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Actualizado de Segunda a Sexta

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Sociedade

Detidos dois indivíduos na posse de quase 50 Kg de cannabis sativa em Maputo.jpg

A Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve dois indivíduos, sendo um moçambicano e outro tanzaniano, na posse de cerca de 50 kg de cannabis sativa, vulgo suruma, disfarçada em fardos de roupas usadas, destinada à Tanzânia. Ao todo, foram apreendidos 45 pequenos fardos, totalizando 48 kg de droga. A operação foi abortada na residência do cidadão moçambicano, local onde a droga era empacotada em sacos de roupa para despistar as autoridades.

 

Segundo a fonte, esta era a terceira vez que realizava esse tipo de transporte, mas afirmou que nas operações anteriores desconhecia que estava transportando droga, pensando tratar-se de ajuda humanitária. Entretanto, nesta última tentativa foi detido pelas autoridades após ser contactado por agentes do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC).

 

A porta-voz da PRM em Maputo, Marta Pereira, destacou que este caso faz parte de uma rede maior de tráfico, sendo que a quantidade apreendida representa apenas uma fracção e as investigações continuam para capturar mais envolvidos.

 

Recorde-se que, no mês de Junho, a Polícia da República de Moçambique apreendeu diversas quantidades de droga disfarçada em desodorizantes e 1.4 toneladas de cocaína disfarçada em rebuçados. (Marta Afonso)

Eleições 2024_ Missão de Observação Eleitoral da SADC em Maputo.jpg

O antigo Presidente do Zanzibar, Amani Abeid Karume, chegou ontem (29) a Maputo, a frente da Missão de Observação Eleitoral da SADC (SEOM), às próximas Eleições Presidenciais, Legislativas e Provinciais agendadas para 9 de Outubro de 2024.

 

O Chefe da SEOM foi nomeado pela Presidente da Tanzânia, Samia Suluhu Hassan, e Presidente em Exercício do Órgão de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança da SADC, para liderar a Missão.

 

A Presidente do Órgão também conferiu ao Secretariado da SADC o mandato de coordenar a SEOM, incluindo a facilitação do destacamento de observadores no país, em conformidade com o prescrito no artigo 3º dos Princípios e Directrizes Revistos que regem a realização de Eleições Democráticas na SADC (2021), que estatui que a SADC deve observar todas as eleições gerais realizadas nos respectivos Estados-Membros.

 

O lançamento oficial da SEOM em Moçambique terá lugar em Maputo na próxima quinta-feira (03). Prevê-se que o Chefe da SEOM efectue uma visita de cortesia ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação antes do lançamento da SEOM. Ele irá também reunir-se com a liderança da Comissão Nacional de Eleições (CNE), o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), bem como com os Embaixadores e Altos Comissários da SADC acreditados junto da República de Moçambique.

 

O chefe da SEOM também se irá reunir com vários intervenientes no processo eleitoral entre 1 e 10 de Outubro de 2024 e efectuará visitas às assembleias de voto no dia da votação. (SADC News)

 

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O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas de Moçambique (FADM), Almirante Joaquim Mangrasse, manteve em Pemba, na última sexta-feira (27), uma reunião de alto nível com o Comandante das Forças de Segurança do Ruanda (RSF), Major-General Emmy Ruvusha.

 

A reunião, de acordo com uma declaração da Força de Defesa de Ruanda (RDF), avaliou os esforços em curso para restaurar a paz e a estabilidade na província de Cabo Delgado que tem sido assolada pelo terrorismo.

 

Durante as discussões, o Almirante Mangrasse elogiou as conquistas resultantes das operações militares conjuntas desde a chegada das Forças de Segurança do Ruanda em Cabo Delgado em Julho de 2021.

 

Ele expressou apreço pela forte parceria entre as forças moçambicanas e ruandesas, destacando como essa colaboração contribuiu significativamente para o retorno de milhares de deslocados às suas casas. Ambos os líderes analisaram os progressos alcançados no desmantelamento de redutos terroristas e discutiram estratégias para proteger ainda mais a região, acrescenta o comunicado.

 

A colaboração contínua, que já dura mais de três anos, tem sido um factor fundamental para desmantelar redes terroristas e restaurar um senso de normalidade nas comunidades afectadas em Cabo Delgado.

 

Desde o seu destacamento inicial, as Forças de Segurança do Ruanda têm desempenhado um papel crucial em repelir insurgentes, proteger locais estratégicos e garantir que a ajuda humanitária chegue aos necessitados.

 

Ruanda enviou tropas para Cabo Delgado em julho de 2021 para ajudar as forças moçambicanas a expulsar os insurgentes da região. Esse esforço conjunto permitiu que mais de 250.000 moradores deslocados retornassem para casa e reactivasse actividades económicas em distritos importantes anteriormente afectados pelo terrorismo. (The New Times)

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Um cidadão de nacionalidade moçambicana, cujo nome não foi revelado, foi neutralizado na última quarta-feira (25), na província nortenha de Cabo Delgado, quando tentava vender duas pistolas nos arredores da cidade de Pemba, sem licença de porte de arma.

 

A informação foi divulgada na sexta-feira (27) pelo chefe do Departamento de Relações Públicas no Comando Provincial, Aniceto Magome. "Recebemos informações sobre um indivíduo que pretendia comercializar armas de fogo do tipo pistola em Pemba. Graças ao trabalho da nossa equipe operacional, conseguimos neutralizá-lo no centro da cidade, próximo à Mcel, por volta das 10h00. Durante a revista, constatamos que ele estava portando duas pistolas, que foram imediatamente apreendidas. O suspeito revelou que as armas, adquiridas na África do Sul, seriam vendidas a uma empresa de segurança privada. O que nos chama mais a atenção é que se trata de armas de 9 mm, de uso exclusivo das Forças de Defesa e Segurança", afirmou Aniceto Magome.

 

Por sua vez, o indiciado confessou o crime e expressou o seu arrependimento. "Sim, confirmo que fui encontrado com duas armas de pressão. O objectivo era vendê-las para uma empresa de segurança. Adquiri as armas por meio de um amigo que vive em Maputo e que me pediu para encontrar um cliente. Estava a negociar a venda por cerca de 20 mil rands. Estou arrependido, pois nunca havia me envolvido em algo assim antes. Se pudesse voltar atrás, não teria feito isso", declarou o suspeito.

 

Refira-se que este é o primeiro caso registado na província de Cabo Delgado desde o início do ano 2024. (Zumbo FM)

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Agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) impediram membros do partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) de realizar campanha eleitoral, no distrito de Marracuene, província de Maputo, alegadamente, por não ter autorização para o efeito. O caso foi despoletado esta semana pelo Consórcio Eleitoral Mais Integridade, em mais um relatório de observação da campanha eleitoral em curso no país.

 

De acordo com aquela plataforma, este é um dos casos de intolerância política testemunhados pelos seus observadores durante a quarta semana da campanha eleitoral. Outros casos tiveram lugar nos distritos de Milange, província da Zambézia, e de Homoíne, na província de Inhambane.

 

Em Milange, o régulo da localidade de Liciro impediu os membros do MDM de colar panfletos, dizendo que aquele local estava apenas reservado para panfletos da Frelimo e, em Homoíne, o Director da Escola Secundária 10º Congresso de Pembe convocou seus colegas da Frelimo para bloquear a realização das actividades de campanha do MDM.

 

O “Mais Integridade” diz ainda em seu Relatório que situações idênticas ocorreram com seus colaboradores nos distritos do Gurué (Zambézia) e Lago (Niassa). No Gurué, por exemplo, a Frelimo recusou a presença de um observador, acusando-o de pertencer a um partido da oposição e, no Lago, um observador foi ameaçado por um simpatizante da Frelimo por ter tirado uma foto da campanha deste partido.

 

Os observadores do “Mais Integridade” registaram ainda a subida do número de vítimas mortais, de 5 para 6, com a morte de uma criança no distrito da Manhiça, atropelada por um moto-taxista durante a campanha. A plataforma, constituída em 2022 por sete organizações da sociedade civil, relata também a redução em 1% dos confrontos físicos entre simpatizantes dos partidos políticos.

 

“Os mais significativos foram verificados em Gondola (Manica), onde simpatizantes da Renamo, para além de destruir a bandeira da Frelimo, impediram este partido de promover sua actividade de campanha. No entanto, a Frelimo procedeu da mesma forma em Morrumbala (Zambézia), ao bloquear a campanha do MDM, o que obrigou este partido a mudar do local previamente marcado”, sublinha a fonte.

 

Frelimo continua arrogante no uso de bens públicos

 

O Relatório do “Mais Integridade” revela ainda a arrogância da Frelimo de recorrer aos meios e bens públicos para conquistar o eleitorado. A plataforma refere que, na quarta semana da “caça” ao voto, o uso indevido dos meios públicos para fins eleitorais foi verificado em 13% dos eventos.

 

“Enquanto a Frelimo continua a liderar (uso indevido dos meios públicos em 27% das actividades observadas), tendo registado um ligeiro aumento de 2% no uso dos meios do Estado em relação à terceira semana; a Renamo e o MDM, com uso indevido dos meios públicos em menos de 1% dos eventos de campanha observados, têm registado uma redução desta prática”, defendem os observadores, sublinhando que os professores, funcionários públicos e viaturas do Estado dos sectores de educação são os que foram vistos com frequência nas campanhas do partido-Estado.

 

Refira-se que a campanha eleitoral para as VII Eleições Gerais e IV Provinciais termina no próximo dia 6 de Outubro, sendo que a votação decorre no dia 9 de Outubro, em todo o território nacional e na diáspora. (Carta)

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Os primeiros 25 quilómetros de um muro de betão entre a África do Sul e Moçambique, para combater a criminalidade e a imigração ilegal, estarão concluídos no início do próximo ano, anunciaram ontem as autoridades sul-africanas.

 

O responsável do Governo provincial de KwaZulu-Natal (KZN) para a área dos Transportes e Assentamentos Humanos, Siboniso Duma, adiantou, em conferência de imprensa, que o projeto pretende instalar na totalidade 160 quilómetros de muro em betão junto à fronteira com o país vizinho lusófono.

 

A primeira fase de construção do muro de betão, iniciada em 2018, estende-se desde o posto de fronteira de Kosi Bay até à margem oeste do parque nacional Tembe Elephant Park, segundo as autoridades locais que divulgaram hoje imagens da obra na imprensa sul-africana.

 

O projeto ligará ainda ao parque de elefantes a região oeste da reserva animal de iSimangaliso e do rio Phongolo, no nordeste da província sul-africana de KZN, que faz fronteira com Moçambique, segundo as autoridades locais sul-africanas.

 

O porta-voz do executivo provincial de KwaZulu-Natal, Ndabazinhle Sibiya, declarou ao jornal sul-africano Citizen que “o Governo moçambicano não está obrigado a contribuir financeiramente para a construção do muro" de betão.

 

Desde fevereiro de 2021, a África do Sul mantém destacada uma força de segurança especial a tempo inteiro ao longo da fronteira com Moçambique para travar o “enorme problema” da imigração ilegal oriunda do país lusófono, segundo o Governo sul-africano.

 

Em novembro de 2023, o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, aprovou também o destacamento de 3.300 efetivos do exército para impedir a exploração mineira ilegal em todo o país, que é rico em recursos como ouro, diamantes e platina.

 

O sector, que conheceu um dos desenvolvimentos mais lucrativos do continente africano, está frequentemente associado à atividade de grupos criminosos organizados na África do Sul. Pelo menos 83 moçambicanos, de um total de cerca de 1.200 mineiros ilegais, foram detidos desde abril de 2022 na África do Sul no âmbito do combate à mineração ilegal em várias províncias, anunciou a polícia sul-africana. (Lusa)

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