for necessário para que possam ver os alunos bem acomodados o mais breve possível”, explicou.

 

“Os pais e encarregados de educação deixaram-nos com uma recomendação de fazer o levantamento de tudo quanto é necessário e informar quanto é que cada um deve contribuir para que a Escola Comunitária Graça Machel seja reaberta. Prometeram não abandonar o proprietário da escola porque os ajudou bastante quando seus filhos precisavam de uma Escola Secundária por perto”.

 

Neste contexto, os pais e encarregados de educação pedem aos interessados e pessoas de boa vontade a se juntarem ao Conselho de Escola para organizar e colectar os fundos necessários, sendo 650 mil mts para compra de 150 carteiras, 38 mil meticais para louça sanitária e 200 mil para apetrechamento da biblioteca e laboratório, não obstante parte do material e outros bens terem sido já foi adquiridos pelo proprietário.

 

Refira-se que, neste momento, todos os alunos que se encontravam a estudar na Escola Comunitária Graça Machel foram transferidos para a Escola Primária da Ponta do Ouro que no ano passado já contava com uma comunidade estudantil estimada em 1.300 alunos. Com a recepção de mais de 700 alunos, o número de horas de aulas vai ser encurtado em cerca de 30 por cento, o que poderá afectar a qualidade de ensino. (M.A)

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