Moçambique cumpre, hoje, o seu terceiro dia de Emergência Nacional, dos 30 decretados, face à propagação da pandemia da Covid-19, que eclodiu na China, em Dezembro passado, e que já infectou mais de um milhão de pessoas, em todo o mundo, dos quais cerca de 52 mil já foram declarados óbitos.
Decretado pelo Chefe de Estado, na passada segunda-feira, 30 de Março de 2020, o Estado de Emergência, que teve início às 00:00 horas do dia 01 de Abril, corresponde à “Fase 3” do Plano de combate à Covid-19, no qual o Governo restringe a aglomeração de mais de 10 pessoas; restringe severamente a aglomeração no sector comercial; obriga a redução severa de funcionários em regime presencial (introduzindo a rotatividade); e proíbe a organização de todos os eventos desportivos, culturais, religiosos e políticos, excepto os que forem de interesse supremo do Estado.
Enquanto os cidadãos fazem as contas de como serão as suas vidas nos próximos dias, face ao cenário que o país e o mundo atravessam, o Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE) já calculou o que o país poderá perder, caso active a “Fase 4” do Plano de Combate da Covid-19, no qual o Governo proíbe os cidadãos de sair de casa; decreta o encerramento de toda a actividade no sector público, privado e comercial, assim como proíbe viagens.
De acordo com aquela organização académica, caso Moçambique opte pelo confinamento total, também conhecido como lockdown, poderá registar prejuízos em torno de 2,1 mil milhões de Meticais por dia, associados à paralisação total de actividades como agricultura (comercial), pesca, construção, alojamento e outras, como sendo as mais afectadas.
As previsões do IESE baseiam-se nos dados do Produto Interno Bruto (PIB) de 2018, fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), e constam do mais recente Boletim da organização (IDEIAS), publicado esta terça-feira, 01 de Abril. “Assumindo que o PIB de 2018 (887,9 mil milhões) cresceria a uma taxa média anual de 5% até ao ano 2020, o PIB de Moçambique, aos 31 de Dezembro de 2020, alcançaria cerca de 978,8 mil milhões de Meticais. Em média, este PIB significa que Moçambique estaria a produzir 2,7 mil milhões de Meticais por dia (ou 89,4 Meticais per capita/dia)”, explica a fonte.
“No contexto da COVID-19, assumindo um nível constante de produção, Moçambique poderá registar prejuízos em torno de 2,1 mil milhões de Meticais por dia, associados à paralisação total de actividades como agricultura (comercial), pesca, construção, alojamento e outras assinaladas, como sendo as mais afectadas. Para um período de confinamento nacional de 21 dias [adoptado pela África do Sul], o prejuízo se aproxima a cerca de 43,3 mil milhões de Meticais (1444 Meticais per capita)”, defende, sublinhando que o impacto económico duma pandemia depende, pelo menos, de dois factores: o tempo de duração e as medidas tomadas para contê-la.
Por essa razão, o IESE considera a Covid-19 como um desafio económico para o país, devido à natureza do seu crescimento e desenvolvimento económico e aponta três razões. “Primeiro, o investimento é dependente da poupança externa (empréstimos, donativos e investimento estrangeiro). Assim, choques globais, como o provocado pelo ambiente de incerteza, devido ao surto da COVID-19, podem reduzir o fluxo de investimentos, donativos e empréstimos para Moçambique e, consequentemente, reduzir o emprego e o crescimento económico”, explica a fonte.
A segunda razão está relacionada com o consumo, que é dependente das importações, pelo que, “choques na oferta de bens e serviços noutros países facilmente se reflectem na redução da oferta de bens no mercado nacional, o que tem como resultado a subida generalizada de preços e aumento do custo de vida”.
Por fim, o IESE aponta a produtividade da população como outra razão que desafia a economia nacional. “A produtividade da população é demasiado baixa e a maior parte da força de trabalho (8,2 milhões em 2017) está concentrada na agricultura (INE, 2019). O alastramento da COVID-19 para este grupo populacional pode ter efeitos nefastos na economia, pois, a maior parte da força de trabalho (quase 5 milhões) vive na zona rural, caracterizada pela ausência de poupança e baixo acesso a infra-estruturas e serviços de saúde. Assim, medidas de prevenção como o confinamento total poderão ser pouco eficazes, pois, a maior parte da população vir-se-á obrigada a realizar algum tipo de actividade (ir à machamba, ao poço, ou ao comércio) para garantir o sustento”, perspectiva o IESE.
“Sendo a agricultura de subsistência intensiva em mão-de-obra, o alastramento de casos de doenças (tal como outros factores, nomeadamente, os conflitos armados no centro e norte de Moçambique) capaz de reduzir a força de trabalho no sector agrário, devido à precariedade das condições de saúde, alimentação e segurança, pode arrastar o país a uma crise humanitária”, considera o IESE, sublinhando que a redução da força de trabalho vai também afectar negativamente pessoas vulneráveis como as crianças (14 milhões), idosos (1,3 milhão) e pessoas com deficiência (728 mil), que representam cerca de 53% da população moçambicana.
Refira-se que, até esta quinta-feira, o país já tinha confirmado 10 casos de infecção pelo novo coronavírus, num conjunto de 302 casos suspeitos. Dos infectados, sete são casos importados e três de transmissão local. Também já tinham sido confirmados um total de 188 pessoas que tiveram contacto com os casos já confirmados da Covid-19. (A.M.)
Nos próximos cinco anos, educação, saúde e agricultura representarão 45 por cento do orçamento do Estado de Moçambique, segundo prometeu o primeiro-ministro Carlos Agostinho do Rosário, esta quinta-feira.
Apresentando o PQG para os próximos cinco anos (2020-2024) no parlamento do país Rosario disse que 20% do orçamento será gasto no sector da educação. Ao longo desse período 48.000 novos professores serão contratados para o Sistema Nacional de Educação, um aumento de 33% em relação aos 36.000 contratados entre 2015 e 2019.
Serão construídas 3.355 salas de aula para o ensino primário, beneficiando cerca de 334.000 crianças, enquanto 2.000 salas de aula serão construídas para o ensino médio, beneficiando 220.000 alunos.
Por sua vez, a saúde será responsável por 15% do orçamento, disse Rosario, acrescentando que 265 médicos especialistas serão recrutados e treinados, elevando o número para 935 até o final do período de cinco anos.
Serão concluídos e equipados novos hospitais gerais nas cidades da Beira e Nampula, bem como hospitais provinciais em Lichinga (província do Niassa) e Maxixe (Inhambane). Serão igualmente construídos 31 novos hospitais distritais, sob a iniciativa do presidente Filipe Nyusi "Um distrito, um hospital".
Pelo menos 10% do orçamento serão alocados à agricultura. Rosário prometeu “expansão contínua de áreas irrigadas e uso sustentável dos recursos hídricos”, esperando-se que a colheita de cereais chegue a 3,5 milhões de toneladas no ano agrícola de 2023/2024, em comparação com os 2,6 milhões de toneladas alcançadas no ano 2018/2019. No mesmo período, a produção de leguminosas deverá subir de 850.000 para 1,4 milhões de toneladas, e a produção de tubérculos crescerá de 17 para 24 milhões de toneladas.
Rosário está convicto de que, com o aumento da produção e produtividade agrícola e pesqueira, a taxa de desnutrição crónica entre crianças menores de cinco anos pode ser reduzida dos atuais 43% para 35% em 2024.
Os planos de energia incluem a eletrificação de todos os postos administrativos do país – o nível de governo abaixo do distrito (a eletrificação de todas as capitais distritais foi concluída em 2019).
Rosario disse que uma nova usina a gás será construída em Temane, na província de Inhambane, e usinas solares em Metoro e Pemba, em Cabo Delgado, e Cuamba, no Niassa. Estas e outras medidas irão adicionar 3,8 milhões de pessoas ao número de consumidores moçambicanos de eletricidade. O nível de cobertura de eletricidade passará dos atuais 34% da população para 64% em 2024
Durante o período de cinco anos, deverá ter inicio a produção de gás natural liquefeito (GNL). O primeiro GNL a ser exportado deve vir da plataforma flutuante instalada acima do campo de gás de Coral Sul na Área Quatro da Bacia do Rovuma, na costa de Cabo Delgado. Até então, as instalações terrestres de GNL devem estar em construção na Península de Afungi, no distrito de Palma.
Rosário advertiu que os objetivos do Programa Quinquenal “somente serão alcançados com paz duradoura, consolidação da democracia, boa governança, unidade e coesão nacional e fortalecimento da cooperação internacional”.
Mas Moçambique está actualmente longe de ter paz - Rosário apontou para dois focos de instabilidade: a insurgência empreendida por terroristas islâmicos em Cabo Delgado e ataques às estradas do centro de Moçambique, que se acredita serem o trabalho da Junta Militar da Renamo, grupo de dissidente da Renamo que considera o líder Ossufo Momade "um traidor".
O primeiro-ministro exortou a todos os partidos políticos e outras forças da sociedade a colaborarem com as forças de defesa e segurança contra os grupos terroristas. “O governo está fortalecendo a capacidade das forças de defesa e segurança e estabelecendo as condições para fornecer ajuda humanitária às vítimas de violência terrorista” – disse.
Rosário prometeu ainda que o governo acelerará o desarmamento e desmobilização da milícia da Renamo e a reintegração de seus membros na sociedade. "As armas não podem permanecer em mãos erradas", declarou. "Continuaremos a trabalhar com nossos parceiros de cooperação para mobilizar mais recursos para garantir a conclusão da reinserção socioeconômica dos homens armados da Renamo".
A Assembleia votará no Programa Quinquenal esta sexta-feira. (PF, AIM)
O caso de Covid-19, detectado num funcionário da Total em Afungi, Palma, revelado pela Agência Zitamar, foi confirmado pelo Ministro da Saúde, Armindo Tiago, que compareceu hoje à colectiva de imprensa onde todos dias o Ministério da Saúde (MISAU) actualiza a situação da pandemia em Moçambique.
Tiago tentou evitar dar detalhes sobre o caso, usando o pretexto do sigilo médico, mas acabou confirmando que o mesmo é referente a um funcionário de um dos mega-projectos de gás na Bacia do Rovuma (e não ferente a uma funcionária da Total que trabalha com as comunidades em Palma, como já está sendo veiculado nas redes sociais).
Aliás, trata-se de um dos casos anunciados ontem pelo MISAU. Eis a confirmação do ministro, ipsis verbis: ”Em relação ao caso que referimos ontem, que estava sob investigação, trata-se de um cidadão moçambicano, a trabalhar numa empresa na região dos recursos minerais em Palma; as equipas da Saúde partem amanhã para aquela província para fazerem a testagem dos eventuais contactos".
Ele acrescentou:" É um indivíduo de 61 anos de idade que está na cidade de Maputo. Como disse, ele viajou de Pemba, Cabo Delgado, para o Maputo. Não está internado, está em isolamento domiciliar na sua residência. Ele contraiu o coronavírus em Cabo-Delgado e trata-se de uma transmissão local”.
De acordo com Tiago, o cidadão infectado já entregou a lista das pessoas com quem teve contacto, e todas elas vão ser testadas. Um jornalista tentou que Tiago fosse mais concreto sobre “o caso do funcionário da Total”.
O Ministro da Saúde respondeu: ‘’Nós não damos informações relativas a funcionários e empresas associadas, mas sim, damos informações de casos confirmados. Devemos preservar este direito à privacidade, confidencialidade como nossa característica e como nosso dever como médicos’’.
A insistência do jornalista era mesmo desnecessária. Tiago já tinha revelado tudo, incluindo o nome do projecto em causa, mesmo sem o nomear. (Carta)
Foi através da Ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Helena Kida, que veio uma informação que gerou um burburinho entre os comunicadores presentes na sala do Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, esta quinta-feira, onde o Conselho de Ministro deu seu tão aguardado briefing sobre as medidas contra pandemia do Covid 19, no contexto do Decreto Presidencial que estabeleceu um Estado de Emergência.
Ela disse que “todos os órgãos de comunicação social que veicularem uma informação não confirmável sobre o COVID-19 virão a sua licença suspensa”. A revelação criou algum alarido na sala.
A Ministra tentou clarificar: “Tudo aquilo que tem fonte não é problema”. Acrescentou que não se trata de intimidação, que a ideia não é para intimidar, mas sim que se informe “com profissionalismo e isenção”, não criando pânico na população, uma vez que todos actores sociais são importantes. Ela frisou que o Governo reconhece que não tem condições de levar a informação a toda sociedade sem o contributo da comunicação social.
Ela não desenvolveu seu entendimento do que é uma "informação não confirmável", num contexto onde jornalistas recorrem a fontes anónimas para contornarem sua dificuldade em aceder a fontes oficiais. (O.O.)
Num contexto em que as principais provas, campeonatos e competições desportivas se encontram suspensas por conta do avanço da pandemia do COVID-19 e sem datas previstas para o seu retorno, a SuperSport renovou a sua grelha de canais oferecendo aos Clientes GOtv e DStv a possibilidade de recordarem os seus momentos desportivos favoritos.
Os amantes do futebol podem através do canal Supersport Máximo 1, disponível a partir do pacote Grande Mais, reviver as emoções da Liga Inglesa e Liga dos Campeões da UEFA. O canal Máximo 2 oferece a oportunidade aos Clientes reviverem as maiores proezas do desporto Motorizado, Atletismo, Ciclismo, Boxe e outros. No canal Máximo 360, disponível a partir do Pacote Fácil, os Clientes poderão recordar os maiores momentos do futebol.
No canal SuperSport 7, agora em aberto no pacote DStv Fácil, os Clientes poderão reviver o Melhor Futebol com uma mistura de Liga Inglesa, Liga dos Campões da UEFA, Liga Espanhola, Liga Italiana e alguns Documentários clássicos da FIFA.
Os Clientes GOtv podem reviver os momentos épicos do desporto através dos seus renovados canais Supersport Select 1 a Select 05 bem como no Supersport Máximo 360.
Durante este período de reduzida actividade desportiva, os Clientes DStv e GOtv tem razões suficientes para ficarem entretidos no conforto das suas casas.
Quer queiramos, quer não, a nossa ignorância no que tange ao novo coronavírus é directamente proporcional à que temos relativamente ao que efectivamente nos vais acontecer (aqui em Moçambique) a partir deste 1 de Abril – que para todos os efeitos continua sendo o dia da mentira.
É que, se o PR não foi suficientemente claro e conciso no seu tão aguardado discurso à nação, no passado domingo, onde decretou o estado de emergência, menos esclarecedores ainda foram grande parte dos pontos (mais de 40) acrescentados a esse mesmo decreto, pelos membros da AR, na noite passada, após cinco extenuantes horas de reunião que resultaram na aprovação do documento, por consenso.
Sintomático disso foram as intervenções dos telespectadores que ligaram para o programa televisivo “Linha Aberta” (Stv), na noite de terça-feira: as suas percepções sobre o que vai acontecer doravante foram as mais díspares possíveis. Se para uns estamos praticamente num “lockdown” disfarçado que deve ser cumprido à risca, para outros, todas estas medidas são surreais e inaplicáveis a uma realidade como a nossa.
Em miúdos: não há consenso – pelo menos por enquanto – na interpretação do que significa o estado de emergência, e como efectivamente a população se deve comportar “socialmente” de hoje em diante. Até mesmo porque esta é a primeira vez que é decretado um estado de emergência no país.
E não é só no concernente a este ponto que não existe consenso. Por exemplo, para muitos é pouco credível que num vasto território como o moçambicano existam apenas oito casos de infecção confirmados e, ainda por cima, todos eles confinados à capital do país – mesmo admitindo que não estamos ainda numa fase de pico da pandemia.
A capacidade das nossas autoridades de saúde – concretamente no que à testagem diz respeito – essa sim, é que é constantemente posta em causa sempre que se fala nesse número irrisório e se compara com o que está a acontecer no mundo e mais especificamente nesta parcela do nosso continente.
Uma coisa porém é certa: as pessoas estão cada vez mais conscientes da imperiosidade de procederem a uma higienização pessoal constante (especialmente no que à lavagem das mãos diz respeito). Hoje em dia já é comum ver-se, pelo menos, água e sabão à entrada não só de instituições públicas, mas sobretudo de estabelecimentos comerciais, para uso dos utentes.
Também a questão do distanciamento social tem vindo a ser minimamente cumprida.
Mas lá está: como se sabe, é relativamente reduzida a quantidade de famílias moçambicanas que se faz a essas superfícies comercias para fazerem as suas compras do dia-a-dia. A grande maioria continua(rá), por uma série de razões mais do que óbvias, a socorrer-se dos mercados informais, onde como é sabido é um “Deus nos acuda” – não há cá água nem sabão para ninguém. E muito menos se cumpre o tal distanciamento social.
Portanto, é extremamente importante que independentemente das medidas decretadas e ontem ratificadas pelo parlamento, quem de direito venha constantemente a terreiro prestar esclarecimentos à população sobre procedimentos básicos e atitudes a tomar face a uma eventual escalada da pandemia nos próximos dias e/ou semanas.
E isso não deve ser feito por “importação” deste ou daquele modelo que se aplica neste ou naquele país, mas sim tendo em conta o desenrolar da situação na nossa realidade concreta durante os próximos 30 dias em que irá durar o estado de emergência.
É absolutamente necessário que a cada dia que passe não só o comportamento das nossas populações, como também os resultados práticos do estado de emergência, sejam estudados a fundo para que seja possível ir corrigindo o que deve ser corrigido. E que haja uma boa capacidade de comunicação por parte das autoridades, acima de tudo…(HL)
Maputo, Moçambique – O Banco Único anuncia que o seu PCE, António Correia, deixou o Banco no final de Março 2020. António Correia que fez parte da equipa fundadora do Banco Único, desde a sua fase de projecto em 2010, deixou agora o Banco Único e o Grupo Nedbank, por motivos pessoais.
Relembramos que o Banco Único foi inaugurado em 2011 e rapidamente evoluiu da 18ª posição, para se tornar no 6º maior Banco do País, em apenas 16 meses. Inequivocamente classificado como um dos maiores Bancos em Moçambique é hoje, o Banco Moçambicano mais premiado internacionalmente, contando no seu portfólio com perto de 50 distinções internacionais.
António Correia foi nomeado PCE - Presidente da Comissão Executiva do Banco Único, em Março de 2015. E no exercício do seu mandato como PCE foi premiado como o Melhor CEO da Banca em Moçambique, pelo Global Business Outlook em 2016 e, pela revista Global Banking and Finance Review, recentemente em 2019. Com uma vasta experiência de Banca em Moçambique, exerceu funções no Standard Bank de Moçambique durante quase 10 anos e 3 anos no Millennium BIM, na altura, o maior banco de Moçambique.
Abdul Magid Osman, Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Banco Único afirmou que: “Queremos agradecer ao António Correia pela sua excelente liderança no Banco Único e pela sua contribuição global para o crescimento do Único, desejando-lhe sucesso para os seus projectos futuros.”
Terence Sibiya, Presidente Executivo do Grupo Nedbank para Africa Regions afirma que “António Correia foi um membro fundamental da equipa que conduziu o Banco Único, com perícia, até à posição que o mesmo ocupa hoje. Por isso, somos gratos pela sua liderança dos últimos 5 anos. Para o futuro, o Conselho de Administração do Banco Único iniciou o processo de nomeação um novo Presidente da Comissão Executiva. Tendo entretanto, o prazer de anunciar que a Dra. Elsa Graça, actual COO do Banco Único foi nomeada Presidente da Comissão Executiva Interina”.
Elsa Graça conta com mais de 20 anos de experiência de trabalho no sector bancário, incluindo no seu percurso várias funções executivas no Banco Santander, em Portugal. Estas novas responsabilidades foram assumidas por Elsa Graça desde o dia 1 de Abril 2020.
O edil de Maputo, Eneas Comihe está a registar melhorias no seu estado de saúde, disse uma boa fonte de “Carta”. “Nas últimas 48 horas melhorou consideravelmente. Sua febre está a baixar”, acrescentou. Internado no passado dia 26 de Março no ICOR, Eneas nunca revelou sua condição de infectado pelo Covid 19. Mas teve um dos principais sintomas: febres altas. No ICOR ele tem vindo a receber tratamento sob supervisão da cardiologista Beatriz Ferreira. Entretanto, “Carta” apurou que sua mulher, Lúcia Comiche, leva a vida na normalidade, em casa. “Ela ainda não desenvolveu qualquer sintomatologia”, asseverou a fonte. (Carta)
A Ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas (MIMAIP), Augusta Maita, anunciou, esta quarta-feira, que o seu sector apreendeu, durante o período de veda, mais de 15 toneladas de mariscos, numa operação que resultou na instauração de 113 avisos de multa, equivalentes a quatro milhões de meticais. Dos mariscos apreendidos, mais de 11 toneladas são referentes ao camarão e mais de 4 toneladas são de caranguejo.
Falando na cerimónia de lançamento oficial da campanha pesqueira 2020, a governante revelou, no entanto, que da multa aplicada, até ao momento, só conseguiram amealhar pouco mais de 1.3 milhão de meticais.
No seu discurso, Maita avançou que, para 2020, o sector prevê produzir mais de 460 mil toneladas de pescado, mais 40 mil que na campanha passada, em que foram pescados 420 mil toneladas.
Com o país e o mundo a enfrentarem os efeitos da pandemia do coronavírus, que já infectou 10 pessoas, em Moçambique, Maita garante que o seu sector está preparado para abastecer o mercado interno, uma vez que os principais compradores do produto encontram-se a enfrentar o surto.
“Se tivermos em atenção que o mundo está a viver um ano verdadeiramente atípico, em face do Covid-19, com muitos países a enveredarem por medidas drásticas para evitar a propagação desta doença, não nos restará outra alternativa que não seja o aumento da produção interna”, explicou Maita, sublinhando que o mercado europeu tem sido um grande parceiro comercial, sobretudo do camarão.
O número de pessoas infectadas com o novo coronavírus (Covid-19) registou mais uma subida. Nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde (MISAU) anunciou a existência de mais dois cidadãos infectados pela pandemia, elevando, desta forma, para 10 o número total de casos confirmados, no país.
Os dados foram actualizados pela Directora Nacional de Saúde Pública, Rosa Marlene, durante o seu habitual briefing diário com a imprensa, no qual afirmou que os dois novos casos foram testados nas unidades sanitárias privadas, sendo que os resultados foram confirmados por um laboratório sul-africano.
“Um dos casos é de um jovem do sexo masculino com mais de 18 anos, moçambicano, estudante em Portugal. O outro caso registou-se num indivíduo de nacionalidade sul-africana, com mais de 60 anos de idade. Um deles é da cidade de Maputo e o outro aguardamos informações do laboratório para esclarecer sobre sua localização”, explicou Rosa Marlene.
Segundo a Directora Nacional de Saúde Pública, de terça-feira para quarta-feira, o Instituto Nacional de Saúde testou mais 17 suspeitos, porém, os seus resultados deram negativos para o novo coronavírus. No total, a instituição credenciada para fazer a testagem dos casos suspeitos de Covid-19 já diagnosticou 284 casos suspeitos.
Na sua explanação, Marlene afirmou que os novos casos foram confirmados no princípio da tarde, pelo que as equipas de vigilância estavam no terreno a recolher mais detalhes em torno dos mesmos.
De acordo com Rosa Marlene, até esta quarta-feira, as autoridades de saúde tinham identificado um total de 124 contactos com primeiros oito casos confirmados de Covid-19 e que estão em acompanhamento. Porém, ressalvou que o cenário poderá mudar, tendo em conta os dois novos casos.
Questionada sobre o estado clínico dos pacientes que padecem de Covid-19 há mais de 10 dias, Marlene respondeu: “Da informação que temos, até ao momento, é que os casos estão a evoluir bem e não temos nenhuma informação de agravamento da sintomatologia”.
Refira-se que os novos casos foram confirmados no primeiro dia de observância do Estado de Emergência, em Moçambique, decretado pelo Presidente da República, como forma de conter a propagação do vírus que já infectou perto de 900 mil pessoas e que já causou cerca de 45 mil óbitos, em todo o mundo. (Marta Afonso)