Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI
Redacção

Redacção

terça-feira, 31 outubro 2023 15:59

Oficina/Atelier Filosófico

Óscar Monteiro é um histórico do processo de independência de Moçambique, humanista e uma figura de cidadania construída ao longo de décadas e em várias geografias.

 

A conversa, na Fundação Fernando Leite Couto, tem como mote o título do seu livro "De todos se faz um país", com a moderação do filósofo Severino Ngoenha.

 

(01 de Novembro, às 18h00 na Fundação Fernando Leite Couto)

Moçambique, um país em constante evolução, está a testemunhar uma transformação digital que está a moldar o futuro das comunicações e dos serviços em geral. Neste cenário em constante mudança, a Movitel tem-se destacado como a empresa líder na vanguarda dessa revolução tecnológica catapultada, em grande medida, pela digitalização da oferta dos produtos e serviços através aplicativos Super Movitel e e-Mola.

 

Com sua visão voltada para o futuro e seu compromisso com a inovação, a Movitel tem desempenhado um papel fundamental na promoção do acesso à internet em todo o país. A empresa entende que a conectividade é a base da transformação digital e, como tal, tem investido fortemente na expansão de sua infra-estrutura de rede. Isso resultou em uma cobertura de alta qualidade em áreas urbanas e rurais, garantindo que um número cada vez maior de moçambicanos tenha acesso à internet.

 

Um dos principais catalisadores da transformação digital promovida pela Movitel são os aplicativos Super Movitel e e-Mola. O Super Movitel é um aplicativo que oferece uma ampla gama de serviços, colocando o controlo das suas contas em suas mãos, onde quer que esteja.

 

Com o aplicativo, os usuários podem verificar o seu número de celular, saldo actual, histórico de transações (ajuda os utilizadores a acompanharem as suas interações e permite uma gestão mais eficaz das comunicações pessoais e profissionais) e o estado do serviço com facilidade.

 

Além disso, o aplicativo permite que o usuário acompanhe o número de recargas e faça pagamentos de internet fixa (FTTH) de forma rápida e segura. Oferece ainda uma dose de entretenimento, pois dispõe de jogos como o Abano da Sorte, Super Golo, Meu Clip, Meu Beat, MovTV e Milionário. O aplicativo está disponível para todos os clientes da Movitel, tanto em português quanto em inglês e é optimizado para funcionar em vários dispositivos.

 

E-Mola, um catalisador da inclusão financeira

 

Outra solução da Movitel que se tornou uma ferramenta indispensável para milhões de moçambicanos, simplificando suas vidas cotidianas e impulsionando a inclusão financeira em Moçambique, é o e-Mola – um serviço e aplicativo revolucionário que está transformando a experiência dos moçambicanos em relação às transações financeiras cada vez mais rápidas, seguras e convenientes.

 

O e-Mola permite que os usuários realizem pagamentos, transfiram dinheiro totalmente grátis entre usuários de números 86/87 e com as melhores taxas do mercado para outras carteiras móveis e bancos e muito mais com facilidade e segurança.

 

Com a expansão do e-Mola, o processo de promoção da inclusão financeira em todo o país é uma realidade, permitindo que milhões de pessoas tenham acesso aos serviços financeiros de que tanto precisam. As facilidades vão além disso, sendo que pelo aplicativo e-Mola é mais conveniente pagar Credelec, a conta de água e da TV, pagar pelos serviços e promoções da Movitel, renovar os seus seguros e muito mais.

 

A Movitel não se limita apenas a fornecer conectividade e aplicativos inovadores, a empresa também desempenha um papel vital na educação digital. Ela oferece programas de treinamento capacitando o uso e aproveitamento, ao máximo, as oportunidades oferecidas pela transformação digital.

 

Além disso, a Movitel e o e-Mola têm sido parceiros activos em iniciativas de responsabilidade social corporativa, contribuindo para a melhoria das comunidades em que actua. Essas ações mostram o compromisso das empresas não apenas com os negócios, mas também com o bem-estar do povo moçambicano rumo à digitalização. (Carta)

No âmbito do “Outubro Rosa”, mês dedicado a  prevenção e a consciencialização sobre o cancro de mama, a Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC) juntou-se aos Caminhos-de-Ferro de Moçambique, à Grindrod Moçambique, DP World Maputo, Mota-Engil e Standard Bank para apoiar o despiste de casos suspeitos de cancro de mama no sector público de saúde.

 

Numa acção desenvolvida em parceria com a Clínica de Diagnóstico e Imagem, as empresas juntamente com a Clínica de Diganóstico e Imagem apoiaram os exames de diagnóstico (mamografia e ecografia mamária) de pacientes em lista de espera do Hospital Central de Maputo, Hospital José Macamo, Hospital de Mavalane e Hospital Militar, com suspeição de cancro de mama, bem como das suas colaboradoras.

 

A acção, que iniciou em Outubro e irá estender-se até ao final de Novembro, irá abranger 429 pessoas, entre pacientes em lista de espera e trabalhadoras das várias empresas que aderiram à iniciativa. “Escolhemos Outubro porque é o mês da prevenção do cancro de mama, mas gostaríamos que esta acção contagiasse outras empresas durante o resto do ano”, afirmou o Director-Executivo da MPDC, Osório Lucas. “Este cancro tem uma elevada taxa de sucesso de cura se for detectado a tempo. A única forma de prevenir é estar atento aos sinais e poder ter acesso aos métodos de diagnóstico adequados que infelizmente nem sempre são acessíveis financeiramente a todos”, disse.

 

A MPDC tem sido uma empresa parceira activa na área da saúde pública, tendo já apoiado nas áreas de gastroenterologia, cirurgia cardíaca, fisioterapia, prevenção e tratamento da COVID-19, entre outros. Em 2021, a MPDC liderou o movimento Univax que juntou 319 empresas que adquiriram cerca de 500.000 doses de vacinas contra a COVID-19 (das quais 139.590 foram uma doação ao Governo de Moçambique para a imunização da população vulnerável).(Carta)

O distrito de Montepuez, na província de Cabo Delgado, está a registar casos de cólera, desde o dia 16 de Outubro corrente, um cenário que preocupa as autoridades sanitárias. O médico-chefe provincial, Edson Fernando, disse à imprensa nesta segunda-feira que já foram reportados 144 casos e um óbito. Fernando disse que o deficiente saneamento do meio, provocado pela escassez de água neste distrito, podem estar por detrás da eclosão da doença.

 

Durante a reunião do comité operativo de emergência, a fonte garantiu que foram disponibilizados sete pontos de distribuição de água para melhorar a saúde pública e mobilizados recursos para aquisição de purificadores e tendas para Montepuez, bem como para outros distritos que apresentam cenários preocupantes no que se refere a casos de diarreia.

 

Para o Secretário de Estado de Cabo Delgado, António Supeia, os casos de cólera neste distrito estão a começar muito antes do esperado. “Nós esperávamos os casos dentro de um pouco mais de dois meses, mas nós não temos como controlar este tipo de situação, apareceu mais cedo. Os parceiros estão a fazer um esforço no sentido de não tornar esta situação endémica antes do tempo e tentar controlar o mais cedo possível, tendo em conta que a época chuvosa ainda está no início". (M.A)

Os protestos em repúdio aos alegados resultados eleitorais ″fraudulentos″ divulgados pela Comissão Nacional de Eleições tiveram lugar na última sexta-feira, nos municípios de Nampula e Nacala-Porto.

 

O Porta-voz da PRM em Nampula, Zacarias Nacute, acusa a delegada da RENAMO, Abiba Abá, e os edis de Nampula e de Nacala-Porto, respectivamente, Paulo Vahanle e Raul Novinte, de serem os protagonistas das manifestações que paralisaram as duas importantes cidades da província. 

 

Na ocasião, Zacarias Nacute disse que foram detidos 101 manifestantes, além da morte de um (1) membro da PRM e ferimento de outros nove (9). Disse ainda que, no total, 14 pessoas deram entrada no hospital central de Nampula por vários ferimentos resultantes da manifestação.

 

"Como resultado desta manifestação, 101 cidadãos foram detidos e encaminhados às nossas unidades policiais e instaurados processos crimes pelos danos causados e pela desestabilização pública a nível dos nossos dois municípios", disse Zacarias Nacute. 

 

Nacute prosseguiu afirmando: "tivemos uma baixa policial e, até sexta-feira última, havia registo de nove agentes feridos. No entanto, informações actualizadas do hospital central indicam que deram entrada 14 indivíduos com alguns ferimentos, como consequência dos confrontos durante a manifestação", acrescentando que um dos feridos é um agente da corporação atingido por uma bomba de fabrico caseiro, fabricada com orientação dos três dirigentes da RENAMO.

 

O oficial da Polícia anunciou que foram apreendidos alguns engenhos (bombas) de fabrico caseiro nas instalações da Delegação Provincial da RENAMO. Segundo a fonte, na semana passada, também houve registo de oito (8) casos criminais, dos quais sete (7) esclarecidos, além de 53 detidos. (Carta)

A Rede Moçambicana dos Defensores de Direitos Humanos (RMDDH) condena os actos de violência perpetrados pela Polícia da República de Moçambique (PRM) e as detenções arbitrárias contra manifestantes em Maputo, Nampula e Nacala-Porto, ocorridos no dia 27 de Outubro.

 

Em comunicado divulgado esta segunda-feira (30), a organização diz que os manifestantes brutalmente reprimidos pela Polícia saíram às ruas para expressar a sua indignação e repúdio aos resultados anunciados pelo Presidente da Comissão Nacional de Eleições, Dom Carlos Matsinhe.

 

“Estamos chocados e revoltados com as acções violentas e abusivas por parte da polícia durante os protestos. Testemunhamos a presença de gangsters e indivíduos sem uniforme policial ostentando armas de fogo, incluindo AKM – que são armas utilizadas pela polícia. Estas acções resultaram na morte de duas pessoas, uma em Nampula e outra em Nacala-Porto, além de 10 feridos em Maputo e a detenção de 70 indivíduos, sendo que grande parte são de Maputo”, refere a nota. Igualmente, a RMDDH condena o uso excessivo da força, o desrespeito pelos direitos humanos e as normas internacionais de segurança.

 

“É inadmissível que a PRM tenha agido de forma tão violenta e irresponsável contra manifestantes pacíficos, violando o direito fundamental à livre expressão e manifestação consagrados na Constituição da República de Moçambique”, lê-se no documento.

 

“Exigimos uma investigação imediata e independente sobre estes incidentes, com a devida responsabilização dos envolvidos, sejam eles agentes da polícia ou gangsters contratados para reprimir os protestos”.

 

A RMDDH diz que o Governo deve restituir à liberdade os manifestantes detidos injustamente. “A fraude eleitoral mina a confiança no processo democrático e coloca em risco a estabilidade do país. Exigimos que sejam implementadas medidas para prevenir e combater a fraude eleitoral, incluindo o envolvimento de observadores e a adopção de mecanismos de segurança e transparência”. (Carta)

A empresa pública, Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), sob reestruturação pela sul-africana Fly Modern Ark (FMA), anunciou esta segunda-feira (30) novos voos na rota Maputo-Lisboa-Maputo, dois anos depois. Nessa rota, a LAM prevê embolsar entre 320 a 360 mil USD por cada voo.

 

Numa conferência de imprensa, o Director de Projectos da FMA, Sérgio Matos, disse que o negócio é sustentável. Falando sobre os custos e benefícios, Matos afirmou que, em cada voo, a LAM vai facturar entre 560 mil a 600 mil USD e, depois de pagar os custos operacionais (como o aluguer do avião, avaliado em 4200 USD por hora de voo), a empresa prevê ficar com um lucro de 320 mil a 360 mil USD por voo.

 

Por seu turno, o Director-geral da LAM, João Pó Jorge, explicou que o lançamento da rota de Lisboa sublinha o compromisso em promover o crescimento e a prosperidade partilhada, ao mesmo tempo que aprofunda os laços entre Moçambique e Portugal.

 

Jorge explicou que a rota será operada por um Boeing 777 alugado à empresa portuguesa Euro Atlântico. A frequência de voos nesta rota será de três vezes por semana, em ambos sentidos. O primeiro voo desta rota intercontinental está programado para sair de Lisboa na terça-feira, 12 de Dezembro de 2023. De Maputo, o primeiro voo partirá no dia seguinte, quarta-feira, 13 de Dezembro de 2023.

 

As partidas de Maputo (MPM) acontecerão às quarta, sextas-feiras e domingos, às 22h00 locais, com a chegada a Lisboa (LIS) prevista para as 19h50min locais do dia seguinte.

 

No sentido inverso, os voos partirão de Lisboa às 17h00 locais, às terças, quintas-feiras e sábados, chegando a Maputo às 05h30min locais, do dia seguinte. O horário é ideal tanto para quem viaja em negócios, como para lazer e teve em consideração o tráfego de ligação de voos aos destinos domésticos, em Moçambique, e regionais, nos destinos que a LAM opera.

 

Além da rota Maputo-Lisboa-Maputo, a LAM anunciou novos voos que ligam a capital moçambicana com a Cidade do Cabo, na África do Sul. Trata-se da rota Maputo-Cidade do Cabo-Maputo.

 

Para o Director de Projectos da FMA, nesta rota prevê-se que a LAM encaixe entre 700 mil a 800 mil USD por mês, depois de pagar todos os custos operacionais avaliados em 85 mil USD mensais.

 

O voo inaugural será realizado no dia 22 de Novembro de 2023, visando o reforço das relações entre a África do Sul e Moçambique, mas também para revitalizar o turismo e o comércio.

 

Nesta rota, a LAM efectuará três voos semanais, com partidas de Maputo às 18h00 e chegadas à Cidade do Cabo às 20h30min locais, às quartas, sextas-feiras e domingos. No sentido inverso, os voos partirão da Cidade do Cabo às 07h00 e chegarão a Maputo às 09h20min locais, às quintas-feiras, sábados e segundas-feiras. 

 

O horário tem em conta o tráfego de ligação de e para destinos turísticos de referência, como Vilankulo, Inhambane, Beira e Nampula. Esta rota será servida por uma aeronave a jacto CRJ900, de 90 lugares alugado à empresa sul-africana SEMER. (Evaristo Chilingue)

Depois de uma sexta-feira tumultuosa, marcada por confrontos entre agentes da PRM (Polícia da República de Moçambique) e manifestantes da Renamo, a “tranquilidade” voltou a reinar nas ruas da capital do país, contra todo o cepticismo que tomou conta dos munícipes, depois de anónimos terem convocado uma manifestação violenta para esta segunda-feira.

 

“Carta” fez uma ronda pelas principais arteiras da cidade de Maputo e por alguns bairros da capital do país logo pela manhã e constatou haver um ambiente de tranquilidade, embora se tenha registado alguns casos de queima de pneus e colocação de barricadas na Estrada Nº4, no bairro Luís Cabral.

 

O comércio, que esteve fechado na passada sexta-feira, voltou a abrir, embora com alguma timidez, sobretudo nas primeiras horas do dia. O transporte público de passageiros também voltou a iniciar as actividades a meio gás, mas ao longo da tarde era visível a circulação massiva de autocarros pertencentes às cooperativas de transportadores, assim como de transportadores semi-colectivos.

 

Embora o cabeça-de-lista da Renamo na cidade de Maputo, Venâncio Mondlane, tenha saído à rua para contestar, mais uma vez, os resultados eleitorais do passado dia 11 de Outubro, não houve relatos de tumultos entre os seus seguidores e a Polícia. A Polícia, por sua vez, voltou a cooperar com os manifestantes, que lotaram a Praça dos Combatentes, na manhã de ontem.

 

Refira-se que, no último fim-de-semana, as redes sociais foram inundadas de mensagens anónimas, convocando uma manifestação geral da população para esta segunda-feira, cujo teor incitava à violência e desordem pública.

 

A Renamo, através da sua página do facebook, veio, publicamente, se distanciar das referidas mensagens, alegando que as suas manifestações são pacíficas e ordeiras e que visam apenas repor a justiça eleitoral.

 

Lembre-se que, na sexta-feira, duas pessoas (um cidadão e um agente da Polícia) morreram, em resultados dos confrontos entre a Polícia e os apoiantes da Renamo, nas cidades de Maputo, Quelimane, Nampula e Nacala-Porto, autarquias em que a segunda maior formação política do país reclama vitória, mas que os dados da Comissão Nacional de Eleições (CNE) dão vitória à Frelimo. (Carta)

Familiares de detidos em Maputo durante as manifestações contra os resultados das eleições autárquicas reclamaram ontem, à porta de um tribunal, das “condições desumanas” nas celas da polícia moçambicana, implorando pela libertação dos manifestantes.

 

“Estamos a assistir em alguns pontos, porque as balas são verdadeiras e orientadas de forma indiscriminada”, disse Bitone, em declarações aos jornalistas.

 

Os agentes da polícia devem ser “capacitados” para o uso de meios alternativos a balas reais, para não colocarem em risco a vida e a integridade física dos manifestantes, prosseguiu.

 

O presidente da CNDH também apelou aos simpatizantes dos partidos da oposição que contestam os resultados das eleições autárquicas de 11 de outubro para respeitarem a lei.

 

“A manifestação é um direito, mas deve estar alinhada com o quadro legal”, enfatizou Luís Bitone.

 

O exercício de um direito, continuou, não deve colocar em causa os direitos dos outros cidadãos, provocando danos ao património e lesões aos cidadãos.

 

Dados avançados pelas autoridades indicam que há mais 100 pessoas detidas em vários pontos do país, sobretudo nas cidades de Nampula, Nacala-Porto e Maputo, onde decorreram as manifestações e escaramuças, e estão em curso processos-crime “pelos danos causados e pela desestabilização da ordem pública” naqueles municípios.

 

Segundo o Centro de Integridade Pública (CIP), uma Organização Não-Governamental (ONG) moçambicana que observa as eleições, um agente da polícia e um jovem morreram durante manifestações ocorridas em Nampula e em Nacala contra os resultados das eleições autárquicas.

 

Estas mortes não foram ainda confirmadas pelas autoridades, que têm admitido, no entanto, que houve feridos e detidos durante as escaramuças.

 

A polícia moçambicana acusou hoje a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição, de fabricar e usar bombas caseiras nas manifestações contra os resultados das eleições em Nampula, que feriram e levaram à amputação de um braço a um agente.

 

“Sabe-se muito bem que a nível do partido Renamo existem militantes que têm conhecimento sobre o uso de material bélico e aproveitaram-se desse conhecimento para fabricar bombas caseiras para usar contra a polícia no momento em que estivesse a fazer a reposição da ordem e segurança pública”, disse Zacarias Nacute, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula, norte do país, durante uma conferência de imprensa.

 

O principal partido da oposição tem promovido marchas de contestação aos resultados das eleições de 11 de outubro, juntando milhares de pessoas que denunciam uma alegada “megafraude” no escrutínio.

 

As sextas eleições autárquicas em Moçambique decorreram em 65 municípios do país no dia 11 de outubro, incluindo 12 novas autarquias, que pela primeira vez foram a votos.

 

Os resultados apresentados pela CNE de Moçambique indicam uma vitória da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, em 64 das 65 autarquias do país, enquanto o MDM, terceiro maior partido, ganhou apenas na Beira.

 

De acordo com a legislação eleitoral moçambicana, os resultados do escrutínio ainda terão de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional (CC), máximo órgão judicial.(Lusa)

O presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) Luís Bitone, criticou o uso “indiscriminado” da força pela polícia no contexto das manifestações promovidas pela oposição contra os resultados das eleições autárquicas do dia 11 deste mês.

 

“Estamos a assistir em alguns pontos, porque as balas são verdadeiras e orientadas de forma indiscriminada”, disse Bitone, em declarações aos jornalistas.

 

Os agentes da polícia devem ser “capacitados” para o uso de meios alternativos a balas reais, para não colocarem em risco a vida e a integridade física dos manifestantes, prosseguiu.

 

O presidente da CNDH também apelou aos simpatizantes dos partidos da oposição que contestam os resultados das eleições autárquicas de 11 de outubro para respeitarem a lei.

 

“A manifestação é um direito, mas deve estar alinhada com o quadro legal”, enfatizou Luís Bitone.

 

O exercício de um direito, continuou, não deve colocar em causa os direitos dos outros cidadãos, provocando danos ao património e lesões aos cidadãos.

 

Dados avançados pelas autoridades indicam que há mais 100 pessoas detidas em vários pontos do país, sobretudo nas cidades de Nampula, Nacala-Porto e Maputo, onde decorreram as manifestações e escaramuças, e estão em curso processos-crime “pelos danos causados e pela desestabilização da ordem pública” naqueles municípios.

 

Segundo o Centro de Integridade Pública (CIP), uma Organização Não-Governamental (ONG) moçambicana que observa as eleições, um agente da polícia e um jovem morreram durante manifestações ocorridas em Nampula e em Nacala contra os resultados das eleições autárquicas.

 

Estas mortes não foram ainda confirmadas pelas autoridades, que têm admitido, no entanto, que houve feridos e detidos durante as escaramuças.

 

A polícia moçambicana acusou hoje a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição, de fabricar e usar bombas caseiras nas manifestações contra os resultados das eleições em Nampula, que feriram e levaram à amputação de um braço a um agente.

 

“Sabe-se muito bem que a nível do partido Renamo existem militantes que têm conhecimento sobre o uso de material bélico e aproveitaram-se desse conhecimento para fabricar bombas caseiras para usar contra a polícia no momento em que estivesse a fazer a reposição da ordem e segurança pública”, disse Zacarias Nacute, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula, norte do país, durante uma conferência de imprensa.

 

O principal partido da oposição tem promovido marchas de contestação aos resultados das eleições de 11 de outubro, juntando milhares de pessoas que denunciam uma alegada “megafraude” no escrutínio.

 

As sextas eleições autárquicas em Moçambique decorreram em 65 municípios do país no dia 11 de outubro, incluindo 12 novas autarquias, que pela primeira vez foram a votos.

 

Os resultados apresentados pela CNE de Moçambique indicam uma vitória da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, em 64 das 65 autarquias do país, enquanto o MDM, terceiro maior partido, ganhou apenas na Beira.

 

De acordo com a legislação eleitoral moçambicana, os resultados do escrutínio ainda terão de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional (CC), máximo órgão judicial.(Lusa)

Pág. 182 de 1421