O Governo decretou, esta quinta-feira, um luto nacional de dois dias, com início às 00:00 horas do dia 20 de Dezembro de 2024, em virtude da morte, até ontem, de 73 pessoas nas províncias de Cabo Delgado, Nampula e Niassa, em consequência da passagem da Tempestade Tropical Severa CHIDO. A decisão foi tomada durante a terceira sessão extraordinária do Conselho de Ministros, que teve lugar ontem.
"Durante o período de Luto Nacional, a Bandeira Nacional e o Pavilhão Presidencial serão içados à meia haste em todo o território nacional e nas Missões Diplomáticas e Consulares da República de Moçambique" refere a nota.
De acordo com a última actualização do Instituto Nacional de Gestão do Risco de Desastre (INGD), a Tempestade Tropical Severa CHIDO matou 73 pessoas e feriu 543, nas províncias do Niassa, Cabo Delgado e Nampula. Há registo ainda de um desaparecido. Só em Mecúfi, província de Cabo Delgado, foram registadas 66 mortes.
No global, foram afectadas 65.282 famílias, correspondentes a 329.510 pessoas, destruídas, na totalidade, 39.133 casas e, parcialmente, 13.343 casas; afectadas 49 unidades sanitárias; 26 casas de culto; 338 postes de energia; 10 sistemas de água; e 454 embarcações danificadas.
O INGD indica também que 149 escolas foram atingidas, afectando 35.461 alunos assistidos por 224 professores. O fenómeno meteorológico, que se formou a 5 de Dezembro no sudoeste do Oceano Índico, entrou na costa moçambicana às 06h00 de domingo pelo distrito de Mecúfi, na província de Cabo Delgado, com ventos fortes de até 100 Km/h e rajadas até 125 Km/h.
A tempestade causou ainda a queda de 11 torres de telecomunicações e afectou vários edifícios públicos. Neste momento, foram abertos dois centros de acomodação e activados outros dois, onde estão alojadas 1.349 pessoas. (Carta)