Há uma semana que o país debate a real situação da dívida pública externa moçambicana com a República Popular da China, o novo principal parceiro económico-financeiro dos países africanos. O cerne da questão reside no valor que cada moçambicano hipoteticamente estará a dever àquele país asiático.
Tudo começou com uma publicação feita pelo jornal Magazine Independente, na semana finda, segundo a qual, cada moçambicano estaria a dever cerca de 70 milhões de USD àquele país. A notícia, que depois mereceu uma correcção e consequente revisão em baixa dos números para 70 USD por cada cidadão, deixou o país de “boca aberta”, continuando ainda a alimentar acesos debates, sobretudo, numa altura em que o país se ressente da crise provocada, por um lado, pelas dívidas ocultas e, por outro, pela pandemia do novo coronavírus.
Uma actualização feita pelo Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, no passado dia 18 de Novembro, a partir do pódio da Assembleia da República, refere que o país deve, à China, um total de 1.970 milhões de USD, de um total de 9.850 milhões de USD da dívida pública externa. Refira-se que a pública moçambicana (interna e externa) é de 12.370 milhões de USD.
“Carta” resgatou o debate e, com base nos dados do Censo da População e Habitação de 2017 e nas projecções feitas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), fez as suas contas e apresenta quatro resultados diferentes.
Recorrendo aos dados apresentados pelo Ministro da Economia e Finanças (1.970 milhões de USD), “Carta” concluiu que cada moçambicano deve 70,4 USD, se considerarmos que o país é habitado por cerca de 28 milhões de pessoas, de acordo com os dados do Censo de 2017. Entretanto, se considerarmos as projecções que indicam para cerca de 30 milhões de moçambicanos, constata-se que cada cidadão deve àquele país pouco mais de 65,66 USD.
Porém, em Outubro último, o Centro de Integridade Pública (CIP), uma organização da sociedade civil que se dedica à defesa da transparência e integridade na gestão do erário, referiu que, até ao primeiro trimestre de 2020, o volume da dívida moçambicana com a China ascendia aos 2,01 biliões de USD.
Assim, tendo como ponto de referência os números publicados pelo CIP (2,01 biliões de USD) e tomando como base os cerca de 28 milhões de moçambicanos, registados no Censo de 2017, cada cidadão deve ao povo chinês cerca de 71,42 USD e assumindo as projecções que apontam para cerca de 30 milhões de moçambicanos, cada indivíduo deve 66,66 USD.
Refira-se que grande parte da dívida foi contraída para a construção e/ou reabilitação das Estradas Circular de Maputo, Nacional Nº 6 (Beira-Machipanda); Ponte Maputo-Katembe e as Estradas de ligação (Katembe-Ponta D’Ouro e Boane-Bela Vista); Ponte de Macaneta (sobre o Rio Incomati); e para construção do Estádio Nacional do Zimpeto.
Aos deputados, Adriano Maleiane mostrou estar convicto de que a dívida seria liquidada sem “dificuldades” até porque acredita que as vias irão gerar dinheiro para pagar a dívida, através do pagamento de portagens. (Carta)
O regulador do sistema financeiro nacional, o Banco de Moçambique, poderá não baixar nem aumentar as taxas de juro de referência até ao próximo ano. Em causa está o facto de o Banco de Moçambique e a Associação Moçambicana de Bancos (AMB) terem mantido a taxa única de referência para as operações de crédito de taxa de juro variável (ou Prime Rate), cuja variação positiva ou negativa contribui bastante para a redução ou aumento das taxas de juro de referência.
A informação sobre a manutenção da Prime Rate em 15,90% pelo quinto mês consecutivo (ou seja, desde Julho último) foi partilhada esta segunda-feira (30 de Novembro), pelo Banco de Moçambique.
Aliado àquele factor está o facto de os ataques no centro do país e na província de Cabo Delgado continuarem a matar, destruir e criar deslocados, factores não propícios para novos investimentos e para um bom ambiente de negócios.
Além disso, os impactos nefastos da crise mundial provocada pela pandemia da Covid-19 continuam a se fazer sentir na economia nacional.
Diante dessas realidades, que criam incertezas sobre o futuro, o Banco Central poderá na última reunião do Comité de Política Monetária (CPMO) de 2020, a acontecer no próximo dia 11 de Dezembro corrente, manter as taxas de juro de referência e, assim, transitarem intactas para 2021.
A efectivar-se esse prognóstico, a taxa de juro de Política Monetária (vulgo taxa MIMO), irá continuar inalterada em 10.25%, a Facilidade Permanente de Cedência (FPC) em 13.25% e a taxa de Facilidade Permanente de Depósito (FPD) em 7.25%. (Evaristo Chilingue)
O Presidente da República, Filipe Nyusi, informou, esta quarta-feira, que a Junta Militar da Renamo (JMR) realizou dois ataques no distrito de Sussundenga, província de Manica. Segundo Filipe Nyusi, os ataques deixaram três civis feridos e uma viatura danificada. A informação foi avançada durante a cerimónia de encerramento dos cursos militares no Instituto Superior de Estudos de Defesa Tenente-General Armando Emílio Guebuza (ISEDEF).
Segundo o Chefe de Estado, o primeiro ataque foi realizado na região de Dombe, onde foram feridas três pessoas, uma delas com alguma gravidade. Já o segundo ataque foi realizado na zona de Chamboca, tendo resultado apenas em danos materiais.
Assim, para Filipe Nyusi, “fica claro que não há interesse, muito menos vontade por parte destes moçambicanos para o diálogo”, pelo que, “temos de cuidar como eles próprios precisam”.
“É neste contexto que o sector das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) deve privilegiar a formação técnico-militar destas forças no combate às ameaças do âmbito nacional, regional e internacional”, considera Nyusi. (Omardine Omar)
A Liga dos Campeões da UEFA está de volta e a primeira jornada da edição 2020/21 será marcada por partidas eletrizantes, algumas típicas de verdadeiras finais. Os telespectadores da SuperSport na DStv podem se preparar para a accao sem precedentes da prova milionária entre os dias 20 e 21 de Outubro de 2020, em directo e em exclusivo na DStv.
Na terça-feira, 20 de outubro, o Paris Saint-Germain, finalista vencido da última edição inicia a prova recebendo o Manchester United na capital francesa, com os anfitriões desesperados para vingar a polêmica saída nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões da edição 2018-19, frente aos diabos vermelhos. A partida será transmitida no canal Supersport Premier League, disponível a partir do pacote DStv Grande, a partir das 21horas. Para Tomas Tuchel, técnico do PSG, a falta de contratações torna suas chances de repetir o sucesso da última temporada na UCL uma tarefa difícil.
Ainda na terça-feira, outros pesos pesados como Juventus, Chelsea, Sevilla, Lazio, Borussia Dortmund e Barcelona entram também em acção, enquanto na quarta-feira, 21 de Outubro, o Bayern de Munique abre a defesa do título com um confronto em casa contra o Atlético de Madrid de Diego Simeone, em directo no canal Supersport Variety 01, a partir do pacote DStv Grande Mais. A equipa alemã vai poder contar os préstimos internacional canadiano nascido no continente africano, Alphonso Davies, para mais uma vez inspirar-se com o seu ritmo e compostura defensiva.
Na quarta-feira, 21 de Outubro, o campeão inglês Liverpool defronta o Ajax na Holanda, com os Reds a espera de conter a ameaça de uma jovem e faminta equipe holandesa que tanto impressionou nesta competição há já algumas temporadas. Ainda na quarta-feira, o FC Porto de Sérgio Conceicao defronta o Manchester Ciy de Guardiola em Manchester, para ver no Supersport Máximo 1, pacote DStv Grande Mais, a partir das 21horas.
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Quadro de Jogos e detalhes de Transmissão
Terça-feira, 20 de Outubro
18:55: Zenit St Petersburg v Club Brugge – Em Directo no SuperSport Variety 2
18:55: Dynamo Kyiv v Juventus – Em Directo no SuperSport Premier League and SuperSport Máximo 1
21:00: Chelsea v Sevilla – Em Directo no SuperSport Variety 1
21:00: Rennes v Krasnodar – Directo no SuperSport La Liga
21:00: Lazio v Borussia Dortmund – Em Directo no SuperSport Variety 2 e SuperSport Máximo 2
21:00: Barcelona v Ferencvaros – Em Directo no SuperSport Action
21:00: Paris Saint-Germain v Manchester United – Em Directo no SuperSport Grandstand, SuperSport Premier League e SuperSport Máximo 1
21:00: RB Leipzig v Istanbul Basaksehir – Em Directo no SuperSport Variety 3
Quarta-feira, 21 Outubro
18:55: RB Salzburg v Lokomotiv Moscow – Em Directo no SuperSport Variety 1
18:55: Real Madrid v Shakhtar Donetsk – Em Directo no SuperSport Premier League e SuperSport Máximo 1
21:00: Bayern Munich v Atletico Madrid – Em Directo no SuperSport Variety 1
21:00: Internazionale v Borussia Monchengladbach – Em Directo no SuperSport Variety 2 e SuperSport Maximo 2
21:00: Manchester City v Porto – Em Directo no SuperSport Action e SuperSport Máximo 1
21:00: Olympiakos v Olympique Marseille – Em Directo no SuperSport Variety 3
21:00: Ajax v Liverpool – Em Directo no SuperSport Premier League
21:00: Midtjylland v Atalanta – Em Directo no SuperSport La Liga e SuperSport GOtv La Liga
A África do Sul está construindo um muro ao longo da sua fronteira com Moçambique, para combater o contrabando de mercadorias roubadas. A primeira fase de implementação do projecto já foi iniciada, com a construção de um trecho de 8 km destinado a ser coberto por Barreiras de Nova Jersey modificadas.
O projecto vai custar cerca de 85,7 milhões de randes, e envolve a atualização e desenvolvimento de infraestrutura de controle de fronteira. De acordo com o MEC para Transporte, Segurança Comunitária e Ligação, Bheki Ntuli, as Barreiras de Nova Jersey modificadas percorrerão um trecho de 8 km, começando a partir do limite do Parque das Terras Húmidas de Isimangaliso indo até o limite oeste do Parque dos Elefantes de Tembe.
Ntuli disse que o objetivo do projeto é impedir o contrabando de carros e outros bens roubados da África do Sul transportados para Moçambique. (Savannah News)
O debate será moderado pelo Activista Euclides Flávio.
(14 de Setembro, às 16Hrs no Facebook da Criar Moçambique)
O evento conta com a participação do Professor Lourenço do Rosário.
(11 de Setembro, às 10Hrs no Facebook da WWWFMOZAMBIQUE)
O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural moçambicano, Celso Correia, distribuiu ‘kits’ de pesca à Ilha do Ibo, em Cabo Delgado, num investimento feito no âmbito do apoio da Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN).
"Houve um investimento feito pela ADIN para assegurar 'kits' de pesca e esta é uma das ilhas [abrangidas]. [A Ilha do Ibo] tem cerca de três mil pescadores e uma parte deles passa a beneficiar de motores e outras artes de pesca que estão a ser disponibilizadas", disse Celso Correia, em declarações aos jornalistas.
O apoio à Ilha do Ibo enquadra-se nas ações a serem desenvolvidas pela ADIN, entidade estatal fundada para a promoção do desenvolvimento das três províncias da região norte de Moçambique, lançada na segunda-feira pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.
Segundo o chefe de Estado, o apoio às vítimas da violência armada em Cabo Delgado é uma das funções da agência, que deverá também coordenar todas as ações das outras duas províncias da região norte do país, Nampula e Niassa.
A Ilha do Ibo é uma das regiões que foi severamente afetada pelo ciclone Keneth, que se abateu sobre Cabo Delgado em abril de 2019, provocando a morte de 45 pessoas, além de outras 250 mil afetadas.
A Ilha tem recebido centenas de pessoas vindas de distritos próximos que têm sido afetados pela violência armada em Cabo Delgado.
"Houve várias tentativas de os insurgentes entrarem [na ilha], mas as Forças de Defesa e Segurança em articulação com a comunidade têm conseguido manter e preservar um ambiente de ordem", disse Celso Correia.
O ministro afirmou que a Ilha vive agora numa "situação de paz e segurança", mas alertou que isso "não quer dizer que não haja ameaças".
A província de Cabo Delgado é alvo de ataques por grupos armados desde outubro de 2017, que já causaram a morte de, pelo menos, 1.059 pessoas em quase três anos, além da destruição de várias infraestruturas.
De acordo com as Nações Unidas, a violência armada levou à fuga de 250.000 pessoas de distritos afetados pela insegurança, mais a norte da província.
Várias entidades internacionais já classificaram os ataques como uma ameaça terrorista e algumas das ações foram reivindicadas pelo grupo extremista Estado Islâmico. (Lusa)
A África Great Wall Mining Development Co, Lt procedeu, há dias, a doação de diverso material médico ao Ministério da Saúde (MISAU) no contexto da prevenção e combate à pandemia da Covid-19 no país.
O kit médico é composto, entre outros, por um total de 150 mil máscaras cirúrgicas que estarão à disposição da classe dos profissionais de saúde, que estão na linha da frente do combate a altamente letal pandemia da Covid-19.
A entrega do material médico foi efectuada pelo director-geral da África Great Wall Miningh, Hafner Dong, tendo a recepção cabido ao Ministro da Saúde, Armindo Tiago. O acto foi testemunhado pelo conselheiro da Embaixada da China em Maputo.
A África Great Wall Mining Development Co, Lt, uma empresa de capitais chineses, opera no ramo mineiro, tendo, neste momento, montado operações na província da Zambézia, região centro do país.
Falando por ocasião do evento, o ministro da Saúde, Armindo Tiago, disse que material, ora doado, vem reforçar a capacidade institucional no que a resposta à pandemia, diz respeito.
Armindo Tiago anotou que era um gesto humanitário que vinha numa altura em que o número de casos da doença no país tendem a conhecer uma tendência cada vez crescente.
“Não há dúvidas que com esta doação a nossa capacidade institucional estará reforçada o para contrapor esta doença que continuará a ser um desafio para todos nós. Muito agradecemos por este gesto que gostaríamos de ver replicado por outras entidades”, disse Tiago.
Por seu turno, o director da África Great Wall Mining Development Co, Lt, Hafner Dong, disse que o gesto representa o contributo dos colaboradores daquela firma no combate a doença em Moçambique.
“Para além deste apoio, que tendes a oportunidade de testemunhar, no seio dos nossos colaboradores temos estado a disseminar mensagens de saúde pública e criar todo tipo de condições para que estes, sejam igualmente activistas de saúde pública nas suas famílias e comunidades”, disse Dong. (Carta)
O grupo de atacantes que invadiu a 12 de Agosto o porto de Mocímboa da Praia, norte moçambicano, continua na sede da vila, que está actualmente isolada, disseram hoje à Lusa fontes das Forças Armadas de Moçambique.
"Eles continuam em Mocímboa da Praia desde o assalto ao porto. Muitas forças nossas tiveram de recuar. Por exemplo, a minha unidade, uma das que estavam em Mocímboa, recuou até Mueda [a pouco mais 100 quilómetros de Mocímboa da Praia]", declarou à Lusa uma fonte do exército que está no teatro de operações em Cabo Delgado, através de um contacto telefónico.
A invasão ao Porto de Mocímboa da Praia ocorreu na madrugada do dia 12 e os confrontos deixaram um número desconhecido de mortos, incluindo elementos da Força Marítima, segundo a fonte.
"Nós tivemos muitas baixas. Tenho notado que há esforços para que cheguem mais reforços, mas a situação está muito séria e complicada porque não dá para contar com o porto de Mocímboa da Praia", declarou.
O ataque ao porto seguiu-se a vários outros que os insurgentes realizaram, entre 05 e 12 de Agosto, às aldeias de Anga, Buji, Ausse e à vila sede e, segundo dados do Ministério da Defesa avançados no dia 11 de Agosto, pelo menos 59 "terroristas" morreram em operações de resposta das forças governamentais.
Várias infra-estruturas foram vandalizadas e, neste momento, as linhas de comunicação também estão interrompidas em Mocímboa da Praia.
Outra fonte do exército moçambicano em Maputo disse à Lusa que "está claro que, a partir de Mocímboa da Praia, eles vão voltar a atacar".
"A estratégia deles é atacar e recuar para se abastecer. Eles também tiveram várias baixas nestes últimos ataques. Mas sabemos que eles vão voltar a atacar", disse a fonte, que está ligada ao departamento central que regista ocorrências no exército moçambicano.
Na última semana, o bispo de Pemba, Luiz Fernando Lisboa, informou que a diocese de Pemba estava há dias a tentar, sem sucesso, contactar duas religiosas da congregação que estão em Mocímboa da Praia a prestar ajuda aos afectados pela violência armada.
"Continuamos sem saber sobre a situação delas e são agora três semanas. Estamos em contacto permanente com as Forças de Defesa e Segurança, mas ainda não temos qualquer informação sobre elas", disse à Lusa o padre Latífo Fonseca Mateus, da diocese de Pemba.
Mocímboa da Praia é uma das principais vilas da província de Cabo Delgado, situada 70 quilómetros a sul da área de construção do projecto de exploração de gás natural conduzido por várias petrolíferas internacionais e liderado pela Total.
A vila tinha sido invadida e ocupada durante um dia por rebeldes em 23 de Março, numa acção depois reivindicada pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico, e foi, em 27 e 28 de Junho, palco de longos confrontos entre as forças governamentais e os grupos insurgentes.
A Lusa contactou também o Departamento de Comunicação do Ministério da Defesa, que remeteu um "pronunciamento oficial" para o Comando Conjunto das Forças de Defesa e Segurança "logo que for oportuno".
A violência armada já causou a morte de, pelo menos, 1.059 pessoas em quase três anos, além da destruição de várias infra-estruturas em distritos de Cabo Delgado.
De acordo com as Nações Unidas, a violência armada levou à fuga de 250.000 pessoas de distritos afectados pela insegurança, mais a norte da província. (Lusa)