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Redacção

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Durante o Fórum de Biodiesel desta semana em São Paulo, Brasil, sob o tema Tecnologia e Inovação, foi assinado um Memorando de Entendimento (MOU, na sigla em inglês) entre o Brasil e Moçambique para desenvolver conjuntamente biocombustíveis. 

 

O MOU foi assinado pela Ubrabio (União dos Produtores de Biodiesel e Bioquerosene do Brasil) e pelo gabinete do pacote de estímulo económico de Moçambique (PAE), representado por João Macaringue, e marca um avanço significativo na medida 10 do pacote que prevê a mistura obrigatória de combustíveis importados com biocombustíveis. 

 

O mercado de biocombustíveis do Brasil é um dos mais fortes do mundo, impulsionado por seus abundantes recursos agrícolas e políticas governamentais de apoio. Como um dos principais produtores globais de etanol e biodiesel, o Brasil beneficia-se de tecnologia avançada, investimentos substanciais em P&D e alta demanda doméstica e internacional.

 

Moçambique, por sua vez, possui uma série de semelhanças com o Brasil que criam uma parceria ideal, incluindo o clima, a geografia e as especificidades da terra. A aliança estratégica visa impulsionar o desenvolvimento e a adopção de produção de biocombustíveis, promovendo a mudança global em direcção à energia sustentável, em linha com as aspirações de transição energética de Moçambique apresentadas no ano passado na COP 28. 

 

O MOU sinaliza um esforço colaborativo para aprimorar a cadeia de abastecimento de biocombustíveis. O acordo deve atrair um investimento significativo de capital do Brasil para Moçambique, impulsionando a pesquisa, o desenvolvimento e a capacidade de produção. Para os investidores, esse influxo de fundos apresenta uma oportunidade promissora, à medida que as empresas de biocombustíveis se tornam mais lucrativas, potencialmente aumentando as avaliações das acções. 

 

Consequentemente, o acordo deverá criar empregos moçambicanos na indústria de biocombustíveis, apoiado pelo conhecimento do sector privado brasileiro. Novas plantas e instalações ampliadas precisarão de uma força de trabalho qualificada, estimulando o crescimento económico nas áreas onde esses projectos estão baseados.(Carta)

segunda-feira, 10 junho 2024 16:04

Acidente de viação mata 23 pessoas em Sofala

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A tragédia ocorreu este domingo no Dondo, no qual perderam a vida vinte e três pessoas, para além de 49 feridos. A Polícia aponta como causa do sinistro a negligência do motorista do autocarro. De acordo com a corporação, o autocarro fazia o trajecto Dondo-Beira e o acidente ocorreu em Mafambisse durante uma ultrapassagem, tendo o autocarro embatido num veículo pesado que vinha em sentido contrário.

 

A Polícia da República de Moçambique (PRM) confirma entre os óbitos, três crianças, nove mulheres e 11 homens. Os feridos foram atendidos na unidade Sanitária de Dondo e outros transferidos para o Hospital Central da Beira.

 

“Aqui no Hospital Central da Beira recebemos 25 doentes, dos quais 12 já tiveram alta e 13 continuam internados, sendo dois em estado grave”. Uma das sobreviventes contou à imprensa que o autocarro apresentava deficiências mecânicas (travagem) e estava a andar à alta velocidade. Ao tentar esquivar-se de um camião que vinha em sentido contrário, o motorista acabou caindo na vala.

 

Grande parte dos corpos ainda não foram reclamados, conforme avançou o Governador de Sofala, Lourenço Bulha. “A morgue de Dondo tem a capacidade para receber apenas seis corpos, então, os outros vamos ter que transferir para Mafambisse e Beira. Acreditamos que a maior parte dos corpos ainda não foram reclamados por serem residentes da Beira, mas estamos ainda a identificar através dos Bilhetes de Identidade”, disse Bulha.

 

No autocarro, com capacidade para 90 passageiros, seguiam 77. (M.A)

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Uma passageira que viajava no voo Maputo-Lisboa das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), que também transportava a seleção moçambicana de futebol, viajou inconsciente durante sete horas, tendo recebido assistência médica durante o trajeto, disse hoje a transportadora.

 

Em comunicado, a LAM refere que a mulher teve problemas de saúde, três horas após o avião ter descolado de Maputo, e ficou inconsciente durante sete horas de viagem, até ao destino, Lisboa.

 

“Para a assistência à passageira com problemas de saúde, a tripulação contou com os préstimos de seis médicos que se encontravam a bordo. Os cuidados foram prestados por três médicos da seleção nacional de futebol e três médicas do Ministério da Saúde de Moçambique”, avança a nota.

 

O gesto de humanismo permitiu salvar a vida da passageira, sublinha o comunicado.

 

A LAM não especifica se a mulher era parte da comitiva da equipa nacional de futebol, dado que o voo também transportava outros passageiros.

 

Os jogadores da seleção moçambicana de futebol viajaram na sexta-feira no voo Maputo-Lisboa, para depois seguirem da capital portuguesa para Marrocos, onde na segunda-feira jogam contra a Guiné-Conacri, em partida da quarta jornada do Grupo G da zona africana de qualificação para o Mundial2026, que vai decorrer nos EUA, Canadá e México.(Lusa)

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O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) aposta no padre católico da arquidiocese de Nampula, Fernão Magalhães, e antigo director da Faculdade de Direito (FADIR) da Universidade Católica de Moçambique, para candidato a governador da província. O MDM depositou na passada sexta-feira a candidatura do partido para as eleições de 9 de Outubro, num evento que contou com a participação do prelado.

 

Segundo fontes do MDM, Fernão Magalhães é uma das melhores apostas para ombrear em pé de igualdade com outros candidatos e sagrar-se vitorioso nas próximas eleições.

 

“Sem dúvidas que o candidato a governador, ou seja, o nosso cabeça-de-lista, é o padre Magalhães e será anunciado ainda esta semana. Estamos apenas a aguardar o aval da direcção máxima do partido”, disse fonte daquele partido na província de Nampula, o maior círculo eleitoral.

 

“Carta” apurou que a eleição do antigo director da Faculdade de Direito da Universidade Católica em Nampula foi consensual e sem nenhuma oposição. A nível da arquidiocese de Nampula, a entrada do padre Fernão Magalhães na vida política activa foi objecto de crítica por parte dos religiosos, particularmente dos sacerdotes, que entendem que a sua opção está a “sujar” o bom nome e a dignidade de uma das principais igrejas.

 

O padre Fernão Magalhães vai disputar a corrida eleitoral com o empresário Eduardo Mariamo da FRELIMO, a deputada Abiba Abá da RENAMO, Dias Coutinho do PODEMOS, também por sinal um reputado advogado e Raul Novinte, antigo edil de Nacala que abandonou a RENAMO para filiar-se à Coligação Aliança Democrática (CAD). (Carta)

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O Governo anunciou a permissão para a circulação de uma quantidade limitada de produtos florestais, por cada meio de transporte, em todo o território, para o uso doméstico, sem apresentação de guia de trânsito.

 

Para o caso do carvão, são permitidos três sacos, segundo uma circular assinada pela ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze. Sem guia de marcha, o Executivo autoriza ainda o transporte e circulação com 20 molhos de lenha, 50 bambus, 32 estacas, 10 molhos de capim, igual número de caniço e outros produtos florestais não madeireiros até 20 quilogramas.

 

A nota reitera o reconhecimento das comunidades locais como os principais guardiões dos recursos florestais e assegura o livre acesso, de acordo com as suas respectivas normas e práticas costumeiras para obtenção de plantas medicinais, materiais de construção, combustíveis lenhosos, frutos silvestres, bens culturais e outros, para consumo próprio, isentos de qualquer licença.

 

O documento foi emitido pelo Ministério da Terra e Ambiente em jeito de esclarecimento depois que um vídeo circulou nas redes sociais, denunciando uma alegada proibição de transporte dos produtos florestais sem licença. (M.A)

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As Forças do Ruanda afirmam ter abatido, no passado dia 29 de Maio, pelo menos 70 terroristas dos cerca de 150 que pela madrugada daquele dia tentaram atacar a sede do posto administrativo de Mbau e localidade de Limala, sul do distrito de Mocímboa da Praia em Cabo Delgado. Segundo a Televisão de Moçambique (TVM), além de terem atacado a população civil de Mbau, os terroristas lançaram fogo contra posições avançadas das forças ruandesas na aldeia Limala.

 

Citando um porta-voz das Forças do Ruanda, a Televisão de Moçambique (TVM) noticiou na sexta-feira ter sido um erro dos terroristas atacar posições e aldeias sob responsabilidade do contingente ruandês.

 

A TVM mostrou imagens de terroristas abatidos que terão sido enviadas pelo porta-voz do destacamento ruandês, descrevendo-as como muito sensíveis. Trata-se das mesmas fotografias que circularam no dia do ataque, em que relatos iniciais indicavam terem sido abatidos entre 11 a 13 terroristas, mas o Chefe do Estado Filipe Nyusi falou de dezenas de homens mortos.

 

Entretanto, fontes na vila de Mocímboa da Praia disseram à "Carta" que, no último fim-de-semana (sexta-feira e sábado), os terroristas tentaram atacar de novo a população de Mbau, o que levou à pronta intervenção das Forças do Ruanda. As fontes presumem que os terroristas queriam vingar-se da população indefesa, uma semana depois de terem sofrido pesadas baixas.

 

Apesar da relativa acalmia, a população de Mbau ainda não dispõe de serviços de saúde prestados pelas brigadas móveis, uma situação associada ao medo por parte dos profissionais. (Carta)

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Suspeitas de fraude na eleição dos candidatos a deputados no partido Frelimo, denunciadas na semana finda em quase todo o país, estão a desorganizar a candidatura desta formação política às VII Eleições Legislativas, que se realizam a 09 de Outubro próximo.

 

O partido no poder havia agendado, para a última sexta-feira, a submissão da sua candidatura ao escrutínio de Outubro, mas teve de adiar para esta segunda-feira, devido à falta de consenso nas escolhas feitas pelos “camaradas” a nível dos Comités Provinciais. Lembre-se que a entrega das candidaturas à Presidência da República, deputado, Governador da Província e a Membro da Assembleia Provincial termina às 15h30m desta segunda-feira.

 

Um dos Comités Provinciais afectados foi o da Zambézia, onde o processo foi anulado devido às denúncias de corrupção na eleição dos deputados. A denúncia feita pela OMM (Organização da Mulher Moçambicana), em carta dirigida ao Presidente do Partido. A agremiação acusou Paulino Lenço, então Primeiro-Secretário da Frelimo na Zambézia, de ser corrupto e tribalista. Sublinhar que Paulino Lenço acabou sendo destituído do cargo este fim-de-semana.

 

O escrutínio teve de ser repetido este fim-de-semana, tendo confirmado Pio Matos como cabeça-de-lista da Frelimo naquele ponto do país, depois de ter sido rejeitado na eleição anterior. Ainda foram eleitos os candidatos a deputados, com destaque para a queda final de Caifadine Manasse. Dados não confirmados indicam que Aissa Ibrahim e Ilka Gaspar, que há uma semana estavam na lista de candidatos para deputados, também não foram eleitas.

 

Para além de ainda não ter submetido a candidatura às eleições legislativas, a Frelimo também ainda não submeteu a sua candidatura às eleições provinciais, na Zambézia, devendo fazê-lo esta segunda-feira, último de dia para entrega das candidaturas às Eleições Outubro próximo.

 

Refira-se que a província da Zambézia não foi a única que teve o processo eleitoral em causa. Em Nampula e Gaza também se viveu o mesmo ambiente, com alguns membros a denunciarem alegados esquemas de fraude na escolha dos candidatos a deputados. Agostinho Vuma, em Gaza, foi o principal visado. (Carta)

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Américo Muchanga, figura destacada no sector das Tecnologias de Informação (TI) em Moçambique e no mundo, estará presente na Conferência Banca, Serviços Financeiros e Seguros (BFSI 2024). Com uma carreira de mais de três décadas, Muchanga ocupou cargos de relevo como Presidente do Conselho de Administração da Autoridade Reguladora das Comunicações de Moçambique (INCM) e Director Geral do INCM. Também foi Director Geral do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) de Moçambique, Director de Planificação da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Director do Centro de Informática da UEM (CIUEM) e Director do Departamento de Sistemas e Operações do CIUEM. Actualmente, é Presidente do Conselho de Administração da Empresa Aeroportos de Moçambique.

 

Formado em Engenharia Electrotécnica pela UEM e Doutorado em Engenharia de Tráfego em Redes de Fibras Ópticas pelo Instituto Real de Tecnologia KTH na Suécia, a sua experiência e liderança têm sido influentes no avanço tecnológico em Moçambique e reconhecidas em plataformas internacionais.

 

A Conferência BFSI 2024, com o tema "Transformando o Sector BFSI para Impulsionar o Desenvolvimento do Conteúdo Local e a Integração nos Mega Projectos," contará com a participação de Américo Muchanga no painel "Dados, Inovação e Estratégias Colaborativas para um Acesso Integrado e Sustentável aos Serviços Financeiros," no qual contribuirá com conhecimentos sobre a inovação tecnológica e a utilização estratégica de dados para a transformação digital do sector financeiro.

 

Este painel focará em como a utilização estratégica de dados, inovação tecnológica e a colaboração entre as várias entidades podem transformar o sector BFSI, assegurando um acesso mais integrado, eficiente e promovendo práticas sustentáveis e éticas no sector.

 

Myriam Carius, fundadora da Carius & Partners e advogada com mais de 15 anos de experiência, também participará do mesmo painel. Carius é advogada qualificada na Inglaterra e País de Gales, registada na Ordem dos Advogados de Paris e licenciada na Costa do Marfim. A sua experiência inclui consultoria para o Banco Africano de Desenvolvimento em transações financeiras e aconselhamento a Governos Africanos através do Africa Legal Support Facility.

 

Antes de fundar a Carius & Partners, Carius trabalhou em firmas renomadas como Clifford Chance, Mayer Brown e Ashurst, onde se especializou em finanças de projectos, petróleo e gás, energia e infraestruturas. Carius contribuirá com o seu vasto conhecimento sobre inovação tecnológica e utilização estratégica de dados no sector financeiro, complementando as discussões do painel com a sua experiência prática em transações financeiras complexas.

 

Annerose Ngemu, Senior Manager de Negócios Digitais no Global Trade Bank do Afreximbank, também estará presente no painel. Com mais de 15 anos de experiência em soluções bancárias e financeiras digitais, Ngemu lidera as actividades de comercialização do Africa Trade Gateway (ATG) na África Oriental, África Austral, Caraíbas e mercados fora de África. O ATG é uma iniciativa transformadora que visa revolucionar o comércio transfronteiriço, proporcionando soluções digitais para optimizar cadeias de fornecimento, mitigar riscos e permitir que as empresas aproveitem as oportunidades de comércio internacional.

 

Ngemu oferecerá valiosos insights sobre como alavancar plataformas como o ATG para capacitar empresas, fomentar a colaboração e acelerar o crescimento do comércio. As suas discussões focar-se-ão no uso da tecnologia para a inovação empresarial e no fortalecimento de parcerias para impulsionar as actividades comerciais dentro de África e o resto do mundo.

 

Reconhecidos internacionalmente, Américo Muchanga, Myriam Carius e Annerose Ngemu, partilharão as suas visões e experiências em conferências e fóruns globais, contribuindo para o desenvolvimento de políticas e práticas no sector financeiro. A participação destes especialistas na Conferência BFSI 2024 reforça o compromisso do evento em promover discussões e soluções inovadoras, elevando o perfil da conferência a nível internacional.

 

A Conferência BFSI 2024 terá lugar no Montebelo Indy Maputo Congress no dia 19 de Junho de 2024, servindo como plataforma para promover o diálogo e a colaboração entre os principais actores do sector financeiro e de seguros, com objectivo de desenvolver políticas e parcerias estratégicas que transformem o panorama do BFSI em Moçambique, África e no cenário global.

Pode ser que a espada anunciada já esteja a operar, é verdade. Estamos a ser conduzidos por demónios nos nossos caminhos tornados íngremes e ninguém  percebe os sinais. No princípio era o bairro Chalambe o ponto principal da esbórnia dos desgraçados, aqueles que não terão onde ir, nem a quem chorar. Aqui paira vivamente, de dia e de noite e nas madrugadas, o cheiro catalizador  da cannabis e o despudor. Ninguém se assusta com isso, nem com os homens rebentados pelo álcool.

 

Já o dissemos várias vezes mas não nos cansamos de repetir. Hoje, Chalambe não é mais o único lugar  da gravitação das grutas, há outros pontos nos bairros onde se bebe aguardente de cana-de-açúcucar  ou jambalau e ainda a sura, com mulheres jovens  destacando-se na linha da frente, sem preconceitos. Bebem e fumam tudo, desde o cigarro normal até à “cosa nostra”, e já ninguém vê problema nesse gesto que vai se tornando hábito. Um vício mortal.

 

Não precisa que seja noite, as raparigas e também mulheres maduras, podem ser encontradas nesses esconderijos imundos a consumir tais coisas sem olharem para trás. Outras ainda, fogem temporariamente das suas bancas no mercado e vão beber um trago como forma de afugentarem a dor do tédio criado por um negócio que não anda. Já se descomplexaram, e no seu desespero jamais vão se importar com o que a sociedade fala sobre ela. Aliás, a sociedade tem outras preocupações: o dinheiro que não existe e, consequentemente, o pão que não chega à mesa.

 

Não precisamos mecionar o nome dos bairros onde em cada esquina há uma toca onde se vende thonthonto (aguardente de cana ou jambalau) e sura, existem em todo o lado, e em algumas delas tem lá mulheres bebendo e fumando, e as conversas que se ouvem não têm futuro. Nem passado. Muitas delas mostram-se com sinais de desitração, facilmente notável por via do rosto. Tumefacto.

 

Mas de onde é que vem este fenómeno novo, de mulheres jovens  e maduras na cidade de Inhambane bebendo cachaça e essas porcarias industrializadas que levam nomes inconsebíveis nos rótulos, como por exemplo “Dinamite”? Se calhar a sociedade  está atrasada numa pergunta que não vai fazer sentido, pois se estas jovens estão muito perto do abismo, então todos nós estamos lá. No fundo.

 

Ninguém as repreende, nunca foram. Jamais tiveram alguém para o fazer, ou seja, os pais quando descobrirem a fossa em que suas filhas se meteram, poderá ser tarde demais para qualquer reparação. O tempo que as move funciona como o relógio da morte, cujas horas correm com tontura em direcção à fornalha do diabo, onde já estão a ser queimadas na ilusão do prazer. Mas a cachaça e o fumo de todos os tipos que consomem e libertam no vazio, é apenas para desfarçar a dor. Elas estão no inferno e não conseguem fugir dalí. E se elas não conseguem fugir,  nós também estaremos com elas.

Moçambique apreendeu e incinerou 10 mil unidades de medicamento _impróprio_.jpg

A Autoridade Nacional Reguladora de Medicamento (Anarme) moçambicana aprendeu e incinerou 10 mil unidades de um medicamento destinado a crianças, considerado em estado impróprio para ser utilizado, divulgou hoje a instituição.

 

"Intercetamos uma mercadoria de medicamentos de baixa qualidade, isso devido ao baixo teor de princípio ativo e a Anarme, para proteger a saúde pública, orientou a retirada imediata do mercado e a incineração", explicou Cassiano João, porta-voz da instituição, à margem da incineração das 10 mil unidades de frascos deste medicamento, realizada na quarta-feira, em Maputo.

 

Em causa estão frascos de medicamento Azitromicina Suspensão oral de 100mg/15ml, um antibiótico usado no tratamento de várias infeções bacterianas, como otites, faringites estreptocócica, pneumonias, diarreia do viajante e outras infeções intestinais.

O princípio ativo de um medicamento é o componente que interage com o organismo e provoca uma alteração fisiológica ou bioquímica que visa restaurar ou melhorar a saúde.

 

“Todos os medicamentos e produtos farmacêuticos que entram no país são submetidos ao laboratório de Comprovação de Qualidade, para aferir a qualidade antes da sua distribuição no mercado de consumo. Foi assim que exames laboratoriais detetaram que as 10 mil unidades, que se destinavam às crianças, poderiam causar efeitos adversos”, frisou Cassiano João.

 

Segundo o também chefe do Departamento Central de Avaliação de Produtos de Saúde da Anarme, a destruição destes fármacos enquadra-se no âmbito das atividades da entidade reguladora, de monitorar a qualidade de medicamentos.(Lusa)

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