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Redacção

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terça-feira, 22 outubro 2024 15:13

Cinema/Sagarana, o Duelo (1974)

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O filme é baseado no conto "O Duelo", do livro Sagarana, de Guimarães Rosa.

 

Turíbio flagra sua mulher Mariana com um amante, caçador de cangaceiros. Turíbio arma tocaia para se vingar, mas acaba matando o homem errado, e quem deve prendê-lo pelo crime é justamente o amante da mulher.

 

A caçada percorre o sertão, onde vão cruzando com personagens típicos. O Duelo, entretanto, não ocorre no sentido literal da palavra, mas ocorre sim, um duelo entre o forte e o fraco, visto que Turíbio (fraco) espera uma oportunidade para matar Cassiano Gomes (forte) e Turíbio é morto por Vinte-e-um (fraco, sendo, agora, Turíbio considerado o forte). Lembrando que Turíbio não consegue matar Cassiano, este morre devido às suas complicações do coração.

 

(23 de Outubro, às 18h00 no Centro Cultural Guimarães Rosa)

terça-feira, 22 outubro 2024 15:12

Dança/ Dramaturgia e movimentos identitários

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Nesta edição, temos a honra de contar com a curadoria de dois nomes de destaque na cena artística: Idio Chichava e Silvana Pombal. Juntos, prometem proporcionar uma abordagem colaborativa, criando uma experiência imersiva no universo da arte performativa.

 

Prepare-se para uma semana de partilha, onde a dança ultrapassa os limites do palco e se transforma numa experiência introspectiva.

 

(21 a 27 de Outubro, às 18h00 no Centro Cultural Franco-Moçambicano)

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A obra traz uma análise detalhada sobre a realidade das crianças e menores em situação de privação de liberdade, oferecendo uma reflexão importante sobre o sistema de justiça juvenil em Moçambique.

 

O livro conta com a apresentação da Dra. Silvia Matavele, Juíza de Direito e Coordenadora das Jurisdições de Família e Crianças no Centro de Formação Jurídica e Judiciária.

 

(24 de Outubro, às 16h00 no Auditório do Ministério da Justiça)

Adássia Macuácua, sobrevivente do assassinato contra Elvino Dias.jpg

O Hospital Central de Maputo (HCM) informou, esta manhã, que a jovem que estava na boleia do advogado Elvino Dias, assassinado na última sexta-feira, em Maputo, continua viva e poderá ter alta nos próximos dias.

 

Segundo o director dos Serviços de Urgência do Hospital Central de Maputo, Dino Lopes, a vítima sofreu escoriações e fracturas nos membros superiores. "Desde a sua entrada, realizamos atendimento de urgência, conseguimos estabilizar a paciente, e actualmente ela se encontra estável, consciente e fora de perigo. A jovem deverá receber alta hospitalar ainda esta semana", frisou, escusando-se a dar mais informações por questões que não se dignou a explicar.

 

Em relação ao estado dos pacientes que deram entrada nas últimas 24 horas, a fonte disse que dos 192 pacientes atendidos naquela unidade sanitária, 16 estavam envolvidos nas manifestações de ontem.

 

Deste número, cinco permanecem internados com fracturas e traumas, enquanto 11 já receberam alta. Os pacientes chegaram ao Hospital Central de Maputo transferidos de várias unidades de saúde, como o Hospital Geral de Mavalane, Polana Caniço e José Macamo.

 

O director dos Serviços de Urgência do HCM acrescentou ainda que ainda não foi registada nenhuma morte associada à paralisação de ontem convocada pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane. Esclareceu ainda que nenhum agente da polícia deu entrada no hospital vítima dos tumultos de ontem. (Carta)

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Já é conhecida nova fase da contestação dos resultados eleitorais do dia 09 de Outubro, que apontam para vitória da Frelimo e seu candidato Daniel Chapo, em todas províncias do país. Hoje, o candidato presidencial Venâncio Mondlane, que reivindica a vitória eleitoral, anunciou mais dois dias de paralisação das actividades económicas em todo país, a ter lugar nos dias 24 e 25 de Outubro corrente, ou seja, quinta e sexta-feira desta semana.

 

Em uma declaração pública feita no final da manhã desta terça-feira, em sua página oficial do Facebook, Venâncio Mondlane defendeu que a nova fase da greve será caraterizada por uma manifestação pública e deverá decorrer em todos bairros e distritos do país.

 

“Estamos a decretar a abertura das portas da revolução em Moçambique. Por isso, a partir do dia 24, que é o dia em que a Comissão Nacional de Eleições vai apresentar os resultados, nós vamos activar a segunda etapa das manifestações, do nosso roteiro revolucionário em Moçambique. Vamos subir a fasquia, vamos paralisar o país por dois dias”, declarou.

 

Segundo Venâncio Mondlane, a manifestação de quinta e sexta-feira não só visa contestar os resultados eleitorais, mas também contra os sequestros, raptos, gás lacrimogénio e balas verdadeiras, que são disparadas pela Polícia contra o povo indefeso. Afirma que, tal como ontem, a actividade económica deverá estar encerrada, incluindo os serviços públicos. Diz ainda que, desta vez, não haverá pontos de concentração, sendo que cada bairro deverá organizar sua própria manifestação, mas de forma pacífica.

 

Mondlane afirma que o povo não pode ter medo de sacrificar os dois dias pelo bem do país e apela aos membros dos partidos da oposição, incluindo da Renamo e MDM, a se juntar a luta. Entende que esta é a única oportunidade que os moçambicanos têm de mudar o rumo político do país.

 

Na sua declaração, Mondlane diz ainda que a paralisação será um presente à CNE (Comissão Nacional de Eleições) que, na quinta-feira, deverá anunciar os resultados finais da votação do dia 09 de Outubro que, até ao momento, dá vitória à Frelimo e Daniel Chapo com mais de 60% dos votos, um resultado contestado pelo candidato suportado pelo PODEMOS, que reivindica a vitória com mais de 53%.

 

“Vamos dar um presente à CNE, um bolo de paralisação, um bolo feito com gás lacrimogénio e vamos deixar lá no meio da CNE para que eles [os vogais do órgão] possam se deliciar num bom lanche”, afirmou.

 

Numa declaração de 50 minutos e 22 segundos, Mondlane reiterou que a sua vida continua em risco e que o plano de o “abater” ainda está em marcha, pelo que encontra-se “na parte incerta”, mas dentro da Cidade de Maputo. “Neste momento, por motivos de segurança, estou aqui em Maputo, mas com muita mobilidade porque a minha segurança está em causa, não restam dúvidas”, afirmou.

 

Refira-se que esta segunda-feira, Moçambique observou a primeira greve geral convocada por Venâncio Mondlane, marcada por tumultos na Cidade de Maputo, provocados pela Polícia, através da sua Unidade de Intervenção Rápida, que recorreu à gás lacrimogénio para impedir a realização da marcha de repúdio ao assassinato dos mandatários do candidato e do PODEMOS, Elvino Dias e Paulo Guambe, respectivamente. (Carta)

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O CEO do Banco UBA, empresário e filantropo africano, Tony Elumelu, defende que a juventude focada no empreendedorismo pode desempenhar um papel eficaz no combate às alterações climáticas, numa altura em que os impactos ganham uma tendência impactante.

 

De acordo com o CEO, ao longo do tempo, as empresas africanas não criaram valor no continente, devido a sua apetência em obter lucros a curto prazo em detrimento de investimentos a longo prazo, capazes de fomentar o empreendedorismo juvenil, capaz de fazer crescer empresas e assegurando emprego sustentável, como mecanismo para alcançar soluções climáticas a longo prazo.

 

Revela que, em 2010, preocupado com a escalada da pobreza, criou a Fundação Tony Elumelu (TEF) e atribuiu 100 milhões de dólares para identificar, orientar e financiar jovens empreendedores africanos.

 

“Jovens com ideias brilhantes e vontade de enfrentar os desafios mais prementes do continente. Faltava-lhes capital, contactos e mentores. Faltava-lhes sorte. Queríamos mudar isso. Foi uma aposta ousada com o objetivo de capacitar o grupo demográfico mais vulnerável e populoso de África, incentivando-o a criar a sua própria riqueza, em vez de depender da ajuda. E a aposta valeu a pena”, disse em comunicado de imprensa.

 

A nota cita que, desde a sua criação, a fundação já capacitou 20.000 empresários em 54 países africanos, que criaram 400.000 empregos diretos e indirectos e geraram mais de 2,3 mil milhões de dólares em receitas. Proporcionamos acesso à formação empresarial a mais de 1,5 milhões de jovens.

 

“Dada a dimensão da tarefa, estabelecemos parcerias com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), a União Europeia (UE) e outros parceiros para aprofundar o nosso alcance e impacto. Disponibilizamos financiamento, orientação, formação empresarial e apoio a empresários - especificamente, em regiões frágeis, zonas de conflito e comunidades carenciadas”, referiu, assegurando que dos 20.000 jovens empresários que a TEF capacitou, "mais de 500 estão a resolver, direta ou indiretamente, desafios relacionados com as alterações climáticas e mais de um terço (35%) trabalha no sector agrícola”.

 

A fonte garante que capacitar jovens é o único mecanismo para criar um motor dinâmico que impulsiona o crescimento económico e o desenvolvimento em todo o continente. “Estes empresários tornam-se também pilares vitais de apoio nas suas comunidades. Não só estão a criar empregos e rendimentos essenciais, como também estão a ajudar as famílias e a quebrar o ciclo da pobreza. E agora, mais do que nunca, é o momento de colocar uma lente climática neste empreendedorismo”, vincou.

 

Partilhou dados que apontam que África está a aquecer mais rapidamente do que o resto do mundo. Estima-se que, até 2030, 118 milhões de africanos enfrentarão secas e a subida do nível do mar ameaça as regiões costeiras, podendo deslocar milhões de pessoas.

 

Lamenta que as alterações climáticas estejam a impedir o acesso a bens de primeira necessidade às pessoas, designadamente, água, eletricidade, alimentos e educação. “Mas estes desafios também oferecem oportunidades extraordinárias para aqueles que têm uma mentalidade empreendedora para combater as alterações climáticas, criando simultaneamente um valor económico significativo”, apontou.

 

Avança a necessidade de melhorar a sustentabilidade dos pequenos agricultores, que constituem 80% de todas as explorações agrícolas na África Subsariana e empregam 60% da força de trabalho do continente, questionando, que estratégias podem ser empregues pelas nações africanas com vastas florestas. (Carta)

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O MISA-Moçambique repudiou, esta segunda-feira, o ataque aos jornalistas protagonizado por agentes da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), durante a cobertura da manifestação pacífica convocada pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane. O acto aconteceu na manhã de hoje, durante uma entrevista, em directo, concedida pelo candidato presidencial à estação pública de Rádio e Televisão de Portugal (RTP).

 

Em concreto, a Polícia lançou gás lacrimogéneo para o local onde os jornalistas conduziam a entrevista, facto que resultou no ferimento de pelo menos dois operadores de câmara. O momento foi filmado em directo pela RTP e por outras cadeias de televisão estrangeira, com destaque para Deutsche Welle (DW), da Alemanha.

 

“O MISA repudia o acto e apela às Forças de Defesa e Segurança a terem uma actuação profissional. Mesmo reconhecendo que a sua actuação pode requerer o uso de gás lacrimogéneo, tal não deve ser indevidamente feito e restringindo o direito das liberdades de expressão e de imprensa”, defende a organização, instando as autoridades a evitar o uso indevido da força e a respeitarem as liberdades de expressão, manifestação e de imprensa.

 

A organização, que se dedica à defesa dos direitos dos jornalistas, exige que seja feita uma investigação sobre o ataque aos jornalistas, para se apurar as responsabilidades. “O MISA vai ainda usar a sua posição de defensor dos jornalistas para tudo fazer para esclarecer e responsabilizar, caso seja aplicável, os agentes da Polícia que estiveram por detrás do grave ataque contra jornalistas”, sentenciou. (Carta)

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As Forças Ruandesas reforçaram, nos últimos dias, a sua presença no Posto Administrativo de Mucojo, distrito de Macomia, na província de Cabo Delgado, onde destacaram cerca de 500 soldados. Com esse efectivo, os ruandeses estabeleceram um novo acampamento militar numa zona que no passado foi um dos focos de influência dos terroristas.

 

A informação consta do mais recente Relatório do projecto de monitoramento da violência no norte de Moçambique, Cabo Ligado. No documento revela ainda que o Estado Islâmico reivindica ter detonado dois engenhos explosivos contra uma patrulha das forças conjuntas moçambicanas e ruandesas.

 

O Cabo Ligado afirma que os engenhos foram detonados contra as forças conjuntas na aldeia Napala, onde, além de ferir os soldados, foi danificado um blindado. O documento sublinha que os terroristas continuam a enfrentar escassez de alimentos e suas últimas incursões contra civis foram relatadas em Setembro, perto do rio Messalo, na região de Miangalewa, no distrito de Muidumbe. (Carta)

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Quatro anos após o violento atentado contra Agostinho Vuma, Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), o Tribunal Supremo acaba de anular a decisão do Tribunal Superior de Recurso de Maputo de despronunciar o principal suspeito pela tentativa de homicídio, Salimo Momad Muidine.

 

O incidente, lembre-se, ocorreu a 11 de Julho de 2020, nas proximidades do escritório de Vuma, localizado no Prédio Tavares, na cidade de Maputo. Segundo o Ministério Público, o acusado, Salimo Muidine, foi o autor dos disparos que atingiram o também deputado da Assembleia da República, colocando a sua vida em risco.

 

A acusação indica que Muidine agiu em conjunto com um cúmplice não identificado, que teria imobilizado Vuma antes de este disparar dois tiros, um dos quais atingiu a cabeça do presidente da CTA. O ataque ocorreu em plena luz do dia e imagens de câmaras de vigilância nas proximidades capturaram dois homens armados, fugindo do local após o crime.

 

A reabertura do caso permite que o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo dê início ao julgamento do agente do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), acusado pela tentativa de homicídio.

 

O Tribunal Superior de Recurso de Maputo havia despronunciado, em 2022, o suspeito do homicídio, alegando falta de provas conclusivas que o vinculam directamente ao crime, apesar das provas iniciais e da gravidade do crime. A decisão foi contestada pelo Ministério Público, que recorreu ao Supremo Tribunal, argumentando que o reconhecimento da vítima e os testemunhos disponíveis forneciam bases sólidas para o julgamento.

 

O Tribunal Supremo acabou concordando com o Ministério Público, apontando que havia elementos suficientes, como o testemunho de Yara Cossa e o reconhecimento fotográfico feito por Vuma para levar Salimo Muidine a julgamento. O suspeito permanecerá em prisão preventiva. O Tribunal justificou a manutenção da prisão com base no risco de fuga e na possibilidade de interferência nas investigações, dado o cargo de Muidine no SERNIC.

 

Refira-se que o empresário Silvestre Bila é apontado como o mandante do crime, havendo um processo autónomo (n° 353/11/P/2020) instaurado pelo Ministério Público e que corre seus trâmites em sede de recurso.

 

As suspeitas, sublinhe-se, baseiam-se no testemunho de Yara Simões Cossa, ex-esposa de Silvestre Bila, que terá declarado que Vuma estava a ser seguido por um indivíduo a mando do seu antigo companheiro, com intenções desconhecidas. O julgamento poderá trazer mais clareza sobre as circunstâncias do crime, que chocou o país. (Carta)

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Contrariando o discurso do Presidente da Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO), Castigo Nhamane, a Área Metropolitana de Maputo esteve sem transporte esta segunda-feira, data marcada por uma greve geral, convocada pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane.

 

Em um áudio em que desmentia um suposto comunicado da FEMATRO que decretava uma espécie de um “recolher obrigatório dos autocarros das cooperativas, Nhamane garantiu, no domingo, que a agremiação ia garantir transporte em todo país, porém, tal não se verificou.

 

“Queremos garantir a todos os nossos transportados e a quem quer que seja que nos distanciamos do documento que circula nas redes sociais, que tem o nosso timbre e fala sobre a paralisação do transporte semi-colectivo na Área Metropolitana do Grande Maputo.Garantimos que estaremos a transportar as pessoas. Eu, pessoalmente, estarei na estrada e os meus colegas também estarão na estrada para responder a qualquer situação que possa ocorrer no seio da nossa actividade”, afirmou Nhamane.

 

No entanto, as ruas do Grande Maputo estavam às moscas, sem transporte de e para o centro da Cidade de Maputo. Relatos colhidos pela “Carta” indicam que os cidadãos que decidiram se fazer à rua, tiveram de caminhar para os seus locais de trabalho por falta de transporte. Outros socorreram-se de viaturas particulares de pessoas de boa vontade, assim como de serviços de táxi por aplicativo. (Carta)

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