Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

Redacção

segunda-feira, 28 outubro 2019 09:45

Música / D’Manyissa em Concerto

O trabalho de D´Manyissa pode ser visto nos seguintes sites D'MANYISSA - NGOMA YA MOCAMBIQUE - https://youtu.be/n8xy5Kllw-U/D'MANYISSA- XIVIRI XA UTOMI https://youtu.be/AAUyXAPOo6U / D'MANYISSA- A TIKO DZA HOMBE NA TVM https://youtu.be/th8FPWS8xxw / D'MANYISSA- NOSSA UNIÃO https://youtu.be/NNAnJhc_aNw .

 

(30 de Outubro, às 18Hrs no Centro Cultural Brasil-Moçambique)

Um documentário realizado por João Graça e Fábio Ribeiro, produzido pela ANIMA, sobre a cidade de Maputo e as divisões sociais entre os subúrbios e a “cidade de cimento”. O documentário foi desenvolvido com uma abordagem participativa, levando personagens de bairros seleccionados a mostrarem-nos a sua visão do Maputo contemporâneo. Foi apoiado pelo CMI e financiado pelo Research Council of Norway.

 

(30 de Outubro, às 18:30Min em Maputo)

segunda-feira, 28 outubro 2019 09:39

Oficina / Desenho com Aparo e Tinta

O workshop Desenho com Aparo e Tinta é inspirado na técnica de tinta e pena utilizada regularmente por Leonardo Da Vinci nos seus esboços. Nesta oficina, orientada pela artista e professora Sara Carneiro, irá se aprender a fabricar o instrumento de aparo a partir de uma cana de bambu, e a desenhar com meios líquidos, com aparo e pincel, sobre papel.

 

(29 de Outubro, às 17Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)

A Cimentos de Moçambique (CM) diz que o mercado do cimento no futuro é risonho devido à instalação de megaprojectos para a exploração de gás natural na Bacia do Rovuma.

 

Segundo o Director Geral da CM, Edney Vieira, num futuro breve, a empresa poderá firmar parcerias para fornecimento de cimento ao projecto Golfino/Atum em instalação na Área 1 da Bacia do Rovuma.

 

É que, em Agosto passado, o então Presidente e Director Executivo da Anadarko em Moçambique, Stive Wlison, garantiu, aquando do lançamento da primeira pedra para a construção da indústria de liquefacção de gás natural do Projecto Golfinho/Atum, que todo o cimento concreto a ser usado no projecto seria de produção nacional, no âmbito do desenvolvimento do empresariado nacional.

 

Segundo Viera, ao nível da CM, o propósito da Anadarko, ora comprada pela Occidental, ainda não foi materializado, mas disse esperar que, num futuro breve, haja contratos para fornecimento de cimento. “Ainda não há contratos firmes, mas acredito que em breve chegaremos lá”, afiançou Viera.

 

Face às boas expectativas, o Director Geral da CM disse estar convicto de que o actual cenário de fraco poder de compra do cimento mude.

 

Das seis empresas produtoras de cimento no país, a CM conta com uma conta e mercado de 54 por cento. (Evaristo Chilingue)

A petrolífera norte-americana ExxonMobil, em instalação com outras companhias na Bacia do Rovuma, norte do país, para exploração de gás natural, tem vindo nos últimos meses a oferecer várias oportunidades de negócios ao empresariado nacional (e não só), para auxiliar na perfuração em águas ultra-profundas no alto mar nos blocos de Angoche A5-B e/ou Zambeze Z5-C e Z5-D.

 

Em anúncios publicados na imprensa local, a multinacional oferece quatro oportunidades de negócios. Trata-se de serviços de Cimentação e serviços de Perfuração Direcional, Medição durante a Perfuração no bloco de exploração de Angoche A5-B. O âmbito de trabalho do primeiro concurso (Cimentação) inclui o fornecimento de materiais e serviços de cimento (apoio com equipamento, materiais, funcionários, instalações e logística. O outro concurso inclui também instalações associadas, ferramentas e equipamentos que atentam aos requisitos específicos do poço.

 

A ExxonMobil requisita também Gás Marinho de baixo Teor de Enxofre para dar apoio na perfuração dos blocos de exploração de Angoche A5-B e/ou Zambeze Z5-C e Z5-D no alto mar.

 

A petrolífera requisita, igualmente, embarcações de Apoio Marítimo para operações de Perfuração nos blocos de exploração Angoche A5-B e/ou Zambeze Z5-C e Z5-D no alto mar. O âmbito de trabalho desse concurso inclui o fornecimento de até três embarcações (mais uma para intervenção de suporte rápido), de abastecimento de plataformas grandes, com um mínimo de 80 metros de cumprimento, construído em 2012 ou posteriormente.

 

De entre vários documentos para a candidatura, às empresas interessas nos concursos acima descritos cujo prazo é até dia oito (08) de Novembro próximo, a ExxonMobil exige carta de apresentação; detalhes de experiência; instalações existentes; registo em Moçambique; Políticas de Protecção, Saúde e Meio Ambiente. (Evaristo Chilingue)

Enquanto o partido Frelimo, no poder desde a independência, e o seu candidato, Filipe Jacinto Nyusi, comemoram mais uma vitória eleitoral, os partidos da oposição contestam os resultados do escrutínio do passado dia 15 de Outubro, publicados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), na tarde de ontem, 27 de Outubro.

 

Neste domingo, a CNE confirmou a “goleada” que o candidato da Frelimo pediu aos membros e simpatizantes da Frelimo, durante a campanha eleitoral. Assim, Filipe Nyusi renovou o mandato com os expressivos 73 por cento, em virtude de ter obtido 4.507.422 votos validamente e a Frelimo conquistou 184 lugares na Assembleia da República, mais 40 que no actual mandato, em que soma apenas 144 assentos.

 

Falando a jornalistas, momentos após a divulgação dos resultados, na cidade de Maputo, a mandatária da Frelimo, Verónica Macamo, defendeu que os resultados reflectiam a confiança que os moçambicanos têm na sua formação política, para além de que os mesmos também representam uma grande responsabilidade e estímulo para o seu candidato arregaçar as mangas e trabalhar.

 

Para Verónica Macamo, a vitória da Frelimo foi conseguida graças ao trabalho de Filipe Nyusi, como Chefe de Estado, que demonstrou o seu carinho pela Paz e a vontade de o país a remar para frente. Sublinhou ainda que, tal como no passado, os eleitores não se sentirão defraudados, pois, “honraremos cada voto com trabalho” até porque “o nosso Presidente disse que ninguém será excluído”.

 

Por seu turno, os partidos da oposição optaram pelo boicote do evento, que decorreu no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano e com duração de cerca de 1:40 horas. Em conversa com “Carta”, Sande Carmona, porta-voz do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira maior força política do país, reiterou que a sua formação política não reconhece os resultados divulgados pelos órgãos eleitorais, “devido às irregularidades insanáveis registadas”.

 

“Para nós, os resultados pertencem à CNE e ao partido Frelimo e não reflectem os interesses e nem a vontade do povo moçambicano. O verdadeiro resultado foi posto em causa, no momento em que as eleições deixaram de ser livres, justas e transparentes”, explicou a fonte, exigindo, desta forma, a anulação e repetição do escrutínio.

 

Para tal, explicou o porta-voz do MDM, a sua formação política irá interpor um recurso junto do Conselho Constitucional, a pedir a anulação dos resultados. Estaremos a fazer o nosso papel, a nossa prática. “Se o Conselho Constitucional estiver ao lado do povo irá concordar connosco”, diz a fonte.

 

Por sua vez, os restantes partidos da oposição preferiram aglutinar-se junto das instalações do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), na capital do país, para contestar os resultados das eleições. (Carta)

segunda-feira, 28 outubro 2019 07:30

Frelimo continua a governar sozinha as províncias

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) divulgou, na tarde deste domingo, os resultados das VI Eleições Gerais e III das Assembleias Provinciais. Para além da vitória de Filipe Nyusi, salta à vista a vitória da Frelimo no que à eleição provincial diz respeito.

 

De acordo com os resultados tornados públicos pelos órgãos eleitorais, o partido Frelimo vai governar as 10 províncias que este ano foram a votos para a eleição, pela primeira vez, de um governador. Ou seja, todos os Governadores Provinciais serão do partido Frelimo.

 

Em termos reais, estes números vêm manter o actual figurino das províncias, em que todas são dirigidas pelo partido no poder, a Frelimo.

 

À luz do novo figurino introduzido pela lei eleitoral, recentemente revista, é eleito Governador de Província o cabeça da lista vencedora do escrutínio provincial. Antes da revisão da legislação eleitoral, os Governadores provinciais eram nomeados pelo Presidente da República, sedo que estas eleições marcam a mudança desse paradigma.

 

Em virtude de gozar de um estatuto especial, a cidade de Maputo não elege o Governador de Província, ficado, para já, o secretário de Estado, o representante do Governo Central na província, o expoente máximo.

 

Tendo em conta os resultados eleitorais, a província de Maputo será dirigida por Júlio Parruque, que actualmente exerce a função de Governador da turbulenta província de Cabo Delgado. A província de Gaza, conhecida pelo seu apoio incondicional ao partido Frelimo, será governada por Margarida Mapandzene Chongo, que actualmente é deputada da Assembleia da República, eleita pelo partido Frelimo.

 

A província de Inhambane continuará a ser liderada por Daniel Chapo, seu actual timoneiro. A província de Sofala, que antes das eleições estava a ser dirigida por Agostinho Mondlane, vai ser dirigida por Lourenço Bulha, que, praticamente, está a concretizar um sonho antigo com a ascensão ao cargo de Governador de Sofala.

 

A província de Manica, actualmente liderada por Manuel Rodrigues, passará a ser dirigida por Francisca Tomás, actual Governadora da província do Niassa. A vizinha província de Tete, actualmente liderada por Paulo Awade, passará a ser dirigida por Domingos Viola. A apetecível província da Zambézia estará nas mãos do afamado “edil” Pio Matos. Esta província, actualmente, é dirigida por Abdul Razak.

 

A província de Nampula passará a ser governada por Manuel Rodrigues, actual homem forte da província de Manica. Valigy Tauabo é o homem que conduzirá os destinos da província de Cabo Delgado e Judite Massangela vai dirigir a província do Niassa. (Carta)

O Barclays Bank Moçambique vai mudar a sua designação para Absa Bank Moçambique, nome que será adoptado a partir de 11 de Novembro, anunciou quarta-feira em Maputo o administrador delegado da instituição bancária, Rui Barros.

 

A mudança de nome faz parte de um dos maiores e mais ambiciosos projectos de mudança de marca na história do continente, um programa de transição mais abrangente em vários países africanos, por parte do grupo Absa, adiantou o administrador delegado.

 

A mudança surge na sequência de uma decisão tomada em 2018 pela empresa-mãe, o grupo Absa, estando actualmente em curso o processo de remodelação dos balcões do Barclays em todo o país com as cores que representam a nova marca.

 

O grupo está cotado na Bolsa de Valores de Joanesburgo, África do Sul, possui um balanço com activos totais superiores a 91 mil milhões de dólares e é um dos maiores grupos de serviços financeiros de África, oferecendo um conjunto integrado de produtos e serviços de banca de retalho e de negócios, de investimento, de gestão de património de investimentos e seguros.

 

O Absa Group Limited, anteriormente Barclays Africa Group Limited e inicialmente Amalgamated Banks of South Africa, está presente em 12 países africanos e possui um escritório de representação em Londres, estando prestes a inaugurar a sua presença em Nova Iorque. (Macauhub)

A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder desde a independência, reforçou a presença no parlamento e terá mais de dois terços dos lugares, segundo os resultados oficiais das eleições de 15 de outubro, hoje divulgados.

 

A Frelimo conseguiu eleger 184 dos 250 deputados, ou seja, 73,6% dos lugares, cabendo 60 (24%) à Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e seis assentos (2,4%) ao Movimento Democrático de Moçambique (MDM), anunciou a Comissão Nacional de Eleições (CNE).

 

A Frelimo consegue mais 40 deputados que há cinco anos, a Renamo perde 29 e o MDM perde 11.

 

A maioria de dois terços é requerida para aprovar alterações à Constituição, para matérias referentes ao estatuto da oposição, para a eleição do Provedor de Justiça e ainda para acionar ações penais contra o Presidente da República ou impedir vetos presidenciais a leis reexaminadas, lê-se na lei fundamental.

 

A divulgação dos resultados foi feita pela CNE em cerimónia oficial, em que Abdul Carimo, presidente do órgão, leu as tabelas de resultados de cada círculo eleitoral para cada uma das votações - presidenciais, legislativas e provinciais.

 

O Presidente moçambicano e candidato da Frelimo, Filipe Nyusi, foi reeleito à primeira volta para um segundo mandato, com 73% dos votos.

 

Em segundo lugar ficou Ossufo Momade, candidato da Renamo, principal partido da oposição, com 21,88%, e em terceiro Daviz Simango, líder da Movimento Democrático de Moçambique (MDM), com 4,38%.

 

Mário Albino, candidato pela Ação de Movimento Unido para Salvação Integral (AMUSI), obteve 0,73%.

 

A abstenção foi de 49,26%, anunciou a CNE.

 

A Frelimo conseguiu ainda vencer com maioria absoluta cada uma das eleições para as assembleias provinciais, onde, pela primeira vez, o governador é eleito em vez de ser nomeado pelo poder central.

 

Em 2014, a Renamo tinha conseguido conquistar a maioria dos lugares em três das 10 assembleias provinciais do país: Zambézia, Tete e Sofala.

 

Os resultados não foram aceites pelos partidos da oposição no parlamento, Renamo e MDM, alegando fraude generalizada.

 

Ambas as forças políticas anunciaram através dos seus órgãos, já há vários dias, repúdio pela forma como decorreu o processo eleitoral e os seus representantes na CNE, bem como alguns membros da sociedade civil, votaram contra o apuramento final.

 

Os resultados foram aprovados com nove votos a favor e oito contra na reunião de sexta-feira da CNE e deverão agora ser enviados para validação do Conselho Constitucional.

 

A marcação da data de investidura dos candidatos eleitos para deputados da Assembleia da República e membros das assembleias provinciais deve acontecer até 15 dias após a publicação em Boletim da República dos resultados do apuramento, lê-se no calendário oficial.

 

Até oito dias após a investidura do novo parlamento, cabe ao Conselho Constitucional marcar a data exata da tomada de posse do Presidente da República.(Lusa)

A segunda testemunha no julgamento de Nova Iorque sobre as dívidas ocultas de Moçambique disse hoje ter analisado transferências bancárias ilegais de centenas de milhões de dólares no território dos Estados Unidos relativas a empresas moçambicanas, arguidos e conspiradores.

 

A contabilista norte-americana Wendy Spaulding foi paga pelo Governo federal dos EUA para conduzir um estudo independente de dezenas de documentos, desde ‘e-mails’, registos de contas bancárias, mensagens ‘swift’ e registos dos bancos Bank of New York Mellon (BNY Mellon) e JP Morgan.