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sexta-feira, 11 março 2022 07:55

Um guarda-redes no lançamento do meu livro

Estou no acto do lançamento do meu primeiro livro, em 2001, na cidade de Inhambane. O título é esse mesmo: Inhambane Sem o Badalo, uma homenagem que presto à figuras que estarão por todo o sempre ligadas aos cheiros desta cidade elevada - pela minha imaginação nas paródias - ao lugar mais sossegado do Mundo. É uma colectânea de crónias recebida com estupefação pelos cépticos, que já me consideravam irreversivelmente morto. Será também a obra que me fez sentir um pequeno deus, por isso autorizado a enfiar as mãos nos bolsos e assobiar livremente pelas ruas e pelos atalhos e pelas sinagogas, levantando as asas como o pavão mais antigo do planeta, passeando em paz.

 

No evento, de entre os demais ilustres, e indivíduos do vulgo, está um homem que vai ser lembrado em todos os momentos pela sua audácia na baliza. Chama-se Mbata, um guarda-redes notabilizado no Clube Arrera Kwara, e depois celebrado em toda a província de Inhambane por parecer um gato na sua área, ou uma aranha, extravazando classe. Exuberância. Plenitude.

 

Mbata ficava encostado ao poste – esquerdo ou direito - de braços cruzados, pernas em tesoura, quando o jogo fosse despejado – ou pelo corredor central, ou pelas “asas” - para a baliza contrária, como se estivesse à espera serenamente de alguém, ou lucubrando nas suas memórias. Mas quando o perigo corresse na sua direcção, ele dançava, media os ângulos com as mãos, gritava para os defesas seus colegas, por vezes saía da área e  logo a seguir voltava a correr para o seu reduto, dando costas à bola, deixando, por assim dizer, tudo o resto por conta dos sensores implantados no corpo e na mente. Erriquietos.

 

Os pontas-de-lança, ou os médios ou médios-avançados, podiam desferir mortíferos remates enquanto Mbata retornava à baliza naquele espectáculo incrível, e este, assim mesmo, de costas para o jogo, como um gato celestial, rodopiava no ar, e impedia a bola de continuar na sua fatal trajectória. Tinha manápulas mágicas. Buscava o esférico no ar num gesto de quem colhe, como um maroto inesperado, uma laranja no ramo mais alto da árvore. E é isto, e muito mais, que vai tornar Mbata, um guarda-redes idolatrado e festejado em toda província de Inhambane, no seu tempo de glória.

 

Hoje, em 2001, vejo um homem movendo-se no corredor da sala onde decorre o lançamento do meu livro. É extraordinariamente alto, cabelo farto, completamente esbranquiçado, parecendo de prata. Procura com o olhar uma cadeira livre para se sentar e parece não haver cadeira desocupada. A sala está absolutamente cheia porque o meu nome ribomba por estas bandas, e reboa até aos bairros mais longíquos onde também serei festejado como Mbata, por todas as inconguências que andei a cometer por aqui, e pela música de blues que vou cantar, sem saber nada de blues, nem nada sobre a música.

 

O homem não encontra lugar para se acomodar. Orbita sobre o seu próprio eixo como se estivesse num dia de jogo de estrelas  e, resignado como nunca esteve no campo de futebol, recua e encosta-se na porta da entrada, na mesma posição habitual de quando brilhava como um astro, desde os meados da década de sessenta, até princípios da década de oitenta: braços cruzados e pernas em tesoura. Olhei para ele e reconheci-o logo, é o Mbata, no mesmo estilo que recusa desvanecer apesar da idade. Nesse momento falava o governador de Inhambane, bajulando-me, e eu estou pouco me lixando para as bajulações. E o “boss” teve que interromper o discurso quando viu um homem que se destacava pela sua peculiaridade física, encostado à porta de braços cruzados e pernas em tesoura. É o Mbata, agora convidado por “Sua Excia” a ocupar a única cadeira desocupada que se dispunha na fila reservada aos “responsáveis”.

 

Lá vem ele pelo corredor. Estiloso. Tranquilo. Sereno. Transcendental. Faz uma vénia ao governador, enclina-se e pega pela mão esquerda o encosto da cadeira, antes de se sentar. É uma pessoa invulgar. Virou-se para a plateia e saudou-a vocalizando palavras que ainda hoje me ressoam na alma: “é uma grande honra ser servido um lugar por Sua Excia senhor Governador. Afinal continuo a ser glorificado como nos tempos áureos da minha carreira futebolística. Obrigado, Excia!”

 

Houve uma forte salva de palmas. E antes de se sentar, disse mais: “é uma uma grande honra e privilégio, participar no lançamento do livro do Alexandre, um personagem que fala sempre de mim, como se eu fosse uma vedeta, quando na verdade a vedeta é ele”!

 

Houve mais aplausos, com as pessoas de pé, incluindo o Governador!

quinta-feira, 10 março 2022 08:47

As "barras mortíferas" do Doutor Abdul Gani!

Se a apresentação das alegações finais do famoso Advogado Doutor Abdul Gani fosse um concurso de Freestyle acreditem que já teria sido declarado campeão ou o vencedor pelo voto do júri e o voto popular que muito aprecia o rap game. Mas como se tratava de um julgamento existem outros pressupostos que irão decidir se aqueles morteiros discursivos e retóricos irão salvar o seu cliente de uma pena pesada.

 

Para quem acompanhou a intervenção do Doutor Abdul Gani ficou encantado como se estivesse a assistir um espectáculo de Notorius B.I.G, Jay-Z, Eminem, Azagaia, Valete ou aquelas barras saudáveis e enriquecidas de mensagem saudável e interventiva pelo galáctico do rap no Niassa, Rei Bravo.  

 

O discurso do Doutor Gani fez com que algumas pessoas presentes naquela tenda da vergonha atingissem o orgasmo pela eloquência e agressividade – até parecia que estava possuído, no bom sentido – o homem sentia-se como o filósofo da Grécia antiga, Sócrates, perante seus discípulos – tendo deixado o Ministério Público com as luvas de combate rotas.

 

É que ninguém estava preparado para ouvir naquela tenda alguém a dizer: "quem é a Doutora Ana Sheila Marrengula para desrespeitar o Gregório Leão?" – "Devem ir estagiar no SISE para perceber como se faz segurança!" – "Esta matéria é leccionada na disciplina de Introdução ao Direito, é uma matéria preparatória para o Direito Penal ou Criminal" – "como se pode fazer analogia de crimes num processo criminal?" – "Leia mais!"

 

Ya- o homem estava endiabrado! Estava narutizado! Estava no estilo Gambeta durante o episódio do vídeo que lhe trouxe a fama facebookiana!   

 

O homem demonstrou o valor de um bom ensaio antes de qualquer apresentação e da experiência. A vantagem da retórica para quem pretende seguir o Direito ou Advocacia. O valor da leitura. O Doutor Gani trazia barras do estilo Mente Mágica, em Angola e 16 cenas em Moçambique. Aquilo já não parecia alegações finais – não!

 

O homem parecia estar farto de ser ludibriado pelas instituições de justiça e durante os últimos sete meses sentou e viu tudo, ou seja, parecia um rapper que fica a preparar um combate de Freestyle por sete meses, acompanhando tudo que o adversário principal está a fazer para depois derrubá-lo na primeira opção que tiver!

 

A estratégia do Doutor Gani deve ter sido vasculhada nos manuais de Artur Schopenhauer, principalmente na obra 39 regras de debate – os meus pássaros disseram que alguém não dormiu naquele dia de tantos ataques e que os arguidos amanheceram a rir lá nas bandas do Língamo por alguém ter dito na cara da Procuradora aquilo que lhes apetecia. A situação pode vir azedar com as réplicas e os discursos dos arguidos.

 

No entanto, tudo está nas mãos do Juiz Efigénio Baptista, que no início atrevi-me a chamá-lo de "Juiz da esperança ou da desilusão" para o povo, para os arguidos, para os advogados ou mesmo para o Ministério Público, uma vez que, caso não faça justiça, poderá ver muitas barras do estilo do Doutor Gani fazendo manchetes em Jornais e debates intermináveis. Mas o que seria para fazer justiça no caso das dívidas odiosas/ocultas? Condenação ou absolvição dos arguidos?   

Moçambicano é maningue complicado. Nos últimos tempos têm estado a brotar sabichões neste país que nem te deixam ser bandido a vontade. Não permitem que o ladrão usufrua do seu próprio título de ladrão em paz. Já nem dá para ser gatuno tranquilamente. Aqui é fácil você ser jornalista, analista, músico, pastor, padre, sheik, até profeta, mas experimenta ser gatuno. Virão os "donos da verdade" dizer que isso é mentira, que isso é ilegal.

terça-feira, 08 março 2022 13:10

Um regresso a Maqueze!

Quando não se passa nada! Não se passou literalmente nada um ano depois!

 

Em Maio do ano passado,  juntamente com a minha família e a de um amigo, Sitoe, desloquei-me a Maqueze para participar numa missa de passagem de seis meses da morte de um amigo, Jossias Gabriel Mathe, Deus o guarde devidamente. Uma viagem que tinha tudo para ser muito prazerosa, doce, romântica; mas, como relatei em crônica na altura, acabou estragada somente porque… estávamos desavisados de que não se atravessava no Alto Changane, a via estava (ainda está) interrompida pelas águas. Idos de Maputo, precisamente às 7:45, estávamos na margem sul do rio Changane, do lado da “vila”, prestes a seguir para Maqueze! Estávamos há 20 minutos do destino. Quase focinhávamos as águas… Tivemos que voltar até Chibuto, uma hora e tal de condução… dar a volta, seguir até Mohambe, cerca de 25 quilómetros, depois desviar, mais umas duas horas de estrada de terra batida, escorregadia, esburacada, traiçoeira e algo perigosa.  No lugar de chegar ao destino à hora e em condições desejadas, bem dispostos, acabámos por chegar atrasados, cansados e sem o ânimo necessário para estar presente em cerimônias públicas.

 

Tudo por conta de uma ponteca que tarda uma eternidade em aparecer entre a “vila” de Alto Changane e Maqueze, apesar de, num passado não muito distante, ter havido fundos para tal e algum material de construção ter chegado mesmo a ser descarregado no local. Alguma pedra foi concentrada ali perto da margem, ainda que, hoje por hoje, não tenha uma única pedrinha de amostra.

 

Este ano, há uns dias, com os mesmos acompanhantes, lá me fiz de novo a Maqueze.

 

Encontrei um outro Maqueze. Está a desenvolver-se, a tornar-se vila. Mau grado a desurbanização que graça. Definitivamente, não estamos a conseguir erguer bairros, aldeamentos e mesmo vilas bem urbanizadas, ruas bem organizadas, bem estruturadas. Nada, não conseguimos. Falta alinhamento, ruas e ruelas bem desenhadas, atalhoamento padronizado, conforme e profissional. Nada. Maqueze, como muitos agregados pelo país fora, está a crescer desordenadamente! Mas está a crescer. Muitas construções à vista; palácios até. Água, já há um sistema de abastecimento. Energia, está em curso a construção de uma mini-central fotovoltaica. O futuro parece muito promissor!

 

Desta vez, ia a uma festa de aniversário de um amigo. Não era um aniversário qualquer, aniversário de uma figura emblemática, quase com a idade de pai: Amós Stefane Mahanjane! O embaixador Amós Mahanjane. Esse mesmo. Figura com espaço nobre na História de Moçambique, antigo combatente, representante do país no estrangeiro! Oficialmente, fazia 76 anos de idade; mas, de facto e de verdade, fez 82 primaveras! Uma boa idade, maior para aquilo que a sua compostura física aparenta - ainda com ar jovial. Uma figura muito afável, bondosa, de grande coração, ajudadora do outro, sempre preocupada com os outros.

 

Foram muitas palmas para o mano Amós, tantos eram os convidados presentes, entre familiares, amigos e conhecidos. Palmas, ovações e aplausos muito merecidos. Uma festa muito bonita. Simples, mas bonita! Muitas mensagens apresentadas. Muitas homenagens. Muitas vénias. Muitas ofertas. Muita alegria. Sem muito protocolo ou complicações, todo aquele que entendesse, dava o seu depoimento sobre o aniversariante. Depois, muita confraternização regada de abundante canhû e tanta comida. Só terminou noite adentro, com muita música, de uma banda local e de DJ, concurso de dança e canto improvisados. Foi muito bonito.

 

Depois, o fim. Chegou a vez de pegar a estrada. De novo, o calvário e a volta a dar. De Maqueze a Chibuto, são perto de 80 quilômetros, via Alto Changane. No entanto, via Mohambe, são cerca de 120 quilômetros!... setenta e tal dos quais em terra batida. Uma via escorregadia, esburacada, de terra falsa. Mas houve mundos e fundos para se reabilitar esta via e pô-la em condições melhores. Mas nada se passou. Dinheiro foi para o bolso do empreiteiro, a S. Construções; e nada de sério aconteceu que beneficiasse os utentes da via, os maquezenses, nhlanganinenses, etc., etc.

 

Foram 11.260.951,31 (onze milhões, duzentos e sessenta mil novecentos e cinquenta e um meticais e trinta e um centavos)! Isso mesmo! Onze milhões e duzentos e sessenta mil para um troço de 54 quilômetros! Apenas 54. Houve areiazinha aqui, uma pedrada ali… mais nada!

 

Termino como terminei a outra crônica a que fiz referência, de Maio de 2021. ATÉ QUANDO O SOFRIMENTO DOS COMPATRIOTAS MAQUEZENSES/NHLANGANINENSES? NÃO SÃO ELES MOÇAMBICANOS? NÃO MERECEM UMA PONTECA ALI [NO ALTO CHANGANE, PARA FACILITAR A VIDA DELES?] NÃO MERECEM?

 

Estou curioso em ouvir a música que se vai tocar para conquistar os votos daqueles concidadãos para os próximos pleitos!

 

ME Mabunda

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segunda-feira, 07 março 2022 13:08

Há cheiro de carne assada na comunidade maometana

A comunidade maometana é uma organização religiosa com raízes bem profundas em Moçambique, visto que a sua criação data de 16 de Janeiro de 1935 através da portaria n˚2; 407, estando ainda em uso até hoje os estatutos criados nos primórdios do colonial fascismo quase próximo da criação do Estado Novo do Salazar.

 

Durante a leitura dos estatutos é possível deparar-se com abordagens de segregação racial, pois nos termos da mesma só podem ser membros os maometanos indianos, uma autêntica violação do principio da igualdade previsto artigo 35 da Constituição da República, e sem deixar do lado que a lei das associações, lei n 8/91 de 18 de Julho, exige a alteração dos estatutos de todas as associações privadas para que se coadunem com a realidade constitucional do País sob pena da sua extinção administrativa e reversão a favor do Estado todo o Património.

 

Tendo em conta o que acabamos de abordar duas questões se levantam:

 

  • Esta associação indiana, só pode ter membros indianos, mas mesmo assim não está claro se indianos a que se refere é a casta ou nacionalidade indiana?
  • Porquê à data, decorridos mais de 46 anos de independência Nacional, esta associação não se reajustou à realidade dos moçambicanos , ou seja não deve haver membros moçambicanos  e se existem não devem ter qualquer expressão?

 

Desde a demissão de um destacado dirigente da comunidade maometana, a mesma vem demonstrando problemas sérios de gestão e cumprimento dos seus objectivos, se não vejamos:

 

  • A comunidade deveria até no mês de Janeiro reunir em sede de assembleia geral para apreciação do relatórios de conta da gerência da Direcção, o que em nenhum momento se verificou, uma prova clara de falta de transparência na gestão de uma instituição tão antiga como esta, que pauta pela legalidade e transparência, talvez existam graves problemas nas contas para tanto encobrimento, e não se pode socorrer a pandemia para justificar a não realização da Assembleia, pois já lá vão mais de um ano que a mesma não tem acontece e nunca foi cogitada a sua realização.
  • A comunidade pouco ou quase não se tem posicionado e prestado devido apoio o governo e aos deslocados na questão do conflito militar com os insurgentes em Cabo Delgado, acreditamos que reside na comunidade também o dever de demonstrar que o islã é uma religião pura, que apregoa o amor e a paz entre os homens independentemente da cor, raça e crença.

 

Toda essa desorganização organizada é um banquete de escamoteamento de princípios e valores da comunidade, uma mesa que deveria ser pura.

 

A questão da ilegalidade do funcionamento da comunidade maometana (não realização das eleições, Estatutos contrários a lei, falta de transparência na administração da mesma), coloca a PGR e os Assuntos Religiosos no dever de com urgência fazer cumprir a Constituição e as demais leis vigentes, pois é mesmo por não se tomar medidas justas e adequadas a nossa realidade, surgem Associações Religiosas, Mesquitas e Igrejas como cogumelos, com seus líderes vitalícios.

 

Urge a necessidade do Governo, através da PGR por cobro a estas arbitrariedades, exigir que num prazo de 90 dias a  destituição da actual direcção por estar a servir de forma ilegítima, e a constituição de uma direcção de transição até que sejam realizadas eleições de uma nova direcção cuja a sua primeira obrigação consistirá na elaboração e aprovação de novos estatutos.

 

Que esta experiência sirva de aprendizado para se impor medidas que permitam o Estado conhecer quais os factos reais, sob pena de Maputo se tornem num outro Cabo Delgado.  

 

Por: Salvador Murchidão

Jurista e activista social

segunda-feira, 07 março 2022 09:59

Apetece-me invadir a Rússia

Do mesmo jeito que o cineasta norte-americano Woody Allen disse um dia – de que não podia escutar muito Wagner, maestro e compositor de ópera alemão que o ditador nazista Adolf Hitler adorava escutar, porque ficava com vontade de invadir a Polónia – eu tenho a mesma vontade em relação a Rússia depois que vejo um Telejornal que debruce sobre a invasão da Rússia à Ucrânia.

 

Agora estou curioso em saber o que Vladimir Putin, o presidente russo, adora escutar. Mais curioso ainda estou em saber se tal música fora a que ele, eventualmente, escutara na madrugada de 24 de Fevereiro de 2022, enquanto as suas tropas iniciavam a invasão à Ucrânia.

 

Mas vendo bem, não vou fazer essa pesquisa. E seja lá qual for a música ou músico que Putin goste, certamente que os efeitos de a escutar não são boa coisa.

 

Ademais, aconselho até a nossa classe política a não procurar saber e muito menos escutar tal música, pois os tempos eleitorais que se avizinham, a começar  pelas hostes do partido glorioso, não são propícios para o tipo de música que Putin escute.

 

Por enquanto, e para fechar, partilhar que para conter os meus ânimos belicistas depois de cada Telejornal, tenho escutado muito a música ligeira moçambicana. Esta, talvez por ser ligeira, deixa-me manso. Porventura até seja o tipo de música que os líderes do Ocidente estejam a ouvir por estes dias.