Director: Marcelo Mosse

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Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

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O Recenseamento Geral da População e Habitação de 2017, efectuado pelo Instituto Nacional de Estatística, determinou que somos 27.909.798 habitantes. Deste universo, 13.416.860 são homens e 14.492.938 são mulheres. Em 2017, dados oficiais apontavam que a taxa de desemprego no país situava-se na casa dos 40 por cento.

 

De acordo com o Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS), no seu Boletim sobre o Mercado do Trabalho (Março/2019), no primeiro trimestre de 2019 houve uma redução de empregos registados de 26,5 por cento em relação ao período anterior, no caso do quarto trimestre de 2018, e um aumento de 11,4 por cento face ao período homólogo. No período em alusão, as admissões directas contribuíram mais com 51,4 por cento do total dos empregos e 9,0 por cento foram do auto emprego.

 

Com o escalar da violência na província de Cabo Delgado, também aumenta o tom das acusações dos alegados abusos cometidos pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS). De acordo com as nossas fontes, alguns oficiais das FDS, baseados na cidade de Pemba, principal centro urbano daquela província do norte do país, têm extorquido certos jovens empreendedores, provenientes de alguns distritos daquela província, como forma de não detê-los e acusá-los de estar envolvidos nos ataques armados que se verificam em alguns distritos daquele ponto do país.

 

Segundo contam as fontes, por exemplo, alguns comerciantes do bairro Muxara, arredores da cidade de Pemba, foram levados à esquadra para prestar depoimentos por supostamente cooperarem com o grupo que espelha terror naquela província e, para ser dispensados, alguns tiveram de pagar aos agentes da Polícia da República de Moçambique.

 

Fontes narram estórias de três jovens que tiveram de desembolsar valores avultados para serem restituídos à liberdade sem nunca ter sido acusados por prática de qualquer crime. Um dos casos é de um jovem alegadamente “capturado” pelas autoridades no bairro Muxara e levado, de seguida, para o distrito de Macomia, onde foi exigido uma quantia de 100 mil Mts para a sua soltura. Depois de uma longa negociação, as fontes garantem que o indivíduo desembolsou 25 mil Mts para que voltasse ao convívio familiar.

 

De acordo com as fontes, o mesmo cenário aconteceu com um cidadão tanzaniano, que estava radicado em Moçambique há mais de 20 anos e que se dedicava à pesca. Segundo contam, o indivíduo também terá sido detido ao cair da noite, quando regressava de mais uma actividade pesqueira e, de seguida, transferido também para o distrito de Macomia, onde viria pagar 400 mil Mts para a sua libertação. Afirma-se que, após o episódio, o tanzaniano terá abandonado o país.

 

O silêncio das autoridades em relação ao clima de terror que se vive naquela província continua prevalecente, não havendo informações oficiais em relação aos ataques assim como reacções em torno dos abusos protagonizados pelas FDS, naquele ponto do país. (Omardine Omar e Paula Mawar, em Cabo Delgado)

O pré-julgamento da acusação americana sobre o calote das “dívidas ocultas”, em que os moçambicanos Manuel Chang, Teófilo Nhangumele e António Carlos Rosário são arguidos (e três outros moçambicanos, chamados de “co-conspiradores”, receberam também subornos milionários da Privinvest) está de vento em popa.

 

Na sexta-feira passada, a defesa de Jean Boustani (Willkie Farr and Gallagher LLP) submeteu ao United States District Court For The Eastern District of New York uma “moção” para impedir que a magistrada portuguesa Helena Susano seja aceite como testemunha da acusação especializada na legislação anti-corrupção de Moçambique.

 

No passado dia 16 de Agosto, o Governo americano submeteu uma versão suplementar da acusação, com novos detalhes incriminatórios sobre os suspeitos (e também contra o Credit Suisse, a Privinvest e o seu chefe máximo, Iskandar Safa, ainda não acusados). Também manifestou a intenção de arrolar uma juíza portuguesa, de nome Helena Susano, como sua especialista em matéria de legislação anti-corrupção moçambicana.

 

Entre outras, o Governo americano acusa Boustani de conspiração para lavagem de dinheiro, numa acção que se consubstanciou numa “ofensa contra uma nação estrangeira, envolvendo o suborno de um funcionário público, em violação da lei moçambicana”. Ou seja, Boustani é acusado ter feito lavagem de dinheiro depois de subornar (corrupção activa para fim ilícito) um funcionário em Moçambique. 

 

A acusação americana deve agora provar, em julgamento, que Boustani cometeu esse crime de suborno em Moçambique e, por isso, a 16 de agosto de 2019, o Departamento de Justiça informou da sua intenção de estabelecer os contornos da legislação moçambicana violada, através da magistrada Helena Susano, ex-juíza em Portugal, arrolada para, numa audiência de pré-julgamento, testemunhar sobre os aspectos relevantes das leis da República de Moçambique relacionadas à luta contra a corrupção e suborno de funcionários públicos.

 

Mas a defesa diz agora que Helana Susano não reúne requisitos porque ela “não pode praticar direito em Moçambique e não é uma estudiosa da Lei de Moçambique.

 

Até a presente data, o Governo ainda não solicitou essa audiência de pré-julgamento. No entanto, em 9 de Setembro de 2019, submeteu ao Tribunal um “dossier” que inclui várias páginas de legislação moçambicana relevante. A defesa reconhece que o Governo tem o ônus de provar a violação da legislação anti-corrupção de Moçambique, “mas a juíza Susano não pode ser envolvida nesse processo, pois não está qualificada para actuar como especialista na Lei de suborno de Moçambique”.

 

Para justificar a indicação de Helena Susano, o Governo americano alegou que a magistrada já "escreveu vários artigos e publicações, inclusive sobre o direito penal de Moçambique", e seu currículo demonstra uma competência considerável. A defesa diz que a “própria Susano se descreve como ‘coordenadora’ de um livro chamado ‘Direito Penal e Processual de Moçambique’, mas entendemos que este livro não contém nenhuma análise das leis de suborno de Moçambique, é apenas um guia para procedimentos legais básicos, como a apresentação de acusações e o processo de recurso. Por outro lado, o título de ‘coordenador’ mostra que Susano não é autora deste material”.

 

A defesa prossegue: “Existem várias escolas de direito em Moçambique, uma Ordem dos Advogados activa, com advogados capazes e que se envolvem com o direito penal moçambicano diariamente e um quadro de juristas aposentados. De fato, teria sido fácil para o Governo contratar um procurador atual ou um ex-procurador da Procuradoria Geral de Moçambique e, no entanto, o Governo optou por manter a juíza Susano. Qualquer que seja o motivo dessa decisão, a indicação pelo Governo de um ex-juiz europeu que nunca julgou, processou ou defendeu um caso em Moçambique, é um base insuficiente para se prosseguir com a acusação de que o Sr. Boustani se envolveu numa conspiração de lavagem de dinheiro para promover ou ocultar o produto de uma violação da legislação anticorrupção de Moçambique”.

 

E remata: “Pelas razões precedentes, este Tribunal deve recusar-se a designar a magistrada Susano como especialista em legislação anti-corrupção de Moçambique”.

 

Há cerca de três semanas, quando foi revelada a intenção do Governo americano de arrolar a magistrada portuguesa para testemunhar sobre legislação moçambicana, alguns advogados moçambicanos t0rceram o nariz. “Eventualmente, os americanos pensam que Moçambique é ainda colónia de Portugal”, comentou, para “Carta”, um renomado jurista local. (Marcelo Mosse)

Afinal, em Janeiro deste ano, o arguido das “dívidas ocultas” começou a colaborar com agentes do FBI (a policia federal de investigação dos Estados Unidos da América, EUA), numa pretensa iniciativa de “plea bargaining” (delação premiada) e isso explica porque é que ele passava, nas redes sociais, por um inocente vitimizado.

 

O facto vem revelado num “affidavit” submetido ao United States District Court For The Eastern District of New York, na passada sexta-feira, pela firma Willkie Farr and Gallagher LLP, que defende o gestor franco-libanês da Privinvest, Jean Boustani (detido desde Janeiro em Nova Iorque). Nhangumele foi interrogado em Maputo, no dia 29 de Janeiro, por Fanell A. Binder (FBI Assistant Legal Attache) e por Matthew Musselwhite (DEA Deputy Country Attache), funcionários da embaixada americana. Nhangumele acabaria sendo detido a 12 de Fevereiro por ordens da Procuradoria Geral da República (PGR).

 

No documento, a defesa exige que as declarações de Teófilo Nhangumele, inseridas como provas no processo, devem ser excluídas do mesmo pois o escritório de advogados de Boustani nunca foi informado de que ele não era funcionário público em Moçambique. “Nhangumele não pode ser considerado um funcionário do Governo e, portanto, qualquer recebimento de subornos da sua parte não pode ser considerada como violação da Lei dos EUA que penaliza o suborno a funcionários públicos estrangeiros” (o Foreign Corruption Practices Act, FCPA).

 

E há uma revelação: “Em Janeiro deste ano, Nhangumele forneceu, a agentes da Lei que o interrogaram em Maputo, vários detalhes sobre os componentes críticos do suposto esquema de fraude. Ele afirmou que os funcionários do Governo moçambicano disseram-lhe que o dinheiro solicitado a Jean Boustani era destinado a uma operação não revelada do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), e não para pagamento de subornos”.

 

Mas, critica agora a defesa de Boustani, “em vez de divulgar prontamente essas informações à defesa, conforme exigido pela Constituição, o Governo americano manteve-as seladas, ao longo de todo o período em que os advogados estiveram a investigar e se preparando para o julgamento. Agora, com apenas algumas semanas antes do início do julgamento, sem tempo para investigar essas informações envolvendo actores localizados a milhares de km de distância, o Governo decidiu divulgá-las. Sem tempo para a defesa tentar entrevistar o Sr. Nhangumele, que actualmente se encontra sentado numa cela noutro continente, o Governo finalmente decidiu divulgar os detalhes exultantes do relatório do FBI (302) do seu interrogatório”.

 

Portanto, para que conste, Nhangumele foi interrogado pelo FBI em Maputo. A acusação americana nunca tinha feito essa revelação, o que leva a defesa de Boustani a sentenciar: “A supressão dessas informações é uma violação clara das obrigações constitucionais dos promotores e exige a exclusão do julgamento de qualquer comunicação envolvendo o Sr. Nhangumele”. Ou seja, tudo o que Nhangumele terá dito deve ser invalidado, exige a defesa.

 

Um segundo aspecto levantado, envolvendo Teófilo Nhangumele, tem a ver o facto de a acusação americana apresentar o ‘lobbista’ moçambicano como funcionário público. Na acusação substituta, de 16 de Agosto, o Governo americano identifica Nhangumele como sendo um moçambicano “funcionário estrangeiro”, na acepção da FCPA.

 

A defesa diz que isso não é verdade, não havendo nada que prove que Nhangumele era um funcionário público durante o período de tempo relevante para o caso. “Apesar da centralidade deste aspecto nas acusações contra Boustani, o Governo suprimiu as declarações de Nhangumele feitas sobre esse ponto.

 

Especificamente, em Janeiro de 2019, alega a defesa, Nhangumele disse aos agentes do FBI que o interrogaram em Maputo que nunca ocupou um cargo no Governo de Moçambique. A supressão dessas informações, argumentam os advogados de Boustani, é uma violação crítica da Lei, exigindo, por isso, a exclusão do julgamento de qualquer comunicação envolvendo Nhangumele. “O Tribunal deve impedir o Governo de argumentar com o júri que o Sr. Nhangumele é um funcionário público moçambicano, dado que esta alegação é falsa e o Governo sabe que é falsa”.

 

O pedido da defesa é extensivo à toda a comunicação anterior à consumação do calote, designadamente datando de 2011 a 2012. Na acusação consta um rol de emails trocados entre Boustani e Nhangumele, marcados como provas mas, rebate a defesa, nenhuma dessas comunicações é admissível porque são anteriores [ao calote] e não têm nenhuma relação com as acusações de conspiração.

 

“A partir da data em que a acusação substituta alega que o Sr. Boustani e o Sr. Nhangumele estavam discutindo a ‘50 milhões de galinhas’, ou seja, em 28 de Dezembro de 2011, nem o Sr. Boustani, nem qualquer dos seus co-conspiradores, nem mesmo qualquer banco de investimento, sequer concebeu envolver-se em transações com investidores e que algum dia poderiam ser supostos alvos de acusações criminais”, lê-se na argumentação final da firma nova-iorquina. “A defesa permanece perplexa com a impossibilidade metafísica da teoria do Governo, pois a lógica determina que dois indivíduos não podem chegar a um consenso mútuo para defraudar certas entidades cuja existência ainda não foi verificada”. (Marcelo Mosse)

Por ocasião dos 40 anos de carreira, o renomado artista plástico moçambicano Pedro de S. Betrufe Mourana, de nome artístico PMourana, inaugura, na sexta-feira, 20 de Setembro, em Maputo, uma exposição sob o tema “Eterno Recomeço - 40 anos de peregrinação artística”.

 

Trata-se de uma compilação de valiosas obras plásticas feitas ao longo de quatro décadas de uma notável carreira artística, caracterizada por uma criatividade ímpar, na forma de exprimir a paixão e as emoções, através da cultura.

 

A exposição, que estará patente durante 30 dias, no Espaço Cultural Moçambique Telecom (Tmcel), localizado no IFT – Instituto de Formação das Telecomunicações, conta com o apoio desta empresa de telecomunicações, inserido no âmbito das suas acções de responsabilidade social corporativa, visando estimular, fomentar, preservar e divulgar o património artístico e cultural nacional.

 

PMourana, cuja primeira exposição ocorreu em 1979, tem abordado várias temáticas, desenvolvendo diversas técnicas: "Nesta exposição, as pessoas poderão ver a minha evolução em termos de busca de temáticas, como também na técnica aplicada. Abordo exaustivamente temas de carácter social, sobretudo no que diz respeito à mulher, pois é a partir dela que procuro abordar a humanidade”, referiu o artista.

 

Quarenta anos de carreira, conforme enfatizou PMourana, são quatro décadas de escola, de muita aprendizagem contínua. A ideia do artista é juntar no mesmo espaço cerca de 40 obras de arte, algumas das quais pintadas em 1983.

 

Sobre a parceria com a Tmcel, PMourana contou que tudo começou a partir duma visita que o presidente do Conselho de Administração da Tmcel, Mahomed Rafique Jusob, fez ao seu atelier, onde contemplou algumas das obras do artista: “Estou feliz por esta parceria e acredito que vai imprimir maior qualidade à minha exposição”, frisou.

 

Ainda a propósito da parceria, PMourana considerou que as artes só podem desenvolver-se se o empresariado nacional apoiar, uma vez que um artista isolado mesmo que tenha talento, dom e potencial, se não tiver uma parceria institucional, um curador à altura, não pode singrar na sociedade.

 

Importa realçar que PMourana já participou em diversas exposições, tanto individuais como colectivas, dentro e fora do País, onde abordou temas que exaltam o amor, a mulher, a poesia, a música e outros de intervenção social, focalizando assuntos inerentes à valorização do património cultural, à exaltação da diversidade cultural e ao diálogo entre as artes, nomeadamente a pintura e a música. (Fds)

terça-feira, 17 setembro 2019 13:48

Ataque em Zimpinga, perto de Gondola, nesta manhã

Dois camiões transportando bens alimentares e toros de madeira da Beira para o Chimoio foram atacados por homens armados desconhecidos, na manhã desta terça-feira, à entrada da montanha de Zimpinga, na estrada nacional N6 (EN6), que liga a região portuária da Beira ao “hinterland”. O ataque deu-se cerca de 30 km a Este da vila de Gondola, de acordo com relatos de Sousa Maulate, motorista de um dos camiões, que foi ferido numa das pernas. Ele encontra-se internado no Hospital Provincial de Chimoio.

 

Maulate disse à “Carta”, por telefone, que foi tudo de repente. Os homens, em número que ele não conseguiu estabelecer, irromperam do mato e começaram a disparar indiscriminadamente. Ferido e sentindo que um dos pneus traseiros do seu camião havia sido atingido, ele não abrandou a marcha e só assim escapou à uma morte certa. Atrás de si vinha outro camião, que também foi atingido, com ferimentos em parte dos seus ocupantes. Maulate diz que não houve vítimas mortais.  

 

A EN6 é uma via vital para a economia de Moçambique, permitindo o escoamento de mercadorias e o comércio internacional centrado no Porto da Beira. Zimpinga foi sempre um lugar estratégico da insurgência dos homens armados da Renamo. Não se sabe se este ataque tem alguma ligação com a auto-denominada Junta Militar da Renamo, liderada pelo General Nhongo, que contesta o acordo de paz assinado recentemente entre o Governo e o antigo movimento rebelde. (Carta)

Os telespectadores da DStv e GOtv poderão se deliciar com o regresso ao meio da semana da primeira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões da UEFA.


A acção começa na terça-feira, 17 de Setembro, em uma noite onde dois jogos se destacam: Borussia Dortmund x Barcelona e Napoli x Liverpool. O primeiro vê uma das equipes mais emocionantes da Alemanha enfrentar os campeões da Espanha, em um confronto que contará com talentos emocionantes, como Jadon Sancho, Antoine Griezmann e o grande Lionel Messi.



Na reunião entre o Nápoles e Liverpool, os Reds abrem a defesa do título da Liga dos Campe
ões da UEFA no Stadio San Paolo contra um adversário familiar: os napolitanos e os Reds também se encontraram na fase de grupos do ano passado, com cada equipa a vencer a partida em casa por 1-0. Desta vez, os comandados de Jurgen Klopp terão chances de vitória em Nápoles contra uma equipe da Serie A, que marcou muitos golos na presente época 2019/20.



A terça-feira também apresenta o semifinalista surpresa da temporada passada, o Ajax, que abre a sua campanha em casa contra o Lille, além dos pesos pesados ​​Internazionale (em casa para Slavia Praha) e Chelsea (em casa para Valência).

 

Ainda na 3ª feira, o SL Benfica, único representante português na prova, recebe o Leipzig da Alemanhã no Estádio da Luz.



A acção de quarta-feira na Liga dos Campeões da UEFA apresenta novamente alguns confrontos titânicos, principalmente Paris Saint-Germain vs Real Madrid e Atlético Madrid vs Juventus. Com o técnico do Real, Zinedine Zidane, sob imensa pressão para trazer o troféu da UEFA de volta ao Bernabeu, o confronto com o PSG pode ser o que definirá a sua temporada.

 



Enquanto isso, o encontro do Atlético e da Juventus vê a renovação de uma rivalidade que tem ocorrido fortemente nos últimos anos. A equipe espanhola estará ansiosa por vingança depois que uma actuaç
ão de gala de Cristiano Ronaldo que viu a Juve derrotar o Atlético por 3-2 no total, na fase a eliminar da Liga dos Campeões da temporada passada.



As outras partidas de quarta-feira também incluem o campeão inglês Manchester City fora do Shakhtar Donetsk, o vice-campeão na última temporada, o Tottenham Hotspur, vai para a Grécia para enfrentar o Olympiakos e o contundente perpétuo Bayern de Munique inicia sua campanha em casa para o Crvena Zvezda (Estrela Vermelha de Belgrado).

 

A seguir o quadro de jogos completo.

 

Terça Feira, 17 de Setembro

 

18:55: Olympique Lyonnasi v Zenit – em Directo na Supersport 6

 

18:55: Internazionale v Slavia Praha – em Directo na Supersport 5 & Maximo 1

 

21:00: Chelsea v Valencia – em Directo na Supersport 6

 

21:00: Ajax v Lille – Em Directo na Supersport 12

 

21:00: Benfica v RB Leipzig – Em Directo na Supersport 11 & Máximo 2/Máximo 360

 

21:00: Borussia Dortmund v Barcelona – Em directo na Supersport 3 & Máximo 1

 

21:00: Napoli v Liverpool – Em Directo na Supersport 5

 

21:00: Salzburg v Genk – Em directo na Supersport 8 & Select 4

 

Quarta-feira, 18 Setembro

 

18:55: Club Brugge v Galatasaray – Em Directo na Supersport 6

 

18:55: Olympiakos v Tottenham Hotspur – Em Directo na Supersport 5 & Máximo 1

 

21:00: Paris Saint-Germain v Real Madrid – Em Directo on Supersport 5 & Máximo 1

 

21:00: Bayern Munich v Crvena Zvezda – Em Directo na Supersport 8, Máximo 2 & Select 4

 

21:00: Shakhtar Donetsk v Manchester City – Em Directo na Supersport 3

 

21:00: Dinamo Zagreb v Atalanta – Em Directo na Supersport 12

 

21:00: Atletico Madrid v Juventus – Em directo na Supersport 6

 

21:00: Bayer Leverkusen v Lokomotiv Moscow – Em directo na Supersport 11

O Chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Europeia às eleições gerais de 15 de Outubro em Moçambique, Ignacio Sánchez Amor, defendeu, último sábado, em Maputo, que o desfecho do escrutínio não pode condicionar a paz no país.

 

"Quanto à mistura que, por vezes, pode haver entre o processo eleitoral e o processo político, é óbvio que a União Europeia [UE] apoia fortemente a pacificação do país e um bom fim para o acordo de paz de 06 de Agosto", declarou Sánchez Amor, durante uma conferência de imprensa em Maputo.

 

A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, afirmou várias vezes que a sobrevivência do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional assinado com o Governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), em 06 de Agosto deste ano, depende de eleições gerais livres, justas e transparentes.

 

Questionado pelos jornalistas sobre a posição da Renamo, o chefe da Missão de Observação Eleitoral da UE afirmou que o processo eleitoral não deve funcionar como moeda de troca para uma paz duradoura no país.

 

"As eleições são um direito do povo, não são uma propriedade dos partidos políticos e as eleições democráticas não podem ser reféns de nenhuma agenda política partidária", disse o eurodeputado espanhol.

 

Sánchez Amor defendeu que as instâncias judiciais devem decidir atempadamente sobre a investigação à polémica em torno do recenseamento eleitoral na província de Gaza, cujo registo é rejeitado pela Renamo e por organizações da sociedade civil.

 

"Pensamos que é muito importante, para gerar confiança no processo eleitoral, que as autoridades envolvidas na operação, principalmente a Procuradoria-Geral da República, tomem uma decisão atempada e que dê uma resposta à inquietação que se levantou", considerou Sánchez Amor. (Lusa)

Dez agentes das Forças de Defesa e Segurança (FDS) foram assassinados, semana finda, em três incursões dos insurgentes nas aldeias Ilala, Mitacata e na sede do Posto Administrativo de Quiterajo, no distrito de Macomia, província de Cabo Delgado.

 

Fontes, que revelaram a informação à “Carta”, contam que os ataques às posições das FDS ocorreram, em simultâneo, no cair da noite da passada quarta-feira (entre as 19 horas e as 19 horas e 30 minutos) e foram levados a cabo por um número não quantificado de homens, que se separaram em três grupos.

 

Durante o referido ataque, os insurgentes queimaram o Centro de Saúde local e o Posto de Controlo Militar. São ainda escassos os detalhes sobre os três ataques, mas imagens postas a circular mostram viaturas e blindados da Polícia incendiados, próximo de um acampamento das FDS. As fontes avançam ainda que os três locais estão separados por uma distância estimada de 1 km.

 

“Carta” foi informada ainda que, momentos antes de atacar a posição das FDS, os insurgentes queimaram, roubaram e vandalizaram maior parte dos bens da população de Mitacata. No ataque realizado na tarde daquele dia, garantem as fontes, os insurgentes levaram uma viatura pertencente a um comerciante local, tendo, de seguida, recolhido vários produtos alimentares, antes de incendiar todas as residências da vila de Quiterajo.

 

Dez deslocados de guerra morrem em naufrágio

 

Na sequência dos ataques, pelo menos 10 cidadãos, residentes na aldeia Mitacata, naquele distrito costeiro de Cabo Delgado, perderam a vida, em naufrágio, ocorrido na passada sexta-feira, nas águas do Oceano Índico, entre o Posto Administrativo de Quiterajo e o distrito de Mocímboa da Praia, quando tentavam fugir dos ataques que se verificam naquela região do país. Não se sabe quantas pessoas seguiam na embarcação, mas suspeita-se que a mesma tenha naufragado devido ao excesso de carga.

 

Fontes garantem que dois corpos terão sido localizados junto da praia de Ulo, no distrito de Mocímboa da Praia, tendo já sido realizados os respectivos enterros. Tentativas de ouvir as autoridades, na província de Cabo Delgado, acerca deste assunto, redundaram em fracasso. (Carta)

“Acuso directa e publicamente o partido Frelimo e o presidente Filipe Nyusi por este acto. Isto é um atentado à vida”. Foi com esta afirmação categórica que Manuel de Araújo, cabeça-de-lista da Renamo para as Eleições das Assembleias Provinciais do próximo dia 15 de Outubro, na província da Zambézia, reagiu ao atentado que fora alvo a sua mãe na madrugada desta segunda-feira, no bairro Coalane II, arredores na cidade de Quelimane, capital daquela província do centro do país.

Indivíduos, até aqui não identificados pelas autoridades policiais, incendiaram, com recurso à gasolina, a residência da mãe do também mayor de Quelimane, isto depois de terem neutralizado o indivíduo que guarnecia o imóvel.

 

De Araújo assenta o seu posicionamento no facto de, desde que começaram a denunciar a violência a que estão a ser alvos os membros e simpatizantes da Renamo, nem a Frelimo e muito menos o seu candidato presidencial, Filipe Nyusi, que concorre à sua própria sucessão, terem emitido qualquer posicionamento público condenatório a respeito dos episódios de violência que estão a marcar a maratona de “caça” ao voto.

 

Esta postura, disse Manuel de Araújo, não reflecte outra coisa senão anuência e conivência daquela formação político-partidária e do seu respectivo dirigente máximo. “Desde que começamos a denunciar a perseguição dos nossos membros nunca vi ou ouvi nenhum membro da Frelimo a condenar, a denunciar ou no mínimo a solidarizar-se com as vítimas da violência”, disse De Araújo.

 

De salientar que, recentemente, um membro da Renamo, no distrito de Derre, na Zambézia, foi brutalmente agredido supostamente por membros e simpatizantes da Frelimo. O maior partido da oposição denunciou, igualmente, no passado domingo (15), supostos casos de inviabilização da sua campanha eleitoral nos distritos de Nicoadala e Milange.

 

O que diz a Frelimo sobre as declarações de Manuel de Araújo

 

Na ressaca das declarações do cabeça-de-lista da Renamo na província da Zambézia, Manuel de Araújo, “Carta” chegou à fala, na tarde de ontem, com o porta-voz do Partido Frelimo, Caifadine Manasse, cujas primeiras palavras foram: “lamentamos o incidente que aconteceu”.

 

Manasse disse que a Frelimo é contra e lamenta todo e qualquer tipo de situação do género que aconteça a qualquer cidadão independentemente da sua qualidade ou filiação partidária. De seguida, o porta-voz da Frelimo disse que as declarações de Manuel de Araújo eram dignas de total repúdio e que não faz parte do ADN do partido instruir os seus militantes, simpatizantes ou ainda quem quer que seja para atentar ou tirar a vida a outrem. Adiante, Manasse desafiou o actual edil de Quelimane a apresentar provas de que o atentado que sofrera a sua mãe fora orquestrado pela Frelimo e seu candidato presidencial, Filipe Nyusi.

 

“Repudiamos a atitude de Manuel de Araújo, sabemos que está num momento de angústia. Ele devia ser mais ponderado nas suas declarações. Esse tipo de situações tem acontecido no país a uma e outra pessoa, mas como estamos num momento eleitoral, já imagina. O que tenho a dizer é que essa não é postura da Frelimo. A Frelimo nunca vai orientar ninguém a pautar por estes actos. Nós estamos preocupados em ganhar as eleições. Ele que apresente as provas. Se você acusa tem de trazer as provas”, reagiu

 

Caifadine Manasse disse, igualmente, que Manuel de Araújo, que tem, no seu currículo, idas e vindas pelos partidos da oposição, sabe e tem plena consciência de que os seus inimigos não são a Frelimo e os seus militantes e que devia abandonar a estratégia de imputar à Frelimo toda e qualquer situação anómala que lhe acontece. Adiante, Manasse disse que é chegado o momento de o cabeça-de-lista pela “Perdiz” desencadear uma investigação interna (na Renamo) de modo a apurar o que de facto se está a passar.

 

“Manuel de Araújo é candidato da Renamo. Já esteve no MDM. Manuel de Araújo tem seus amigos e inimigos, mas esses inimigos não são a Frelimo. A Frelimo é um partido claro, coeso e tem a sua forma de fazer campanha. Repudiamos esta acusação. Se calhar frisar que tem sido recorrente por parte de Manuel de Araújo atacar a Frelimo por qualquer situação. É preciso dizer que nós repudiamos esta política da vitimização, olhando a Frelimo como promotora. Ele sabe que isto não é obra da Frelimo. E os interessados em fazer confusão com Manuel de Araújo não fazem parte da Frelimo e se calhar devia fazer uma introspecção dentro da Renamo e saber o que está a acontecer”, retorquiu. (Carta)