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Actualizado de Segunda a Sexta

BCI
Redacção

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quarta-feira, 13 setembro 2023 18:29

Transformação Digital no sector BFSI em Maputo

O primeiro painel da conferência BFSI, focado na "Transformação Digital no Sector BFSI: Oportunidades e Desafios", encerrou com debates enriquecedores. Especialistas da indústria e líderes nacionais e internacionais trocaram ideias sobre as potencialidades da digitalização no sector, bem como os obstáculos que ainda persistem. 

 

Entre os temas discutidos, destacaram-se a importância de uma reflexão contínua sobre finanças verdes, dada a vulnerabilidade climática de Moçambique. Ressaltou-se o empoderamento via tecnologia, sobretudo para jovens, mulheres, e pessoas com deficiência. 

 

A integração de uma perspectiva continental na estratégia digital do País, a interoperabilidade, segurança dos usuários e a promoção de literacia digital e financeira foram identificados como essenciais a todos os níveis. 

 

A simplificação de processos, a inclusão total (garantido que ninguém seja deixado para trás) e desafios da cibersegurança também foram abordados. 

 

O painel concluiu com um apelo à acção e colaboração entre todas as partes interessadas (o Governo, banca, seguradoras, academia e sociedade civil) e a planificação estratégica para garantir um futuro digital inclusivo e seguro para todos e o sucesso do sector BFSI  em Moçambique. (Carta)

Preparem-se para um mês com as melhores histórias e entretenimento fresco.

 

À medida que os dias se tornam mais longos e as noites mais curtas, o canal Maningue Magic (posição 503 – na DStv Família) e (posição 8 – na GOtv Max) continua a trazer-nos o melhor entretenimento para o mês de Setembro. Se está no pacote GOtv Plus, suba para GOtv Max. E, se está no DStv Fácil adira já ao DStv Família! As cenas estão ‘maningue nice’…

 

Música e estilo de Vida

 

O Big Barão Boss convida a juntarmo-nos à ele de Segunda à Sexta-feira, às 17h30, no programa Estação do Boss, enquanto entrevista vários convidados de todo o país e lhes dá uma oportunidade de mostrarem a sua arte. Não perca a oportunidade de ver alguns dos renomados artistas moçambicanos e promessas da indústria musical. Na edição desta semana, não perca a participação especial da Yancada, nova cantora de Nampula, que está actualmente a ‘criar onda’ e vai falar dos seus projectos e novo videoclipe produzido.

 

No Sábado, a diversão não pára quando Danny Ripas nos leva à um desvio muito necessário para o mundo do lazer e entretenimento com o Mix Show às 21:00h. Não perca algumas das melhores entrevistas a celebridades. Na edição desta semana, assiste à segunda parte da entrevista com a Mana Cecy – com 551 K de seguidores é uma das maiores influenciadoras digitais de Moçambique. Veja ainda a entrevista com Zoco Dimande – renomado artista de Jazz que vai nos ensinar alguns truques de como tocar uma guitarra, e na secção de culinária, a Chef Atália vai ensinar-nos a fazer lasanha de carne.

 

Também temos a Mara, Edviges e Alana a brindarem-nos com a contagem decrescente das celebridades, influenciadores e artistas mais notáveis do nosso continente. Não perca o fabuloso programa de revista TOP+, todos os Sábados às 21:30h! Nesta semana, fique por dentro do Top 10 das mulheres africanas que têm vindo a conquistar as redes sociais.

 

Romance e drama

 

Drama e romance nunca faltam no canal Maningue Magic! A 3ª temporada da telenovela Maida já nos levou à uma roleta-russa de acontecimentos. A emoção está garantida de Segunda à Sexta-feira, às 20:30h, para a satisfação de todos. Neste mês, saiba o que vai acontecer com a Maida e o Mauro. É provável que a estrela da moda esteja grávida.

 

Outra novela diária favorita é “A Nossa História” que termina este mês e agendamos para si a estreia de uma nova novela turca “Vidas Partidas”. Clique, aqui, para saber mais sobre esta telenovela.

 

O romance toma conta de tudo e arranca no programa de encontros mais vistos do país, Date My Family Moçambique (DMF). Semana-pós-semana, o DMF tem sido assunto de tendência na internet quando os fãs se apaixonam pelos solteiros que participam do programa. Fique atento ao próximo encontro do DMF, todos os domingos às 21:00h!

 

Acção e mistério

 

Se é fã de armas, explosões, perseguições de carros e acção em geral, temos algumas escolhas perfeitas para si! Durante a semana, de Segunda à Sexta-feira às 20:00h, O Rio continua a trazer-nos sucesso atrás de sucesso, com a Monifa a seguir a sua missão de conquistar um lugar de destaque no mundo da extracção de diamantes, onde a maioria das coisas pode correr mal por conta de um aspecto: a ganância.

 

Os Sábados são também uma óptima altura para convidar alguns amigos para uns petiscos e assistir à um bom thriller de produção dramática de investigação sul-africana Projek Dina.

 

Se perder a dose semanal de acção, Maningue Magic tem tudo o que precisa aos Domingos à noite! Convidamos o telespectador a juntar-se ao Suthu e à sua equipa de investigação, que desvendam algumas das cenas de crime mais bizarras que já vimos no drama Kuga Munu.

 

Junte-se também ao Mogale no Omen, todos os Domingos às 22:00, enquanto ele desvenda alguns dos acontecimentos mais desafiantes da sua vida que o impediram de ocupar totalmente o seu trono em Haijipomo.

 

Neste mês, fiquem ligados ao melhor do entretenimento local, aqui, no canal Maningue Magic a partir do pacote Família na DStv (posição 503) e pacote Max na GOtv (posição 8).

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O Banco foi igualmente premiado nas categorias de “Melhor App de Mobile Banking -SmartIZI, Melhor Banco Digital em Moçambique e Melhor App para os consumidores.

 

A atribuição destes prémios foi feita após uma análise por parte dos editores e analistas do sector financeiro, baseada em critérios como a oferta de produtos e serviços, a capacidade de captar e servir Clientes Digitais, a capacidade de inovar com a introdução de novas soluções e o crescimento da base de Clientes Digitais. Por outro lado, foram também avaliados os benefícios tangíveis para os Clientes da oferta digital dos bancos, bem como a funcionalidade, design e experiência para o Cliente dos diversos canais digitais como o internet banking, o mobile banking e os diversos aplicativos.

 

O Millennium bim tem apresentado uma evolução muito positiva da sua estratégia digital com um crescimento significativo da sua actividade: 69% dos seus Clientes adoptaram os canais mobile, tendo realizado cerca de 190 milhões de transacções digitais num ano.

 

A este propósito, o Presidente da Comissão Executiva do Millennium bim, João Martins, referiu que “este reconhecimento a nível internacional vem valorizar o excelente trabalho desenvolvido por todos os Colaboradores do Banco, que diariamente se empenham para oferecer a melhor oferta de produtos e serviços digitais para os nossos Clientes. O investimento do Millennium bim na tecnologia tem um objectivo muito concreto, estar onde estão os Clientes, sejam empresas ou particulares, revolucionando hábitos de consumo e tornando mais fácil e cómodo o dia-a-dia das comunidades que servimos”.

 

O Millennium bim reforça assim o seu compromisso de contribuir contínua e activamente para a melhoria da experiência digital dos seus Clientes, através do desenvolvimento de soluções inovadoras.

O governo moçambicano espera começar a pagar pensões aos guerrilheiros desmobilizados do antigo movimento rebelde Renamo a partir de 23 de Setembro.

 

Entre 2019 e Junho deste ano, cerca de 5.000 membros da milícia da Renamo foram desmobilizados ao abrigo do programa DDR (Desmobilização, Desarmamento e Reintegração) do governo, e as últimas 16 bases militares da Renamo foram encerradas.

 

O pagamento de pensões aos antigos guerrilheiros foi um dos últimos obstáculos à conclusão da DDR. A liderança da Renamo recusou fechar a última base, no distrito central da Gorongosa, até receber um compromisso firme do governo de que as pensões serão pagas.

 

Mas o pagamento está agora atrasado porque muitos dos beneficiários ainda não se registaram e não têm contas bancárias.

 

Em declarações nesta terça-feira aos jornalistas, após a reunião semanal do Conselho de Ministros, o porta-voz do governo, Vice-Ministro da Justiça, Filimao Suaze, disse que os ex-combatentes devem levar a sua documentação aos gabinetes distritais, provinciais ou centrais do Ministério dos Assuntos dos Antigos Combatentes. 

 

“Esperamos que até 23 de Setembro tenhamos pago as pensões, assim que forem aprovadas pelo Tribunal Administrativo”, disse Suaze. “Mas o pagamento será feito diretamente nas contas bancárias dos beneficiários”.

 

Os ex-guerrilheiros têm assim dez dias para regularizar o seu registo no Ministério dos Assuntos dos Antigos Combatentes. O registo é necessário. Suaze insistiu, para que, no futuro, os ex-combatentes não reclamem de terem sido excluídos. (AIM)

A Vodacom Moçambique mantém a sua contribuição para a construção de uma sociedade digital inclusiva em Moçambique.  Para o efeito, a operadora de telefonia móvel lançou, recentemente, um projecto de oferta de internet gratuita, através da instalação da rede wi-fi em alguns locais identificados.

 

A oferta destes serviços de internet, já na sua fase piloto, está disponível em alguns locais da cidade de Maputo, com destaque para o Mercado do Peixe, Aeroporto, Praça dos Engraxadores, bem como na Escola Secundária Zona Verde, este último ponto no município da Matola, província de Maputo.

 

“A instalação destes pontos gratuitos de internet reafirma o compromisso da Vodacom em dar às pessoas a oportunidade de aceder à internet sem ter que se preocupar com os custos inerentes. A nossa missão, conforme temos vindo a afirmar, é potenciar a inclusão digital em Moçambique, aumentando o acesso aos serviços de internet de qualidade no país. Acreditamos que, com a oferta pública da rede wi-fi, estamos a criar oportunidade para que todos, ligados, alcancemos a tão necessária inclusão digital, sobretudo para a camada juvenil, em idade escolar”, destacou Simon Karikari, Director-Geral da Vodacom.

 

Para além dos pontos referidos, brevemente, o wi-fi estará disponível em mais alguns lugares da cidade de Maputo, nomeadamente, Jardim Tunduro, Praça da Juventude, Quadra Desportiva de Kampfumo, Food Hall Maputo Shopping e no Food Hall Baía Mall.

 

A rede disponível oferece aos usuários uma experiência de navegação a velocidades acima de 500 mbps, com um portal de acesso com todos os recursos de segurança.

 

Nos próximos tempos, este serviço será alargado para mais locais, um pouco por todo o território nacional.(V.M)

A cidade de Maputo é palco da primeira Conferência sobre Banca, Serviços Financeiros e Seguros (BFSI), que nos dias 13 e 14 de setembro decorre sob o lema "Transformação Digital para um Sistema Financeiro Inclusivo, Sustentável e Desenvolvimento da Indústria de BFSI", e que visa colocar em destaque as inovações e práticas emergentes que prometem revolucionar o sector financeiro em Moçambique.

 

 Reunindo uma rica gama de painelistas nacionais e internacionais, experts na área, para discutir questões actuais e desafios cruciais que moldam o cenário financeiro e tecnológico, a abertura foi proferida pela Vice-Ministra da Economia e Finanças, Carla Louveira, em representação do Governo de Moçambique que, reforçou a importância da temática para o desenvolvimento nacional. 

 

Em paralelo, Doreen Bogdan-Martin, Secretaria Geral da União Internacional de Telecomunicações (ITU), fez um discurso virtual, sublinhando a colaboração internacional e a necessidade de adaptar as tecnologias emergentes para impulsionar o sector financeiro. 

 

Este encontro promete estabelecer Maputo como um epicentro de discussões sobre o futuro digital do sector financeiro, congregando especialistas, investidores e decisores políticos em prol de um objetivo comum: um sistema financeiro robusto e inclusivo, adaptado às necessidades do século XXI.(Carta)

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O Governo moçambicano vai assinar em 21 de Setembro, em Washington, com a Millennium Challenge Corporation (MCC), o segundo compacto de financiamento, de 500 milhões de dólares. O acto vai contar com a presença do chefe de Estado, Filipe Nyusi, anunciou aquela agência norte-americana.

 

De acordo com informação da MCC, a cerimónia de assinatura do Pacto de Conectividade e Resiliência Costeira de Moçambique contará ainda com a presença da presidente daquela agência de apoio externo do Governo dos Estados Unidos da América (EUA), Alice Albright, e do ministro da Economia e Finanças, Ernesto Max Tonela.

 

“O Pacto de Conectividade e Resiliência Costeira de Moçambique é uma tentativa ambiciosa e inovadora de abordar os riscos multifacetados das alterações climáticas para os investimentos do Compacto da MCC. O foco incide em infra-estruturas resistentes ao clima, no financiamento climático e no desenvolvimento costeiro, que visa fortalecer as economias locais dependentes da agricultura e das pescas, mas limitadas pela conectividade e pelo acesso fiável”, lê-se na mesma informação.

 

Este compacto contará com “três projectos inter-relacionados que cumprem todos os critérios abrangentes de investimento da MCC, promovendo “uma forte inclusão social, de género e juventude”, além de alavancar o investimento privado.

 

O conselho da administração da Millennium Challenge Corporation aprovou em 28 de Junho um novo um compacto de financiamento, de 500 milhões de dólares para o Pacto de Conectividade e Resiliência Costeira de Moçambique.

 

A aprovação segue-se ao memorando assinado com o Governo em Janeiro e “reafirma o compromisso da MCC em enfrentar directamente as restrições ao crescimento económico através de soluções inovadoras”, anunciou na altura a organização. O programa vai incidir no desenvolvimento da província da Zambézia, centro do país.

 

“Em Moçambique, estamos a implementar o pacto mais climático da MCC, uma combinação de infra-estruturas de transporte resilientes, oportunidades de economia verde, economia azul e reformas políticas e institucionais para permitir um crescimento mais eficaz e a longo prazo”, detalhou a agência.

 

Refira-se que o Millennium Challenge Corporation (MCC) e o Governo de Moçambique assinaram um pacto de cinco anos no valor de 506,9 milhões de dólares em Julho de 2007, concebido para aumentar o crescimento económico do país e reduzir a pobreza através do investimento em quatro áreas de projectos: água e saneamento, estradas, propriedade da terra e agricultura.

 

O governo e a MCC identificaram e seleccionaram conjuntamente estas áreas do projecto com base em esforços para financiar actividades que ajudariam a atrair investimento privado e aumentar o crescimento económico para reduzir a pobreza. O pacto centrou-se nas províncias do norte de Moçambique, onde vive metade da população do país, mas onde a economia está atrasada em comparação com as províncias do sul.

 

No fim do pacto, em Setembro de 2013, o Governo de Moçambique e a MCC tinham gasto 90 por cento dos fundos previstos para ajudar os agricultores a melhorar a gestão e a produtividade das culturas de coco; formalizar títulos de terra; reabilitar estradas utilizadas para tráfego comercial; e ajudar a actualizar os sistemas de água e saneamento. O Governo de Moçambique e a MCC esperavam que mais de dois milhões e meio de pessoas beneficiassem dos investimentos.

 

A MCC é uma agência financiada pelo Governo dos Estados Unidos da América que providencia subsídios por um período determinado a países em desenvolvimento. (Carta)

A subida significativa dos preços do petróleo no mercado internacional como resultado de restrições do fornecimento do produto devido ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia favoreceu a Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH), subsidiária da estatal Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), durante o ano económico findo a 30 de Junho de 2023. Devido a esse factor e não só, o lucro da CMH subiu mais de 82%, tendo saído de 36.9 milhões de USD registados no exercício económico de 2022 para 67 milhões de USD em 2023.

 

Além da subida do preço do petróleo, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da CMH, Arsénio Mabote, afirma que o aumento de produção de gás natural e a gestão criteriosa dos custos operacionais também impactaram positivamente no negócio da empresa que, juntamente com a petrolífera sul-africana Sasol, explora gás natural na bacia de Moçambique, norte da província de Inhambane.

 

“Pode-se verificar, através das Demonstrações Financeiras, que a CMH reportou um total do rendimento integral (lucro líquido) de 67 milhões de USD, o que representa um aumento de mais de 82%, quando comparado com o resultado líquido do exercício financeiro de 2022. Este aumento substancial do resultado foi essencialmente devido ao aumento dos preços do petróleo; ligeiro aumento da produção devido aos novos furos perfurados Infil de Pande (Pande 28, Pande 29, Pande 30 e Pande 31) que contribuíram para uma taxa média de produção equivalente a 77,5 Mil Milhões de Gigageuls por ano; menor custo operacional em comparação com as assunções do orçamento e gestão criteriosa e orientada ao resultado”, afirma o PCA da CHM.

 

Esta declaração consta do Relatório e Contas da empresa referente ao ano económico de 2023 que arrancou em Julho de 2022. No mesmo documento, Mabote diz, porém, que a CMH tem desafios quanto à disponibilidade de reservas provadas para garantir o fornecimento de gás no âmbito dos contratos assinados com os clientes.

 

Durante o último exercício, a CMH diz ter investido em furos adicionais em Pande que alcançaram o comissionamento em Dezembro de 2022 e continua a investir em outros furos adicionais nos campos de Pande e Temane, com vista a sustentar a produção a médio e longo prazos, tendo em conta que os volumes de produção de novos furos proporcionarão flexibilidade adicional e mitigação contra problemas de integridade dos existentes que estão em produção há muito tempo.

 

No Relatório e Contas, a CMH reporta ainda que, no exercício económico de 2023, pagou 100% do lucro líquido apurado no exercício financeiro de 2022, no montante de 36.9 milhões de USD. Relativamente aos impostos, o relatório refere que a CMH pagou 38.2 milhões de USD ao Estado, dos quais 95% em Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRPC), 4% em Impostos sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRPS) e 1% em contribuições destinadas à segurança social.

 

O balanço da CMH mostra que, até 30 de Junho de 2023, a empresa tinha um passivo total avaliado em 120.5 milhões de USD, contra 128.9 milhões de USD em 2022 (uma queda de 8.4 milhões de USD), face a um activo total avaliado em 382.5 milhões de USD, contra 360.8 milhões de USD registados em 2022, o que representa um aumento em pouco mais de 20 milhões de USD.

 

As contas da CMH de 2023 foram auditadas pela KPMG que não mostrou nenhuma opinião contrária no seu relatório. Na joint venture que explora gás natural em Inhambane, a Sasol Petroleum Temane (SPT) participa com 70%, CMH, 25% e 5% para o International Finance Corporation (IFC), membro do Banco Mundial. (Evaristo Chilingue)

Afinal não foi pelo chamamento do Presidente da República que os médicos suspenderam a segunda fase da terceira greve nacional e voltaram ao trabalho, no dia 24 de Agosto último. Esta terça-feira (12), a Ordem dos Médicos de Moçambique (OrMM) emitiu um comunicado a agradecer à Comissão independente, afirmando que, se não fosse a sua intervenção, a greve não teria sido suspensa.

 

Segundo o Bastonário da Ordem dos Médicos, Gilberto Manhiça, em conversa com a “Carta”, o mais importante era que fosse criado um ambiente em que as reivindicações fossem bem encaminhadas e foi exactamente isso que a comissão conseguiu.

 

“Nós queríamos que os membros da associação se sentissem confortáveis para interromper a greve e foi isto que se pretendia e a comissão conseguiu fazer um excelente trabalho em cerca de uma semana, porque acreditamos que, sem a sua intervenção, talvez o actual estado das coisas não tivesse acontecido”, frisou Manhiça.

 

Refira-se que a Comissão foi criada pela OrMM, através do Gabinete de Gestão de Crise (GGC), com o objectivo de aproximar as partes desavindas com vista a encontrar melhores soluções com maior brevidade. A mesma era composta por algumas individualidades, como o Bispo Emérito Dom Dinis Sengulane, o Professor Doutor Brazão Mazula, o Reverendo Dinis Matsolo, o Reverendo Rodrigues Dambo, o Professor Doutor Severino Elias Ngoenha, o Professor Doutor Jorge Ferrão, o Dr. Jorge Matine, a Dra. Angelina Magibire e, depois, o Dr. Carlos Mondlane.

 

Entretanto, duas semanas depois de os médicos terem retomado as actividades, a Associação Médica de Moçambique, através do seu porta-voz, Napoleão Viola, contou à “Carta” que até agora não há avanços concretos em relação às conversações com o Governo e o caderno reivindicativo dos médicos continua intacto.

 

“Nós temos estado a dialogar com o Governo de forma calma e ordeira, no entanto, aguardamos que as soluções surjam”, frisou Viola. (Marta Afonso)

O Instituto Nacional de Estatística (INE) mostra que houve uma melhoria significativa da insegurança alimentar, tendo em 2019 registado insegurança alimentar aguda em 29,9% das famílias, que baixou para pouco mais da metade nos dois anos subsequentes, até atingir 9,0% das famílias em 2022. A informação vem contida numa publicação sobre indicadores básicos da Agricultura e Alimentação lançada pelo Instituto Nacional de Estatística, referente ao período 2018-2022. No mesmo período, o número de tractores alocados ao sector agrícola em todo o país passou de 722 para 2728.

 

A informação apresentada nesta publicação está estruturada em 10 capítulos, que abrangem indicadores sócio-demográficos, económicos, vulnerabilidade e segurança alimentar, unidades estatísticas agrárias, terra e área agrícola, mecanização agrícola, crédito concedido ao sector agrário, produção agrícola, pecuária e pescas, preços e comércio (interno e externo) de produtos agrários e alimentares, entre o período de 2018 a 2022. 

 

Nos indicadores económicos, o peso do sector da agricultura, produção animal, caça, silvicultura e pesca no Produto Interno Bruto estabilizou-se em torno de 26,0%, entre 2018 e 2021. O Orçamento do Estado alocado ao sector continuou abaixo de 10% nos últimos anos, contudo, em 2022, foi fixado em 15,5%.

 

De acordo com a mesma publicação, o peso do crédito concedido ao sector da Agricultura passou de 3,0% em 2018, para 1,7% em 2022. Na produção das culturas alimentares básicas em 2022, o destaque vai para o milho e a mandioca.

 

Em relação à cultura de milho, a província de Tete, com 28,3%, seguida das províncias de Zambézia, com 16,4%, e Manica, com 13,5%, foram as que registaram as maiores produções. Na produção da mandioca, Nampula detém a maior quantidade (41,7%), seguida de Zambézia (32,1%).

 

A produção de culturas de rendimento foi estável no período em referência, facto observado nas mudas de cajueiro produzidas em torno de 5,8 milhões em 2022.

 

Os produtos pecuários apresentaram, ao longo do quinquénio, um ligeiro aumento na produção. Com efeito, refere a fonte, a carne de frango registou, em 2022, uma produção de 146 684 toneladas, com maior destaque para Maputo (72,3%), e Nampula (12,6%).

 

Na produção de carne bovina, destacou-se a Província de Maputo com 10 446 toneladas, correspondentes a 52,1% do total da produção do país, em 2022. Em relação ao leite de vaca, Sofala e Manica destacaram-se com 42,3% e 33,4% do total em 2022, respectivamente.

 

O peixe marinho, com 263 296 toneladas em 2022, teve um peso de 60,9% na pesca artesanal, seguida da produção de peixe de água doce com 121 325 toneladas (28,0%).

 

No comércio externo, evidencia-se o crescimento acentuado das receitas arrecadadas com a exportação de castanha de cajú em 2022, comparativamente ao ano anterior (93,9%).

 

Em relação aos indicadores sócio-demográficos, verifica-se que a população de Moçambique cresceu para 31,6 milhões de habitantes em 2022 e pouco mais de 20.7 milhões de habitantes, correspondentes a 65,5%, residem na área rural. As províncias de Nampula e Zambézia detém maior concentração populacional com 6,4 e 5,8 milhões de habitantes respectivamente.

 

O Instituto Nacional de Estatística (INE) procede anualmente à disseminação de indicadores básicos de agricultura e alimentação. Trata-se de informação que era publicada, até ao ano de 2019, em forma de base de dados numa plataforma designada “CountryStat”, incorporada nos produtos estatísticos do Fundo da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Esta plataforma recolhia um manancial de dados da agricultura e alimentação de vários países do mundo, tendo sido descontinuada em 2019.

 

A maior parte da informação estatística disponível cobre fundamentalmente a área cultivada, produção e comercialização agrária, com destaque para as culturas alimentares, culturas de rendimento, florestas, efectivo e produtos pecuários e produtos do pescado (artesanal, industrial e aquacultura).

 

As estatísticas disponibilizadas resultam da compilação dos dados do Inquérito Agrícola Integrado (IAI) e de fontes administrativas, nomeadamente, os Ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Rural; da Terra e Ambiente; do Mar, Águas Interiores e Pescas; da Indústria e Comércio; da Economia e Finanças; Banco de Moçambique; Autoridade Tributária de Moçambique e outras instituições.

 

Os resultados da publicação da agricultura cobrem todo o território nacional, quer ao nível das áreas urbanas, quer ao nível das áreas rurais e o trabalho baseou-se na verificação da consistência dos dados, limpeza e cruzamento da informação das diferentes bases de dados.

 

Os dados das áreas cultivadas e de produção agrária dos anos 2018, 2019 e 2021 foram estimados pelo MADER, por não ter havido um inquérito específico no período. (Carta)

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