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BCI
segunda-feira, 05 fevereiro 2024 08:30

Mercado do açúcar continua abastecido apesar da paralisação do Maragra

A paralisação da produção da Açucareira da Maragra, na província de Maputo, não está a afectar o abastecimento do mercado nacional, pois, há stock suficiente para as necessidades internas e de exportação, assegurou há dias o Director-executivo da Associação de Produtores de Açúcar de Moçambique, Orlando da Conceição.

 

“Não vai faltar açúcar no mercado. Existe produto mais do que suficiente para abastecer o mercado”, explicou ao “Notícias”. Da Conceição argumentou que, apesar de a Açucareira da Maragra ser importante, outros produtores como as fábricas de Xinavane e Mafambisse, continuam a abastecer o mercado.

 

A fonte enfatizou que, nos últimos dez anos, a média de produção tem sido de cerca de 350 mil toneladas anuais, num contexto em que o país absorve apenas metade desta quantidade e algumas vezes nem isso se consome.

 

O gestor acrescentou que outro ponto tranquilizador está relacionado com o facto de, além de se garantir a disponibilidade interna, haver produção suficiente para a exportação, principalmente para os Estados Unidos da América e a Europa. No mesmo quadro, o Director-executivo da Associação dos Produtores disse que o mercado aguarda a retoma das actividades da açucareira da Maragra. Assinalou que decorrem acções que incidem no repovoamento dos canaviais, numa operação que envolve os agricultores.

 

As chuvas que caíram em Fevereiro de 2023 causaram danos aos canaviais e equipamentos e devastaram os campos de produção da Açucareira da Maragra, levando a um prejuízo de 3.6 mil milhões de Meticais. Nos campos de produção de cana perderam-se 470 mil toneladas desta que é a principal matéria-prima para a produção do açúcar, o que representa 1.6 mil milhões de Meticais. Também existem vários equipamentos avariados, avaliados em cerca de 30 milhões de USD.

 

As perdas afectaram gravemente a sustentabilidade da empresa e, como consequência, viu-se obrigada a reduzir o número de trabalhadores dos cerca de 500 que estavam vinculados à açucareira para cerca de 140. Avaliações feitas na altura davam conta de que para a empresa se reerguer seria necessário um período de pelo menos um a dois anos, podendo beneficiar de um investimento. (Carta)

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