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Redacção

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segunda-feira, 15 abril 2024 07:50

Preços registam ligeira subida mensal em Março

Dados recolhidos em Março findo, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nas Cidades de Maputo, Beira, Nampula, Quelimane, Tete, Chimoio, Xai-Xai, Maxixe e Cidade de Inhambane, quando comparados com os do mês anterior, indicam que o país registou uma subida de preços na ordem de 0,03%. A divisão de vestuário e calçado destacou-se, ao contribuir no total da variação mensal com cerca de 0,04 pontos percentuais (pp) positivos.

 

Analisando a variação mensal por produto, a Autoridade Estatística destaca a subida de preços da cebola (6,8%), de refeições completas em restaurantes (0,8%), do peixe fresco (2,0%), do arroz em grão (1,0%), de veículos automóveis ligeiros em segunda mão (2,7%), de sapatos para crianças (5,1%) e de capulanas (1,3%). Estes contribuíram no total da variação mensal com cerca de 0,17pp positivos.

 

No entanto, o INE constatou que alguns produtos com destaque para o tomate (2,8%), o milho em grão (6,8%), o carapau (1,1%), a couve (2,3%), a farinha de milho (1,0%), os cobertores e mantas (2,0%) e a batata-reno fresca (3,6%) contrariaram a tendência de subida de preços, ao contribuírem com cerca de 0,13pp negativos no total da variação mensal.

 

Dados da Autoridade Estatística referem que durante o primeiro trimestre do ano em curso, o país registou uma subida do nível geral de preços na ordem de 1,43%. As divisões de Alimentação e Bebidas não alcoólicas e de Restaurantes, hotéis, cafés e similares, registaram a maior subida de preços ao contribuírem com cerca de 0,95pp e 0,23pp positivos, respectivamente.

 

Entretanto, quando os dados do mês em análise são comparados com os de igual período de 2023, indicam que a subida do nível geral de preços caiu na ordem de 3,03%.

 

Analisando a variação mensal pelos centros de recolha, que servem de referência para a variação de preços no País, nota-se que, em Março findo, a Cidade de Xai-Xai com 0,27% registou a maior subida de preços, seguida das cidades de Nampula e Tete com 0,21% cada e, por fim, as cidades da Beira e de Maputo, com 0,13% e 0,08%, respectivamente. Porém, a Cidade de Chimoio, a Província de Inhambane e a Cidade de Quelimane tiveram uma tendência contrária à das outras cidades, com quedas de preços de cerca de 0,39%, 0,37% e 0,09%, respectivamente. (Carta)

As unidades sanitárias da cidade de Maputo já registaram 14.740 casos de conjuntivite hemorrágica, desde 21 de Fevereiro, data em que foi notificado o primeiro caso, neste ponto do país. A informação foi partilhada pela Vereadora de Saúde e Qualidade de Vida no Conselho Municipal de Maputo (CMM), Alice de Abreu.

 

“O primeiro caso de conjuntivite foi notificado a 21 de Fevereiro na cidade de Maputo e, até ao momento, registamos um cumulativo de 14.740. Destes, 10.479 já tiveram alta e 3.689 continuam em seguimento hospitalar. Até aqui não tivemos nenhuma complicação por conjuntivite e nem tivemos pacientes internados”, explicou.

 

A Vereadora de Saúde da Cidade de Maputo disse ainda que, dos casos até aqui registados, 55 por cento são mulheres e os restantes homens. “O maior número de casos foi notificado no distrito municipal Ka Mubukwana com 5.032, seguido de Ka Nlhamankulu 4.295, Ka Mfumo 2.061, Ka Mavota 1.467, Ka Maxaquene 925, Ka Tembe 342 e, por último, KaNyaka 59 casos”, apontou De Abreu.

 

Entretanto, as autoridades de saúde apontam que os casos de conjuntivite hemorrágica tendem a reduzir na província de Nampula, apontada como uma das mais afectadas pela doença.

 

“Nos últimos dias, temos registado abaixo de 50 casos de conjuntivite hemorrágica, apesar de existirem pacientes que perderam completamente a visão, devido a perfurações irreversíveis provocadas pelo uso de substâncias como urina e combustível”, disse a médica oftalmologista do Hospital Central de Nampula, Sandia Sumbane.

 

Já na província de Sofala, 36 doentes encontravam-se na semana passada internados por complicações severas desta doença. As autoridades de saúde justificam que estas complicações derivam da prática de cuidados caseiros inadequados, como aplicar piripiri, limão e urina. Não obstante, os números de novos casos rondam nos 50 diários contra os anteriores 150.

 

Dados do sector da saúde apontam que, recentemente, Moçambique registou perto de 17 mil casos de pacientes infectados pela conjuntivite hemorrágica, com destaque para as províncias de Nampula e Sofala. (M.A)

A Associação dos Combatentes da Luta pela Democracia (ACOLDE), um dos principais órgãos sociais da Renamo, diz estar “envergonhada” e “escandalizada” com as acções protagonizadas por Venâncio Bila Mondlane que, desde Fevereiro último, tem travado uma batalha judicial com Ossufo Momade, líder daquela formação política. A posição foi manifestada na manhã de ontem pelo Presidente da agremiação, Victor Viandro, na abertura da VI Sessão Ordinária do Conselho Nacional da Renamo, que decorre hoje na cidade de Maputo.

 

Discursando na abertura da reunião daquele órgão colegial, o mais importante no intervalo entre os congressos, Victor Viandro afirmou que os guerrilheiros da Renamo estão preocupados com a situação que têm vindo a assistir, em que alguns membros continuam a escamotear a disciplina partidária em nome da liberdade individual. “Para os combatentes, esta forma de proceder desvirtua a nossa luta e a forma de ser e estar da Renamo, algo que nos leva a questionar sobre a agenda deles”, defendeu.

 

Sem nunca pronunciar o nome do deputado Venâncio Mondlane, que em Fevereiro submeteu duas providências cautelares contra Ossufo Momade, uma exigindo a marcação do congresso e outra a anulação das exonerações feitas por este “fora do seu mandato”, Viandro classificou a empreitada do ex-Assessor de Ossufo Momade como uma afronta ao sangue derramado durante a guerra civil.

 

“Este acto [recurso aos Tribunais], que nos escandaliza, envergonha-nos e desmoraliza toda a nossa luta, uma acção que não faz parte da nossa essência, pelo que consideramos como afronta ao sangue derramado por muitos dos nossos irmãos, ao longo da luta dos 16 anos e da revolução. Essas brincadeiras devem ter o ponto final”, defendeu.

 

Os combatentes da Renamo dizem ainda repudiar os pronunciamentos do político que, através das suas redes sociais, supostamente apelidou os guerrilheiros de “simples camponeses” após estes manifestarem seu apoio a Ossufo Momade. “Esta Renamo, à qual se filiou, existe graças a nós, pelo que queremos adverti-lo a parar com as suas investiduras, pois, connosco não se deve brincar”.

 

Viandro defende que os membros da Renamo devem pautar pelo respeito mútuo e convidou a quem não se sente a vontade a retirar-se do partido, pois, “cada um está neste partido por livre e espontânea vontade”. Por isso, “quem não se sente bem, a porta da proveniência está aberta”.

 

A fechar, tal como sublinhou, Victor Viandro pediu autorização para educar Venâncio Mondlane e todos os detractores de Ossufo Momade, porém, sem revelar o remédio a ser usado para tal efeito. “Queremos solicitar luz verde do Conselho Nacional e da direcção máxima do partido a autorização para nos responsabilizarmos por aqueles que andam nas televisões a insultar a liderança, confundindo a opinião pública com propaganda contra o próprio partido. Nós temos remédio para curá-los, se nos autorizar”, atirou.

 

Lembre-se que Venâncio Mondlane, cabeça-de-lista da Renamo na Cidade de Maputo, durante as VI Eleições Autárquicas (de 2023), tornou-se, desde o princípio deste ano, o principal rosto da oposição interna à liderança de Ossufo Momade, tendo recorrido à justiça para que o Presidente da Renamo convocasse o VII Congresso do partido, agendado para os dias 15 e 16 de Maio.

 

Ausente na reunião que decorre este domingo, em Maputo, Venâncio Mondlane acabou sendo o principal alvo das intervenções do dia. Ivan Mazanga, Presidente da Liga Juvenil da Renamo, foi o primeiro a se dirigir ao político.

 

Aos “conselheiros” do partido, Ivan Mazanga defendeu que os problemas do partido devem ser discutidos e solucionados dentro dos órgãos, pois, “se não faz sentido a existência dos órgãos, então não faz sentido a existência do partido”.

 

“Estar em guerra contra todos os órgãos do partido é estar em guerra contra o partido e nós não comungamos com a ideia que ‘qualquerizar’ o partido a favor do egocentrismo”, defendeu o líder da juventude da Renamo, para quem “sem acções colectivas, cometemos suicídio colectivo”.

 

Por sua vez, o porta-voz da Renamo, José Manteigas, esclareceu que Venâncio Mondlane não se faz presente no evento porque não tem assento no Conselho Nacional do partido. Manteigas, cujas relações com Venâncio Mondlane encontram-se extremadas, garantiu que só se participa do evento como membro com assento no órgão ou como membro convidado.(A. Maolela)

O trânsito rodoviário na Estrada Nacional Número 380 (N380), que liga o Sul e o Norte de Cabo Delgado foi, recentemente, restabelecido. A via sofreu três cortes, há dois meses, na aldeia Miangalewa, impossibilitando a circulação de viaturas, devido aos danos causados pelas chuvas torrenciais, afectando a ligação entre Macomia e os distritos de Muidumbe, Nangade, Mueda, Mocímboa da Praia e Palma.

 

O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, visitou aquele ponto do país, no quadro das acções de monitoria ao nível do sector, e referiu que a estrada N380 sofreu danos acentuados, devido às chuvas e movimentação de veículos pesados.

 

“Como consequência, os distritos de Muidumbe, Mueda, Nangade, Mocímboa da Praia e Palma, todos da região norte de Cabo Delgado, sofreram bastante em termos de abastecimento de mercadorias, incluindo combustíveis, o que fez com que os preços dos produtos disparassem”, disse.

 

O governante explicou ainda que o Executivo não podia intervir na altura “porque nem sequer sabíamos a extensão dos danos. E, logo que isso foi permitido, nós avançamos. Porém, já imaginávamos, com base na experiência que tivemos no passado, o que seria necessário. Por isso que o empreiteiro e a ANE começaram muito cedo a mobilizar os equipamentos e materiais”.

 

Mesquita disse que a intervenção permitiu, ainda que temporário, a reabertura da rodovia ao trânsito.

 

"De seguida, passaram cerca de 120 camiões e, durante a visita, cruzámos com cerca de 20 camiões transportando mercadorias para o norte de Cabo Delgado. Por isso penso que, daqui em diante, a mesma vontade que infelizmente houve no aumento dos preços espero que os comerciantes a tenham para reduzi-los porque agora a oferta já está lá”, realçou o governante.

 

Ainda em Cabo Delgado, o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, anunciou a continuação de restrições na Estrada Regional 698, que serve de alternativa para a ligação entre o Norte e o Sul de Cabo Delgado, no troço Montepuez-Mueda, com uma extensão de 206 quilómetros.

 

O troço está restringido por mais duas semanas a viaturas de peso superior a 10 toneladas para permitir a realização de obras de emergência, devido às péssimas condições de transitabilidade em que se encontra.

 

“A avaliar pela especificidade do trabalho, vimos que será necessário estender a limitação para permitir a conclusão do tapamento e remoção de solos impróprios para manter a estrada, como também realizar trabalhos de manutenção periódica noutras zonas”, frisou Carlos Mesquita.

 

As chuvas intensas que caíram nas últimas semanas ao longo de toda a província de Cabo Delgado têm estado a causar danos graves na rede de estradas, condicionando a transitabilidade em algumas vias que atravessam as bacias hidrográficas de Montepuez e Messalo.

 

Para repor a transitabilidade para a zona norte da província foram adjudicados contratos de emergência a três empreiteiros para a reparação da estrada R698, troço Montepuez-Mueda subdividido em três lotes: as obras de emergência em curso na Estrada R698 entre Montepuez – Nairoto (68km), Nairoto – Rio Muirite (68km) e Rio Muirite – Mueda (70km) totalizando cerca de 206 km.

 

Numa conferência de imprensa concedida no local, Carlos Mesquita enalteceu a demonstração do poder das Forças de Defesa e Segurança (FDS) para controlar a situação.

 

“É uma área crítica, mas os empreiteiros, os fiscais e a ANE fizeram o seu trabalho, e eu tenho que assumir isso. Estivemos no troço Montepuez-Mueda e vimos três empreiteiros a trabalhar em situações muito complicadas, mas estão a fazer o seu trabalho com muito empenho e dedicação e os resultados são visíveis”, concluiu o governante. (Carta)

As Forças de Defesa e Segurança (FDS) lançaram há cerca de uma semana uma ofensiva contra focos terroristas nos postos administrativos de Mucojo e Quiterajo, no distrito de Macomia, centro de Cabo Delgado. Os terroristas ocuparam Mucojo depois de expulsar as FDS no passado mês de Fevereiro. As ofensivas lançadas pelas FDS em Mucojo e Quiterajo envolvem meios aéreos, terrestres e marítimos. Contudo, segundo algumas fontes em Macomia-sede, os terroristas abandonaram Mucojo há três dias e foram fixar-se no distrito de Quissanga.

 

O Administrador de Macomia, Tomás Badae, confirmou na última quarta-feira (10) o desenrolar das operações e nega que a ofensiva visa civis. Falando a jornalistas, Badae disse que, no mês passado, a pedido das Forças de Defesa e Segurança, toda a população de Mucojo foi avisada a abandonar a zona, pelo que quem ainda permanece na região é considerado colaborador dos terroristas.

 

"Estamos cá na vila e algumas pessoas têm aparecido, mas nunca nos falaram que existem civis mortos em Mucojo em consequência da ofensiva das FDS. De princípio, no mês passado, tínhamos orientado toda a população para, excepcionalmente, se retirar de Mucojo para vila sede de Macomia ou para outros distritos seguros. Então, aqueles que permanecem lá são considerados colaboradores", rematou Tomás Badae.

 

"Carta" soube que, apesar desta advertência, os civis nunca chegaram a abandonar totalmente o posto administrativo de Mucojo, uns por falta de transporte e outros, alegadamente, por falta de assistência alimentar nos locais de acolhimento. (Carta)

As tropas ruandesas, que combatem o terrorismo na província de Cabo Delgado desde Julho de 2021, estão a alargar seu âmbito de actuação, dedicando-se também às acções filantrópicas, nas áreas da saúde, educação e agricultura.

 

Segundo a Televisão de Moçambique (TVM), um grupo de oficiais superiores das Forças Armadas do Ruanda tem estado a distribuir, nos distritos de Mocímboa da Praia (nas aldeias Natandolas, Chinde e Mbau) e Palma (Posto Administrativo de Pundanhar), material escolar e sementes de algumas culturas, com destaque para as culturas de arroz, feijão, milho e amendoim. Igualmente, estão a prestar cuidados de saúde às populações das comunidades dos dois distritos.

 

De acordo com a televisão pública, a acção “filantrópica” das tropas ruandesas enquadra-se no seu espírito de solidariedade para com o povo moçambicano. Sublinha que os oficiais superiores das Forças Armadas Ruandesas têm sensibilizado as populações para apostar na agricultura após as inundações, causadas pelas intensas chuvas que têm caído nas regiões sul e norte do país.

 

Lembre-se que as tropas ruandesas foram responsáveis pela recuperação da vila de Mocímboa da Praia, em Agosto de 2021, das “mãos” dos terroristas, assim como do Posto Administrativo de Mbau, então considerado bastião do grupo que semeia luto e dor desde Outubro de 2017.

 

Após a recuperação de importantes aldeias estratégicas para o combate ao terrorismo, sublinhe-se, os militares ruandeses assumiram o protagonismo de prestar assistência social às famílias afectadas pela insurgência, oferendo-lhes comida e apoiando-as nas tarefas domésticas.

 

Entretanto, diferentemente das tropas da SADC que deixam o país até Julho próximo, ainda não se conhece a data em que as tropas ruandesas, cuja presença em Cabo Delgado ainda é motivo de muitos questionamentos, poderão deixar o país. Aliás, o Ruanda tenciona enviar mais tropas para a província de Cabo Delgado para preencher o vácuo deixado pela saída das tropas da SADC. (Carta)

Os moradores do bairro de Maxaquene “C”, na cidade de Maputo, bloquearam a estrada, na rua da Malhangalene, na manhã desta quinta-feira (11), em protesto contra a bacia de retenção de águas que cria transtornos aos que vivem ao redor.

 

Segundo relatos de Alda Joshua Cossa, residente daquele bairro, os lesados decidiram bloquear a estrada para ver o que o Município pode fazer por eles, tendo em conta que a bacia faz com que, dentro das suas residências, a água leve muito tempo para secar.

 

“O Município sempre manda um carro para bombear essas águas, mas em pouco tempo a bacia volta a encher e nem sabemos de onde vem tanta água. Aqui é necessária uma intervenção séria porque, quando a bacia fica cheia, a água transborda e entra nas nossas casas, molhando tudo”, explicou.

 

Alfredo Chachuaio, também residente do bairro de Maxaquene “C”, conta que a bacia vai drenando água para as residências, o que acaba danificando os mobiliários e electrodomésticos.

 

“Nós exigimos que esta bacia seja removida deste local ou que sejam construídas valas que possam escoar essas águas que se vieram alojar nas nossas casas. Nós comemos mal por conta do cheiro nauseabundo dessas águas, as nossas casas estão a estragar-se aos poucos por causa dessas águas muito sujas”.

 

Chachuaio acrescentou: “Esta bacia está a causar doenças aos nossos filhos que tentam pescar naquele local. Pedimos a intervenção do Município porque as águas invadiram até os locais onde deixamos a nossa comida”.

 

Pouco depois da manifestação dos moradores, um camião do município foi ao local para retirar as águas na bacia e nas vias, mas eles travaram a viatura, alegando que primeiro devia retirar as águas nas suas residências. Face ao desentendimento, a viatura abandonou o local.

 

Refira-se que esta é a segunda vez esta semana que munícipes bloqueiam as vias de trânsito exigindo a construção de valas devido às águas que desaguam nas suas residências. Na última terça-feira, foram os residentes de Matlemele, na cidade da Matola, que bloquearam a estrada circular, na zona da terceira rotunda, para quem vem do Zimpeto. (M.A)

O Edil de Vilankulo, Quinito Vilankulo, queixa-se de bloqueios à sua governação, protagonizados por funcionários afectos ao partido Frelimo, formação política que geria a autarquia da província de Inhambane até Janeiro deste ano. O facto foi tornado público esta quinta-feira, na Cidade de Pemba, província de Cabo Delgado, durante a sessão de abertura da XIII Reunião Nacional das Autarquias Locais, que decorre desde ontem naquele ponto do país.

 

Dirigindo-se ao Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, numa sala repleta de Edis do partido Frelimo, Quinito Vilankulo revelou estar a enfrentar dificuldades para governar, devido à falta de colaboração por parte da máquina administrativa montada pelo partido Frelimo.

 

Na sua intervenção de quase cinco minutos, o Presidente do Conselho Municipal de Vilankulo, eleito pela lista da Renamo, sublinhou que, desde a sua tomada de posse, a 7 de Fevereiro último, ainda não fez qualquer mexida na equipa do trabalho, pois, não está interessado com as cores partidárias, mas com o desenvolvimento daquela autarquia.

 

“A nossa vontade não é trocar ninguém, é de ver o trabalho do Município a andar como deve ser. Infelizmente, estamos a enfrentar algumas dificuldades que, se calhar, podem obrigar-nos a mudar alguma coisa para ver este barco a ir em frente”, defendeu Vilankulo, que se compromete a tornar aquela cidade costeira numa referência turística nacional e internacional.

 

“É nosso compromisso fazer de Vilankulo uma referência turística do país e do mundo, mas para tal deve haver coordenação de cada um de nós, porque aquele pedaço de terra é Moçambique”, atirou o jovem Edil, um dos quatro Edis da Renamo saídos das eleições autárquicas de 2023.

 

Em resposta às preocupações apresentadas pelo Edil de Vilankulo, o Chefe de Estado mostrou-se solidário com o autarca, defendendo que o desejo de querer manter a equipa anterior “não significa querer ficar com quem não coopera ou quem não está em condições”.

 

No entanto, para Nyusi, o comportamento dos funcionários de Vilankulo pode também dever-se ao “estigma” que alguns sofrem dos seus “camaradas” sempre que colaboram com os novos Edis, geralmente eleitos pelos partidos da oposição.

 

Refira-se que esta não é a primeira vez que Quinito Vilankulo se queixa de entraves na sua gestão. Há dias, em entrevista à DW, Quinito Vilankulo revelou ter ficado surpreso ao encontrar os cofres da edilidade vazios. Disse ainda ter encontrado equipamento informático sabotado e uma dívida de 5.5 milhões de Meticais, contraída em 2023, por William Tuzine.

 

Sublinhe-se que Quinito Vilankulo é o primeiro Edil da oposição a governar uma autarquia da zona sul do país, depois de uma vitória atribuída pelo Conselho Constitucional, em Novembro de 2023. Entretanto, Quinito Vilankulo não é o primeiro autarca da oposição a reclamar de bloqueios à governação, protagonizados pela Frelimo.

 

A Cidade da Beira, por exemplo, continua a lutar para ver transferidas para si as competências para gestão dos serviços primários da saúde e educação. Igualmente, continua a queixar-se dos atrasos do Governo na transferência de verbas do FCA (Fundo de Compensação Autárquica) e do FIA (Fundo de Investimento Autárquico). (A. Maolela)

Eu era muito jovem e um dia chegou-me às mãos o livro “Mangas Verdes com Sal”, do Poeta Rui Knoplfi, que tinha um prefácio, cheio de vinagre, de Eugénio Lisboa. Era um exemplar maltratado, de uma primeira edição da obra e recordo como o li: sôfrego e exultado. O texto de Lisboa era luminoso e cortante, exaltante e exabundante. Era verrinoso. Ali estavam as firmes ideias do ensaísta. Fiquei chocado com a forma como ele zurzia alguns dos meus mitos  –  entre eles, Noémia de Sousa  –, mas fascinou-me logo aquele espírito seu livre e provocatório, aquela sua verdade, aquela sua virulência, sobretudo lexical, aquela escrita saborosa e informada, encantada e encantadora, aquelas inúmeras citações, aquela erudição toda, aquela torrente, tudo aquilo teve um impacto tremendo sobre mim. Li, depois, quase tudo o que encontraria do crítico, especialmente os dois volumes de “Crónica dos Anos da Peste”.

 

Eugénio Lisboa, que hoje abandona o reino dos vivos, aos 93 anos – nascera em Lourenço Marques a 25 de Maio de 1930  –, tinha uma coisa de que gosto muito: a coragem de procurar e dizer a verdade. A sua verdade. Podemos gostar ou não do que escreve, do seu juízo crítico, muitas vezes acerbo, ou das injustiças que provavelmente cometeu, mas numa coisa temos que lhe fazer justiça: era dono de uma escrita fascinante. Era um ensaísta instigante, um cronista viperino e um memorialista lustrado. Escreveu poesia, quis ser poeta. Os deuses estavam com o prosador e o seu sangue bom. Basta que nos atenhamos às suas vastas memórias: “Acta Est fabula”. A expressão da antiga língua latina era usada quando terminavam as encenações: “A peça está representada”.

 

Conheci-o na mesma ocasião em que a Noémia de Sousa me levou aos ombros do Rui Knopfli, nos corredores da Gulbenkian, em Fevereiro de 1989, aquando do mítico I Congresso de Escritores de Língua Portuguesa. Nesse mesmo ano, Eugénio Lisboa revistou “a capital da memória”, como haveria de consignar  Maria de Lourdes Cortez. Recebemo-lo de braços abertos. Anoto parte do seu diário, citado nas memórias (“Acta Est fabula”), uma entrada de 04.06.89: “Ontem, almoço em casa do José Soares Martins, com a presença de alguns moçambicanos: professores, escritores (Raúl Honwana, Nelson Saúte, Baka Cossa (sic), Gilberto Matusse, José Cunha). Conversa animada, franca, surpreendente. Entre Cossa e Honwana estabelece-se um diálogo vivíssimo, revelador das tensões e “bifurcações” existentes actualmente e, ao mesmo tempo, da liberdade de expressão que se conquistou (por quanto tempo?). Conversa com Gilberto Matusse, articulado e informado. Pergunta-me, à queima-roupa, o que penso de Sá de Miranda. Faz-me perguntas, revelando conhecer razoavelmente bem os meus livros. Idem, da parte de Cossa e de Nelson Saúte. Repetem que me consideram a mim e ao Rui Knoplfi escritores moçambicanos – que não abdicam de nós. Depois, querem saber como me sinto: moçambicano ou português? Digo-lhes que me sinto as duas coisas, como sempre me senti: dividido entre um Moçambique que me não sai do sangue e da memória e uma cultura portuguesa (europeia) que me alimentou desde sempre. Quando, em conversa, digo: `a vossa literatura`, corrigem-me, imediatamente: ´a nossa; tu és nosso´. Comovente.”

 

Noutra entrada do dia 09.06.89: “Perguntei há dias, ao Nelson Saúte – que mostra conhecer as minhas coisas, com algum pormenor – onde as tinha arranjado (ele tinha só 9 anos, quando eu saí de cá). Respondeu-me: “Umas comprei, outras emprestaram-me e outras roubei. “Pas mal. Não deixa de ser lisonjeiro.” Não desminto. Quem sou eu para fazê-lo, embora me tenha surpreendido o “outras roubei”? Creio, a esta distância, que deve ter sido na época em que eu ostentava aquela velha “boutade” de que roubar um livro era um acto de cultura. Mas não recordo que tivesse praticado este tipo de delitos. No mesmo dia, Lisboa anotava: “Daqui a poucos minutos, chega-me aí o Nelson Saúte, para uma entrevista para a revista “. Dei duas entrevistas para a Rádio, duas para a Televisão, uma para o “e, agora, esta para a “. Acho suficiente”.

 

Nesta longa entrevista falámos de quase tudo: do pai, que fora funcionário dos Correios, da sua infância, da ida para Portugal para cursar Engenharia, de Portalegre, o encontro com José Régio, o regresso, a Escola Industrial onde lecionou Electrotecnia e Mecânica, a colaboração no “Diário de Moçambique”, no “Paralelo 20” e, mais tarde, na “Voz de Moçambique”, publicações de onde iria resgatar textos que fariam parte do seu livro “Crónica dos Anos da Peste”, título sugerido pelo Rui Knopfli, a partir das “Crónicas dos anos da peste” que Eugénio Lisboa publicava então. Falámos do seu tempo na Beira, do “Notícias da Beira”, do Cine-Clube de Lourenço Marques onde se viam filmes marcantes, dos soviéticos Eisenstein ou Pudovkin, do polaco Wadja, entre outros. Falámos de Jorge de Sena. Da Associação dos Naturais de Moçambique. Abordei as polémicas com Alfredo Margarido ou Rodrigues Júnior. Quis saber mais sobre “Caliban”, Knopfli, Grabato Dias. Falámos do Rádio Clube e da memória do poeta Reinaldo Ferreira, que morreu a 30 de Junho de 1959. Nesse ano, Knopfli publicou “O País dos Outros” e começa a amizade entre ambos e do Eugénio com Carlos Adrião Rodrigues, um brilhante e culto advogado, que um dia disse uma das frases mais luminosas: “Craveirinha e Knopfli, o verso e anverso de uma poesia em evolução”. Cito-a de memória. Falámos da sua paixão pelo teatro, ele lembrou Sara Pinto Coelho, a mãe do meu saudoso amigo Carlos Pinto Coelho, que dirigia um programa de teatro no Rádio Clube, onde o Lisboa iria promover Racine, Régio, Montherlant, Ibsen. Falámos das suas empreitadas poéticas e do seu retorno a Moçambique, vastamente cartografado nas suas memórias.

 

Uma entrevista não dá para tudo, mas aquela é uma primeira arqueologia literária que eu estabelecia com ajuda de um dos protagonistas da cena literária no meu país antes do advento da independência. No volume III da “Acta Est Fabula” iria encontrar pormenores e detalhes que iriam satisfazer a minha gulosice pela nossa história literária. Craveirinha deu-me, nas nossas longas conversas, depoimentos inesquecíveis dessa fase. Knopfli idem. Mesmo com a sua língua, igualmente afiada. Eugénio Lisboa escreveu páginas fascinantes sobre essa época. Sobretudo do seu magistério soberano. Tive o benefício de o ouvir, também, no contacto pessoal, muitas vezes. E sinto-me grato. Como me sinto grato pela sua amizade. Para sempre.

 

Numa entrada de 17.06.89, já em Londres, Lisboa dava conta: “No dia 11, à noite, depois do regresso da Matola, foi o resto da longa entrevista com o Nelson Saúte. É impressionante o que esta gente nova conhece, com minúcia, daquilo que outrora deixámos disseminado por livros, jornais e revistas. Não é apenas conhecer: é um conhecer tão apaixonado, que quase me aterra.” Com data de 30.05. 96, a seguinte entrada: “Ontem, à noite, jantar em casa do Soares Martins (adido cultural na embaixada de Portugal). Estavam presentes o Nelson Saúte e a mulher (com um bebé de dois meses) e o António Sopa. Foi um convívio simpático e fizemos considerável má-língua. Sem vinagre.” O Irati nascera em Março de 1996.  

 

Convivi com o Eugénio Lisboa, em Londres, em Sevilha, em Lisboa e em Maputo. Uma vez, em sua casa de S. Pedro de Estoril, ele reuniu: Rui Knoplfi, Noémia de Sousa, Fonseca Amaral, Eduardo Pitta e eu próprio. Foi um dia inesquecível. O Fonseca Amaral morreria pouco tempo depois. (Aliás, Lisboa faria, anos mais tarde, o prefácio da obra deste poeta mestre da geração do Knopfli, vergastando-o, o que me pareceu injusto e injustificado). O Knoplfi morreu no Natal de 1997, Noémia em Dezembro de  2002, depois de editarmos o seu “Sangue Negro”. Eduardo Pitta faleceu há meses, a 25 de Julho de 2023. Agora, é o Eugénio Lisboa que desaparece, entre os membros daquela tertúlia.

 

Quando lancei a antologia “Nunca Mais É Sábado”, pedi ao Eugénio Lisboa que a apresentasse. Não se furtou e cumpriu o mito do seu vinagre milenar, zurzindo-me literalmente. Discordei dele nos critérios, como é óbvio. A poesia moçambicana não poderia apenas ser o escol dos eleitos. Isso não arranhou a minha admiração por ele. Aliás, continuei a lê-lo e admirá-lo. Quando fez 90 anos, em 25 de Maio de 2020, escrevi um texto a saudá-lo. Accolade, diria ele. Na sequência disso mantivemos uma breve comunicação. Ele escreveu-me uma carta que me comoveu.  

 

Nessa homenagem, lembrava-me do facto de ter sido seu hóspede em Londres. Hóspede de Maria Antonieta, a sua mulher, que me acolheu com tanta atenção e carinho. O “Epílogo” da “Acta Est Fabula” é uma pungente evocação de Maria Antonieta, que morreu em 2016. É um livro desolado e desolador. Pungente. Há ainda o livro sobre as viagens e os seus diários. Os seus diários (“Aperto libro”) são dois volumes com uma bizarria que é estranha em toda a obra de Eugénio Lisboa: problemas de revisão. Falta de cuidado na fixação do texto. A despeito, a leitura dos diários é igualmente prazerosa.

 

Li, depois, os poemas, sobretudo na pandemia, que Eugénio escrevia para esconjurar a morte. Publicara antes uns volumes de poesia, sem a expressão nem dimensão da sua obra ensaísta e crítica. Era imenso na exegese, deslumbrante na hermenêutica. Na poesia não era tão destro. Disse-lhe que os deuses não o tinham protegido nesse quesito. Aceitou a minha opinião, mas foi contumaz na prática, sobretudo de sonetos, que o menorizavam. Os deuses podem ser generosos, mas não o são sempre.

 

Eugénio Lisboa não só escrevia luminosamente, como falava soberbamente. Era um tribuno exemplar e um conferencista brilhante. A sua conversa, erudita e sedutora, era subjugante e apaixonante. Lisboa  dizia, a propósito de Alberto de Lacerda, que conversar com o Poeta de “Exílio” era melhorar o silêncio: “Conversar com ele era um prazer interminável e inesgotável. Era prodigiosamente culto, assassinamente observador, genialmente parcial, guloso de literatura, de pintura, de música, de escultura e de liberdade. Era um dos poucos génios da arte de conversar, que até hoje conheci. Diz um provérbio qualquer que não se deve falar a não ser que, com isso, se faça melhor do que o silêncio. A conversa do Alberto melhorava extraordinariamente o silêncio.” Lisboa era assim. Eu diria o mesmo dele. Lisboa era um conversador exemplar. Único, jubiloso. Era avassalador.

 

Num livro de matérias várias (miscelânea de ensaios, estudos e crítica), a que chamou justamente “O Objecto Celebrado”, Eugénio Lisboa cita Marco Aurélio, no frontispício, que afirma: “Tudo passa num dia, o panegírico e o objecto celebrado”. A sua obra imensa é exactamente isso: um “objecto celebrado”. Inteligente, ágil, penetrante. Sedutora. Absolutamente sedutora. Subjugava, era tão bela e iluminada. Uma longa crónica dos intermináveis anos da peste. Obra apolínea, caprichada, admirável. Catita.

 

Recordo-me de o ouvir falar de gatos, de livros, de música, de pintura, de teatro, de cinema, de Régio, de Sena, de Gide, de Montherlant, da sua velha Lourenço Marques (minha Maputo), da luz do Índico, da “Voz de Moçambique”, do Knopfli, do Craveirinha, de Londres, de Veneza, das cidades, dos escritores e da vaidade de alguns, do génio que admirou, ou, simplesmente, da estupidez humana. Sempre culto, felino, sensível. Eugénio Lisboa era sempre fascinante, mesmo quando se discordava dele. Imodesto, ufano, vasto, brilhante, luminoso, espantoso, vibrante, vívido e ofuscante. Ostensivamente inteligente e culto. Tinha o vicio impune da leitura. Fez dos livros o seu magistério. Até ao fim. Acaba de morrer um sábio. Um dos últimos neste tempo sem lustro, génio ou cultura.

 

Acta est fabula.

 

KaMpfumo, 9 de Abril de 2024

A Confederação das Associações Económicas (CTA) prepara a Missão Empresarial para o Porto e Lisboa, a ter lugar de 22 a 24 de Abril corrente, com o objectivo de gerar novas oportunidades para estabelecer parcerias, representação de marcas em sectores como Petróleo e Gás, Agro-indústria, Transportes e Logística, Finanças e Serviços, Energias Renováveis, Hotelaria e Turismo.

 

Neste sentido, a missão empresarial Moçambique-Portugal tem como objectivo explorar as oportunidades oferecidas às empresas portuguesas para se internacionalizarem, como forma de aumentar e diversificar o investimento português em Moçambique.

 

De acordo com um comunicado da CTA, a missão é preparada numa altura em que, do lado de Moçambique, as exportações caíram consideravelmente. O documento refere que se há 10 anos as empresas exportavam pouco mais de 100 milhões de USD para Portugal, actualmente caíram para 20 milhões de USD. O mesmo se observa nas importações. No geral, a Confederação diz que o comércio e investimentos bilaterais reduziram, apesar de os dois países continuarem a oferecer ricas oportunidades para as empresas de ambas as economias.

 

Para essa missão, a CTA leva mais de 80 empresas dos sectores de agro-indústria, energia, turismo, transporte e finanças. Durante a Missão, as sessões decorrerão num formato de mesas redondas sectoriais e focadas. Estão previstas ainda visitas a empreendimentos, exposição de produtos e serviços e um fórum de negócios Portugal – Moçambique sob o tema: Internacionalização das Empresas Portuguesas nos Palop – O Caso de Moçambique.

 

“Este será o momento mais alto, portanto, o Fórum de Negócios Portugal – Moçambique, no dia 24 de Abril, dirigido pelo Governo de Moçambique, onde serão assinados alguns acordos de cooperação empresarial. Esta missão empresarial será sequenciada pela realização da Sessão Bilateral Moçambique-Portugal, durante a XIX Conferência Anual do Sector Privado (CASP), no dia 16 de Maio próximo”, refere a nota da CTA.

 

Nessa missão, a CTA pretende, igualmente, propor uma Comissão de Trabalho Conjunto, Governo e Sector Privado dos dois países, coordenada pela Agência para a Promoção de Investimentos e Exportações (APIEX), para concretizar todas as intenções de negócios que serão reveladas. Com este roteiro, a Confederação acredita que pode conferir outro ímpeto às relações empresariais entre Moçambique e Portugal, consubstanciando-se no aumento do comércio e investimentos bilaterais.

 

São parceiros desta Missão Empresarial a APIEX, a Associação Industrial de Portugal (AIP), a Câmara de Comércio Moçambique – Portugal (CCMP), a Confederação Empresarial da CPLP e a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal. (Carta)

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