Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

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Não basta ser uma empresa ou instituição empregadora, é necessário que haja políticas e estratégias que estimulem um ambiente de trabalho excepcional, priorizando o bem-estar e a satisfação do trabalhador. É pensando nestes pressupostos que, pela terceira vez, a Tempus Global Group distinguiu 39 organizações que se destacam em Moçambique naquilo que a organização chama de Proposta de Valor ao Consumidor (EVP).

 

Entre as instituições distinguidas, a MultiChoice Moçambique figura numa lista reduzida das 10  melhores organizações para trabalhar em Moçambique. A avaliação é baseada em cinco critérios, nomeadamente, Compensação e Benefícios; Carreira; Ambiente de Trabalho, Cultura Organizacional e Equilíbrio entre Vida Profissional e Pessoal.

 

Para Alzira Manejo, Directora de Recursos Humanos da MultiChoice Moçambique, esta premiação que decorreu recentemente em Maputo vem celebrar a postura da empresa pela sua capacidade de regenerar-se, acompanhando a evolução, ao mesmo tempo que procura inovar, melhorar os seus valores e atingir os seus objectivos em um ambiente saudável.

 

“Antes de mais, a MultiChoice valoriza as pessoas, porque é delas que os objectivos da empresa dependem para serem alcançados, ciente de que as características valorizadas mudam ao decorrer do tempo, pois as pessoas vivem uma eterna busca pela realização e carreira”, aponta Manejo.

 

Alzira Manejo acredita muito na comunicação como sendo fundamental para uma boa gestão e para um bom ambiente de trabalho. “Procuro ser sempre clara e dar o devido retorno, apontando os objectivos que justifiquem as nossas acções, para além de adoptar uma postura flexível e liderar pelo exemplo”, acrescenta.

 

A MultiChoice preocupa-se em desenvolver uma boa cultura organizacional e um ambiente de trabalho saudável e inspirador, ciente de que o local laboral é onde os colaboradores passam a maior parte do seu tempo.

 

“Nós fazemos, por exemplo, avaliação de desempenho para acompanhar o desenvolvimento do trabalhador, capacitá-lo para poder exercer as suas funções com excelência”, partilha a gestora, acrescentando que “damos aos colaboradores muitos benefícios que muitas outras empresas não dão e temos sempre atenção para a questão de carreira, onde é comum alguém começar como um agente de ‘call center’ e terminar como um director.”

 

De acordo com Manejo, para terminar, a distinção da Tempus Global Group serve como uma “lufada de ar fresco” para os trabalhadores, à medida que veem renovado o compromisso da empresa em oferecer melhores condições de trabalho, e, enquanto directora de Recursos Humanos, sente-se lisonjeada por este prestigiante prémio.

 

Refira-se que esta distinção se enquadra na 3ª. edição do ‘Elite Employer’, um programa da Tempus Global Group que tem como base os dados mensuráveis da Pesquisa Nacional de Benefícios e Gestão de Capital Humano. Trata-se do maior estudo de benefícios já feito em Moçambique que, nesta edição, avaliou cinco pilares do EVP de mais de 200 organizações.

quarta-feira, 29 maio 2024 21:22

BCI alinhado com ‘O Poder do Network’

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O BCI apoiou, mais uma vez, o programa "O Poder do Network", que teve lugar no sábado (25), na capital do país, e que já vai na sua 2ª edição. O apoio insere-se no âmbito da parceria entre o Banco e a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE).

 

Tido como um dos maiores eventos de networking do mundo, o programa reuniu cerca de 1500 jovens, que ouviram os palestrantes e empresários moçambicanos, nomeadamente Lineu Candieiro, Ayaz Hassan e Nilza Chipe; e os brasileiros Bruno Avelar, Davi Braga, Mayra Cardi, Carlinhos Malaquias, e Thiago Nigro, por cerca de 10 horas.

 

O denominador comum entre as apresentações foi a partilha de conselhos úteis rumo ao sucesso, tais como sair da zona de conforto, ser ousado, a vontade de mudar, a atitude, o sentido de organização, os cuidados com a imagem, entre outros. Para o efeito cada palestrante testemunhou experiências pessoais vividas, os momentos altos e baixos que, segundo referiram, devem ser encarados como parte do percurso e não fatalidades. Sobretudo, como afirmou Bruno Avelar, desistir não é regra, e nenhum percalço presente deve servir de mote para definir o que a pessoa é.

 

Segundo a organização, o sucesso do programa deixa augurar a realização de outras edições futuras.

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O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse hoje que “dezenas de terroristas” foram abatidos em confrontos com as forças governamentais, que se registam desde a madrugada, em Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado, norte do país.

 

“A operação desta madrugada ainda esta a continuar, os terroristas estão a levar ´porrada`, dezenas e dezenas ficaram em terra e muito equipamento foi capturado”, afirmou Nyusi.

 

O chefe de Estado moçambicano falava durante a inauguração da Estação de Tratamento de Águas Residuais de Maputo.

 

“A operação continua” e os terroristas “estão em debandada, estão em fuga”, avançou Nyusi, reconhecendo que “são momentos difíceis para o povo” dos distritos assolados pela violência em Cabo Delgado.

 

O Presidente declarou que os combates que começaram na madrugada de hoje registam-se na zona de Limala, ao lado de Mbau, no distrito de Mocímboa da Praia.

 

Nos confrontos, prosseguiu, as Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas, juntamente com “as forças irmãs do Ruanda, entraram em confrontação, em contacto direto com o inimigo”.

 

Antes dos combatentes em Mocímboa da Praia, já se tinham verificado confrontos, entre segunda-feira e terça-feira, no distrito de Nangade, entre a força local – uma milícia formada por veteranos da luta de libertação nacional -, e os rebeldes, prosseguiu o chefe de Estado moçambicano.

 

“As forças locais, os veteranos, juntamente com os seus descendentes, entraram em contacto [com os insurgentes] e puseram fora de combate alguns terroristas”, disse Filipe Nyusi.

 

Cabo Delgado enfrenta desde outubro de 2017 uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico, combatida desde 2021 com o apoio dos militares do Ruanda e dos países da África austral, esta última em processo de retirada do terreno desde abril, a concluir até julho próximo.(Lusa)

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Fornecedores estão a recusar assinar contratos com a Comissão Nacional de Eleições para a prestação de bens e serviços necessários para as eleições gerais de outubro, devido a dívidas da CNE, disse hoje o presidente da entidade.

 

“Neste momento, devia-se assinar todos os contratos que visam facilitar o processo da própria votação [nas eleições gerais de 09 de outubro], mas não é possível, porque os fornecedores exigem que os órgãos eleitorais tenham pagado os recursos necessários”, disse Carlos Matsinhe aos jornalistas, à margem de um evento da Comissão Nacional de Eleições (CNE) na província de Inhambane, sul do país.

 

Matsinhe afirmou que os órgãos eleitorais devem dinheiro de bens e serviços fornecidos para o recenseamento eleitoral, o que leva empresas a recusar manter relações comerciais com aquelas entidades.

 

“Todas as províncias têm essas deficiências, [relacionadas com] algumas dívidas que os órgãos eleitorais têm”, declarou o presidente da CNE.

 

Em abril, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, considerou “muito caro” o modelo de eleições no país, assinalando que o dinheiro gasto com escrutínios “dava para equipar” as Forças Armadas.

 

“O ciclo de eleições em Moçambique é muito caro (…), é muito dinheiro, dava para equipar aqueles jovens que estão a defender a pátria”, afirmou Nyusi, referindo-se aos militares envolvidos no combate a grupos armados na província de Cabo Delgado, norte do país.

 

O chefe de Estado moçambicano falava na abertura da reunião da Associação dos Combatentes de Luta de Libertação Nacional (ACLLIN), um braço político da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, de que Filipe Nyusi é presidente.

 

O país, prosseguiu, precisa de repensar o modelo de eleições, apelando a uma reflexão sobre a pertinência de realização do registo de votantes para cada ato eleitoral.

 

“Fizemos no ano passado o recenseamento [para as eleições autárquicas], este ano estamos a fazer de novo”, para as eleições gerais de 09 de outubro, declarou o chefe de Estado moçambicano.

 

“Se calhar, alguns custos, algumas despesas [com os escrutínios] pudessem servir para proteger a nação, desenvolver o país”, reforçou.

 

Apesar de enfatizar que o custo de realização de processos eleitorais é elevado, Filipe Nyusi defendeu que o país deve manter os sufrágios eleitorais.

 

As eleições gerais de 09 de outubro próximo em Moçambique vão custar 20 mil milhões de meticais (288 milhões de euros), segundo dados avançados pela CNE.

 

Moçambique vai realizar em 09 de outubro as sétimas eleições presidenciais e legislativas, as segundas para os governadores provinciais e as quartas para as assembleias provinciais.

 

O atual Presidente da República e da Frelimo está constitucionalmente impedido de voltar a concorrer para o cargo, porque cumpre atualmente o segundo mandato na chefia de Estado, depois de ter sido eleito em 2015 e em 2019.(Lusa)

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Os terroristas que na segunda-feira (27) foram vistos a circular por algumas aldeias do distrito de Nangade, província de Cabo Delgado, foram abatidos esta terça-feira (28) pela Força Local.Um membro da Força Local disse à "Carta" que se trata de três terroristas que durante a sua incursão roubaram alimentos na aldeia Nova. Acredita-se que todos eram moçambicanos.

 

"É verdade, depois da perseguição foram abatidos e enterrados na mesma cova. Não foi muito difícil porque depois que a Força Local tomou conhecimento começou a perseguição e foram neutralizados", explicou.

 

A mesma fonte acrescentou: " antes do enterro, os corpos foram trazidos à vila para serem apresentados à população e depois foram enterrados na mesma cova no cemitério do bairro Olota". Dos três, apenas um tinha uma metralhadora, os restantes estavam desarmados.Residentes de Nangade confirmaram que os três terroristas foram apresentados publicamente antes do enterro. (Carta)

 

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As urnas abriram às 7h00 (hora de Maputo), devendo encerrar às 21h00 e, de acordo com a Comissão Eleitoral Independente (IEC), cerca de 27 milhões de eleitores estão inscritos para votar.Mais de um milhão de eleitores sul-africanos já depositaram o voto especial, entre segunda e terça-feira, previsto para todos aqueles que não se poderão deslocar às urnas esta quarta-feira.

 

O actual presidente sul-africano e líder do Congresso Nacional Africano (ANC), Cyril Ramaphosa, ainda tem esperança de que ele e o seu partido saiam vitoriosos nestas eleições.Ramaphosa assumiu em 2018, o lugar do antigo presidente Jacob Zuma que está envolvido num escândalo de corrupção e enfrenta múltiplas acusações de extorsão, fraude, evasão fiscal e branqueamento de capitais.

 

Agora com 71 anos de idade, Ramaphosa prometeu um novo amanhecer para a África do Sul, mas os críticos dizem que ele não conseguiu cumprir os seus objectivos. Sob o seu comando o desemprego atingiu níveis recorde, empurrando o ANC para o que se espera ser o seu pior resultado eleitoral, com menos de cinquenta por cento dos votos.

 

Caso se confirme este cenário, o ANC terá que formar uma coligação com outros partidos para a reeleição do presidente Cyril Ramaphosa, através do sistema parlamentar.

 

2 828 membros da SANDF destacados para as eleições

 

Um total de 2.828 membros da Força de Defesa Nacional Sul-Africana (SANDF) estão destacados para a manutenção da Lei e Ordem durante as Eleições Nacionais e Provinciais desta quarta-feira.

 

“O Presidente Cyril Ramaphosa informou a Assembleia Nacional que 2 828 membros da Força de Defesa Nacional Sul-Africana (SANDF) estão destacados para em cooperação com a Polícia Sul-Africana (SAPS) garantir a prevenção e combate ao crime e para a manutenção e preservação da lei e ordem durante as Eleições Nacionais e Provinciais”, afirmou a Presidência.

 

A afectação do pessoal da SANDF faz parte da Operação Prosper e decorre de 20 de maio a 7 de junho de 2024.Num comunicado divulgado na noite de terça-feira (28), o gabinete do Presidente disse que o destacamento foi autorizado de acordo com a Constituição da República da África do Sul de 1996, conjugada com a Lei de Defesa de 2002.As despesas para este destacamento são estimadas em R59 451 704. (SAnews/África news)

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Desconhecidos arrombaram a loja Lilás, a ferragem Gul Shana LDA e Patni comercial, EI, todas localizadas na avenida Josina Machel, na cidade de Maputo. Presume-se que o arrombamento tenha ocorrido entre sábado e domingo último.De acordo com a Gerente da Loja Lilás, que preferiu não se identificar, não se sabe quando é que os malfeitores arrombaram aqueles estabelecimentos, visto que encerraram as suas actividades no último sábado por volta das 14h00 e só reabriram na segunda-feira.

 

"Quando chegamos esta segunda-feira, encontramos a loja cheia de agentes do Serviço de Investigação Criminal (SERNIC) e da Polícia da República de Moçambique (PRM). Os nossos chefes também já se encontravam no local e foi daí que nos demos conta do sucedido, mas até aqui não sabemos o que foi saqueado porque ainda estamos a fazer o inventário", disse à nossa reportagem, pedindo que contactássemos a polícia para mais detalhes.

 

"Entramos na loja e encontramos tudo escancarado, roupas espalhadas e percebemos que roubaram muita coisa, mas como não temos guarda nesta loja, não sabemos dizer como tudo ocorreu".

 

Entretanto, outra fonte que também preferiu falar em anonimato, mas que vende plásticos em frente à loja Lilás, contou que os malfeitores se introduziram naquele estabelecimento pela parte traseira, depois de partir a parede para ter acesso ao interior.

 

"Os bandidos entraram por trás, do lado do armazém, partiram a parede da loja Lilás e de lá conseguiram partir a parede para ter acesso à ferragem Gul Shana LDA. Depois partiram outra parede para entrar na ferragem Patni comercial, EI", explicou.

 

“Carta” tentou ouvir os gestores das Ferragens Gul Shana LDA e Patni comercial, EI, mas estes optaram pelo silêncio."Não queremos falar mais sobre este assunto, para nós já passou", foram as únicas palavras que pudemos colher de um dos gerentes das lojas.

 

Na 1ª Esquadra da PRM soubemos que dos três estabelecimentos arrombados, apenas a loja Lilás participou a ocorrência à polícia e os restantes não o fizeram.

 

"Os malfeitores furaram a parede da loja Lilás e retiraram tudo que pretendiam, de lá conseguiram entrar nos outros dois locais. Desta loja de venda de artigos femininos conseguiram retirar um valor de 80 mil Mts, oito relógios e 20 fatos femininos. E das ferragens, mesmo sem terem efectuado a queixa, ficamos a saber que tiveram danos avultados", detalhou um dos agentes que falou à "Carta" e nos recomendou a submeter uma credencial para ter mais detalhes. (M.A)

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Decorre, desde a última segunda-feira, a primeira edição do Fórum de Financiamento e Investimento Social em Moçambique, uma iniciativa da Organização para Promoção da Paz e Desenvolvimento Humanitário, em parceria com a Rede Nacional das Plataformas da Sociedade Civil Moçambicana e o Gabinete de Aconselhamento e Apoio à Sociedade Civil.

 

O evento, que termina na próxima sexta-feira, junta, de forma virtual, mais de 300 participantes de diversas organizações da sociedade civil e internacionais, com objectivo de partilhar as oportunidades de financiamento e investimento disponíveis no país para diversas áreas sociais.

 

A União Europeia, representada por Inês Pestana, anunciou a existência de vários pacotes de investimento da organização para construir ligações mais resilientes com o continente africano, de modo a impulsionar o investimento público e privado para a transformação sócio-económica, verde e digital do continente.

 

A organização anunciou, por exemplo, o Programa de Apoio aos Actores Não Estatais (PAANE 2012-2024), avaliado em 22 milhões de Euros; e o PT-OSC (2021-2024), orçado em 10.63 milhões de Euros, que inclui projectos sobre inclusão social, juventude, ambiente, recursos naturais, educação e gestão das finanças públicas.

 

Por sua vez, Hercílio Simão, Representante do Banco Nacional de Investimento (BNI), defendeu a ideia de que Moçambique tem alcançado avanços notáveis em vários domínios sociais, mas sublinhou ainda persistirem desafios consideráveis, pelo que advoga a necessidade de se direccionar recursos para áreas sociais, de modo a melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e promover um desenvolvimento mais equitativo e sustentável a longo prazo.

 

Assim, o BNI apresentou cinco linhas de financiamento, com destaque para o Fundo para o Apoio da Expansão do Gás Veicular, avaliado em 5 milhões de USD, visando o financiamento de diversos projectos da cadeia de valor do uso deste combustível; e o Fundo Mulher, orçado em 15 milhões de Euros, cuja finalidade é financiar projectos de Pequenas, Médias e Grandes Empresas, que tenham a mulher como principal foco: na produção ou no consumo final.

 

Igualmente, apresentou o Financiamento ao Agronegócio e Empreendedorismo, produto da Agência de Desenvolvimento do Vale do Zambeze em parceria com o banco, com objectivo de promover cadeias de valor de produtos agrícolas e do empreendedorismo. O financiamento está avaliado em 6 milhões de Euros e são elegíveis recém-graduados (individuais e/ou associados), Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME), cooperativas e associações da cadeia de valor do agronegócio.

 

Já William Mundlovo, Director Executivo da DIAKONIA, descreve o Fórum como importante e relevante para os actores cívicos em Moçambique, num contexto em que se regista o fechamento do espaço cívico no país, sobretudo no financiamento para as organizações que trabalham na área de desenvolvimento social.

 

Refira-se que os mega-projectos operam nas áreas mineiras, hidrocarbonetos e metalúrgicas, num total de 10 empresas listadas pelo Governo. 

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O Conselho de Ministros aprovou esta quarta-feira (28) o Decreto que altera o Regulamento de Reembolso do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), aprovado pelo Decreto nº 78/2017, de 28 de Dezembro, alterado pelo Decreto nº 30/2022, de 23 de Junho.

 

Segundo a porta-voz do Governo, Ludovina Bernardo, com a alteração do referido Decreto, pretende-se limitar a abrangência do Regime Especial de Regularização do IVA de forma a maximizar o controlo das operações realizadas pelos operadores dos sectores mineiro e petrolífero, bem como a maximização da receita na rubrica do IVA decorrente daquelas operações.

 

Durante a 17ª Sessão do Conselho de Ministros, o Governo aprovou também o Decreto que aprova o Regulamento da Lei nº 20/2023, de 31 de Dezembro, Lei das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.

 

O Decreto tem por objectivo estabelecer normas e procedimentos aplicáveis às instituições de crédito, sociedades financeiras e operadores de microfinanças no exercício da actividade, através da fixação dos regimes específicos de cada espécie de instituição; consolidar num único instrumento legal os diversos regulamentos da Lei das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, assegurando simplicidade e comodidade de manuseamento, para além de determinar as taxas de licenciamento e taxas anuais aplicáveis às instituições de crédito, sociedades financeiras e operadores de microfinanças.

 

Segundo a porta-voz do Governo, que é igualmente Vice-Ministro da Indústria e Comércio, na última sessão foi também aprovado o Decreto que cria o Instituto Superior Politécnico de Quissico, Instituição Pública do Ensino Superior de Classe B, abreviadamente ISPQ, e aprovados os seus Estatutos.

 

“O Instituto Superior Politécnico de Quissico é de âmbito nacional, com sede na Vila de Quissico, Distrito de Zavala, Província de Inhambane, é dotado de personalidade jurídica e goza de autonomia científica, pedagógica, administrativa, patrimonial e financeira, nos termos da lei”, explicou a porta-voz.

 

Ainda na última sessão, o Governo aprovou o Decreto que aprova o preço mínimo de compra do algodão caroço ao produtor, a taxa para o descaroçamento e o subsídio ao preço do algodão caroço, a vigorarem em campanha agrária 2023/2024.

 

O Algodão caroço de 1.ª qualidade passa a custar 25,00 MT/Kg; Algodão caroço de 2.ª qualidade, 17,50 MT/Kg e Taxa para o descaroçamento do algodão caroço 7,00 MT/Kg. O Decreto aprovou ainda o subsídio ao preço mínimo de compra ao produtor do algodão caroço, na seguinte ordem: 5 MT por cada quilograma do algodão caroço da primeira qualidade, passando o preço mínimo de 25 MT/Kg para 30MT/Kg; e 4,50 MT por cada quilograma do algodão caroço da segunda qualidade, passando o preço mínimo de 17,50 MT para 22 MT/Kg”, detalhou a fonte.

 

Liderado por Filipe Nyusi, o Conselho de Ministros decidiu, igualmente, aprovar a Resolução que exonera Simeão Lopes do cargo de Presidente do Conselho de Administração do Fundo de Desenvolvimento da Economia Azul, FP (ProAzul, FP). Em sua substituição foi nomeado João Gabriel de Barros.

 

Na última sessão, o Executivo apreciou ainda a situação da Época Chuvosa e Ciclónica 2023/2024, com enfoque para os impactos registados em resultado dos fenómenos naturais e antropogénicos ocorridos, e recomendou o Instituto Nacional de Telecomunicações a rever as Tarifas Mínimas das Telecomunicações, que entraram em vigor a 04 de Maio corrente e que foram objecto de contestação popular. (Carta)

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Os Projectos de Grande Dimensão e as Concessões Empresariais, conhecidos comumente como “mega-projectos”, registaram, em 2023, um prejuízo de 24.755,45 milhões de Meticais, contra os 2.663,21 milhões de Meticais apurados em 2022, o correspondente a um aumento de 829,53%.

 

De acordo com a Conta Geral do Estado de 2023, publicada esta segunda-feira pelo Ministério da Economia e Finanças, o descalabro dos principais projectos do país foi influenciado pela Mozal (empresa de fundição de alumínio) e pela VULCAN (que explora carvão mineral nas antigas minas da Vale, em Moatize), que juntas obtiveram um resultado negativo no valor de 48.584,39 milhões de Meticais.

 

O Governo explica, no documento, que o resultado foi também influenciado pela redução e/ou interrupção de operações de alguns empreendimentos, nomeadamente, as minas de Nkondedzi, Rovúbuè e Moatize.

 

Lembre-se que o prejuízo registado em 2022, de acordo com a Conta Geral daquele ano, tinha sido influenciado pelos projectos da Vale-Moçambique, das Minas de Rovúbuè, a Midwest Africa e Nkondedzi, que juntas obtiveram resultados negativos no valor global de 26,829.93 milhões de Meticais, com destaque para a antiga Vale, que apresentava um prejuízo de 26,580.71 milhões de Meticais.

 

Aliás, os prejuízos nos mega-projectos já não constituem novidade. Anualmente, a Conta Geral do Estado reporta prejuízos destes projectos nevrálgicos do país, influenciados, em grande medida, pelo sector do carvão mineral, que tem testemunhado uma grave crise, depois do “boom” vivido nos seus primeiros anos.

 

Por essa razão, o Governo afirma que, em 2023, os mega-projectos contribuíram para a receita do Estado em cerca de 23.166,19 milhões de Meticais, “o que corresponde a um aumento de 26,35% face ao ano de 2022, que foi de 18.334,73 milhões de Meticais”.

 

Segundo o Executivo, o montante de 23.166,19 milhões de Meticais resultou de pagamentos de 11.652,04 milhões de Meticais do IRPC (Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas); 2.771,53 milhões de Meticais de IRPS (Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares); e 8.742,00 milhões de Meticais de outros impostos.

 

A Conta Geral do Estado refere, entretanto, que os “mega-projectos” empregaram, em 2023, um total de 6.671 trabalhadores, contra 5.628 trabalhadores, em 2022, representando um aumento de 18,53% face ao ano anterior.

 

“Do total de trabalhadores, 6.289 são nacionais e 382 estrangeiros, destacando-se a VULCAN e Areias Pesadas de Moma, que empregaram 2.600 e 1.676, correspondente a 38,97,% e 25,12%”, sublinha.

 

O documento refere ainda que os mega-projectos registaram um aumento no volume de negócios com as Pequenas e Médias Empresas, na ordem de 472,1%, ao passar de 4.805,32 milhões de Meticais, em 2022, para 27.491,24 milhões de Meticais, em 2023, em fornecimento de bens e prestação de serviços. Porém, houve a redução de contratos em cerca de 14,13%, ao se contratar 198 empresas, contra 230 de 2022. (A. Maolela)

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