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Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

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Em concurso público internacional, a empresa estatal Electricidade de Moçambique (EDM) busca entidade para fornecer 3.600 Transformadores de Distribuição, no âmbito do Projecto Energia para Todos (ProEnergia) financiado pelo Banco Mundial.

 

“A Electricidade de Moçambique (…) agora solicita ofertas fechadas de concorrentes elegíveis para o fornecimento de 3.600 Transformadores de Distribuição para o Projecto, divididos em três lotes a distribuir em 16 locais em Moçambique”, lê-se num anúncio da empresa, publicado no jornal “Notícias”.

 

No anúncio, a EDM explica que o concurso será por meio dos procedimentos de Concurso Público Internacional conforme especificado nas directrizes do Banco Mundial e está aberto a todos os concorrentes elegíveis, conforme definido nas Directrizes de Licitação.

 

“Os documentos de concurso, em inglês, poderão ser adquiridos por concorrentes (…), mediante pagamento de uma taxa não reembolsável de 100 USD”, conclui a EDM. Este anúncio segue-se a outro lançado há dias pela EDM, solicitando no mesmo âmbito, 300 mil Contadores de Energia. (Evaristo Chilingue)

O sangue continua a jorrar nas estradas nacionais. Durante a semana passada, concretamente, entre os dias 17 e 23 de Agosto, 16 pessoas morreram em 19 acidentes de viação ocorridos nas estradas de todo o país, com destaque para 10 atropelamentos e quatro despistes e capotamento. Dos acidentes, resultaram também 15 feridos graves e 10 feridos ligeiros.

 

De acordo com informações avançadas pela Polícia da República de Moçambique, no seu balanço semanal, a condução sob efeito de álcool, má travessia de peões e velocidade excessiva são as causas que provocaram a maioria dos acidentes, que teimam em ceifar vidas humanas.

 

No comunicado enviado à nossa Redacção, a corporação disse ainda que, dos resultados operativos realizados no mesmo período, foram detidos, em todo o país, 1.347 indivíduos, sendo 1.145 por violação de fronteiras e 202 por práticas de outros crimes.

 

Foram também fiscalizadas 110.783 viaturas, das quais 67 foram aprendidas, 234 cartas e 87 livretes apreendidos, mais de 4000 multas aplicadas, quatro cidadãos detidos por condução ilegal e cinco condutores por corrupção. Também foram apreendidas seis armas de fogo. (Marta Afonso)

A localização estratégica de Moçambique permite obter dividendos com a importação de produtos da China e a exportação de mercadorias dos países vizinhos sem acesso ao mar, disse segunda-feira em Pequim um quadro da Universidade Eduardo Mondlane.

 

João Mavimbe, coordenador do Centro de Pesquisa Científica da Iniciativa Faixa e Rota daquela universidade, prestava declarações à margem da cerimónia de abertura do oitavo “China-Africa Think Tanks Forum”, um evento de dois dias a decorrer na capital chinesa.

 

“Podemos servir de caminho para os países do interior, podendo canalizar tanto produtos para essa zona como para a China, pois estamos estrategicamente localizados”, referiu, citado pela agência noticiosa AIM.

 

João Mavimbe disse ainda acreditar que a construção do aeroporto em Xai-Xai, na província meridional de Gaza, em Moçambique, vai constituir uma mais-valia no âmbito da iniciativa Faixa e Rota, pois irá facilitar a deslocação de empresários chineses àquela província.

 

O coordenador daquele centro de pesquisa, que é igualmente docente universitário, acrescentou que Moçambique é um dos países estrategicamente localizados e que pode, a nível da região da África Austral, servir de referência.

 

O Conselho de Ministros indicou a Universidade Eduardo Mondlane para Centro de Pesquisa Científica da Iniciativa Faixa e Rota através de um decreto aprovado em 2018. A capital da China acolheu em Abril passado o segundo Fórum “Faixa e Rota” para a Cooperação Internacional, de 25 a 27 de Abril e que reuniu um total de 153 países e organizações internacionais. (Macauhub)

A juíza portuguesa Helena Susano poderá testemunhar como perita legal ao lado dos procuradores federais dos Estados Unidos da América (EUA) no caso das “dívidas ocultas” de Moçambique, em Nova Iorque. Helena Susano deverá ser chamada pelos procuradores norte-americanos a testemunhar no tribunal de Brooklyn, Nova Iorque, sobre legislação moçambicana relativa a corrupção e subornos, antes do início do julgamento, a 07 de outubro.

 

A exoneração, na passada terça-feira, pelo Presidente da República, de Rosário Fernandes, da direcção máxima do Instituto Nacional de Estatística (INE), continua a causar indignação. Uns reagem em surdina e outros preferem dar a cara, em nome do que chamam de injustiça em relação à justiça.

 

Dos que criticam, publicamente, a decisão está a plataforma das Organizações da Sociedade Civil, denominada Votar Moçambique, que nesta quarta-feira emitiu uma nota de imprensa, afirmando solidarizar-se com o ex-Presidente do INE, assim como disse regozijar-se pela sua postura íntegra como servidor público.

 

Segundo o consórcio, constituído por seis organizações da Sociedade Civil, com a saída de Fernandes, a administração pública moçambicana “perde um líder comprometido e exemplar na construção do país”. Aliás, o consórcio entende ter sido um bom exemplo de idoneidade, ética, integridade e cometimento com a causa pública, o pedido de demissão apresentado pelo gestor, “depois de ter sido, publicamente, enxovalhado pelo Presidente da República, ao referir que quem não andasse em consonância com ditames da hierarquia seria ‘tirado como capim’”.

 

A plataforma, criada ano passado para fiscalizar as eleições autárquicas de 2018 e gerais de 2019, reitera ainda a necessidade de um esclarecimento aos polémicos números do recenseamento eleitoral, na província de Gaza. “É que os dados apresentados pelo STAE [Secretariado Técnico da Administração Eleitoral] continuam envoltos em suspeições, nada dignos aos desígnios de transparência requeridos, o que em si atenta contra a integridade e a credibilidade de todo o processo eleitoral. Igualmente, lamentam a recusa, pelos órgãos eleitorais, da realização de uma auditoria aos resultados do censo eleitoral em Gaza, crucial para o esclarecimento da opinião pública em relação a esta matéria”, sentencia o documento.

 

Referir que fazem parte da plataforma Votar Moçambique o Centro de Integridade Pública (CIP), Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE), Fundação MASC (Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil), Fórum Nacional das Rádios Comunitárias, Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil e a WLSA Moçambique. (Carta)

Vinte e quatro horas depois do presidente da autoproclamada "Junta Militar da RENAMO”, Mariano Nhongo, ter ameaçado, em entrevista à DW África, inviabilizar a realização das eleições gerais de 15 de Outubro, em Moçambique, a Resistência Nacional Moçambicana [RENAMO], através do seu porta-voz, José Manteigas, diz que esta ameaça configura um crime.

 

A população residente na aldeia de Quelimane, no povoado de Camalinga, no distrito de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado, voltou a viver episódio de terror, protagonizado por um grupo ainda desconhecido que, há quase dois anos, vem aterrorizando os distritos da zona norte daquela província.

 

Segundo apurou a nossa equipa de reportagem, na tarde da última terça-feira (27 de Agosto), uma viatura da marca Toyota, modelo Land Cruiser, pertencente a um empresário local, conhecido nos meandros empresariais por John Loca, foi atacada pelos insurgentes, tendo sido decapitado, conjuntamente com o seu amigo. As fontes contam que as vítimas terão sido surpreendidas com uma rajada de tiros, provenientes dos dois lados da via.

 

Fontes residentes naquele distrito contam ainda que, na passada segunda-feira, um líder comunitário terá sido decapitado na aldeia Uló. A vítima, segundo apurámos, apanhou a morte, quando se deslocara àquele local à busca de produtos alimentares.

 

Entretanto, por outro lado, fontes militares afiançam que, no último sábado, um jovem empresário de “sucessoʺ e também natural de Mocímboa da Praia, de nome Aly Nuro, foi detido pela Polícia por, supostamente, estar ligado aos insurgentes. (Omardine Omar)

O cerco ao grupo de choque do partido Frelimo, o G40, cuja génese remota ao reinado de Armando Guebuza continua. Depois de na última semana ter, praticamente, “eliminando” dois, nomeadamente Alexandre Chivale e Filimão Suaze, o Presidente da República “tirou de circulação” mais um integrante do grupo. Chama-se Filipe Sebastião Sitoi, jurista e docente universitário.

 

O governo já assegurou alternativas ao grupo sul-africano Tongaat Hulett para manter em funcionamento as unidades produtoras de açúcar de Xinavane, na província de Maputo, e Mafambisse, em Sofala, garantiu terça-feira o ministro da Indústria e Comércio.

 

Ragendra de Sousa disse ainda ao matutino Notícias, de Maputo, que investidores interessados nas duas unidades visitaram no passado domingo a de Xinavane, tendo seguido segunda-feira para Mafambisse, a fim de avaliarem o estado das duas fábricas e campos de cana-de-açúcar.

 

“Temos a situação controlada”, afirmou de Sousa, que prestava declarações em Ricatla, distrito de Marracuene, onde decorre até domingo, 1 de Setembro, a 55ª edição da Feira Internacional de Maputo.

 

O ministro, que se escusou a divulgar o nome do investidor interessado nas duas fábricas, acrescentou ter agora de ser a administração do grupo sul-africano a dizer o que pretende fazer.

 

O grupo Tongaat Hulet controla 85% do capital social da unidade de Mafambisse e 88% da de Xinavane, sendo esta última a maior produtora de açúcar de Moçambique com uma capacidade instalada de 250 mil toneladas por ano e uma produção que excedeu 200 mil toneladas em 2018.

 

Em Junho foi anunciado ter o grupo sul-africano comunicado verbalmente aos trabalhadores da fábrica de açúcar de Mafambisse e ao governo de Moçambique que iria abandonar a actividade na região.

 

Esse abandono seria consequência dos problemas financeiros em que o grupo está envolvido no país de origem, onde apresenta uma dívida bancária de cerca de 11 mil milhões de rands (767 milhões de dólares). (Macauhub)

‘CIN PINTA PELA PAZ’ é o mote para uma acção que promete pintar Maputo e encher as ruas da capital com as cores da paz e do talento moçambicano. O desafio foi feito pelas Tintas CIN que, em colaboração com a agência de comunicação GROW, convidaram 10 artistas moçambicanos a pintar 10 quadros em 10 outdoors, localizados em diversos pontos da cidade.

 

Os artistas pintaram os seus quadros ao vivo durante os dias 26 e 27 de Agosto, estando previsto que as telas estejam em exibição nos outdoors até dia 25 de Setembro, transformando Maputo numa galeria de arte ao ar livre durante cerca de um mês.

 

A acção é apadrinhada pelo consagrado pintor moçambicano Celestino Mudaulane, que está a realizar a selecção, coordenação e direcção artística da exposição. Fazem parte desta acção os pintores Leodino Langa, Gumatsy, Orquídeo Marrengula, Bernardo Jamisse, Fiel, Djive, Jamal, Carmen, Saranga e Bias.

 

As telas foram pintadas com tintas e cores da CIN e estarão à venda durante o tempo de exibição, podendo ser compradas directamente aos artistas. Os contactos dos artistas estão visíveis nos próprios outdoors.

 

Para Celestino Mudaulane, director artístico da exposição, “esta é uma oportunidade única de levar a arte e o talento moçambicano a todos os cidadãos de Maputo convidando o País inteiro a unir-se por um bem tão colorido como é a Paz”.

 

José Souza Soares, Director Comercial das Tintas CIN Moçambique, explica que “com esta acção contribuímos com os nossos produtos para a criação de uma atmosfera artística e colorida, valorizando o talento dos artistas locais e enchendo as ruas da capital com as cores da paz, envolvendo toda a comunidade num projecto que passa, desta forma, a ser de todos”. (Carta)