Nos dias 8 e 9 de Abril correram informações com registo fotográfico e de vídeo sobre a violação do direito do ambiente por via da destruição de dunas primárias na Praia de Chongoene por uma determinada empresa chinesa, denominada DINGSHENG MINERALS.
No dia 09 de Abril corrente, o Conselho dos Serviços de Representação do Estado, por via do SERVIÇO PROVINCIAL DE INFRA-ESTRUTURAS emitiu uma notificação sobre o assunto epigrafado direcionada à DINGSHENG MINERALS, a ordenar a imediata e incondicional interrupção das obras em curso no local, até a regularização de todo o processo nos termos legalmente estabelecidos. No entanto, não se percebe até que ponto é possível regularizar-se algo ilegal.
Aliás, na sua notificação, a SERVIÇO PROVINCIAL DE INFRA-ESTRUTURAS deixou claro que a DINGSHENG MINERALS não possui qualquer licença ou autorização legal para as obras em questão, que consistem na abertura de uma via de acesso (estrada) para a Praia de Chongoene, o que é grave e preocupante.
Ora, curiosamente, sob o lema “Por um Judiciário Protector do Meio Ambiente”, teve lugar, a tradicional abertura solene do ano Judicial, referente ao ano de 2021.
A protecção do meio ambiente foi o símbolo escolhido pelo judiciário como uma questão prioritária a salvaguardar e essa escolha não foi ao acaso, mas resultado da tomada de consciência da degradação ambiental, sobretudo pela acção humana, num contexto de arbitrariedades, corrupção e impunidade.
Na sequência, a Procuradora-Geral da República (PGR) referiu no discurso, entre outros aspectos, o seguinte:
A questão da destruição de dunas primárias na praia de Chongoene pela DINGSHENG MINERALS faz lembrar os compromissos assumidos aquando da abertura do ano judicial de 2021. Onde está a PGR e o Governo de Moçambique perante tamanha arbitrariedade e violação do meio ambiente? Como foi possível chegar a essa situação?
De lembrar que ainda na mesma abertura do ano judicial, Sua Excelência Carlos Agostinho do Rosário, Primeiro-Ministro, em Representação de Sua Excelência Filipe Jacinto Nyusi, Presidente da República de Moçambique, referiu no seu discurso que: “O Estado moçambicano, através do Governo e outros órgãos, está comprometido em ir de encontro com a sua obrigação de garantir o equilíbrio ecológico e a protecção do meio ambiente visando o bem-estar colectivo.”
A sociedade está indignada com este facto da destruição de dunas primárias na Praia de Chongoene pela DINGSHENG MINERALS e precisa compreender os contornos deste caso, bem como as acções concretas em prática para a efectiva e almejada salvaguarda do meio ambiente ora em destruição.
DA MATÉRIA DE DIREITO:
O ambiental é um direito fundamental que está consagrado no artigo 90 da Constituição da República de Moçambique nos seguintes termos:
Os factos acima relatados violam, não só a Constituição da República, mas também a Lei do Ambiente que estabelece as regras de gestão ambiental e de prevenção de danos ambientais que não foram observados pela DINGSHENG MINERALS. O Regulamento de Avaliação do Impacto Ambiental e o Regulamento de Prevenção da Poluição e Protecção do Ambiente Marinho e Costeiro também foram postos em causa pelos actos desta empresa chinesa.
Moçambique assumiu compromissos internacionais sobre a protecção do ambiente como é o caso da Convenção Africana para a Conservação da Natureza, bem como a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Este último é um compromisso mundial que compreende 17 Objectivos que cobrem as dimensões económica, social e ambiental, mas que neste caso estão a ser desrespeitados.
Os Ministérios da Terra e Ambiente (MTA) e o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas são relevantes para a questão da protecção do meio ambiente e devem activamente intervir para o esclarecimento do presente caso.
Na estrutura funcional do MTA existe a AGÊNCIA NACIONAL PARA O CONTROLO DA QUALIDADE AMBIENTA- AQUA que, ponto de vista legal, é responsável pelo monitoramento ambiental e pela realização de auditorias ambientais, conforme dispõe o artigo 5 do Decreto n.º 2/2016 de 10 de Fevereiro que cria, pelo que tem algo a fazer e dizer neste caso.
Mais ainda, nos termos do artigo 235 da Constituição da República, “ao Ministério Público compete representar o Estado junto dos tribunais e defender os interesses que a lei determina, controlar a legalidade, os prazos das detenções, dirigir a instrução preparatória dos processos-crime, exercer a acção penal e assegurar a defesa jurídica dos menores, ausentes e incapazes.” É, pois, nestes termos que deve o Ministério Público intervir em defesa das comunidades e do meio ambiente como garante da legalidade das acções ou activiadades das empresas, defendendo assim os interesses que a lei determina.
Importa notar que algumas das actividades da empresa chinesa em questão podem constituir matéria criminal, de tal modo que é dever do Ministério Público investigar e exercer a devida acção penal.
DO PEDIDO:
O lema da abertura do ano judicial de 2021 “Por um Judiciário Protector do Meio Ambiente” e as leis de protecçõa do ambiente em vigor em Moçambique não devem constituir uma letra morta ou uma mera vontade sem acção. Por isso, se requer-se à PGR e aos relevantes gestores públicos sobre o ambiente como é o caso do Ministério da Terra e Ambiente para, dentro das competências que lhes são conferidos por lei, intervir neste caso com vista a: Investigar seriamente e em tempo útil os actos de destruição da duna da Praia de Chongoene e tomar as medidas necessárias para a responsabilização dos infractores e efectiva protecção do ambiente em causa.
João Nhampossa
La première fois que les droits de l'homme sont apparus sous forme écrite, c'était dans le Code d'Hammurabi -La première fois que les droits de l'homme sont apparus sous forme écrite, c'était dans le Code d'Hammurabi -où la loi du talion était le code le plus célèbre.
Le Code d'Hammurabi, écrit par le roi Hammurabi, en 1772 avant J.-C. représente un ensemble de textes écrits,Le Code d'Hammurabi, écrit par le roi Hammurabi, en 1772 avant J.-C. représente un ensemble de textes écrits,l'un des exemples les mieux conservés, les articles décrivent les cas types à appliquer dans des questionssimilaires.
Son objectif principal était de limiter les peines, à travers la Loi du Talion, équivalente au principe de rétorsion etSon objectif principal était de limiter les peines, à travers la Loi du Talion, équivalente au principe de rétorsion etde réciprocité, d'où il découle, la peine ne serait pas une vengeance excessive, au contraire une proportionnelleà l'infraction commise par le criminel, qui rappelle un dicton populaire : "oeil pour oeil, dent pour dent".
A l'époque, la société était divisée en trois classes importantes, à savoir :
● Les Awilum: Les hommes libres, propriétaires terriens, qui ne dépendaient pas du palais et du temple ;
● Les Awilum: Les hommes libres, propriétaires terriens, qui ne dépendaient pas du palais et du temple ;
● Muskenum: La classe moyenne, les fonctionnaires, qui étaient limités dans l'utilisation des terres ;
● Wardum: Les esclaves, qui pouvaient être achetés et vendus jusqu'à ce qu'ils soient en mesured'acheter leur liberté.
A titre d'exemple, l'Art. 25 § 227, stipule que : - "Si un constructeur construit une maison pour un Awilum et queA titre d'exemple, l'Art. 25 § 227, stipule que : - "Si un constructeur construit une maison pour un Awilum et quela maison qu'il a construite est tombée et a causé la mort du propriétaire de la maison, ce constructeur sera tué".
Dans son épilogue, Hammurabi déclare qu'il a rédigé l'ensemble des droits de l'homme "afin que les forts neDans son épilogue, Hammurabi déclare qu'il a rédigé l'ensemble des droits de l'homme "afin que les forts nenuisent pas aux faibles, protégeant ainsi les veuves et les orphelins" et "pour résoudre tous les différends etremédier à toutes les infractions".
Kant définit, à son tour, les droits de l'homme comme étant "un ensemble de conditions, selon lesquelles,Kant définit, à son tour, les droits de l'homme comme étant "un ensemble de conditions, selon lesquelles,l'arbitrage de chacun peut coexister avec l'arbitrage des autres, conformément à la loi générale de la liberté".
Ni les Mésopotamiens, ni les civilisations qui se sont succédé jusqu'à cette date, n'ont inventé les droits deNi les Mésopotamiens, ni les civilisations qui se sont succédé jusqu'à cette date, n'ont inventé les droits del'homme.
Les droits de l'homme sont nés avec la civilisation. Son but est de réglementer les relations humaines, afin deLes droits de l'homme sont nés avec la civilisation. Son but est de réglementer les relations humaines, afin deparvenir à la paix et à la prospérité dans la société, prévenant ainsi le désordre et le crime.
La plus grande violation des droits de l'homme dans l'histoire de l'humanité a été l'occupation territoriale réaliséeLa plus grande violation des droits de l'homme dans l'histoire de l'humanité a été l'occupation territoriale réaliséepar les colonialistes européens, à travers l'oppression des peuples autochtones, le massacre, l'exploitationabusive et continue des ressources, jusqu'à ce jour, dans le cadre de la stratégie d'appauvrissement des peuplesautochtones.
Il n'existe aucune institution nationale, régionale, continentale, multilatérale, bilatérale, et encore moins d'ONGIl n'existe aucune institution nationale, régionale, continentale, multilatérale, bilatérale, et encore moins d'ONGétrangères et nationales qui condamnent cette longue et ignoble violation de la liberté des peuples, en particulierdans l'hémisphère sud. Pourquoi ? (pensez-y).
Alors que nous sommes décapités, assassinés et que nos richesses sont détruites, nous ne recevons aucunAlors que nous sommes décapités, assassinés et que nos richesses sont détruites, nous ne recevons aucunsoutien de la "Communauté internationale" et de ses institutions traditionnelles, pourquoi ?
Certainement parce qu'ils attendaient la capitulation de notre souveraineté sur Cabo Delgado, pour finalementCertainement parce qu'ils attendaient la capitulation de notre souveraineté sur Cabo Delgado, pour finalementdistribuer nos précieuses ressources, comme ils l'ont fait à la Conférence de Berlin. Où est passée AmnestyInternational, alors que nous avons été et sommes exploités, opprimés et décimés ?
Après tout, qui représente Amnesty International ? D'où vient-elle et quel est son statut ? Son histoire ? Qui laAprès tout, qui représente Amnesty International ? D'où vient-elle et quel est son statut ? Son histoire ? Qui lafinance ? Quelle est sa crédibilité ?
Amnesty International est une ONG fondée en 1961 en Angleterre (UK), par M. Peter Benenson, un avocatAmnesty International est une ONG fondée en 1961 en Angleterre (UK), par M. Peter Benenson, un avocatd'origine juive ;
Amnesty International est financée, entre autres, par les gouvernements britannique et américain ;
Son objectif est "la défense des droits de l'homme" et son slogan : "...mieux vaut allumer une bougie que deSon objectif est "la défense des droits de l'homme" et son slogan : "...mieux vaut allumer une bougie que demaudire l'obscurité.."
Son histoire dans la défense des droits de l'homme des prisonniers juifs et européens est cependantSon histoire dans la défense des droits de l'homme des prisonniers juifs et européens est cependantremarquable,En 1963, selon des preuves documentaires, le soutien secret du ministère britannique des Affaires étrangères aété prouvé, dans lequel les agents secrets du monde entier ont été priés de soutenir les campagnes d'AmnestyInternational.
Toujours en 1963, Amnesty International demande au ministre du Cabinet colonial, Lord Lansdowne, de soutenirToujours en 1963, Amnesty International demande au ministre du Cabinet colonial, Lord Lansdowne, de soutenirles réfugiés blancs racistes fuyant les persécutions des combattants de l'apartheid dans la zone frontalière de laRSA, qui est aujourd'hui le Botswana. Amnesty a argumenté sa demande auprès du gouvernement britanniquedans les termes suivants cités : "Nous souhaitons réitérer notre point de vue selon lequel ces territoires[britanniques] ne devraient pas être utilisés pour des actions politiques offensives menées par des opposants augouvernement [raciste] sud-africain, dont l'influence communiste ne devrait pas être autorisée à se répandredans cette partie de l'Afrique, étant donné la situation actuelle délicate. Amnesty International souhaite soutenirle gouvernement de Sa Majesté dans la mise en oeuvre d'une telle politique"- fin de citation ;
En 1964, Amnesty International n'a pas classé Nelson Mandela comme "prisonnier d'opinion" pour avoir étéEn 1964, Amnesty International n'a pas classé Nelson Mandela comme "prisonnier d'opinion" pour avoir étéaccusé et condamné pour violence par le gouvernement raciste d'Afrique du Sud ;
Pendant la colonisation britannique au Yémen, un fonctionnaire suédois d'Amnesty International a signalé desPendant la colonisation britannique au Yémen, un fonctionnaire suédois d'Amnesty International a signalé desactes de torture commis par le gouvernement britannique, dans la prison d'Aden, selon le témoignage ducofondateur d'Amnesty International, Eric Baker, qui a accusé Amnesty International de collusion avec legouvernement britannique, pour garder secrets les rapports compromettants des Britanniques, à la demande dusecrétaire aux affaires étrangères, George Brown.
En 1990, lorsque l'Irak a envahi le Koweït, Amnesty International a faussement accusé le gouvernement irakienEn 1990, lorsque l'Irak a envahi le Koweït, Amnesty International a faussement accusé le gouvernement irakiend'avoir volé 300 bébés dans des couveuses pour les laisser ensuite mourir dans le froid. Cette fausse accusationa été utilisée en Angleterre, dans l'UE et aux États-Unis d'Amérique, et le partisan a fait un faux témoignagedevant la Commission des droits de l'homme du Congrès américain, témoignage qui a été répété à denombreuses reprises par le président des États-Unis George W Bush, contre le gouvernement irakien.
Jusqu'à ce que cette invention calomnieuse soit prouvée, le gouvernement irakien a été affaibli.Jusqu'à ce que cette invention calomnieuse soit prouvée, le gouvernement irakien a été affaibli.L'enquête a prouvé qu'il n'y avait même pas 300 couveuses dans la région concernée.Cette affaire est devenue mondialement connue sous le nom d'affaire "Nayirha".
Les Mozambicains ont été "grillés" il y a 15 jours par des informations diffusées par Lusa, la BBC, DeutscheLes Mozambicains ont été "grillés" il y a 15 jours par des informations diffusées par Lusa, la BBC, DeutscheWelle et d'autres organes d'information" étrangers et nationaux, ainsi que par des ONG nationales, accusant legouvernement du Mozambique de violer gravement les droits de l'homme. Humains, dans la guerre contre lesterroristes, dans la province de Cabo Delgado.
Cette désinformation découle d'un rapport diffamatoire présenté par Amnesty International, pourtant,Cette désinformation découle d'un rapport diffamatoire présenté par Amnesty International, pourtant,Le Mozambique est attaqué par des terroristes depuis 3 ans dans la province de Cabo Delgado, où des meurtresbarbares de citoyens sans défense et environ 700 000 réfugiés et un nombre indéterminé de personnesdéplacées ont été commis.
La destruction des infrastructures publiques, telles que les hôpitaux, les écoles, les industries et les commerces,La destruction des infrastructures publiques, telles que les hôpitaux, les écoles, les industries et les commerces,ainsi que la destruction complète des marchés et des villages, ont été enregistrées. Néanmoins, nous n'avonsjamais entendu de déclaration d'Amnesty International condamnant ces actes barbares.
Le gouvernement du Mozambique a trouvé des solutions pour garantir la défense de son intégrité territoriale, etLe gouvernement du Mozambique a trouvé des solutions pour garantir la défense de son intégrité territoriale, etcombat les terroristes avec ses propres moyens, ce qui lui a permis de contrôler à 98% la vaste province deCabo Delgado.
Par conséquent, les FDS - Forces de défense et de sécurité - réalisent ce que de nombreux pays, les soi-disantPar conséquent, les FDS - Forces de défense et de sécurité - réalisent ce que de nombreux pays, les soi-disantpuissances militaires, n'ont pas réussi à réaliser dans la lutte contre le terrorisme transnational.
L'estimé lecteur doit alors se demander pourquoi cette attaque vilipendent contre le gouvernement duL'estimé lecteur doit alors se demander pourquoi cette attaque vilipendent contre le gouvernement duMozambique ? (dans sa stratégie d'appauvrissement). C'est simple, après l'accord de paix général, signé en1992, entre le gouvernement et la Renamo, l'économie du Mozambique a connu une croissance à deux chiffres,ayant même atteint 18% du PIB. La réponse de la "communauté internationale" a été de déclarer l'état d'urgenceet, pendant 10 ans, elle a fourni gratuitement de la nourriture (céréales, huile de cuisson, etc.) de telle sorte queles producteurs locaux ont renoncé à produire de la nourriture car ils ne pouvaient pas vendre leur production.
En outre, ils ont inventé une nouvelle doctrine qu'ils ont appelée "nourriture contre travail", c'est-à-dire que lesEn outre, ils ont inventé une nouvelle doctrine qu'ils ont appelée "nourriture contre travail", c'est-à-dire que lespaysans, hommes et femmes, qui travaillaient auparavant dans l'agriculture ont commencé à réparer les routesprécaires (dans un cercle vicieux de chaque saison des pluies) en échange de nourriture.
Résultat immédiat, nous avons perdu la culture de l'agriculture, nous avons détruit nos infrastructures, nousRésultat immédiat, nous avons perdu la culture de l'agriculture, nous avons détruit nos infrastructures, nousavons mis en faillite les agro-industries et nous avons appauvri notre pays.
Peut-on être LIBRE sans aliments de base ?
Peut-on être LIBRE sans aliments de base ?Peut-on avoir une démocratie avec des gens affamés et analphabètes ?
Il est clair qu'avec ces fausses accusations de violations des droits de l'homme par le SDS à Cabo Delgado,Il est clair qu'avec ces fausses accusations de violations des droits de l'homme par le SDS à Cabo Delgado,Amnesty International et ses bailleurs de fonds traditionnels poursuivent leur objectif de faire en sorte que lesMOZAMBICAINS NE CROIENT PAS QU'ILS ONT LA CAPACITÉ DE DÉFENDRE LEUR INTÉGRITÉTERRITORIALE.
C'est avec la même stratégie que l'on a convaincu les gouvernements mozambicains successifs que nousC'est avec la même stratégie que l'on a convaincu les gouvernements mozambicains successifs que noussommes "absolument pauvres".
COVID-19 m'a appris que les pauvres sont ceux qui, étant au chômage dans un pays "développé", ne peuventCOVID-19 m'a appris que les pauvres sont ceux qui, étant au chômage dans un pays "développé", ne peuventpas survivre 90 jours, sans subventions et soutien, mais il m'apprend aussi que les Africains survivent pareux-mêmes, et avec le soutien de la famille et de la communauté à laquelle ils appartiennent.
Nous sommes de loin une société mieux structurée, avec des valeurs humaines enviables, avec la fraternité,Nous sommes de loin une société mieux structurée, avec des valeurs humaines enviables, avec la fraternité,avec la foi et l'amour.Le plus grand droit de l'homme est la vie - disent la civilisation, les Livres Saints, les Constitutions et la Chartedes Droits de l'Homme.
Quelle est la légitimité d'une ONG, d'une institution ou d'un pays s'ils ignorent les massacres contre desQuelle est la légitimité d'une ONG, d'une institution ou d'un pays s'ils ignorent les massacres contre despopulations sans défense, pour demander la protection des terroristes ?
Monsieur le Commandant en Chef des Forces de Défense et de Sécurité, ne vous laissez pas intimider par cesMonsieur le Commandant en Chef des Forces de Défense et de Sécurité, ne vous laissez pas intimider par ces"calomniateurs" sans crédibilité. Réinstallez les FDS, avec l'imperméabilité de la Défense de la Patrie avec zèle,avec le respect des règles et des lois de la civilisation, comme nous l'avons toujours fait, cependant, je vousconseille de mettre fin sans relâche aux ennemis du Mozambique.
Nous voulons être libérés de ces colonialistes,Nous voulons être libérés de ces colonialistes,
Nous voulons reprendre la lutte reportée contre les systèmes d'appauvrissement externes et internes.
A luta continua,
A luta continua,Amade Camal
Ref : Enciclopedia Británica, Wikipedia
É inaceitável que nem Portugal nem a UE consigam fazer pressão suficiente para que o Governo moçambicano, incapaz e alheio ao sofrimento da população, tome medidas eficazes.
Juma Aiuba foi gigante. Gigante na audácia e na fineza da palavra. Os gigantes são esses seres especiais, com um espaço reservado na eternidade. O paraíso, também, carece de criatividade. Se a leitura é o alimento da alma, o esplendor celestial, deve ser um espaço privilegiado para os diferentes géneros literários. Anjos e santos se divertem, agora, um pouco mais com o surgimento inesperado, do Juma. Nenhuma vida, nem presente e muito menos futura, sobreviveria sem humor, desprovida de uma requintada sátira e, muito menos, sem o sorriso maroto e platónico.
Maitololo, seu nome caseiro, viveu como partiu, irreverente, imprevisível e nas alturas. Qual estrela cadente que cruza as nossas pupilas, desaparecendo sem deixar rastos. “Juma”, etimologicamente, significa alguém que nasceu na sexta-feira. O nosso, fez a sua páscoa, também na sexta-feira. Aiuba (Aniba permollis) é um nome tupi guarani, das amazonas, Brasil. Significa árvore gigantesca, com aproximadamente 50 metros, recordando a todos que subindo numa árvore, deveremos descer pelo mesmo tronco. Esta a combinação perfeita que explica um cronista de múltiplas dimensões.
Vezes sem conta, iniciávamos as manhãs lendo seus ousados, interventivos e contundentes textos. O cozinhado de palavras e narrativas que rescreviam a hipocrisia, reconvertiam o descaso e perfumavam esse prazer matinal de uma leitura que fugisse do corriqueiro e banal. Estas crónicas reforçavam a fugacidade dessa crítica metódica, tantas vezes, viciada e respaldada em interesses obscuros. Vivemos carentes e sedentos de olhar para nós próprios, reconhecer o quanto temos sido insensíveis, perversos, egoístas e pouco racionais na nossa normalidade. Surgia, então, Maitololo recordando, através de corajosas, destemidas e humoradas palavras, que tão bem soube recriar, que poderemos fazer um país melhor, mais inclusivo, uma democracia menos frágil, instituições mais fortes e representativas.
A história da literatura e do jornalismo é profícua em exemplos de escritores satíricos. Na verdade, todos nós escondemos uma faceta humorística dentro de nós mesmos. Aldous Huxley e Evelyn Waugh, da Irlanda e Inglaterra, respectivamente, argumentavam que a sátira e o humor são questões que ultrapassam as épocas. A sátira social sempre consistiu em revelar a inconsistência, a incredulidade, a hipocrisia, a crueldade, o cinismo e a indignação. Em períodos mais modernos, Salman Rushdie, foi o rosto marcante da sátira. Este autor dos “Versículos Satânicos” teve de viver refugiado e escondido, para se manter vivo. Tal a força da palavra e o poder da sátira.
Em Moçambique, a literatura revela alguma dificuldade para conviver com a sátira social, na sua plenitude. Os poemas e, de alguma forma, a prosa continuam os veículos subtis que valorizam este género. Eventualmente, existam factores de ordem cultural, linguística, editorial, social ou política, conjugados, que limitam uma sátira mais genuína. A Revista Tempo com jornalistas como Areosa Pena, Filipe Mata e Bartolomeu Tome, ultrapassaram barreiras e se firmaram como os cronistas de referência. Censurados pelo regime colonial, se mantiveram firmes e agraciados pelo projecto libertador.
Mesmo depois da independência, jamais pararam de satirizar, com humor e leveza, modelos e propostas governativas pouco coerentes.
Depois de algum interregno e de um momento de muitas veleidades, novas vozes tentaram seu espaço e traçaram o seu próprio caminho. Juma, foi essa feliz e improvável revelação. Quando lhe perguntavam de onde buscava tanta inspiração, ele era peremptório. Não era ele que se inspirava. Era Moçambique que palmilhava e trilhava pelos sinuosos caminhos da paródia e indignação. Eram as incongruências da corrupção e a maledicência da democracia atípica, da política quotidiana maquiavélica, da insensibilidade do sistema judiciário.
A paródia se constrói com a vida, na seriedade e na adversidade dos factos. O que mais o incomodava e, um pouco aos cidadãos de bom-senso, eram as infundadas justificações para narrar o óbvio, os números problemáticos do registo eleitoral, das arbitrariedades com os contentores que, misteriosamente, desaparecem, a leviandade como se constrói a narrativa de pagamentos duvidosos, enfim, essa espécie de tragicomédia e de uma morte anunciada, para relembrar Gabriel Garcia Márquez.
A Carta de Moçambique, jornal digital para o qual publicou, reconheceu, em momento oportuno, que o seu projecto jornalístico ganhou espaço e expressão muito por conta de se ter pendurado na sua bagageira. Na realidade, a publicação acomodou-se, confortável, na poltrona da sua irrepreensível imaginação e frontalidade. Juma era uma pessoa corajosa e de perspicaz frieza. Assustava. Quase vaticinávamos um final premeditado e anunciado.
No seu humor, muitas vezes, tão trivial, noutras tão sério, ele será aquele jornalista que morre e sobrevive. Continuará escrevendo a partir das catacumbas. Para quem lê sátiras, o mais difícil seria não pensar em Charlie Hebdo e em tantos outros, que ousam atravessar pelos caminhos do politicamente correcto. Mas, a vida continua esse sopro. Passará algum tempo até que se entenda da natureza do furúnculo que o vitimou. Porém, o importante será saber que cumpriu, como ninguém, o nobre dever de servir à pátria e, no dia da maior celebração islâmica, ele regressou as profundezas das suas origens.
Sócrates dizia, várias vezes, que as pessoas sábias falam de ideias, mas que as pessoas comuns falam de factos e a pessoas, apenas, falam de outras pessoas. Ficaremos com os novos cronistas e que são produto da paródia que experimentamos como pão nosso de cada dia, Armando Nemane, Sérgio Raimundo e tantos outros, cuja intervenção social fará de Moçambique um lugar para todos, sem medos e de plena liberdade.
Neste tempo, intensificamos as leituras que dialogam com a pandemia. Lemos de tudo um pouco. Depois, por questões de sanidade mental, até nos sugerem um desligamento. Outras leituras. Evitar o risco de pânico. As epidemias sempre desempenharam um papel fundamental na história da humanidade. As pandemias deflagraram crises políticas, económicas, destroçaram famílias e sociedades. Os vírus não moldam à história, os seres humanos sim. Os riscos que enfrentamos ultrapassam o vírus e os demónios exacerbados que geram ódio, ignorância, ganância e pânico.
A nossa reacção, em tempos pandémicos, revela desespero e ausência de esperança. Foi assim no passado. Pandemias propagam ódio, sobre tudo e todos, estimulam a ganância, revivem, até, o sentido da ignorância. 2020 foi tenebroso. 2021 se reveste já de memórias apocalípticas. Nos rendemos à resignação. Na nossa ingenuidade e apressada intuição, alimentamos esperanças de melhores dias. A pandemia não muda, nós sim.
Nas últimas leituras, tanto nas de ficção, bem como noutras, exorcizamos os demónios. Rebusquei algum encantando no “Planisfério Moçambicano – Atlas Literário”. Uma espécie de reencontro com o horizonte e suas escritas, citando o José dos Remédios. Um mergulho, em seco, pela literatura, seu cancioneiro e política cultural. Uma viagem fiel pelo acervo das memórias de Nelson Saúte. Essa memorável trajectória que revê clássicos. O libelo contra o esquecimento colectivo e a desmemória. Craveirinha, quase centenário, Noémia de Sousa, Rui Nogar, Eduardo White, Rui Knopfli, Leite de Vasconcelos, Aníbal Aleluia, Albino Magaia, Heliodoro Baptista, Ricardo Rangel, Fanny Mpfumo, Marcelino dos Santos, Calane da Silva, Malangatana e Bertina Lopes. Todos eles celestiais. Escrevem para outros olhares, cantam para outros ouvidos e pintam para os privilegiados.
Como teria sido oportuno exaltar outros escritores, como Adelino Timóteo, Mbate Pedro, Nelson Lineu, Sangare Okapi, Lucílio Manjate, Sara Jona Laisse e tantos outros, que insistimos serem a nova fornalha. Mas, eles são consagrados. Hoje, acrescentaria o cronista-mor da sátira moçambicana, Juma Aiuba. Ele mereceria essa reverência. Os seus textos foram imprescindíveis e os mais lidos nesta pandemia. Juma Aiuba deixara marcas indeléveis no jornalismo moçambicano e no fenómeno das redes sociais.
Ganhei de presente, da minha esposa, “A Promised Land”, de Barack Obama. Soberba e admirável biografia. Obra quase obrigatória. Lançada nos EUA, antes das contraditórias e fleumáticas eleições. Obama se expõe. Valoriza o aprendizado e percurso político. Revela como as lideranças políticas são manipuladas e mantidas reféns de interesses obscuros. Ele retoma os “órfãos da ordem política e economia americana”. O convencional que se converteu em adverso.
Porque se descontentam os jovens, desmotivam os partidários, políticos se banalizaram e perdem credibilidade? “Uma casa dividida não se sustenta”, tal como dizia Abraham Lincoln. Na difícil missão de liderar os povos, nunca como agora, foi tão necessário prestar redobrada atenção aos preteridos.
A amiga e colunista da Folha de São Paulo, Cláudia Costin, lá no Atlântico, interrompeu as minhas leituras, recomendando a imperiosa necessidade de ler o artigo “O Crepúsculo da Democracia” (Twilight of democracy) de Anne Applebaum. Esta jornalista americana descreve o réveillon, de 1999, na Polónia e a virada do milénio. Anteviu um milénio sem harmonia, pouco salutar, e com tendências invertidas. O mundo mudaria para o pior.
Anne Applebaum antecipou, com perspicácia, as tendências do neoliberalismo, o resvalar das instituições democráticas mundiais, o surgimento da distopia, que seria expressa em regimes populistas, sistemas políticos polarizados e sociedades intolerantes. A pandemia política já havia chegado muito antes dessa catástrofe humanitária. Vivemos algo que ela designou por “o apelo sedutor do autoritarismo”.
Estes novos tempos parece oferecem, de forma indiscriminada, saídas simplistas e mágicas, para problemas tão complexos. Estes tempos ainda mantém discursos que contradizem a práxis. Autoritarismos com números assustadores, lealdades e parcerias que se sobrepõem ao conhecimento.
Nesta senda outra das obras que sugiro, seria o último livro do consagrado historiador israelita Yuval Noah Harari: “Notas soltas sobre a pandemia”. Yuval Noah acredita que na batalha contra o coronavírus faltam líderes a humanidade. Desaconselha o descarregar de culpas à globalização, as restrições de toda a espécie, incluindo as viagens. Se opõe de forma frenética a “desglobalização do mundo” e ao isolacionismo prolongado. O antídoto para a pandemia, refere, não será a segregação, mas a cooperação. Descreve como as anteriores pandemias surgiram. Como elas ceifaram mais vidas que qualquer guerra.
Continuo, no entanto, sedento de livros e relatos sobre como numa situação de impossibilidade de funcionamento normal das escolas, poderíamos improvisar aulas ao ar livre e deixarmos as crianças aprender. Soluções tecnológicas, no nosso caso, são paliativas. Música para adormecer quem vive de insónias. Procuro soluções e formas de reduzir esse quadro da profunda desigualdade educacional, decorrente da Covid-19.
As leituras destas novas normalidades precisam de descartar saídas simplistas ou mágicas, para problemas tão complexos. Discursos que contradizem a práxis. Leituras que nos façam compreender os descalabros. Os demónios das lealdades e alienadas alianças.
Estes são tempos que deixaram de ser assintomáticos. Exigem criatividade na reestruturação socioeconómica, inovação na resiliência, novas abordagens estruturantes para alcançar uma sociedade de justiça social, uma economia diversificada e sem pobreza. Buscamos pragmatismo, firmeza e posturas motivacionais. Como diz o provérbio, com êxito ou não, o importante é que cada um, no final, possa dizer, “fiz o que pude”.
Nestes tempos de leituras pandémicas, uma vénia muito especial a classe médica. A alma mais forte e melhor constituída é aquela que não se deixa envaidecer com os sucessos, nem abater com a infelicidade. Vocês são os nossos heróis. (X)