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Redacção

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Funcionários públicos afectos a diversos pelouros do Governo da Província de Inhambane retiraram de forma fraudulenta, dos cofres do Estado, mais de 20 milhões de Mts, ao longo do ano. A informação foi avançada pelo Director Provincial de Combate à Corrupção (DPCC), Sinai Lonzo, em conferência de imprensa realizada na última segunda-feira.

 

Lonzo avançou que correm processos na justiça, nomeadamente, contra 13 funcionários da Autoridade Tributária, três Oficiais da Justiça, um Administrador distrital, um Director Provincial, três agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) e um do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), totalizando assim 22, os arguidos envolvidos em desvios e subfacturações nas instituições acima citadas.

 

O valor total (estimado) dos desfalques ronda os 20 milhões de meticais, porém, as instituições de justiça só conseguiram recuperar pouco mais de 250 mil meticais até ao momento. (Carta)

Cinco dias após a detenção dos 12 cidadãos iranianos transportando mais de 1500 kg de heroína – conforme noticiamos na última segunda-feira – o Director-geral do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), Domingos Jofane, veio confirmar ontem, à imprensa, que os indivíduos interceptados pela operação conjunta entre a Marinha de Guerra das FADM e o SERNIC, efectivamente, transportavam as quantidades de droga acima mencionadas.

 

Segundo Domingos Jofane, “apercebemo-nos da aproximação de um barco que transportava carga proibida, fizemo-nos ao mar no sentido de enfrentarmos esse mal e os criminosos incendiaram o barco. De seguida capturamos 12 traficantes que estão, neste momento, a contas com a justiça”.

 

Jofane confirmou que as imagens que viralizaram nas redes sociais nos últimos dias eram autênticas e que o trabalho foi realizado em coordenação com as Forças de Defesa e Segurança (FDS). Este esclarecimento foi proferido à margem do Conselho Coordenador do SERNIC, que decorre em Maputo, com duração de três dias, e visa analisar a proactividade e implicações do combate ao crime.

 

A questão do tráfico de drogas pesadas em Moçambique virou um problema sério, conforme avançou a organização Iniciativa Global Contra o Crime Organizado, em Março do presente ano.


Segundo o seu estudo, as cidades de Pemba, Nacala, Nampula, Angoche e Maputo são citadas como “portos” de entrada e circulação de droga, sendo que o destino principal é a África do Sul, dali saindo para países da Europa, América e Ásia.

 

De acordo com o estudo, o tráfico da heroína proveniente do Afeganistão criou um novo corredor que passa por três países: Tanzânia, Moçambique e Quénia, o qual, entre os anos de 2016 e 2017 chegou a render pouco mais de 300 milhões de USD e estimando-se que no país tenham ficado mais de 100 milhões de USD. (Carta) 

Vários gestores da Banca Comercial assumem as sanções que o Banco de Moçambique (BM) tem vindo a aplicar em multas, às instituições financeiras que operam no país, por atropelos à Lei 14/2013, de 12 de Agosto, de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais e Financiamento ao Terrorismo e a Lei 15/99, de 1 de Novembro, das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.

 

Embora algumas sanções sejam severas, os gestores afirmam também ser um dever acatá-las, pois, ao aplicá-las, o BM pretende, em última análise, garantir a segurança do sistema financeiro nacional.

 

“Há sanções que às vezes são dolorosas, mas faz parte do trabalho do Banco Central. Tem que cumprir”, disse há dias, a Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Absa Bank Moçambique, Luísa Diogo, falando à margem do balanço preliminar e perspectivas do BM.

 

Luísa Diogo, PCA do Absa Bank Moçambique

 

Por seu turno, o PCA do Standard Bank Moçambique, Tomaz Salomão, disse ser incontornável o cumprimento das medidas impostas pelo regulador do sistema financeiro nacional. “As decisões do regulador estão para ser cumpridas e não para serem discutidas”, afirmou Salomão.

 

Ainda sobre a segurança do sistema, Salomão lembrou que a função dos bancos comerciais é guardar dinheiro do cidadão e que é preciso que, nesse âmbito, os utentes se sintam confortáveis e seguros.

 

Tomás Salomão, PCA do Standard Bank Moçambique

 

Desde a aprovação da Lei de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais e Financiamento ao Terrorismo, em 2013, o Banco Central tem vindo a multar as instituições financeiras nacionais.

 

Numa lista (em que constam 16 instituições) publicada pelo BM em finais de Outubro passado, o Absa Bank Moçambique é um dos bancos arrolados. De acordo com o comunicado do BM, o Absa tem uma multa de 1.4 milhão de Mts, por cometer três contravenções previstas nas duas referidas leis em 2018.

 

Trata-se da omissão de informações e incumprimento do prazo de remessa de informação; incumprimento do prazo de envio de relatório sobre avaliação interna de capitais, e incumprimento do dever de envio dos relatórios de testes de esforço ao BM.

 

De acordo com a nota do Banco Central, o Standard Bank tem uma multa avaliada em 500 mil Mts, por inobservância de relações e limites prudenciais no exercício económico corrente.

 

Tomás Matola, PCA do BNI

 

O comunicado do Banco Central mostra que, para além de bancos comercias de capitais privados, há instituições financeiras geridas (ou participadas) pelo Estado que também transgridem aquelas leis, tal é o caso do Banco Nacional de Investimento. 

 

De acordo com a nota, o BNI tem uma multa avaliada em 900 mil Mts por prestação de informações incompletas e susceptíveis de conduzir à conclusões no âmbito da Lei de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais e Financiamento ao Terrorismo.


Presente no balanço preliminar do BM, o PCA do BNI, Tomás Matola também assumiu à margem do evento, as sanções, lembrando que as medidas do BM visam assegurar a saúde financeira das instituições de crédito e sociedades financeiras nacionais.(Evaristo Chilingue)

O caso do desfalque de 84 milhões de Meticais no Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) esteve, esta terça-feira, em julgamento na 6ª Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo. A sessão estava, inicialmente, programada para ouvir os declarantes, mas terminou com a fixação de 27 de Janeiro de 2020 como a data para o juiz do caso, Rui Dauane, preceder à leitura da sentença.

 

O Ministério Público pediu a condenação dos arguidos, enquanto a defesa, a absolvição dos mesmos. A sessão de julgamento da última terça-feira ouviu ao todo seis declarantes, sendo três pertencentes ao Conselho de Administração (CA) do INSS, à data dos factos, o actual director-geral do INSS, o gestor financeiro da Rani Resorts Moçambique Lda. e o accionista de então da CR-Aviation, a AVS Investimentos.

 

Das declarações saídas daquela que foi a segunda sessão de produção de prova, saltou à vista o posicionamento unânime de Adelino Buque, Jéssica Gune e Gonçalves Zita, à data dos factos, administradores no chamado “banco dos pobres”. Os três administradores disseram, em coro, que tomaram ciência da existência do Memorandum de Entendimento (ME), que ligou o INSS à CR-Aviation, depois de o mesmo ter sido assinado. Em representação do INSS, assinou Francisco Mazoio, na qualidade de PCA do INSS, e Miguel Ribeiro, em nome da CR-Aviation, onde exercia as funções de director-geral.

 

O ME foi celebrado a 14 de Setembro de 2014 e previa que o INSS entraria na estrutura accionista da CR-Aviation, por via da aquisição de 15% das acções, sendo que, para o efeito, esta última entidade teria de desembolsar 7 milhões de USD. A ideia foi, igualmente, vincada por Alfredo Mauaie, actual director-geral do INSS, para quem nem todos os membros do CA tomaram conhecimento da existência do ME. Entretanto, quando confrontado pelo tribunal sobre quem eram, de facto, os administradores que não tomaram conhecimento, Mauaie disse que já não se recordava.

 

Mauaie disse, repetidas vezes, que o aludido ME foi celebrado à margem do regulamento de Segurança Social Obrigatória, visto que foi concedido um empréstimo a uma empresa (CR-Aviation) que não estava inscrita na Bolsa de Valores de Moçambique (BVM). O regulamento de Segurança Social Obrigatória veda o Instituto Nacional de segurança Social de conceder empréstimos e também de entrar na estrutura societária de empresas não cotadas em bolsa.  

 

Adelino Buque, administrador não-executivo, avançou que só tomou conhecimento do ME depois de este ter sido assinado. Buque explicou que ele e outros membros do CA analisaram a aquisição das acções da CR-Aviation num segundo encontro, tendo na ocasião sido aprovada a entrada na estrutura societária daquela companhia de aviação.


Disse ainda que no primeiro encontro do CA não foi analisado o ME. Buque acrescentou que foi a direcção-geral, liderada por Baptista Machaieie, que levou o negócio da CR-Aviation ao CA.

 

Jéssica Gune avançou que, à data dos factos, os membros do CA apenas concordaram com a entrada do INSS na estrutura da CR-Aviation, mas sob a condição de que fosse satisfeito o requisito da inscrição na BVM. Sobre o ME, Gune disse que só soube da sua existência após a assinatura do mesmo.

 

Posição similar foi assumida por Gonçalves Zita que, tal como disse, o CA orientou a direcção-geral para que se acautelasse a questão da entrada na BVM.

 

Outros declarantes

 

O Gestor Financeiro da Rani Resorts Moçambique Lda., Ivan Machava, confirmou ter vendido quatro aeronaves à CR-Aviation, ao preço total de 2.470. 000 USD. Explicou que as aeronaves foram adquiridas à subsidiária Black Ginger Moçambique Lda., que detinha a companhia de aviação e, consequentemente, as aeronaves.

 

A Rani Resorts Moçambique Lda., dona das Torres Rani, e a Black Ginger Moçambique Lda., extinta na sequência do negócio com a CR-Aviation (isto porque esta última comprou a companhia) são empresas pertencentes ao Grupo Rani Investiments, sediada em Dubai.

 

Machava detalhou que a CR-Aviation pagou, do valor global, à cabeça 2. 244. 000 USD em Dezembro de 2014 e o remanescente em prestações, até à sua conclusão em finais de 2016.

 

Por seu turno, Sérgio Fernando, representante da AVS-Investimentos contou que a sua empresa chegou à CR-Aviation em 2015, em virtude de ter adquirido 51% das acções que eram pertença de Miguel Ribeiro. Fernando relatou que a AVS entrou na sociedade e começou a trabalhar na base do ME assinado com o INSS, colocando em andamento o processo de entrada na BVM.

 

Disse ainda que foi contratada a Ernest & Young para auditar as contas da empresa, para de seguida iniciar-se com o processo de transformação da passagem da sociedade que era por cotas para anónima.

 

Sérgio Fernando avançou que a inscrição na BVM não chegou a efectivar-se precisamente porque o Banco Nacional de Investimentos (BNI), instituição que se havia predisposto a “apadrinhar”, desistiu quando se apercebeu que a CR-Aviation tinha problemas com a justiça. Na altura em que o BNI desistiu do negócio, o Banco de Moçambique (BM) já havia autorizado que a empresa pudesse ser inscrita na BVM.

 

Na sequência do fracasso, anotou Fernando, a AVS acabou vendendo a sua participação ao falecido Rogério Manuel, que era o PCA de CR-Aviation. (I.B.)

Estão desfeitas as dúvidas (se é que existiam).  Dez dias após as redes sociais terem sido inundadas por imagens ilustrando os insurgentes de Cabo Delgado em posse de uniformes e de duas viaturas das Forças de Defesa e Segurança (FDS), uma das quais da Polícia da República de Moçambique (PRM), o Comandante-Geral desta última corporação, Bernardino Rafael, confirmou o facto.

 

Falando esta quarta-feira a jornalistas, à margem da cerimónia de inauguração da 24ª Esquadra da PRM, a nível da cidade de Maputo – localizada no bairro do Zimpeto – Bernardino Rafael confirmou que (pelo menos) a viatura da Polícia e os respectivos uniformes, que aparecem nas imagens, pertencem efectivamente à corporação.

 

“Confirmamos que a viatura é nossa e foi incendiada em circunstâncias que estamos a investigar, para esclarecer o que de facto aconteceu”, afirmou Rafael.

 

Segundo o Comandante-Geral da Polícia, a dita viatura caiu numa emboscada. Porém, não adiantou o local e nem a data em que a mesma foi parar às mãos dos malfeitores, tendo reiterado apenas que as FDS estão a trabalhar para esclarecer a situação. Para Bernardino Rafael, o mais importante, neste momento, é o "êxito" que as FDS estão a ter no teatro das operações.

 

Refira-se que, nas referidas imagens, o grupo que aterroriza os distritos da zona norte da província de Cabo Delgado aparecia com duas viaturas de marca Mahindra, uma de cor branca e outra (com as cores) da Polícia da República de Moçambique, uniformes da Polícia e das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, armas de fogo, granadas e munições. Sublinhe-se que estas foram as primeiras imagens publicadas pelo grupo, desde que iniciou as suas incursões a 5 de Outubro de 2017. (Carta)

A concessão do Porto de Nacala ao Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN) vence a 10 de Janeiro de 2020 e as duas gigantes da sociedade (a Vale Moçambique e a japonesa Mitsui) parece estarem conformadas. Elas dizem que vão agora dedicar-se apenas ao seu “core business”: escoamento de carvão a partir de Tete.

 

Em Comunicado de Imprensa, recebido ontem na nossa redacção, o CDN explica que a não renovação do contrato teve a ver com a necessidade de o Governo reavaliar a estratégia de gestão e exploração das baías ao redor do Porto de Nacala, face ao seu potencial e oportunidades para o desenvolvimento.

 

“Com a não continuidade da gestão do Porto de Nacala, há necessidade das empresas do corredor convergirem os esforços no negócio principal, que é o escoamento e embarque de carvão, a partir de Tete até ao porto multiusuário de Nacala-à-velha, e alavancar a potencialidade do transporte ferroviário da carga geral”, explica na nota o PCA das empresas do Corredor Logístico de Nacala.

 

De acordo com o comunicado, o posicionamento irá permitir ao Corredor aumentar o volume, a eficiência e a eficácia na logística ferroviária de carga geral, bem como potenciar o negócio principal e manter o seu compromisso de continuar a investir para o desenvolvimento das comunidades ao longo do Corredor de Nacala.

 

“Até 2018, o CDN-Porto contribuiu em mais de 58,4 milhões de USD, em impostos, para o Estado moçambicano. Investiu cerca de 20 milhões de USD na aquisição de equipamentos portuários, para além de 11 milhões de USD em custos indirectos no aluguer de equipamentos”, destaca a nota.

 

O Contrato de Concessão para a exploração do Porto de Nacala pelo CDN iniciou a 10 de Janeiro de 2005, à luz da política de transportes, aprovada pela resolução 5/96 de 2 de Abril, que preconiza, entre outros, a participação do capital privado na reabilitação, exploração e gestão das infra-estruturas e serviços ferro-portuários. A vencer o contato entre o Governo e o CDN, a gestão do Porto de Nacala ficará a cargo da empresa pública Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique. (Evaristo Chilingue)

Lucílio Matsinha (Tchenguela), que foi detido em finais de Setembro passado na posse de cornos falsos de rinoceronte, é sócio do mercenário norte-americano Erick Prince, numa empresa denominada FSG Mozambique Segurança, Limitada – criada em finais de Julho deste ano.  

 

[Prince, um ex-fusileiro naval norte-americano, foi o fundador da  Blackwater, foi contratada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos para fornecer segurança durante a Guerra do Iraque. Em 2007, mercenários da Blackwater atiraram e mataram 17 civis iraquianos em Bagdad. Um dos funcionários envolvidos foi condenado por assassinato e três outros foram condenados por homicídio culposo. Em 2010, a Blackwater concordou em pagar 42 milhões de USD em multas por centenas de violações das regras de exportação dos EUA, incluindo a realização de propostas não autorizadas para o treinamento de tropas no sul do Sudão. A empresa agora opera como uma Academia, com sede na Virgínia. Erik Prince, administra o Frontier Services Group (FSG), sediado em Hong Kong, desde 2014. Até bem pouco tempo, a FSG foi indicada como estando a ajudar o Governo na contenção da insurgência em Cabo Delgado, negócio que terá perdido para os mercenários russos da Wagner.]

 

Lucílio é filho de Mariano Matsinha, um destacado veterano da luta de libertação nacional (Frelimo), que foi durante muitos anos Ministro da Segurança, responsável pelos serviços secretos de Moçambique.

 

De acordo com o Boletim da República nº 147 (III Série), de 31 de Julho de 2019, a FSG Mozambique Segurança, Limitada, foi matriculada na Conservatória do Registo das Entidades Legais no dia 26 de Julho de 2019, sob o NUEL 101188302.

 

Segundo o documento, a empresa resulta de uma “joint venture” entre a Frontier Services Group FSG Mozambique, S.A, e Lucílio Matsinha, maior, de nacionalidade moçambicana, portador do Bilhete de Identidade n.º 11010009090387A, emitido aos 13 de Janeiro de 2016, residente na Rua Aquino de Bragança, n.º 200, cidade de Maputo, Moçambique.

 

A Frontier Services Group FSG Mozambique, S.A, é uma sociedade anónima também matriculada na Conservatória do Registo das Entidades Legais, no dia 11 de Dezembro de 2017, sob o NUEL 100936062, e cuja sede sita no Bairro Central, Avenida da Marginal, Torres Rani, 6.º andar, na cidade de Maputo.

 

A referida empresa é representada, em Moçambique, pela senhora Haijie Li e o registo foi publicado no BR nº 16, III Série, de 23 de Janeiro de 2018. A mesma tem por objecto a gestão global de projectos, execução, manutenção e exploração de sistemas integrados de logística, segurança e seguro, incluindo a navegação, controlo e fiscalização marítima.

 

Segundo o BR, Tchenguela Matsinha é sócio maioritário da FSG Mozambique Segurança, Lda., com um capital social de 510 mil Mts, que corresponde a 51% do total do capital social da empresa, que é de 1 milhão de Mts. Por seu turno, a Frontier Services Group FSG Mozambique, S.A, entrou no negócio com um capital social de 490 mil Mts, o que corresponde a 49%.

 

Lucílio Matsinhe foi nomeado para o cargo de Administrador único da sociedade, para um mandato de quatro anos, sem direito a qualquer remuneração. De acordo com os estatutos da sociedade, a FSG Mozambique Segurança, Limitada, tem o seguinte objecto: “prestação de serviços de segurança estática e móvel, vigilância industrial, comercial, instalação e assistência de sistemas electrónicos de segurança em estabelecimentos comerciais, bancários, instituições privadas e estatais, missões diplomáticas, consulares, serviço de transporte de valores, guarda-costas, rastreio de viaturas e outros bens através do sistema satélite de segurança e outros serviços”. (A. Maolela)

A empresa britânica Gemfields anunciou, esta quarta-feira, 18 de Dezembro, ter leiloado os rubis de Namanhumbir, produzidos pela Montepuez Ruby Mining (MRM), no valor de 71,5 milhões de USD. O leilão, o 13º a ser realizado desde Junho de 2014, decorreu entre os dias 10 e 14 de Dezembro de 2019, em Singapura, no continente asiático.

 

O resultado representa um crescimento na ordem de 21,5 milhões de USD, relativamente ao último leilão, realizado em Junho passado, também em Singapura, onde a empresa encaixou 50 milhões de USD.

 

Aliás, este é o segundo melhor leilão a ser realizado dos rubis de Namanhumbir, desde o início das operações. O melhor resultado de sempre foi alcançado em Junho de 2018, quando a MRM arrecadou 71.8 milhões de USD, depois de ter vendido 82 lotes, dos 86 que estava a oferecer, em Singapura, o que correspondeu a 95 por cento.

 

De acordo com o comunicado de imprensa enviado à nossa Redacção, no leilão de 10 a 14 de Dezembro último, a Gemfields colocou a disposição dos clientes, um total de 104 lotes, mas só vendeu 91, o que equivale a 88%. Diz ainda ter disponibilizado 1.158.114 quilates, porém, foram comprados 927.130, o que corresponde a 80%. Cada quilate foi vendido a um preço médio de 77,12 USD.

 

“O produto deste leilão será totalmente repatriado para a MRM em Moçambique, com o imposto de produção devido ao Governo de Moçambique sendo pago sobre o preço total de venda alcançado no leilão”, diz o comunicado.

 

No total, sublinha o documento, a Gemfields já realizou 13 leilões dos rubis da MRM, tendo arrecadado um total de 584,1 milhões de USD em receita agregada.

 

“Estamos particularmente satisfeitos por ter visto uma variedade tão diversificada de vencedores, com 37 empresas levando para casa pelo menos um lote. Este leilão foi o nosso segundo maior até ao momento, o que significa que as receitas anuais da Gemfields com os leilões de Rubis e Esmeraldas excederam, pela primeira vez, 200 milhões de dólares”, comentou Adrian Banks, Director Executivo de Produtos e Vendas da Gemfields, citado na nota.

 

Refira-se que a Gemfields é a sócia maioritária da MRM, com 75%, sendo que os restantes 25% pertencem a Mwiriti Limitada, uma empresa moçambicana pertencente ao General na Reserva Raimundo Pachinuapa. (Carta)

quarta-feira, 18 dezembro 2019 08:50

Debate / Fórum de Investimentos para Jovens

O Fórum de Investimentos para Jovens é uma plataforma de interação entre as várias plataformas e programas de formação em investimentos em activos financeiros a operar em Moçambique: Mercado de Capitais Nacional e Estrangeiro, Forex & Cripto moedas. Neste evento vamos contar com quatro painelistas que nos vão explicar em que consiste cada um destes modelos de investimentos.

 

(20 de Dezembro, às 17:30 Min em Maputo)

quarta-feira, 18 dezembro 2019 07:00

Chegou o 'El Clásico', Barcelona x Real Madrid

A temporada 2019/20 da La Liga apresentará o maior jogo de clubes do mundo no dia 18 de Dezembro de 2019, onde o Barcelona recebe o Real Madrid no Camp Nou, o que será um prenda para os seguidores  SuperSport no DStv e GOtv neste período festivo.

 

A partida que estava programada para ser disputada no final de Outubro, foi adiada pela Liga Espanhola devido a receios de segurança em torno de protestos violentos que estavam em andamento na Catalunha na altura.

 

Como sempre, o encontro entre o Barça e o Real pode ter um grande efeito na disputa pelo título, com ambos os clubes a se esforçarem para serem colocados no topo da tabela classificativa. As duas equipas partem pare este jogo em igualdade pontual  (35 pontos). 

 

O técnico do Los Blancos, Zinedine Zidane, afirmou que sua equipe deve se concentrar para destronar o campeão Barcelona, ​​enquanto eles tentam recuperar seus dias de glória, enquanto o Blaugrana procura roubar três pontos de seus rivais e dar um grande passo em direcção a um terceiro título consecutivo e um quinto nas últimas seis temporadas da Liga espanhola.

 

Os telespectadores da SuperSport também estarão de olho em Lionel Messi, que recentemente conquistou o sexto prêmio Ballon d'Or [melhor jogador do mundo] e detém o recorde de todos os tempos para o maior número de golos em El Clasico, com 26 em seu nome.

 

Além disso, o capitão do Real Sergio Ramos tem a chance de fazer uma 43ª aparição no El Clasico, superando Manuel Sanchis, Francisco Gento (ambos do Real Madrid) e Xavi Hernandez (Barcelona) nos recordes.

 

O Barcelona desfrutou de domínio recente sobre o Real nas partidas da Liga, reunindo uma série de seis partidas invictas e completando uma vitória 'dupla' sobre o clube da capital na última temporada, com 5-1 em casa e 1-0 fora de casa.

 

No geral, as equipes se enfrentaram em 242 partidas oficiais, com o Barça a conquistar 96 vitórias, contra 95 no Real. Isso eleva para 72 vitórias cada em seus 178 encontros na Liga.

 

Acompanhe em directo e em exclusivo as emoções desta aliciante partida na DStv a partir do pacote Família  (canal Supersport 7) e na GOtv no canal Supersport Select 04, pacote GOtv Max.

 

Barcelona x Real Madrid - Principais estatísticas

 

Jogado pela primeira vez: 13 de maio de 1902

 

Mais presenças: 42 - Manuel Sanchis, Francisco Gento, Sergio Ramos * (todos Real Madrid); Xavi Hernandez (Barcelona)

 

Mais gols: 26 - Lionel Messi * (Barcelona)

 

Mais assistências: 14 - Lionel Messi * (Barcelona)

 

Maior vitória: Real Madrid 11-1 Barcelona, ​​19 de junho de 1943

 

Mais vitórias consecutivas: 6 - Barcelona (25 de janeiro de 1948 - 15 de janeiro de 1949) e Real Madrid (30 de setembro de 1962 - 28 de fevereiro de 1965)

 

Maiores corridas invictas: 14 - Real Madrid (31 de janeiro de 1931 - 3 de fevereiro de 1935) e Barcelona (1 de novembro de 1917 - 3 de junho de 1928)

 

Jogos mais consecutivos marcados: 23 - Barcelona (27 de abril de 2011 - 13 de agosto de 2017)

 

Jogadores-chave para assistir

 

Barcelona: Lionel Messi

 

 

Com um recorde de 26 gols no El Clasico (mais um recorde de 14 assistências), Lionel Messi se tornou verdadeiramente um mestre do 'El Clasico' e é o jogador que o Real Madrid mais teme. Recentemente, o argentino conquistou o sexto título de Ballon d'Or para consolidar ainda mais seu status de um dos maiores de todos os tempos, mas sua vontade de ajudar o Barça a derrotar o Real permanece inalterada.

 

Real Madrid: Karim Benzema

 

 

O Real Madrid teve uma temporada de montanhas-russas até agora, mas ao longo de seus altos e baixos, Karim Benzema avançou para se tornar sua figura-chave no ataque. O veterano atacante francês vem assumindo a liderança no ataque marcando golos com regularidade nesta temporada, carregando o fardo mais pesado do ataque, enquanto Eden Hazard, Gareth Bale e Vinicius Junior lutam para encontrar consistência em sua forma.

 

Principais batalhas para assistir

 

Ernesto Valverde contra Zinedine Zidane

 

A batalha tática entre Ernesto Valverde, do Barcelona, ​​e Zinedine Zidane, do Real Madrid, será vital para decidir esta edição do "El Clasico". Enquanto Valverde vai querer ver seu lado controlar a posse e dar muitos passes para o atacante mortal, os 'Los Blancos' de Zidane se preparam para usar seu ritmo e força no contra-ataque e fazer o melhor uso dos cenários de bola parada.

 

Sergio Ramos contra Luís Suarez

 

Se Luis Suarez liderar o ataque do Barcelona, ​​ele entrará em contato direto com guardaredes do Real Madrid e o capitão Sergio Ramos. Suarez certamente venceu esta batalha no Camp Nou, marcando um "hat-trick" para ajudar sua equip vencer por 5-1. Ramos, que fará a 43ª aparição no 'El Clasico', estará determinado a impedir os anfitriões.

 

Frenkie de Jong contra Toni Kroos

 

Esta batalha de meio-campistas poderá ser será absolutamente vital para o resultado do jogo. O alcance de passe de Kroos são um dos melhores da Europa há quase uma década, mas em Jong Barca há um jovem jogador talentoso que combina visão requintada com pés rápidos e excelente táctica.