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Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

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Passam 56 dias desde que mais de 4.8 milhões de moçambicanos foram chamados a eleger os novos edis das 65 autarquias, porém, as eleições do passado dia 11 de Outubro continuam a alimentar debates, com a generalidade da opinião pública a defender que a decisão tomada pelo Conselho Constitucional de atribuir vitória ao partido Renamo em quatro municípios foi administrativa e não teve como base o voto popular.

 

Esta semana, o Centro de Integridade Pública revelou, em seu boletim sobre as eleições, que a Frelimo foi a legítima vencedora das eleições autárquicas na vila de Alto-Molócuè, província da Zambézia, sendo que a vitória atribuída à “perdiz”, pelo Conselho Constitucional, não tem nenhuma base documental.

 

Dados da contagem paralela do Consórcio Eleitoral Mais Integridade, divulgados pelo CIP, revelam que a Frelimo obteve mais de 60% dos votos, em 51 mesas de votação, de um total de 52 mesas que haviam sido montadas na vila autárquica de Alto-Molócuè.

 

O CIP diz que o “Mais Integridade” teve acesso aos dados do apuramento parcial no quadro negro, que davam vitória à Frelimo com 65% e aos números do apuramento parcial nos editais produzidos nas mesas de votação, que também davam vitória à Frelimo com 63%.

 

A mesma tendência de vitória da Frelimo, em Alto-Molócuè, foi mantida pelas Comissões Distrital e Nacional de Eleições que, nos seus editais do apuramento intermédio e geral, respectivamente, deram vitória à Frelimo com 67% dos votos.

 

Porém, “o CC [Conselho Constitucional] transferiu 3.275 votos da Frelimo para a Renamo. Isto representa 25% da votação inicial da Frelimo – a maior transferência percentual efectuada pelo CC. É equivalente a uma transferência de 63 votos em cada mesa de voto em Alto-Molócuè. A votação da Renamo aumentou de 31% para 48%, dando-lhe uma margem estreita de 107 votos (0,6%). Houve uma transferência de cinco assentos na Assembleia Municipal, dando à Renamo uma maioria de 12 para 11. O CC também triplicou o número de votos para o MDM, dando-lhe mais 482 votos”, defende o CIP.

 

“Isto é exactamente o oposto de Maputo e Matola, onde os editais são públicos e mostram que a Renamo ganhou, mas o CC deu a vitória à Frelimo. O CC não deu quaisquer razões ou explicações para estas decisões anómalas”, acrescenta.

 

No entanto, a organização sublinha que os observadores do “Mais Integridade” notaram que, “em muitas assembleias de voto, a contagem foi atrasada ou a declaração dos resultados foi atrasada ou mesmo não foi afixada”, sendo que, “pelo menos 15 mesas de voto mostraram indícios de enchimento de urnas”.

 

Refira-se que a vila de Alto-Molócuè integra uma lista de quatro municípios ganhos pela Renamo, cuja vitória foi declarada pelo Conselho Constitucional, depois de a Comissão Nacional de Eleições ter declarado o triunfo da Frelimo. Fazem parte desta lista os municípios de Vilankulo (Inhambane); Alto-Molócuè e Quelimane (Zambézia); e Chiúre (Cabo Delgado).

 

No entanto, embora a contagem paralela tenha dado vitória à Renamo nos municípios de Maputo e Matola, o Conselho Constitucional manteve os resultados da CNE, dando vitória à Frelimo, porém, aumentando o número de mandatos dos partidos da oposição.

 

Lembre-se que eleitores de duas assembleias municipais (escolas), na autarquia de Milange, e de quatro assembleias de voto, no município de Gurué, na província da Zambézia, deverão regressar às urnas no próximo domingo, 10 de Dezembro, em virtude de os seus votos terem sido invalidados. Igualmente, deverão votar, no próximo fim-de-semana, os eleitores de duas escolas da autarquia de Nacala-Porto, província de Nampula, e de todo o município da vila de Marromeu, província de Sofala. (Carta)

O projecto de texto para um acordo final da COP28 inclui três opções para lidar com combustíveis fósseis.

 

A primeira é “uma eliminação ordenada e justa”. No jargão da ONU, sugere que as nações ricas com uma longa história de queima de combustíveis fósseis iriam eliminá-las mais rapidamente do que outras.

 

Em segundo lugar, apela à “aceleração dos esforços no sentido da eliminação progressiva dos combustíveis fósseis”. E uma terceira seria evitar qualquer menção à eliminação progressiva.

 

Os Estados Unidos, os 27 países da União Europeia e os pequenos estados insulares vulneráveis ao clima estão a pressionar por uma eliminação progressiva dos combustíveis fósseis para impulsionar as profundas reduções das emissões de CO2 que os cientistas consideram necessárias nesta década.

 

Mesmo assim, nenhum dos principais países produtores de petróleo e gás do mundo tem planos de interromper a perfuração desses combustíveis, de acordo com o Net Zero Tracker, um consórcio de dados independente que inclui a Universidade de Oxford.

 

Grandes produtores, incluindo a Arábia Saudita e a Rússia, resistiram às propostas anteriores de eliminação progressiva. O ministro da Energia da Arábia Saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, disse à Bloomberg TV que o seu país “absolutamente não” concordaria com um acordo que exige a redução progressiva dos combustíveis fósseis.

 

David Waskow, director da iniciativa climática internacional do World Resources Institute, disse não acreditar que um resultado da COP28 fosse possível sem um mandato claro para abandonar a dependência global do petróleo, gás e carvão. “Não creio que sairemos de Dubai sem uma linguagem clara e uma direção clara sobre o abandono dos combustíveis fósseis”, acrescentou.

 

O texto preliminar também inclui linguagem que apela à ampliação da tecnologia de captura de carbono, o que provavelmente provocará resistência de alguns países preocupados com o uso de tais tecnologias nascentes para justificar o uso contínuo de combustíveis fósseis.

 

Aumentam as emissões dos combustiveis fosseis

 

O relatório do Orçamento Global de Carbono afirma que as emissões de CO2 provenientes do carvão, do petróleo e do gás continuam a aumentar, impulsionadas pela Índia e pela China.

 

Espera-se que os países emitam um total de 36,8 mil milhões de toneladas métricas de CO2 provenientes de combustíveis fósseis em 2023, um aumento de 1,1% em relação ao ano passado, concluiu o relatório elaborado por cientistas de mais de 90 instituições, incluindo a Universidade de Exeter.

 

As emissões globais deste ano, que atingiram um máximo recordem no ano passado, estagnaram em 2023 devido a uma utilização ligeiramente melhor da terra, incluindo um declínio na desflorestação. As emissões, incluindo o uso da terra, deverão totalizar 40,9 bilhões de toneladas este ano.

 

As emissões de combustíveis fósseis da China aumentaram depois de o país ter levantado as restrições à COVID-19, enquanto o aumento da Índia resultou do crescimento da procura de energia mais rapidamente do que a sua capacidade de energia renovável, deixando os combustíveis fósseis para compensar o défice.

 

A trajetória de emissões deste ano afasta ainda mais o mundo da prevenção de um aquecimento global superior a 1,5 graus Celsius acima dos tempos pré-industriais. (Reuters)

Os países participantes da conferência climática COP28 estão a considerar pedir uma eliminação formal dos combustíveis fósseis como parte do acordo final da cúpula da ONU para combater o aquecimento global, mostra um rascunho do texto de negociação visto nesta terça-feira.

 

A proposta certamente provocará um debate acalorado entre os quase 200 países participantes da conferência de duas semanas em Dubai, com os governos ocidentais pressionando para que a linguagem seja incluída, enquanto os produtores de petróleo e gás estão ansiosos para deixá-la de fora.

 

Uma investigação publicada na terça-feira mostrou que as emissões globais de dióxido de carbono provenientes da queima de combustíveis fósseis deverão atingir um máximo histórico este ano, alimentando preocupações entre os cientistas de que os esforços para combater as alterações climáticas não são suficientes para evitar os seus piores impactos.

 

O rascunho do que poderia ser o acordo final da COP28, divulgado pelo órgão climático da ONU na terça-feira, propunha “uma eliminação ordenada e justa dos combustíveis fósseis” que, se adoptada, marcaria o primeiro acordo global para acabar com a era do petróleo.

 

No palco principal da COP28, os CEO de várias grandes empresas de energia defenderam o petróleo e o gás, destacando os seus progressos em áreas como a redução do gás com efeito de estufa metano.

 

"Somos grandes e podemos fazer grandes coisas. Podemos entregar resultados e teremos que relatá-los muito em breve", disse Jean Paul Prates, CEO da Petrobras. “A transição energética só será válida se for uma transição justa”, acrescentou.

 

O CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanne, disse que uma transição do petróleo e do gás levaria muito tempo "por isso precisamos absolutamente produzir petróleo e gás de uma forma diferente, reduzindo as emissões. E podemos fazê-lo, temos a tecnologia". “É claro que tem um custo”, disse ele, “mas faz parte da nossa licença para operar, eu diria, para o futuro”.

 

Pelo menos 2.400 “lobistas” de combustíveis fósseis inscreveram-se para a cúpula deste ano, mostrou uma análise dos dados de registo da ONU, publicada pela Kick Big Polluters Out. Os lobistas superaram em número os 1.609 delegados dos 10 países mais vulneráveis ao clima combinados, disse a coligação internacional de grupos de activistas climáticos.

 

Activistas climáticos organizaram vários pequenos protestos contra a presença da indústria de combustíveis fósseis no amplo recinto da conferência. As Ilhas Marshall, entretanto, apresentaram um plano nacional para se adaptarem à subida do nível do mar, um reconhecimento de que os impactos do aquecimento já estão a atingir as suas costas. (Reuters)

Dom Carlos Matsinhe, que é igualmente Presidente da Comissão Nacional de Eleições, já reagiu à carta dos bispos anglicanos que exigem a sua demissão imediata de Bispo da Diocese dos Libombos, na sequência das controvérsias em torno dos resultados das eleições autárquicas de 11 de Outubro. O bispo pede ponderação e diz que as pessoas estão a denegrir a sua imagem. Dom Matsinhe afirma ainda que não é traidor e nem mentiroso.

 

Na sequência do conturbado processo eleitoral e de acusações de uma gestão danosa por parte da Comissão Nacional de Eleições, sob presidência de Dom Carlos Matsinhe, 10 dos 12 bispos que compõem a liderança da Igreja Anglicana em Moçambique e Angola escreveram, no passado dia 30 de Outubro, uma carta exigindo a resignação imediata do Bispo da Diocese dos Libombos, Dom Carlos Matsinhe. 

 

A Igreja Anglicana em Moçambique convocou, no passado dia 14 de Novembro, uma reunião da Comissão permanente da 23ª do Sínodo diocesano para discutir a carta dos bispos da denominação, no país e em Angola, exigindo a resignação imediata de Dom Carlos Matsinhe, mas o encontro não chegou a acontecer.

 

Os bispos da Igreja Anglicana de Moçambique e Angola entendem que a atitude do seu membro não é merecedora do respeito da congregação já que compactuou com algo errado e que contraria o que tem pregado e ensina no púlpito, ao mentir no lugar de falar a verdade ou se demitir caso a situação forçasse. 

 

Volvido um mês, e num documento de quatro páginas que a televisão privada ″Tv Sucesso″ conseguiu em exclusivo, Dom Carlos Matsinhe avança com lamentações, segundo as quais, ″tudo o que se tem dito contra ele não passa de desinformação e acusações infundadas que consubstanciam a forma mais vil e subtil de denegrir a imagem de uma pessoa, à luz do exercício de uma suposta democracia e liberdade de expressão″.

 

O clérigo defende-se afirmando que os pronunciamentos dos políticos e das pessoas da sociedade visam denegrir a sua imagem e da Igreja. ″Isso é um facto″, sublinha o Bispo reconhecendo, no entanto, que há coisas que acontecem sem premeditação.

 

″Vivemos e servimos um mundo de humanos″, diz Dom Matsinhe, que de seguida pede desculpas por todo o embaraço em torno da sua pessoa.

 

No documento, o Bispo orgulha-se por ser dirigente da Anglicana e pelo facto de servir fielmente a Igreja. ″Orgulho-me por ser bispo da Igreja Anglicana em Moçambique e Angola. Por isso não sou traidor e muito menos mentiroso. Se eu fosse, teriam visto isso muito antes ao longo dos 44 anos de ministério que inicia com o diaconato até ao cargo que exerço hoje″, explica Dom Carlos Matsinhe, lembrando que, face a convicção que demonstra sob a sua liderança, recusa-se a renunciar voluntariamente e pede ponderação sobre a matéria.

 

Em relação à reforma que os seus pares de Moçambique e Angola recomendaram até 30 de Novembro, que equivale à resignação, Dom Matsinhe considera uma matéria que deve ser ponderada, incluindo uma auscultação exaustiva dos crentes, em particular da Diocese dos Libombos. O mandato de Dom Carlos Matsinhe como Bispo da Diocese dos Libombos termina em Outubro de 2024. (Carta)

A Eletricidade de Moçambique (EDM) vai construir e operar novas centrais solares nas províncias de Cabo Delgado e Nampula, avançando ainda com uma central solar flutuante na barragem de Chicamba, em Manica, anunciou hoje a elétrica estatal.

 

Em comunicado, a EDM refere que assinou um memorando de entendimento com a Africa50 para “desenvolvimento de projetos de produção e transporte de energias renováveis”, no âmbito das iniciativas para “impulsionar a Transição Energética em Moçambique”.

 

A Africa50 “irá cooperar com a EDM no desenvolvimento, financiamento, construção e operação” das centrais solares terrestres de Montepuez, em Cabo Delgado, e Angoche, em Nampula, com a capacidade instalada de 100 MegaWatts (MW) e 60 MW, respetivamente, englobando a componente de armazenamento de energia.

 

“Os acordos incluem, ainda, o desenvolvimento da primeira central solar flutuante de 100 MW, no reservatório da Central Hidroelétrica de Chicamba, com o objetivo de utilizar as superfícies de água existentes para a produção de energia, poupando, assim, as terras aráveis para fins agrícolas”, acrescenta o comunicado.

 

Além destes projetos, os presidentes dos conselhos de administração das duas empresas assinaram um memorando de entendimento para implementação de projetos de transporte de eletricidade: a Linha Metoro - Montepuez - Marrupa, de 285 quilómetros e 220 kV, da Linha Maputo – Matutu, de 72 quilómetros e 400kV, e da Linha Massinga - Vilankulo, de 200 km e 110kV, além da construção de subestações.

 

"Com a aposta na diversificação da matriz energética, esperamos produzir, nos próximos anos, cerca de 200 MW em energias renováveis, sendo que, deste modo, a EDM coloca-se na vanguarda da transição energética, alinhando-se, igualmente, aos pressupostos do Acordo de Paris, visando a redução do aquecimento global", afirmou o presidente do conselho de administração da elétrica moçambicana Marcelino Gildo Alberto, após a assinatura deste acordo, em 02 de dezembro, no Dubai.

 

A Africa50 foi criada pelos governos africanos e pelo Banco Africano de Desenvolvimento para colmatar a lacuna de financiamento de infraestruturas em África, facilitando o desenvolvimento de projetos, mobilizando financiamento e investindo em infraestruturas.

 

O entendimento entre as duas partes, que envolveu quatro acordos, foi alcançado durante a 28.ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28).

 

"Esperamos unir forças com a EDM para acelerar a implantação de infraestruturas de energia verde na produção, bem como na transmissão de energia elétrica, alavancando o capital do setor privado e a nossa parceria com a iniciativa Africa Green Investment dos Emirados Árabes Unidos, para realizar estes investimentos significativos em Moçambique", referiu por sua vez o presidente da Africa50, Alain Ebobissé, citado no comunicado da elétrica moçambicana.

 

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, afirmou que a nova Estratégia de Transição Energética vai colocar o país na “vanguarda da inovação climática”.

 

“Esta iniciativa não apenas coloca Moçambique na vanguarda da inovação climática, como também o posiciona como um destino de investimento atrativo sustentável”, disse o chefe de Estado, após intervir, no sábado, num dos painéis da COP28.

 

“Enfrentamos duas realidades que constituem um dilema face às nossas ambições de desenvolvimento económico: como um país em desenvolvimento, os níveis de acesso à energia estão abaixo de 53%, mas somos hospedeiros de grandes reservas de gás natural”, recordou.

 

“Para contornar” a situação, explicou, foi aprovada esta nova estratégia: “Assumindo desta forma o nosso papel fundamental na transição energética no suprimento das necessidades energéticas da África Austral, o que vai contribuir para a descarbonização regional”.

 

O Governo de Moçambique aprovou em 22 de novembro a Estratégia de Transição Energética com investimentos de 80 mil milhões de dólares (73 mil milhões de euros) a implementar até 2050.(Lusa)

Desenvolver talentos, conectar e criar oportunidades para impactar o mundo faz parte do ADN da Movitel Moçambique. Ao longo destes onze anos de actividade, tem procurado causar impacto na vida das pessoas e da sociedade, através de inúmeras actividades e iniciativas e os reflexos são bem visíveis nas comunidades rurais à escala nacional, visto que o auto-emprego nessa área cresce em cadeia.

 

A Movitel é, neste momento, a empresa que mais inspira a confiança das famílias moçambicanas, devido às suas boas práticas de prestação de serviços. A marca está implantada em todo o território nacional, movendo empatia genuína no seio dos utilizadores dos nossos diferentes serviços que agregam valores incomparáveis no mundo da conectividade.

 

Diariamente, a empresa é confrontada, nas suas instalações, com uma avalanche de pessoas que se socorrem das suas plataformas para desenvolver actividades geradoras de receitas para o auto-sustento. Ao conectar com o mundo, pela via da internet, proporciona directa e/ou indirectamente oportunidade de trabalho a milhares de moçambicanos.

 

Hoje, contabiliza, na sua carteira de clientes, muitos revendedores que, de forma inteligente, conseguem gerar rendas para a sua sobrevivência. Na verdade, a Movitel é um parceiro estratégico no mercado das telecomunicações, por isso tem estado a expandir-se pelas comunidades recônditas com intuito de lhes dar a real luz de esperança e de vida.

 

As comunidades rurais já têm acesso a diferentes serviços da Movitel e manifestam-se satisfeitas por estarem a usufruir de tecnologias de ponta que ajudam a transformar as suas vidas. A empresa continua a apostar na formação e transferência de conhecimento para diferentes segmentos da sociedade, incorporando nela soluções simples e impactantes de médio e longo prazos.

 

“É preocupação da Movitel formar pessoas para um desenvolvimento horizontal, envolvendo desde os novos colaboradores no processo de aquisição de competências até à retenção de talentos. Entendemos que a gestão de pessoas é importante para desenvolver as mudanças nos ambientes competitivos e nos mercados globais”, defende a companhia.

 

A Movitel respeita e cumpre as leis e normas laborais do país, por isso nenhum colaborador seu aufere abaixo do salário mínimo estabelecido pelo Governo. “Em essência, pautamos sobre construir uma ponte sólida entre as necessidades da Movitel e as aspirações dos nossos colaboradores, assegurando uma trajectória de sucesso mútuo”. (Carta)

O valor das exportações de carvão mineral pela Vulcan e do alumínio pela Mozal reduziu em um bilião de USD no terceiro trimestre de 2023 corrente, comparativamente ao período homólogo de 2022, a traduzir a queda dos preços dessas principais mercadorias de Moçambique no mercado internacional. Esse fenómeno afecta as empresas que fornecem esses produtos, mas, em última análise, a economia, no geral.

 

Dados da Trading Economics mostram que se em Dezembro de 2022 uma tonelada de alumínio custava no mercado internacional 2519 USD, este ano o preço caiu para 2184 USD, uma diferença de 335 USD. Quanto ao carvão mineral, no ano passado, em igual mês custava 408 USD por tonelada, mas em princípios de Dezembro deste ano, o preço caiu para 135 USD por tonelada, o que representa uma diferença de 273 USD.

 

No período em análise, as exportações de carvão mineral situam-se em 1.6 bilião de USD contra 2.1 biliões de USD registados em igual período de 2022, o que representa uma queda de 564 milhões de USD. O valor das exportações de barras de alumínio atingiu 853 milhões no trimestre passado, contra 1.3 bilião de USD contabilizados em igual período de 2022, o que implicou uma redução de 470 milhões de USD. O valor da queda das exportações destes produtos totaliza pouco mais de um bilião de USD.

 

Se as exportações de carvão e barras de alumínio caíram, o gás e a energia eléctrica registaram incrementos. Dados constantes do Relatório de Conjuntura Económica e Perspectivas de Inflação (CEPI), publicado em finais de Novembro último, indicam que o aumento das exportações de gás e energia deveu-se ao incremento da produção.

 

No terceiro trimestre, a exportação do gás natural atingiu 1.1 bilião de USD (influenciada pela produção do Projecto Coral Sul FLNG) contra 316 milhões registados em igual período de 2023, o que representa um aumento em 853 milhões de USD. Já a exportação de energia eléctrica cresceu 40 milhões de USD, pois no trimestre em análise, o valor de exportação deste bem atingiu 474 milhões de USD contra 435 milhões do período homólogo de 2022.

 

O Relatório do CEPI publicado pelo Banco de Moçambique aponta, porém, perspectivas de aumento de volume de exportações, no curto prazo, favorecido pela melhoria do desempenho dos grandes projectos, com destaque para o gás natural. (Evaristo Chilingue)

Moçambique registou pelo menos 48 mil mortes causadas pelo HIV/SIDA em 2022, segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional contra a SIDA.

 

Segundo o Secretário Executivo do Conselho, Francisco Mbofana, que falava sexta-feira, em Maputo, na cerimónia que assinalou o Dia Mundial da SIDA, que decorreu sob o lema “Comunidade e Sociedade Civil na Vanguarda da Resposta ao HIV/SIDA” 97.000 pessoas foram infectadas pelo HIV.

 

No ano passado, segundo Mbofana, 2,4 milhões de pessoas em Moçambique viviam com a doença. “O país tem uma taxa de prevalência do HIV de 12,5 por cento”, disse, acrescentando que as províncias do sul, Maputo e Gaza, e a província central da Zambézia registam o maior número de casos da doença.

 

Por seu lado, o ministro da Saúde, Armindo Tiago, disse que cerca de dois milhões de seropositivos estão em tratamento anti-retroviral para uma doença que afecta particularmente as mulheres entre os 15 e os 49 anos.

 

“Em 2022, 2,4 milhões de moçambicanos viviam com HIV-SIDA e, destes, 98 por cento são adultos. Também no ano passado registámos 97 mil novas infecções e 48 mil mortes”, detalhou.

 

Do número total de pessoas infectadas em Moçambique, até Setembro de 2023, pelo menos 88 por cento conheciam o seu estado, em comparação com 36 por cento no mesmo período de 2010, acrescentou. Graças à disponibilização do tratamento anti-retroviral, disse o Ministro, o país conseguiu prevenir a morte de cerca de um milhão de pessoas e a transmissão vertical da doença das mães para 330 mil crianças.

 

Tiago explicou ainda que os números resultam da expansão dos serviços de tratamento anti-retroviral em 96 por cento das unidades de saúde de Moçambique, além do trabalho realizado pelas comunidades, sociedade civil e profissionais de saúde. (AIM)

Um grupo de trabalhadores do Conselho Municipal da cidade de Nampula ameaça entrar em greve a partir de quarta-feira (06), paralisando todos os principais serviços da edilidade. Para o efeito, o grupo enviou uma carta ao Comandante Provincial da PRM, pedindo protecção.

 

Os trabalhadores, alguns dos quais à espera da aposentação, dizem estar profundamente agastados e acusam o edil de Nampula, Paulo Vahanle, de falta de consideração e vontade em resolver as suas preocupações. Apontam igualmente a falta de salário, de comunicação e de condições de trabalho, incluindo de material de limpeza e de energia em alguns sectores do edifício onde funciona a Assembleia Municipal.

 

Conforme alegam, estas questões são do conhecimento de Paulo Vahanle, mas o edil não manifesta vontade de resolvê-las.

 

Para os trabalhadores, a justificação segundo a qual a edilidade não recebe o Fundo de Compensação Autárquica (FCA) para pagar as várias despesas não convence porque alegam que há dinheiro que provém das receitas. Aliás, denunciam que Paulo Vahanle e outros elementos do seu círculo de amizade supostamente recebem salários e ajudas de custo.

 

"Face ao exposto, todos os funcionários e agentes do Estado, em exercício no conselho municipal de Nampula, comunicam que, a partir do dia 6 de Novembro de 2023, vão observar uma greve, respeitando os pressupostos da lei e sem data de término", lê-se na carta enviada à PRM em Nampula. (Carta)

Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam haver uma redução do número de estudantes graduados nas universidades moçambicanas, nos últimos quatro anos. De acordo com o Anuário Estatístico 2022, publicado há dias pelo INE, estudantes graduados reduziram de 24.205, em 2018, para 17.639, em 2022, uma diminuição de 6.566 graduados.

 

O documento do INE, que não traz qualquer explicação em torno deste facto, detalha que a maior redução se verificou entre 2021 e 2022, ao passar de 23.178 graduados para 17.639, uma descida de 5.539 estudantes.

 

De acordo com os dados do INE, o número de graduados nas universidades públicas desceu de 14.432, em 2018, para 10.321, em 2022, enquanto nas universidades privadas, os números caíram de 9.773, em 2018, para 7.318.

 

Em contrapartida, o número de novos ingressos disparou nas instituições de ensino superior em Moçambique. Os dados do INE indicam que o número de novos ingressos subiu de 50.254 estudantes, em 2018, para 71.372, em 2022.

 

O INE mostra, no relatório, que o crescimento se verificou com maior notoriedade no ensino privado, onde a procura cresceu em mais de 18 mil novos estudantes nos últimos quatro anos. De 2018 para 2022, as universidades privadas dispararam de 23.370 novos estudantes para 41.473, em 2022, enquanto nas universidades públicas, os novos ingressos aumentaram de 26.884 estudantes, em 2018, para 29.899, em 2022.

 

O número de estudantes matriculados também cresceu nos últimos anos. Em 2018, o ensino superior moçambicano contava com 213.930 estudantes matriculados, tendo aumentado para 253.227, em 2022. Aqui, nota-se também o maior contributo das universidades privadas.

 

Em 2018, o ensino privado contava com 85.502 estudantes matriculados, um número que subiu para 109.459 estudantes, em 2022. Nas instituições públicas, o número de estudantes matriculados cresceu de 128.428, em 2018, para 143.768, em 2022.

 

Dos dados do INE, há que destacar, igualmente, o crescente domínio das mulheres nas universidades privadas, contra o contínuo domínio dos homens nas universidades públicas. Em 2018, havia 42.190 estudantes do sexo feminino matriculadas nas universidades privadas, contra 43.312 do sexo masculino. 

 

Mas, em 2022, as universidades privadas contavam com 57.168 mulheres matriculadas, contra 52.291 homens. A nível das universidades públicas, em 2018, havia 74.028 estudantes do sexo masculino inscritos contra 54.400 do sexo feminino e, em 2022, contabilizavam-se 82.480 homens contra 61.288 mulheres matriculadas.

 

O Anuário Estatístico de 2022 revela ainda um ligeiro aumento de número de professores nas universidades moçambicanas, de 14.104, em 2018, para 14.375, em 2022. Entretanto, neste capítulo, o destaque vai para o aumento do número de professores a tempo inteiro, que subiu de 5.716, em 2018, para 7.095 e a redução do número de professores em tempo parcial, de 8.388, em 2018, para 7.280, em 2022.

 

Contudo, o número de professores a tempo inteiro reduziu nas universidades públicas, de 4.303, em 2018, para 2.805, em 2022. Nas universidades privadas, o cenário é diferente: o número de professores a tempo inteiro cresceu de 1.413, em 2018, para 4.290, em 2022. (A. Maolela)

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