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Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

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É oficial e definitivo. Daniel Francisco Chapo, de 47 anos de idade, será o próximo Presidente da República, de acordo com a decisão tomada este domingo pelo Conselho Constitucional e anunciada na tarde desta segunda-feira, em Maputo.

 

De acordo com o Acórdão nº 24/CC/2024, de 22 de Dezembro, lido esta tarde por Lúcia Da Luz Ribeiro, Presidente do Conselho Constitucional, o Secretário-Geral da Frelimo venceu o escrutínio com 65,17% dos votos, contra os 24,19% amealhados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que reclama vitória eleitoral desde Outubro passado, num processo que desencadeou em manifestações populares.

 

Segundo os juízes do Conselho Constitucional, o Presidente da Renamo, Ossufo Momade, ficou em terceiro lugar com 6,62% dos votos, seguido pelo Presidente do MDM (Movimento Democrático de Moçambique), Lutero Simango, que ocupou a quarta e última posição, com 4,02%.

 

Nas eleições legislativas (referentes à eleição de deputados), o Conselho Constitucional diz que a Frelimo conquistou um total de 171 lugares, em frente do PODEMOS, que suportava a candidatura de Venâncio Mondlane, que conseguiu, no seu ano de estreia, 43 assentos, tornando-se no maior partido da oposição. Sublinhar que o PODEMOS conquistou dois lugares na província de Gaza, tornando-se também na primeira força política da oposição a conseguir mandatos para Assembleia da República, no chamado “bastião” da Frelimo.

 

A Renamo, por sua vez, sai da “cadeira de conforto” e passa a ser a terceira maior força política moçambicana, com 28 mandatos, enquanto o MDM ocupa o quarto e último lugar, com oito assentos. Refira-se que, em relação aos resultados divulgados pela Comissão Nacional de Eleições, o Conselho Constitucional retirou 24 mandatos à Frelimo, que foram oferecidos ao PODEMOS (12), Renamo (oito) e MDM (quatro).

 

Igualmente, o Conselho Constitucional chancelou também a vitória da Frelimo nas eleições provinciais, proclamando governadores provinciais, todos os 10 cabeças-de-lista do partido no poder, ignorando, desta forma, os protestos da Renamo que reclama vitória, em duas províncias, das quais, a província da Zambézia.

 

O Conselho Constitucional explica que chegou a estes resultados com base na aplicação do método comparativo, que lhe permitiu analisar os dados das actas e editais fornecidos pela CNE e pelos partidos políticos. Do método, explica o Acórdão, foi possível ver que os dados da contagem paralela do PODEMOS foram empolados.

 

O órgão afirma ainda que os editais fornecidos pelo PODEMOS ao Conselho Constitucional comprovam a vitória de Daniel Chapo e da Frelimo e que as discrepâncias verificadas no número de eleitores votantes nas três eleições (presidenciais, legislativas e provinciais) resultam também do empolamento de dados durante o apuramento distrital pelos órgãos eleitorais, a nível distrital.

 

Refira-se que a nova Assembleia da República toma posse no dia 12 de Janeiro, enquanto o novo Chefe de Estado deverá assumir o trono no dia 15 de Janeiro. (A. Maolela)

A Electricidade de Moçambique (EDM) garantiu na sexta-feira (20) que a empresa está em prontidão para atender à demanda durante a quadra festiva que arranca esta semana. Falando em conferência de imprensa, o porta-voz da EDM, António Nhassengo, disse que, para fazer face à maior demanda que tem caracterizado o período, a empresa reforçou as equipas e frota automóvel de Piquete.

 

Na ocasião, Nhassengo apelou a todos os clientes e público em geral para que se mantenham vigilantes contra indivíduos de má-fé que possam interditar a circulação das viaturas de Piquete e colocar em causa infra-estruturas eléctricas, podendo culminar com a interrupção do fornecimento de energia. “Vamos também monitorar os adolescentes para não pendurar objectos nas infra-estruturas eléctricas, pois, este tipo de comportamento pode ter consequências trágicas”, sensibilizou o porta-voz da EDM.

 

Na mesma conferência, a EDM premiou jornalistas que apresentaram as melhores matérias sobre “Transparência e Ética na Implementação de Projectos de Electrificação Nacional”, no âmbito da 3ª Edição do Concurso “Prémio de Jornalismo EDM 2024”. Na edição deste ano, foram avaliados 35 trabalhos nas categorias de Rádio, Televisão, Fotojornalismo e Imprensa e Webjornalismo.

 

Na categoria de televisão destacaram-se, em primeiro lugar, Salvador Henriques Mussauca, da TV Diário da Zambézia, em segundo, Luther King, da ECO TV e Admiro Feliciano da TVM, na Matola, ocupou o terceiro lugar. Já na categoria de Rádio, ficou em primeiro lugar Madalena Issufo, da Rádio Moçambique (RM) em Lichinga.

 

Por sua vez, na categoria Imprensa e Webjornalismo destacaram-se, em primeiro lugar, Raúl Senda do Jornal Savana, em segundo lugar, Farcelina Cumbe, do Jornal Notícias e, em terceiro lugar, Miguel Munguambe do Jornal Público. A categoria de Fotojornalismo teve apenas um classificado. Trata-se de Victor Marrão, do Magazine Independente, em Tete.

 

Durante a cerimónia de divulgação dos resultados do “Prémio de Jornalismo EDM”, os membros do júri destacaram a qualidade dos trabalhos jornalísticos submetidos este ano e enalteceram a participação feminina, embora haja o desafio de uma participação mais significativa desta classe de profissionais da comunicação social. Na ocasião, a EDM lançou a Quarta Edição do Prémio Jornalismo 2025. (Carta)

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A Associação Nacional dos Professores (ANAPRO) afirma que cerca de 35 mil alunos foram afectados pelo boicote de exames em todo o país. Como consequência, está comprometido ou mesmo inviabilizado o ingresso, no próximo ano, dos alunos finalistas ao Ensino Superior e ao Ensino Técnico Profissional, visto que muitos não realizaram os exames este ano e outros só terão os seus exames corrigidos durante o período de férias.

 

De acordo com informações fornecidas pela ANAPRO, há neste momento mais de 100 escolas que boicotaram a realização de exames em todo o país, o que compromete, consequentemente, os programas do ano lectivo de 2025. Entretanto, os professores dizem não entender o posicionamento do Governo ao anunciar que está em curso o pagamento de horas extras e não compreendem como esse processo está a ser conduzido.

 

“As horas extras estão a ser pagas de forma parcial, esporádica e sem clareza quanto aos valores, além da falta de comunicação sobre o assunto. Das escolas envolvidas no boicote e nas reivindicações, contabilizam-se cerca de 2.000 professores, dos quais muitos têm recebido as horas extras de 2023 de forma parcial, com deficiências graves também no pagamento das horas de 2022. Até ao momento, não houve desembolso de nenhum valor referente ao ano de 2024”, destacam.

 

O grupo afirma que o procedimento adoptado pelo Governo está a gerar mais frustração no seio da classe, devido às discrepâncias e à falta de esclarecimento sobre os quantitativos, além do facto de, em algumas escolas, os pagamentos estarem a ser feitos para alguns, em detrimento de outros.

 

A associação repudia o facto de o Governo estar a ignorar os acontecimentos dos últimos dias e reitera que os professores devem manter-se no gozo dos seus direitos. Porém, afirmam que os alunos e a sociedade devem ser informados atempadamente pela entidade responsável pela gestão do sistema nacional de educação sobre os passos subsequentes.

 

Por outro lado, a associação denuncia que alguns exames foram realizados sem a devida assistência dos professores, outros foram vigiados por funcionários administrativos e outros ainda por pessoas convidadas pelas direcções distritais.

 

Além disso, houve intervenção violenta da polícia no decorrer do processo e instrumentalização de alunos para o cumprimento das metas (alunos sacrificados, chegando às 07h00 nas escolas para realizar exames às 13h00 por conta das manifestações). Os professores também foram instrumentalizados pelas direcções a ditarem respostas, incluindo cobranças de valores monetários para o fornecimento de respostas. (M.A.)

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A passagem da Tempestade Tropical Severa CHIDO, em Moçambique, já causou 94 mortes, de acordo com dados do Boletim Informativo do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), partilhados neste domingo. Deste número de mortes, 84 foram registadas na província de Cabo Delgado, sete em Nampula e três no Niassa.

 

Além das mortes, o evento climático provocou ainda 768 feridos e afectou 622.610 pessoas, o equivalente a 123.704 famílias, nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula, no norte, e Tete e Sofala, no centro.

 

De acordo com dados disponíveis, a tempestade destruiu totalmente 111.145 casas e parcialmente outras 29.483. Foram ainda afectadas 52 unidades hospitalares, 35 casas de culto, 11 torres de telecomunicações e 89 edifícios públicos.

 

O relatório aponta, por outro lado, que foram afectados um total de 109.793 alunos assistidos por 1.556 professores, incluindo 1.126 salas de aulas e 250 escolas, para além de 338 postes de energia tombados e 454 embarcações de pesca danificadas.

 

Neste momento, 1.349 pessoas encontram-se em dois centros de acomodação abertos e outros dois activos. Lembre que a tempestade tropical severa Chido entrou na costa moçambicana às 06h00 de domingo (14 de Dezembro), com ventos de até 100 km/h e fortes com rajadas de até 125 km/h. Anteriormente, o evento havia sido classificado como ciclone tropical intenso, mas enfraqueceu pouco antes de atingir a província de Cabo Delgado, concretamente no distrito de Mecúfi. (Carta)

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O Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, desafiou os profissionais do sector que dirige a tornar os Corredores de Desenvolvimento cada vez mais eficientes e atractivos. O desafio foi lançado durante o último Conselho Coordenador do Ministério, neste ciclo governativo, ocorrido no último fim-de-semana na capital do país, sob o lema: “Por uma Mobilidade Verde e Inclusão Digital”.

 

Intervindo no evento, o governante começou por assinalar que os corredores, principalmente de Maputo, Beira e Nacala, têm vindo a receber, nos últimos cinco anos, investimentos avultados para ampliação e modernização das infra-estruturas de transporte, bem como reformas na simplificação de procedimentos administrativos, com particular enfoque para a redução dos tempos de desembaraço das mercadorias nas nossas fronteiras.

 

Como resultados dos investimentos, Magala assinalou que o sector potenciou o transporte ferroviário de passageiros, alocando mais carruagens e automotoras, facto que permitiu o aumento de frequências e abertura de novas rotas, bem como a retoma de comboio de passageiros, nas rotas Nacala – Nampula e Beira – Machipanda.

 

Com o investimento, o governante apontou também a duplicação da linha férrea de Ressano Garcia, no Corredor de Maputo, ampliação e requalificação da linha férrea de Machipanda, no Corredor da Beira; a ampliação e modernização do Porto de Nacala, no Corredor do Norte, bem como a implementação de iniciativas como “comboios sem fronteira” instituídos com a África do Sul e o Reino de E-swatini.

 

Na componente marítima, o Ministro disse que o sector investiu na aquisição e reabilitação de embarcações, alocadas para a Ilha de Inhaca, na Cidade de Maputo, travessia Quelimane-Recamba, na Província da Zambézia, navegação do lago Niassa, entre outros locais.

 

Na área metropolitana de Maputo, reiterou que foi fechada a negociação do financiamento do Bus Rapid Transit (BRT) que permitiu o arranque das respectivas obras, um projecto estruturante que deverá trazer uma nova dinâmica na mobilidade na área metropolitana de Maputo.

 

“Apesar de avanços significativos na componente da ampliação e modernização das infra-estruturas de transporte, precisamos de uma análise profunda sobre a necessidade de tornar os nossos corredores mais eficientes e atractivos, de modo a maximizar a sua utilização e os respectivos ganhos para a economia nacional e melhoria das condições de vida das comunidades locais”, desafiou o governante.

 

Contudo, para além da melhoria das infra-estruturas e reforço de meios de transporte, Magala disse que o sector projecta para o futuro mobilidade verde e amiga do ambiente, devendo-se criar incentivos necessários para a transição energética no sector dos transportes. Quanto à inclusão digital, foi consensual durante a reunião que o sector dos Transportes e Comunicações deverá liderar o processo de transformação digital do país, implementado iniciativas de digitalização dos serviços e dos processos, priorizar o atendimento remoto, marcando o fim do uso do papel.

 

Participaram no Conselho Coordenador, dirigentes e quadros do MTC, de Institutos e empresas do Sector, representantes de ministérios, sindicatos, associações dos operadores e outros convidados de instituições públicas e privadas. (Carta)

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O Executivo ainda não começou a pagar os 1.4 mil milhões de Meticais de dívida do Estado aos fornecedores de bens e serviços, depois da promessa feita pelo Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, no passado dia 12 do mês em curso.

 

“Carta” apurou que, até semana passada, o Executivo ainda não tinha começado a pagar a dívida aos empresários, no quadro de um conjunto de medidas anunciadas pelo governante. “Até semana passada, os pagamentos adicionais ainda não tinham iniciado”, disse o Director-Executivo da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Eduardo Sengo.

 

Entretanto, segundo Sengo, o Governo já começou a fazer contactos e diversos sectores já foram informados para submeterem as respectivas solicitações de pagamentos, em ordem de prioridade. “Aqui, resta clarificar se o critério será a antiguidade da dívida, mas ficou claro que será para as Pequenas e Médias Empresas, ou seja, dívidas relativamente pequenas”, explicou a fonte.

 

O Director Executivo da CTA disse que os sectores abrangidos são os da construção, maioritariamente, sector da saúde e serviços e que o valor de 1,4 mil milhões de Meticais representa cerca de 15% do valor contabilizado pela Confederação e que já tinha sido publicado pelo próprio Estado. Com base nessa explanação, depreende-se que os 1.4 mil milhões de Meticais são uma gota de água no oceano para dívida do Estado aos fornecedores. 

 

“A nossa recomendação é que o Governo defina uma estratégia transparente de pagamento da dívida com os fornecedores. Há várias opções, incluindo a compensação com determinados impostos”, concluiu Sengo.

 

O Governo prevê fazer esses pagamentos de 15 de Dezembro a 15 de Janeiro de 2025. As outras medidas incluem o desconto de 10% para os transportes interprovinciais; isenção de taxas de manuseamento de produtos alimentares no Porto de Pescas de Maputo em 94 tons e pagar 3,1 mil milhões de Meticais dos subsídios dos programas de protecção social básica até 20 de Dezembro.

 

O governante reiterou que se pretende com as referidas medidas assegurar o acesso aos serviços e produtos alimentares para as famílias moçambicanas. “Estas medidas só serão efectivas e com o impacto desejado com o apoio do sector privado. Reconhecemos o papel do sector privado e seu interesse no aumento da produção e de postos de trabalho com destaque para o desenvolvimento do país”, afirmou Magala. (Evaristo Chilingue)

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A chamada Área Metropolitana do Grande Maputo, que compreende as cidades de Maputo e Matola e as vilas de Marracuene e Boane, já está em ambiente de tensão, com as principais estradas desertas e/ou bloqueadas, lojas encerradas e com o transporte público confinado.

 

A azáfama que tem caracterizado o Grande Maputo em dias de trabalho e durante a quadra festiva foi substituída pelo silêncio e vazio das estradas, um cenário que já se tornou comum e normal nesta região do país, desde que iniciaram as manifestações populares a 21 de Outubro passado.

 

Trata-se de um cenário já previsto e anunciado pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, o responsável pela convocação das manifestações que contesta os resultados eleitorais do dia 09 de Outubro que, até ao momento, dão vitória à Frelimo e ao seu candidato Daniel Chapo, com mais 70% dos votos.

 

Hoje, finalmente, serão conhecidos os resultados definitivos das VII Eleições Gerais (Presidenciais e Legislativas) e IV das Assembleias Provinciais, com a proclamação dos vencedores do escrutínio, pelo Conselho Constitucional. A leitura do Acórdão que valida as eleições está marcada para às 15h00. Ontem, os sete juízes do Tribunal Supremo Eleitoral, em Moçambique, reuniram-se para validar um dos escrutínios mais fraudulentos da história da democracia multipartidária.

 

Quase que em jeito de preparação da chamada “Fase Turbo V8” das manifestações populares, alguns manifestantes já começaram a bloquear e a impedir o trânsito de viaturas, num dia em que, mais uma vez, milhares de cidadãos optaram por não se fazer à rua, incluindo os transportes de passageiros e mercadorias.

 

Até às 07h00 de hoje, já se reportava bloqueios de estradas em Bobole, distrito de Marracuene, ao longo da Estrada Nacional Nº 1; em Mahlampsene e no bairro Trevo (famosa Casa Branca), ao longo da Estrada Nacional Nº 4, na Matola; na Avenida Josina Machel (que liga Matola-Gare à Machava Km 15), na Matola; no bairro Intaka (junto à famosa Primeira Rotunda), ao longo da Estrada Circular de Maputo.

 

Imagens recebidas pela nossa reportagem, esta manhã, mostram as cidades de Maputo e Matola desertas, com diversas instituições públicas e privadas encerradas. Aliás, os bancos comerciais anunciaram, ontem, o encerramento dos seus balcões esta segunda-feira, tal como o serviço do Metro que anunciou a suspensão das suas actividades. (A. Maolela)

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O Governo decretou, esta quinta-feira, um luto nacional de dois dias, com início às 00:00 horas do dia 20 de Dezembro de 2024, em virtude da morte, até ontem, de 73 pessoas nas províncias de Cabo Delgado, Nampula e Niassa, em consequência da passagem da Tempestade Tropical Severa CHIDO. A decisão foi tomada durante a terceira sessão extraordinária do Conselho de Ministros, que teve lugar ontem.

 

"Durante o período de Luto Nacional, a Bandeira Nacional e o Pavilhão Presidencial serão içados à meia haste em todo o território nacional e nas Missões Diplomáticas e Consulares da República de Moçambique" refere a nota.

 

De acordo com a última actualização do Instituto Nacional de Gestão do Risco de Desastre (INGD), a Tempestade Tropical Severa CHIDO matou 73 pessoas e feriu 543, nas províncias do Niassa, Cabo Delgado e Nampula. Há registo ainda de um desaparecido. Só em Mecúfi, província de Cabo Delgado, foram registadas 66 mortes.

 

No global, foram afectadas 65.282 famílias, correspondentes a 329.510 pessoas, destruídas, na totalidade, 39.133 casas e, parcialmente, 13.343 casas; afectadas 49 unidades sanitárias; 26 casas de culto; 338 postes de energia; 10 sistemas de água; e 454 embarcações danificadas.

 

O INGD indica também que 149 escolas foram atingidas, afectando 35.461 alunos assistidos por 224 professores. O fenómeno meteorológico, que se formou a 5 de Dezembro no sudoeste do Oceano Índico, entrou na costa moçambicana às 06h00 de domingo pelo distrito de Mecúfi, na província de Cabo Delgado, com ventos fortes de até 100 Km/h e rajadas até 125 Km/h.

 

A tempestade causou ainda a queda de 11 torres de telecomunicações e afectou vários edifícios públicos. Neste momento, foram abertos dois centros de acomodação e activados outros dois, onde estão alojadas 1.349 pessoas. (Carta)

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Funcionários da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) decidiram manifestar-se nesta quinta-feira (19), devido à redução significativa no valor do cabaz oferecido a cada fim do ano. Em conversa com a “Carta”, os funcionários alegam que, nos anos anteriores, o valor do cabaz aumentou gradualmente até atingir 7.000 Mts, mas desde há dois anos para cá não houve incremento. Entretanto, para surpresa da massa laboral, no início deste mês foram informados que, ao invés de aumentar, o valor seria reduzido para 3.000 Mts, uma redução de mais de 50%.

 

"Não aceitamos receber esse valor. Se eles não nos quiserem dar os 7.000 Mts, como vinham fazendo nos anos anteriores, é melhor que fiquemos sem nada. Preferimos não receber. Estão a humilhar-nos e pensam que devemos viver de migalhas", afirmou um dos representantes dos funcionários. Os lesados alegam que não é justo reduzir esse valor, enquanto os directores e directores-adjuntos recebem cabazes compostos por bebidas muito caras, além do bónus de 7.000 Mts. "Essas regras estão a ser impostas pelo novo Reitor. Desde que ele chegou à UEM, ao invés de melhorar, as coisas só pioraram", afirmam.

 

Os funcionários da UEM exigem que a instituição prove que não há condições para pagar os 7.000 Mts. "Esta instituição de ensino faz dinheiro todos os dias com taxas de inscrição, exames, graduação e tantas outras impostas aos estudantes, e agora alegam não ter condições financeiras. Se for assim, é melhor que fiquem com o dinheiro", disseram.

 

Durante as manifestações, o grupo também contestou a falta de pagamento dos retroactivos decorrentes da implementação da Tabela Salarial Única (TSU), além das horas extras em dívida. Os manifestantes também afirmaram que o processo de apuramento especial para ingresso na UEM, para funcionários e familiares, já não é transparente, entre outros problemas.

 

Os funcionários disseram que, caso o problema dos cabazes não seja resolvido o mais breve possível, irão trancar as salas de aula, impedindo que os estudantes que pretendem realizar os exames de admissão tenham acesso. Assim, esses estudantes terão de realizar os exames à sombra das árvores.

 

Entretanto, em resposta a essas inquietações, o director financeiro da UEM esclareceu que o cabaz foi instituído em 2012 por meio de um despacho interno, e o pagamento depende da disponibilidade financeira da instituição. Ele afirmou que, considerando que 2024 foi um ano de muitos desafios e dificuldades financeiras, isso afectou as finanças da universidade. "Uma das formas de garantir o funcionamento normal das actividades essenciais foi a reformulação de toda a programação financeira e o bónus não estava garantido", disse.

 

O director financeiro acrescentou que, inicialmente, não havia condições para o pagamento de qualquer valor do referido cabaz. No entanto, após muitos ajustes e negociações com os ministérios e parceiros, a instituição conseguiu garantir os 3.000 meticais para os funcionários. "Portanto, este ano estamos a pagar este subsídio conforme a nossa disponibilidade financeira e não podemos fazer mais do que isso", concluiu.

 

Vale ressaltar que, além dos funcionários que se juntaram no pátio da universidade para protestar contra a redução do cabaz, um grupo de estudantes residentes no lar da UEM também pretendia manifestar-se nesta quinta-feira. Eles contestam a decisão da direcção da universidade, que deu um ultimato para que abandonassem os seus quartos durante o mês de Dezembro e passassem a viver com familiares. Contudo, tal manifestação não ocorreu, pois, nas primeiras horas da manhã, os estudantes foram intimidados por carros blindados estacionados em frente às residências.

 

"A direcção da universidade está a mandar-nos embora neste período porque acredita que, quando retornarmos no próximo ano, todos os estudantes, sejam bolsistas ou não, terão de pagar uma renda mensal pelo uso dos quartos do dormitório da UEM. Eles pretendem cobrar até de quem nunca pagou", explicou um dos residentes do lar. (M.A.)

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A Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO) voltou, esta quinta-feira (19), a esclarecer que o desconto de 10% para os transportes interprovinciais, a vigorar entre 15 de Dezembro de 2024 a 15 de Janeiro 2025, não é apenas para jovens como tinha dito no último domingo, mas sim para todos os passageiros. Esta e outras medidas foram anunciadas, há uma semana, pelo Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala.

 

Em entrevista à “Carta”, o vice-presidente da FEMATRO para a área do transporte interprovincial, Paulo Muthisse, explicou que, depois de uma reunião de concertação, havida esta semana, com o Ministério dos Transportes e Comunicações e os operadores, chegaram a um consenso de que o desconto seria aplicado para todos os passageiros. Acrescentou que a medida entrou em vigor no dia 18 de Dezembro de 2024 (e não no dia 15 conforme previsto) e será implementada até dia 15 de Janeiro.

 

“A medida entrou em vigor no dia 18 de Dezembro, depois da concertação com o Governo. Com a medida já há também uma nova tabela de tarifas para os transportes interprovinciais que partem do Terminal da Junta, na Cidade de Maputo, para as diversas províncias do país”, disse a fonte.

 

Muthisse explicou que, com a implementação da medida para todos os passageiros, não haverá compensação do Governo aos transportadores, alegadamente, porque “o desconto vai atrair mais passageiros a viajar, numa altura de crise devido às manifestações. Só para ter uma ideia, em dias normais, a esta altura teriam saído entre 60 a 100 autocarros para as províncias, mas com a crise, só 20 autocarros saem do terminal”.

 

Na entrevista anterior, o vice-presidente da FEMATRO para área de transporte interprovincial disse, porém, que o ideal era que a medida fosse tomada e vigorasse entre 01 a 15 de Dezembro, pois de 15 de Dezembro a 15 de Janeiro é o período de maior procura pelo transporte.

 

“Numa altura em que por vezes o transporte escasseia por causa da maior procura, não creio que os passageiros jovens vão querer perder tempo exigindo o desconto de 10%. Devido à maior procura, quem vai à Beira, por exemplo, saindo de Maputo, só pode esperar pelo autocarro que for a sair na terça-feira porque o autocarro para esta segunda-feira já está lotado”, disse Mutisse nessa entrevista.

 

O nosso entrevistado também mostrou reservas quanto ao impacto da medida por causa das manifestações que em casos extremos levam ao bloqueio de estradas por várias horas, até dias. Contudo, para que a medida em questão tenha efeito, a fonte desafia o Governo a tomar medidas para garantir a normal circulação nas diversas estradas do país.

 

De acordo com a nova tabela de tarifas de bilhetes de viagens interprovinciais, os benefícios para os passageiros irão variar de 30 Meticais a 600 Meticais. Esses benefícios correspondem aos descontos nas tarifas mínimas e máximas de 300 Meticais e 6000 Meticais respectivamente.

 

Por exemplo, quem vai à província de Gaza, saindo da Cidade de Maputo, ao invés de pagar 500 Meticais irá viajar por 450 Meticais. Quem vai à província de Inhambane, concretamente Maxixe, Panda e Inhambane-Céu só vai pagar 900 Meticais, contra 1000 Meticais que é o preço do bilhete.

 

Quem for a Vilankulo, ao invés de pagar 1500 Meticais vai desembolsar (com o desconto de 10%) 1350 Meticais e fica com 150 Meticais para lanche. Sem desconto, a viagem para cidade da Beira custa actualmente 2.500 Meticais e, para as cidades de Quelimane e Tete, a viagem custa 3.500 Meticais. Entretanto, nesses casos, os passageiros terão um desconto de 250 e 350 Meticais respectivamente.

 

De Maputo para Nampula e Maputo-Pemba os bilhetes de viagem custam 4.500 e 5.500 Meticais, respectivamente. Nesses casos, os passageiros só vão pagar 4050 e 4950 Meticais, ficando com 450 e 550 Meticais de desconto, respectivamente. (Evaristo Chilingue)

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