A Fundação Fernando Leite Couto vai receber os Fetén Fetén para mergulharmos nos ritmos de raiz cultural espanhola.
Uma viagem pelos ritmos populares da Península Ibérica com todas as influências das migrações e cantigas de ida e volta num espectáculo ao vivo animado e enérgico, com o qual podemos desfrutar ouvindo e dançando as melodias e composições tradicionais deste duo.
De Moçambique, os convidados especiais Cheny Wa Gune e Regina dos Santos vão deixar a nossa marca.
(30 de Maio, às 18h00 na Fundação Fernando Leite Couto)
Uma geração de família que abandonou as suas vidas em Macomia, Mucojo, Mocímboa da Praia e Quissanga, para viver uma incerteza na cidade de Pemba, motivada por um grupo de terroristas localmente apelidados por Al-Sha-Baabs, que se fazem sentir na zona norte da província de Cabo Delgado desde 2017.
"Marcas do terrorismo", um filme de Elísio Bajone para ver na terça-feira, dia 28 de Maio, às 18 horas, na Fundação Fernando Leite Couto
A exibição será seguida de debate com as participações de Elísio Bajone (Cineasta), Catarina Casimiro Trindade e Tassiana Tomé (Mukadzi - Colaboratório Feminista).
(28 de Maio, às 18h00 na Fundação Fernando Leite Couto)
Comédia que traz uma representação irônica da condição social para se viver na contemporaneidade, dura realidade em meio a uma sociedade que aparenta ter perdido o que se define como sensibilidade humana com um evidente cenário de desigualdade social, e ainda vaidade, poder e submissão. A peça teatral traz personagens em situações de obstáculos limítrofes.
(28 de Maio, às 18h30min no Instituto Guimarães Rosa)
Quatro (4) supostos terroristas foram capturados na passada terça-feira (21) pelas forças conjuntas, nos arredores da vila de Mocímboa da Praia, quando alegadamente estavam em missão de reconhecimento.
"Na terça-feira capturamos quatro terroristas. Eles estão sob custódia dos soldados ruandeses", contou à "Carta" um militar na vila de Mocímboa da Praia. A mesma fonte disse que os quatro supostos terroristas estavam em missão de reconhecimento para posterior ataque à zona. "Na verdade, eles querem entrar aqui na vila, mas é difícil porque o circuito de segurança é forte. Esta não é a primeira vez que tentam reconhecer a zona, mas são capturados. A sua intenção é entrar de novo na vila, mas não vão conseguir", comentou. (Carta)
A Hidroeléctrica de Cahora Bassa, S.A (HCB), maior produtora independente de energia eléctrica em Moçambique, procedeu no dia 22 do corrente mês à entrega de diversos equipamentos em cumprimento de uma importante iniciativa que visa reforçar a segurança da Vila do Songo, sede da empresa, através da melhoria das capacidades das instituições de segurança locais.
Trata-se de cinco viaturas, nove motorizadas, seis computadores de mesa e três portáteis, três impressoras e onze detectores de metais, que serão essenciais para reforçar a segurança do empreendimento, da população residente da Vila, para os colaboradores da empresa e suas famílias, bem como para outras instituições existentes no Songo e seus visitantes.
“Ao fornecermos estes equipamentos, pretendemos não só prestar o nosso apoio para um ambiente mais seguro e protegido para todos, mas também demonstrar a nossa solidariedade inabalável para com as Forças de Defesa e Segurança, que são compostas por indivíduos dedicados que trabalham incansavelmente para manter a nossa vila e empreendimentos seguros. É ainda uma prova da nossa inestimável parceria com as Forças de Defesa e Segurança, reflectindo o nosso profundo apreço pelo seu serviço e sacrifício”, referiu Tomás Matola, Presidente do Conselho de Administração da HCB.
O Presidente da Frelimo, Filipe Nyusi, apresentou ontem, em Tete, o candidato daquela formação política às eleições de Outubro próximo. Nyusi, que está acompanhado por alguns membros do partido na província e a nível central, disse aos presentes no comício que Daniel Chapo era fruto de uma tradição de sucessão e democracia interna da Frelimo. Segundo ele, os dirigentes da Frelimo sempre foram substituídos por pessoas mais novas, o que reflecte a renovação na continuidade dentro do partido. “Foi assim quando Samora sucedeu o presidente Mondlane, quando Chissano sucedeu o presidente Samora, quando Guebuza sucedeu o presidente Chissano e quando eu sucedi o presidente Guebuza”.
Filipe Nyusi disse reconhecer que ainda há muito por fazer, daí que “o nosso candidato é a pessoa certa para continuar os projectos, fazer melhor do que já foi feito. Não queremos uma pessoa que faz pouco. Ele deve fazer novas coisas que sabe quais é que são”, referiu. O estadista moçambicano disse ainda que Daniel Chapo já tem experiência de governação de protagonismo em áreas chaves de desenvolvimento do País, uma vez que foi administrador em Nacala-a-Velha numa época crucial de investimentos de grande envergadura. O mesmo aconteceu em Palma. Mais recentemente em Inhambane tem liderado projectos estratégicos de desenvolvimento.
Daniel Chapo: "Vamos desenvolver o país com novas ideias"
O candidato presidencial da Frelimo, Daniel Chapo, considera que o legado dos fundadores da República deve servir de inspiração para a juventude construir um futuro novo e mais próspero. Falando para uma plateia de milhares de moçambicanos, esta quinta-feira, no campo 3 de Janeiro, no bairro chingozi em Tete, Chapo acrescentou que a Frelimo acredita na força da juventude para imprimir uma nova dinâmica no desenvolvimento de Moçambique. O candidato foi apresentado oficialmente por Filipe Jacinto Nyusi, o presidente da Frelimo.
"Vamo-nos unir à Frelimo, vamo-nos unir a Chapo e votarmos em massa no dia 9 de Outubro e, em função disso, continuarmos a desenvolver Moçambique. Somos uma geração que recebeu a estafeta e vamos dar continuidade", disse Daniel Chapo.
Para garantir tal desenvolvimento, segundo Chapo, é preciso investir numa educação de qualidade. "Para melhorar essa qualidade, precisamos também de avaliar o ensino no nosso país. Em função disso vamos mudar o que for necessário, construir mais escolas. Este sector é a base do nosso desenvolvimento".
Daniel Chapo mostrou-se aberto a ouvir os funcionários públicos, como mecanismo de auscultação visando a adopção de melhores estratégias de actuação para o seu Governo, caso seja eleito nas próximas eleições.
"Quando iniciarmos a campanha eleitoral, nós vamos marcar encontros com os nossos companheiros da função pública; os professores, os enfermeiros, os médicos e todos, para podermos ter contribuições e enriquecermos aquilo que temos que fazer para juntos trabalharmos", disse Daniel Chapo.
Não há desenvolvimento sem infra-estruturas
O candidato reconhece que é preciso construir mais estradas para facilitar a circulação de pessoas e bens. "Não há desenvolvimento sem infra-estruturas, principalmente estradas e pontes. Estradas de qualidade que possam ligar as zonas de produção onde os nossos irmãos, nossos pais, nossas mães estão a produzir comida para conseguirem fazer chegar à cidade, mercados e venderem à vontade".
Processar e distribuir bens e serviços passa por investir na indústria. O candidato diz que a indústria deve ser capaz de responder às necessidades actuais do país e compreender as exigências do mundo. Industrializar Moçambique implica potenciar um dos maiores factores do desenvolvimento, a juventude. "A indústria em desenvolvimento permite a juventude ter emprego".
O turismo é um outro pilar que Daniel Chapo identifica como sendo fundamental para o desenvolvimento. "O turismo é uma área que dá emprego a todo o mundo. Onde há turismo toda a gente consegue fazer dinheiro".
Combate à corrupção
Daniel Chapo garante que vai trabalhar para combater a corrupção. "O erário público é para todos os moçambicanos. É preciso que haja transparência, queremos pessoas que sabem que estão para servir o povo e não para se servir". Para Daniel Chapo, "um povo sem cultura, não tem identidade" por isso investir no património, diversidade cultural e nas artes em geral é construir uma nação próspera.(Carta)
O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) incinerou, esta quinta-feira (23), 46 quilogramas de drogas apreendidas na capital do país, desde o mês de Fevereiro de 2023 a Maio de 2024 na capital do país. Em conexão com o caso, foram detidas 279 pessoas.
Segundo o Porta-voz do SERNIC na cidade de Maputo, Hilário Lole, do total de 46.208 quilogramas incinerados, 30.770 eram de cannabis sativa, 10,87 de cocaína e 4,418 de heroína.
Lole explicou que das operações levadas a cabo no Aeroporto Internacional de Maputo foi possível deter 279 suspeitos, sendo que oito eram de nacionalidade estrangeira e todos foram constituídos arguidos.
“Pelo crime de tráfico, venda e consumo de estupefacientes foram ainda instaurados 330 processos crimes”, frisou.
Lole disse ainda que nestas incursões, foram apreendidas quatro viaturas usadas para o transporte das respectivas drogas. Um estudo publicado em Maputo em 2019, pela organização Iniciativa Global contra o Crime Organizado Transnacional (GITOC), apontou Moçambique como um dos principais corredores do narcotráfico a nível mundial. (M.A.)
A pandemia da Covid-19 afectou drasticamente o negócio do transporte aéreo a nível mundial e Moçambique não foi excepção. Entretanto, quase cinco anos depois, o Instituto Nacional de Aviação Civil (IACM) assegura que o país já voltou aos níveis pré-pandemia, em que o sector transportava cerca de 600 mil passageiros por ano.
“Moçambique ultrapassou os níveis pré-pandemia, pois houve um grande crescimento do tráfego e as companhias aéreas estão a voltar a voar. A última que faltava era Kenya Airways cujo regresso para voos regulares para o Aeroporto Internacional de Maputo vamos assistir nos próximos meses”, disse há dias o Presidente do Conselho de Administração do IACM, João de Abreu.
Falando durante o lançamento do projecto do plano director do sistema de aviação civil de Moçambique, para o período 2025-2037, De Abreu explicou que o regresso da Kenya Airways, tal como de outras companhias, vem demonstrar que o nosso país tem um grande potencial de geração de movimento de passageiros e de carga aérea.
Além disso, durante a XIX Conferência Anual do Sector Privado (CASP), a Confederação das Associações Económicas assinalou que a retoma do sector do turismo, após a desaceleração provocada pela Covid-19, está a ser impulsionada pela implementação do Pacote de Medidas de Aceleração Económica (PAE), através da introdução do E-VISA, que resultou, pelo menos em 2023, num aumento significativo da entrada de turistas, tendo com efeito se registado 47526 visitantes, dos quais, 18098 através do visto de negócios.
Lembre-se que com a pandemia, em 2020 por exemplo, o tráfego aéreo comercial diminuiu em todos os subsectores, sendo 40,0% nas aeronaves por quilómetro, 44.8% nos passageiros transportados, 50.6% na carga transportada e 44.3% nos correios transportados.
Em termos absolutos, em relatório anual, designado “Estatísticas dos Transportes e Comunicações”, o Instituto Nacional de Estatística reportou que, em 2020, foram transportadas 324 mil pessoas contra 587 mil registadas em 2019. A carga caiu de 4.5 mil toneladas, em 2019, para 2.2 mil toneladas em 2020.
Na actividade dos correios, a nossa fonte descreve que, no ano em análise, o tráfego de correspondência geral (nacional e internacional) registou 63.7 mil correspondências (expedição e recepção) e 77.6 mil encomendas. Aqui, as receitas geradas caíram de 241.7 milhões, em 2019, para 17.7 milhões de Meticais em 2020. (Evaristo Chilingue)
O Governo, através do Ministério dos Recursos Minerais e Energia, Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) e a empresa chinesa CNOOC Hong Kong Holding Ltd procederam esta quinta-feira (23), em Maputo, à assinatura de cinco Contratos de Concessão para a Pesquisa e Produção de Petróleo relativos às Áreas A6-D, A6-E, A6-G, S6-A S6-B, localizadas na região marítima das Bacias Sedimentares de Angoche e Save.
Após a assinatura, o Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, explicou que o acto é o culminar de um longo processo iniciado em Novembro de 2021, quando foi lançado o sexto concurso público para a concessão de áreas para pesquisa e produção. A iniciativa enquadra-se na estratégia do Governo para atrair mais investimentos para o sector de hidrocarbonetos, bem como aumentar o conhecimento do potencial geológico das bacias sedimentares.
“Para o Governo de Moçambique, a assinatura destes contratos representa um enorme sucesso. Para o alcance deste nível de execução, contribuíram em grande medida a política e o quadro legal e regulatório aprovados pelo nosso Governo, para o exercício das operações petrolíferas em Moçambique”, explicou Zacarias.
Segundo o Ministro, após a fiscalização sucessiva dos contratos, a CNOOC fica habilitada a realizar operações petrolíferas necessárias e realizar um programa de trabalho de pesquisa intenso, que contempla a aquisição de 26000 km2 de sísmica 3D e a abertura de um mínimo de 4 poços em águas profundas, que poderão potenciar com a descoberta de mais recursos petrolíferos no país.
Com a implementação destes contratos, prevê-se ainda a contratação de mão-de-obra não especializada, nesta primeira fase de pesquisa, assim como de bens e serviços, incluindo a formação de técnicos nacionais e a capacitação institucional das entidades moçambicanas ligadas ao sector petrolífero, como parte das obrigações contratuais.
“Estamos optimistas quanto às áreas concessionadas, resultado dos estudos preliminares realizados nas bacias sedimentares de Angoche e Save. Entretanto, a aferição das quantidades comerciais dos recursos existentes dependerá da qualidade das pesquisas complementares que a CNOOC vai realizar”, afirmou o governante.
Durante o seu discurso, Zacarias recomendou a CNOOC a cumprir com o programa de trabalho estabelecido nos contratos de concessão, observando sempre a legislação petrolífera e conexa em vigor, particularmente a legislação ambiental. Apelou ainda a empresa chinesa a fazer uso de tecnologias que impactam o mínimo possível no meio-ambiente, de modo a permitir que as operações petrolíferas coexistam com outras actividades económicas de forma sustentável, bem como observar as boas práticas internacionais em uso na indústria petrolífera para garantir a produção sustentável de petróleo e gás natural.
Os Termos dos Contratos de Concessão de Pesquisa e Produção de Petróleo à empresa chinesa CNOOC Hong Kong Holding Ltd e a ENH foram aprovados no fim de Março passado, durante a nona sessão ordinária do Conselho de Ministros. (Evaristo Chilingue)
A Comissão Ad hoc da Assembleia da República, criada para seleccionar os candidatos a membros da Comissão de Supervisão do Fundo Soberano, tem pouco mais de 35 dias para apresentar os resultados do trabalho. De acordo com o prazo definido pelo Parlamento, na última quarta-feira, a Comissão deverá apresentar o seu Relatório, com os respectivos candidatos, até 30 de Junho próximo.
O grupo é composto por 11 membros, em representação das três bancadas parlamentares, e é liderado pela deputada Vitória Diogo, antiga Ministra do Trabalho e Segurança Social, tendo José Samo Gudo, da Renamo, como Vice-Presidente.
O Comité de Supervisão é um órgão independente do Fundo Soberano, com competência para controlar e acompanhar as matérias referentes às receitas do Fundo; os depósitos na conta transitória; a alocação das receitas ao orçamento do Estado e ao Fundo; e supervisionar a gestão do Fundo.
O órgão, subordinado ao Parlamento, deverá ser composto por nove membros, indicados pela Assembleia da República em representação da sociedade civil, empresários, académicos, ordens profissionais e associações religiosas idóneas, de reconhecido mérito e abrangência nacional. O seu Presidente será eleito entre os nove membros e cada integrante terá um mandato de três anos, renovável uma única vez.
“O Comité de Supervisão do FSM [Fundo Soberano de Moçambique] reporta directamente à Assembleia da República através de um Relatório trimestral e as suas conclusões são públicas”, refere a Lei nº 1/2024, de 9 de Janeiro, que cria o Fundo Soberano, entidade responsável pela gestão das receitas do gás do Rovuma.
Refira-se que o Fundo Soberano, cuja criação foi aprovada em Dezembro último pela Assembleia da República, ainda não iniciou as suas operações. O Governo havia garantido, em Março último, que a instituição entraria em funcionamento no fim daquele mês ou princípio de Abril, porém, até hoje ainda não está operacional.
Lembre-se que, para além da composição do Comité de Supervisão, o Governo ainda não criou o Conselho Consultivo de Investimento do Fundo Soberano, um órgão de consulta do Executivo sobre a Política de Investimento do Fundo Soberano, tal como ainda não assinou o Acordo de Gestão com o Banco de Moçambique, entidade que terá a responsabilidade de gerir o futuro “saco azul”. (Carta)