Uma quinta mulher sobreviveu ao tiroteio e está em estado crítico no Hospital Governamental de Mbabane. Entre as mulheres mortas estava a irmã da namorada do comandante adjunto da Esquadra policial de Ezulwini, de acordo com uma reportagem do “Times of Swaziland” (TS).
As informações coletadas entre as pessoas encontradas no local foram a de que o incidente aconteceu na noite de sábado. O “Times of Suaziland” concluiu que o oficial da Polícia visitava regularmente o apartamento da namorada.
No sábado, ele teria chegado ao apartamento por volta das 23h na companhia de amigos, após ter sido chamado pela namorada. Ao chegar ao apartamento, segundo fontes, o vice-xerife encontrou a namorada com a irmã e outras amigas divertindo-se na sala.
Acredita-se que uma conversa sobre alegações de infidelidade pode ter motivado o oficial policial a abrir fogo contra todos os cinco ocupantes do apartamento. Uma fonte informou a esta publicação (TS) que quatro das cinco mulheres morreram no local, enquanto a outra sobreviveu ao tiroteio. A fonte afirmou que a sobrevivente foi baleada nas costas e a bala saiu pelo estômago.
Ao chegar ao local, por volta das 5h de ontem, a reportagem do TS encontrou um homem com controle remoto no portão da entrada. Ele havia sido designado para controlar o acesso das instalações. Parentes das mulheres baleadas chegaram e foram obrigados a estacionar seus veículos fora das instalações enquanto os policiais estavam ocupados processando a cena.
Alguns familiares não conseguiram conter as emoções assim que desceram dos seus veículos. Alguns deles desataram a chorar antes mesmo de serem atendidos pelos traumatizados inquilinos encontrados reunidos ao lado do portão de segurança, adjacente ao apartamento onde ocorreu o incidente.
Na altura, os moradores ainda não tinham a certeza do que realmente havia acontecido, após ouvirem os tiros na noite anterior. Alguns seguranças que patrulhavam a área contaram que ouviram tiros por volta das 23h da noite anterior. Foi depois de avaliarem o local que os policiais informaram aos inquilinos e alguns familiares que cinco pessoas foram baleadas e quatro morreram.
De acordo com o TS, alguns inquilinos e familiares também não conseguiram conter as emoções ao verem os corpos a serem retirados do apartamento e colocados numa carrinha da polícia. Os pertences dos falecidos, como celulares e brincos, foram mostrados aos familiares antes de serem levados pela polícia para futuras investigações. Alguns parentes limparam o apartamento onde aconteceu o incidente, incluindo itens manchados de sangue, foram removidos antes que uma flauta de cavalo fosse usada para limpar a poça de sangue no chão.
O Superintendente Chefe de Informações e Comunicações da Polícia, Phindile Vilakati, citado pelo jornal, confirmou o incidente. Vilakati disse que quatro mulheres foram declaradas mortas à chegada ao Hospital Governamental de Mbabane. Ele disse que uma mulher estava em estado crítico no hospital e acrescentou que o suspeito se entregou na Esquadra da Polícia de Lobamba. (Times of Swaziland)
Vamos fechar o mês de Outubro a conversar com uma verdadeira personagem da história da cultura moçambicana.
Manuela Soeiro, figura do teatro e da cultura moçambicana, estará connosco para falar do seu percurso, de mais de 50 anos. Ela é a fundadora do Mutumbela Gogo. Certamente que temos motivos de sobra para uma conversa memorável.
(31 de Outubro, às 18h00 na Fundação Fernando Leite Couto)
Show de stand-up comedy com Maira Santos na Fundação Fernando Leite Couto. Maira Santos vai contar-nos estórias, para rir e dar valor à vida, sendo cada um a essência de si mesmo.
(02 de Novembro, às 18h00 na Fundação Fernando Leite Couto)
Óscar Monteiro é um histórico do processo de independência de Moçambique, humanista e uma figura de cidadania construída ao longo de décadas e em várias geografias.
A conversa, na Fundação Fernando Leite Couto, tem como mote o título do seu livro "De todos se faz um país", com a moderação do filósofo Severino Ngoenha.
(01 de Novembro, às 18h00 na Fundação Fernando Leite Couto)
Moçambique, um país em constante evolução, está a testemunhar uma transformação digital que está a moldar o futuro das comunicações e dos serviços em geral. Neste cenário em constante mudança, a Movitel tem-se destacado como a empresa líder na vanguarda dessa revolução tecnológica catapultada, em grande medida, pela digitalização da oferta dos produtos e serviços através aplicativos Super Movitel e e-Mola.
Com sua visão voltada para o futuro e seu compromisso com a inovação, a Movitel tem desempenhado um papel fundamental na promoção do acesso à internet em todo o país. A empresa entende que a conectividade é a base da transformação digital e, como tal, tem investido fortemente na expansão de sua infra-estrutura de rede. Isso resultou em uma cobertura de alta qualidade em áreas urbanas e rurais, garantindo que um número cada vez maior de moçambicanos tenha acesso à internet.
Um dos principais catalisadores da transformação digital promovida pela Movitel são os aplicativos Super Movitel e e-Mola. O Super Movitel é um aplicativo que oferece uma ampla gama de serviços, colocando o controlo das suas contas em suas mãos, onde quer que esteja.
Com o aplicativo, os usuários podem verificar o seu número de celular, saldo actual, histórico de transações (ajuda os utilizadores a acompanharem as suas interações e permite uma gestão mais eficaz das comunicações pessoais e profissionais) e o estado do serviço com facilidade.
Além disso, o aplicativo permite que o usuário acompanhe o número de recargas e faça pagamentos de internet fixa (FTTH) de forma rápida e segura. Oferece ainda uma dose de entretenimento, pois dispõe de jogos como o Abano da Sorte, Super Golo, Meu Clip, Meu Beat, MovTV e Milionário. O aplicativo está disponível para todos os clientes da Movitel, tanto em português quanto em inglês e é optimizado para funcionar em vários dispositivos.
E-Mola, um catalisador da inclusão financeira
Outra solução da Movitel que se tornou uma ferramenta indispensável para milhões de moçambicanos, simplificando suas vidas cotidianas e impulsionando a inclusão financeira em Moçambique, é o e-Mola – um serviço e aplicativo revolucionário que está transformando a experiência dos moçambicanos em relação às transações financeiras cada vez mais rápidas, seguras e convenientes.
O e-Mola permite que os usuários realizem pagamentos, transfiram dinheiro totalmente grátis entre usuários de números 86/87 e com as melhores taxas do mercado para outras carteiras móveis e bancos e muito mais com facilidade e segurança.
Com a expansão do e-Mola, o processo de promoção da inclusão financeira em todo o país é uma realidade, permitindo que milhões de pessoas tenham acesso aos serviços financeiros de que tanto precisam. As facilidades vão além disso, sendo que pelo aplicativo e-Mola é mais conveniente pagar Credelec, a conta de água e da TV, pagar pelos serviços e promoções da Movitel, renovar os seus seguros e muito mais.
A Movitel não se limita apenas a fornecer conectividade e aplicativos inovadores, a empresa também desempenha um papel vital na educação digital. Ela oferece programas de treinamento capacitando o uso e aproveitamento, ao máximo, as oportunidades oferecidas pela transformação digital.
Além disso, a Movitel e o e-Mola têm sido parceiros activos em iniciativas de responsabilidade social corporativa, contribuindo para a melhoria das comunidades em que actua. Essas ações mostram o compromisso das empresas não apenas com os negócios, mas também com o bem-estar do povo moçambicano rumo à digitalização. (Carta)
No âmbito do “Outubro Rosa”, mês dedicado a prevenção e a consciencialização sobre o cancro de mama, a Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC) juntou-se aos Caminhos-de-Ferro de Moçambique, à Grindrod Moçambique, DP World Maputo, Mota-Engil e Standard Bank para apoiar o despiste de casos suspeitos de cancro de mama no sector público de saúde.
Numa acção desenvolvida em parceria com a Clínica de Diagnóstico e Imagem, as empresas juntamente com a Clínica de Diganóstico e Imagem apoiaram os exames de diagnóstico (mamografia e ecografia mamária) de pacientes em lista de espera do Hospital Central de Maputo, Hospital José Macamo, Hospital de Mavalane e Hospital Militar, com suspeição de cancro de mama, bem como das suas colaboradoras.
A acção, que iniciou em Outubro e irá estender-se até ao final de Novembro, irá abranger 429 pessoas, entre pacientes em lista de espera e trabalhadoras das várias empresas que aderiram à iniciativa. “Escolhemos Outubro porque é o mês da prevenção do cancro de mama, mas gostaríamos que esta acção contagiasse outras empresas durante o resto do ano”, afirmou o Director-Executivo da MPDC, Osório Lucas. “Este cancro tem uma elevada taxa de sucesso de cura se for detectado a tempo. A única forma de prevenir é estar atento aos sinais e poder ter acesso aos métodos de diagnóstico adequados que infelizmente nem sempre são acessíveis financeiramente a todos”, disse.
A MPDC tem sido uma empresa parceira activa na área da saúde pública, tendo já apoiado nas áreas de gastroenterologia, cirurgia cardíaca, fisioterapia, prevenção e tratamento da COVID-19, entre outros. Em 2021, a MPDC liderou o movimento Univax que juntou 319 empresas que adquiriram cerca de 500.000 doses de vacinas contra a COVID-19 (das quais 139.590 foram uma doação ao Governo de Moçambique para a imunização da população vulnerável).(Carta)
O distrito de Montepuez, na província de Cabo Delgado, está a registar casos de cólera, desde o dia 16 de Outubro corrente, um cenário que preocupa as autoridades sanitárias. O médico-chefe provincial, Edson Fernando, disse à imprensa nesta segunda-feira que já foram reportados 144 casos e um óbito. Fernando disse que o deficiente saneamento do meio, provocado pela escassez de água neste distrito, podem estar por detrás da eclosão da doença.
Durante a reunião do comité operativo de emergência, a fonte garantiu que foram disponibilizados sete pontos de distribuição de água para melhorar a saúde pública e mobilizados recursos para aquisição de purificadores e tendas para Montepuez, bem como para outros distritos que apresentam cenários preocupantes no que se refere a casos de diarreia.
Para o Secretário de Estado de Cabo Delgado, António Supeia, os casos de cólera neste distrito estão a começar muito antes do esperado. “Nós esperávamos os casos dentro de um pouco mais de dois meses, mas nós não temos como controlar este tipo de situação, apareceu mais cedo. Os parceiros estão a fazer um esforço no sentido de não tornar esta situação endémica antes do tempo e tentar controlar o mais cedo possível, tendo em conta que a época chuvosa ainda está no início". (M.A)
Os protestos em repúdio aos alegados resultados eleitorais ″fraudulentos″ divulgados pela Comissão Nacional de Eleições tiveram lugar na última sexta-feira, nos municípios de Nampula e Nacala-Porto.
O Porta-voz da PRM em Nampula, Zacarias Nacute, acusa a delegada da RENAMO, Abiba Abá, e os edis de Nampula e de Nacala-Porto, respectivamente, Paulo Vahanle e Raul Novinte, de serem os protagonistas das manifestações que paralisaram as duas importantes cidades da província.
Na ocasião, Zacarias Nacute disse que foram detidos 101 manifestantes, além da morte de um (1) membro da PRM e ferimento de outros nove (9). Disse ainda que, no total, 14 pessoas deram entrada no hospital central de Nampula por vários ferimentos resultantes da manifestação.
"Como resultado desta manifestação, 101 cidadãos foram detidos e encaminhados às nossas unidades policiais e instaurados processos crimes pelos danos causados e pela desestabilização pública a nível dos nossos dois municípios", disse Zacarias Nacute.
Nacute prosseguiu afirmando: "tivemos uma baixa policial e, até sexta-feira última, havia registo de nove agentes feridos. No entanto, informações actualizadas do hospital central indicam que deram entrada 14 indivíduos com alguns ferimentos, como consequência dos confrontos durante a manifestação", acrescentando que um dos feridos é um agente da corporação atingido por uma bomba de fabrico caseiro, fabricada com orientação dos três dirigentes da RENAMO.
O oficial da Polícia anunciou que foram apreendidos alguns engenhos (bombas) de fabrico caseiro nas instalações da Delegação Provincial da RENAMO. Segundo a fonte, na semana passada, também houve registo de oito (8) casos criminais, dos quais sete (7) esclarecidos, além de 53 detidos. (Carta)
A Rede Moçambicana dos Defensores de Direitos Humanos (RMDDH) condena os actos de violência perpetrados pela Polícia da República de Moçambique (PRM) e as detenções arbitrárias contra manifestantes em Maputo, Nampula e Nacala-Porto, ocorridos no dia 27 de Outubro.
Em comunicado divulgado esta segunda-feira (30), a organização diz que os manifestantes brutalmente reprimidos pela Polícia saíram às ruas para expressar a sua indignação e repúdio aos resultados anunciados pelo Presidente da Comissão Nacional de Eleições, Dom Carlos Matsinhe.
“Estamos chocados e revoltados com as acções violentas e abusivas por parte da polícia durante os protestos. Testemunhamos a presença de gangsters e indivíduos sem uniforme policial ostentando armas de fogo, incluindo AKM – que são armas utilizadas pela polícia. Estas acções resultaram na morte de duas pessoas, uma em Nampula e outra em Nacala-Porto, além de 10 feridos em Maputo e a detenção de 70 indivíduos, sendo que grande parte são de Maputo”, refere a nota. Igualmente, a RMDDH condena o uso excessivo da força, o desrespeito pelos direitos humanos e as normas internacionais de segurança.
“É inadmissível que a PRM tenha agido de forma tão violenta e irresponsável contra manifestantes pacíficos, violando o direito fundamental à livre expressão e manifestação consagrados na Constituição da República de Moçambique”, lê-se no documento.
“Exigimos uma investigação imediata e independente sobre estes incidentes, com a devida responsabilização dos envolvidos, sejam eles agentes da polícia ou gangsters contratados para reprimir os protestos”.
A RMDDH diz que o Governo deve restituir à liberdade os manifestantes detidos injustamente. “A fraude eleitoral mina a confiança no processo democrático e coloca em risco a estabilidade do país. Exigimos que sejam implementadas medidas para prevenir e combater a fraude eleitoral, incluindo o envolvimento de observadores e a adopção de mecanismos de segurança e transparência”. (Carta)
A empresa pública, Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), sob reestruturação pela sul-africana Fly Modern Ark (FMA), anunciou esta segunda-feira (30) novos voos na rota Maputo-Lisboa-Maputo, dois anos depois. Nessa rota, a LAM prevê embolsar entre 320 a 360 mil USD por cada voo.
Numa conferência de imprensa, o Director de Projectos da FMA, Sérgio Matos, disse que o negócio é sustentável. Falando sobre os custos e benefícios, Matos afirmou que, em cada voo, a LAM vai facturar entre 560 mil a 600 mil USD e, depois de pagar os custos operacionais (como o aluguer do avião, avaliado em 4200 USD por hora de voo), a empresa prevê ficar com um lucro de 320 mil a 360 mil USD por voo.
Por seu turno, o Director-geral da LAM, João Pó Jorge, explicou que o lançamento da rota de Lisboa sublinha o compromisso em promover o crescimento e a prosperidade partilhada, ao mesmo tempo que aprofunda os laços entre Moçambique e Portugal.
Jorge explicou que a rota será operada por um Boeing 777 alugado à empresa portuguesa Euro Atlântico. A frequência de voos nesta rota será de três vezes por semana, em ambos sentidos. O primeiro voo desta rota intercontinental está programado para sair de Lisboa na terça-feira, 12 de Dezembro de 2023. De Maputo, o primeiro voo partirá no dia seguinte, quarta-feira, 13 de Dezembro de 2023.
As partidas de Maputo (MPM) acontecerão às quarta, sextas-feiras e domingos, às 22h00 locais, com a chegada a Lisboa (LIS) prevista para as 19h50min locais do dia seguinte.
No sentido inverso, os voos partirão de Lisboa às 17h00 locais, às terças, quintas-feiras e sábados, chegando a Maputo às 05h30min locais, do dia seguinte. O horário é ideal tanto para quem viaja em negócios, como para lazer e teve em consideração o tráfego de ligação de voos aos destinos domésticos, em Moçambique, e regionais, nos destinos que a LAM opera.
Além da rota Maputo-Lisboa-Maputo, a LAM anunciou novos voos que ligam a capital moçambicana com a Cidade do Cabo, na África do Sul. Trata-se da rota Maputo-Cidade do Cabo-Maputo.
Para o Director de Projectos da FMA, nesta rota prevê-se que a LAM encaixe entre 700 mil a 800 mil USD por mês, depois de pagar todos os custos operacionais avaliados em 85 mil USD mensais.
O voo inaugural será realizado no dia 22 de Novembro de 2023, visando o reforço das relações entre a África do Sul e Moçambique, mas também para revitalizar o turismo e o comércio.
Nesta rota, a LAM efectuará três voos semanais, com partidas de Maputo às 18h00 e chegadas à Cidade do Cabo às 20h30min locais, às quartas, sextas-feiras e domingos. No sentido inverso, os voos partirão da Cidade do Cabo às 07h00 e chegarão a Maputo às 09h20min locais, às quintas-feiras, sábados e segundas-feiras.
O horário tem em conta o tráfego de ligação de e para destinos turísticos de referência, como Vilankulo, Inhambane, Beira e Nampula. Esta rota será servida por uma aeronave a jacto CRJ900, de 90 lugares alugado à empresa sul-africana SEMER. (Evaristo Chilingue)