Esta semana, a doutora Bia - investigadora e especialista em encriptação de dados (a pessoa que traduziu e codificou os resultados do estudo da Kroll) - manteve encontro com os alunos do Instituto Superior de Reintegração Social para se inteirar do curso das aulas. Depois de falar dos objetivos da visita e da missão e visão da instituição, pediu para que os alunos apresentassem as suas preocupações. Para a sua surpresa, ficou a saber que ainda há alunos que não conhecem nem um pouco da tabela periódica de gatunos de Nhangumele. Houve um grupo de alunos que quis saber quem era Newman, numa clara demonstração que não lêem apontamentos de Química. Ela ficou pasma!
Ela simplesmente respondeu que aquele não era o momento de revelar nomes de elementos químicos. Não era o objetivo da sua visita, mas avisou que, pela sua importância para o curso, certamente a matéria vai sair no exame. Por fim, recomendou aos alunos muita leitura, particularmente, à disciplina de Química.
Estranho, não?! Aliás, triste! Só hoje é que aparecem pessoas a quererem saber quem é Newman?! Newman mesmo?! Faxavor!!! Afinal, querem saber quem é Newman ou querem saber as suas características e propriedades químicas, como: carga atômica, configuração eletrônica, ocorrência na natureza, reação com outros elementos, etecetera?! Aí, sim!
É que Newman é um dos elementos mais importantes da tabela de Téo a par de HoS e Chopstick. Não conhecer esses elementos químicos é o mesmo que não conhecer malta Oxigénio, Hidrogénio, Ferro, Zinco da tabela de Mendeleev. Na tabela de gatunos os elementos foram codificados e posicionados de maneiras que não se confundam e as suas evidências na natureza são perceptíveis. Téo evitou fazer uma tabela como a de Mendeleev onde Magnésio e Manganês se confundem e elementos como Actínio, Bário, Neónio, Tungsténio nunca se sabe bem bem onde se encontram na natureza ou para que servem.
A tabela de Téo é clara e simples. A preocupação agora é saber com quais elementos Newman pode se misturar em reações de solução aquosa e de saponificação ou de hidrólise alcalina. Sabe-se que, possivelmente, uma reação com Chopstick pode resultar em trinitrotolueno, um composto altamente explosivo.
Não conhecer Newman é demais. Não é bom! As tantas o próprio Newman nem gramou de saber. Já chumbaram! Ou devem arranjar um explicador com urgência. "Quem é Newman?", logo para a diretora! Possas!!! É para o quê já?! Para ela pensar que "titxa" Boustani não deu bem aulas?! Há gajos abusados, sabe!
Mas, em todo o caso, quem estiver interessado é só pedir apontamentos ao colega Nhamirre. Ele não é do curso, mas participou dessas aulas, em particular, no âmbito dos créditos académicos da sua universidade. Há um outro jovem aí que também participou, mas chegou atrasado... mas também eish... apontamentos dele erros só!!!
- Co'licença!
Dizem que o resgate dos dois empresários que ocorreu a luz do dia de ontem não foi recambolesca. Dizem que quem estragou foi a mana chefe dos serviços de investigação criminais que se fez ao local de soca de bico-fino, blusa de alça com renda, saia de cintura-baixa plissada e bolsa de grife. Queria-se um assalto com coletes à prova de balas, mísseis terra-ar, comandos, helicópteros. Um assalto à Chuck Norris e uma entrevista à Jorge Kalau.
Celebremos a vida, pessoal! Hoje por hoje que Moçambique virou um cocktail molotov altamente explosivo, em que até o próprio Estado tem a sua lista de destinos paralela a do próprio pai de Jesus, não podemo-nos dar ao luxo de querermos que seja o Rambo a nos libertar. Voltar com vida é tudo! Por mim, a directora da Polícia podia ter ido ao local com o próprio salão de beleza e boutique móveis, se quisesse. Podia até ter convidado a "Fashion Ti-Vi" para montar passarela no esconderijo e transmitir em direto. Eu só quereria sair vivo!
Celebremos a vida! Ninguém está a salvo! Isso não é novela só de empresários, nem de jornalistas, nem ativistas sociais, nem de observadores eleitorais, nem de académicos, nem de apóstolos da desgraça como eu. Isso é de todos. Há quem não teve a sorte de sair das mãos desse crime organizado com vida. Cardoso, Siba-Siba, Cistac, Vilankulo, Amurane, Matavele... a lista é gorda. Se ser resgatado com vida, mesmo com tarsos e metatarsos, carpos e metacarpos e fémures moídos já vai com muita sorte, imagina, então, inteiro?!
Celebremos a vida, compatriotas! Não se sabe amanhã! Para falar a verdade, eu tenho mais medo desses esquadrões da morte do que da Covid-19! Não há máscara nem distanciamento social que os afaste. Quando esses gajos te querem, te encontram. A nossa fé é que calhemos com bandidos matrecos ou estagiários como aqueles que tentaram raptar o Matias.
Celebremos a vida, irmãos! Só para vocês terem uma ideia: aqueles polícias que assassinaram o meu colega da Sala da Paz, Anastácio Matavele, têm um advogado de luxo pago pelo Estado. Um advogado que veio de Nova Iorque. Pois é! Leiam o número 1 do Artigo 83 do Estatuto da Polícia para entenderem melhor a história!
Excelentíssima Senhora Diretora da Antiga PIC, no dia do meu resgate, venha como e com quem quiser! Sugiro que, no lugar de tiros de A-Kapa-Eme, os policias lancem ao ar pétalas de rosas vermelhas como sinal de amor. Que se monte um scanner na entrada do quintal do esconderijo para detectar metais e engenhos perfuro-cortantes. O agente que tiver arma, baioneta, chamboco ou mesmo algemas não poderá participar do assalto. Que se convide o grupo Estrela Vermelha da Ilha de Moçambique para dançar tufu antes do assalto. Importa a vida.
- Co'licença!
Estamos a gastar balúrdios com túneis de desinfecção mesmo sabendo que é uma tecnologia que não foi cientificamente aprovada. Ou seja, estamos a usar o pouco dinheiro que temos, estamos a mobilizar os nossos já falidos empresários e parceiros de cooperação na compra e promoção de um produto que temos a certeza que não funciona. Isto significa que estamos a combater a Covid-19 com um recurso que não teve o "yes!" científico da Ó-Eme-Esse. Eu não entendo!
Afinal, nós não somos, então, os tais meninos finórios que só usam produtos cientificamente testados e autorizados?! Nós não somos os tais que estão na vanguarda da proteção da saúde do povo?! Nós não somos os que não arriscam?! Nós não somos os tais protótipos da qualidade sanitária?! Como é que os túneis escaparam da nossa qualidade científica?!
Os túneis de desinfecção estão a ser diariamente inaugurados por governantes de topo. Ministros, secretários de Estado, governadores, edis e companhia estão a acotovelar-se para "desvirginarem" túneis e aparecerem no ecrã na hora nobre.
Não percebo! Os túneis gastam energia, água e cloro (não tenho certeza se é esse o produto que se usa). Cada casota daquelas custa entre 80 à 200 mil meticais, dependendo do material usado. Portanto, um investimento caro e cientificamente ineficaz. Um produto mais caro do que o xarope de Madagáscar. O xarope de Andry Rajoelina é "mahala" e é fabricado à base de uma erva cuja eficácia no tratamento da malária e outras enfermidades é mundialmente reconhecida. O que significa que, se não cura a Covid-19, pelo menos, não mata. Estou a pensar empiricamente!
Trocando em quinhentas: não podemos usar o xarope GRATUITO porque a ciência não aprovou a sua eficácia, mas podemos usar um túnel ONEROSO, de eficácia duvidosa, sem aprovação da científica!
Se a Ó-Eme-Esse é tão científica e preocupada com a promoção da qualidade sanitária global, por que é que não se pronuncia em relação aos testes contaminados que andam por aí, dos testes positivos feitos em animais e plantas na Tanzânia e das máscaras deliberadamente mal confeccionadas na China? Se há, de facto, interesse por parte da Ó-Eme-Esse em promover a cura global, por que razão, até hoje, não submeteu o xarope malgaxe à testes científicos e dissipar, de uma vez por todas, a dúvida?
O senhor ministro da Saúde pode explicar isso em centavos? Os tais gajos da Ó-Eme-Esse não sabem que estamos a gastar dinheiro com túneis? Disseram alguma coisa?
- Co'licença!
É bom saber que o Conselho Constitucional teimosamente continua a declarar nulos os empréstimos contraídos pela nossa corja de gatunos de estimação em nome do povo. É bom saber que o Judiciário reconhece que o povo não deve pagar fiado que não contraiu. E é bom também saber que o povo está acordado e está a lutar pelos seus direitos.
Contudo, mais do que acordar e fazer "copy and past" de uma dúzia de termos jurídicos e untar com autógrafos da equipa de juízes, é preciso também que se faça um acórdão específico ao senhor ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane. Mais do que preciso é imperioso! É imperioso acordar esse velhote com um acórdão só para ele.
Acabe-se de uma vez por todas a teimosia desse cota! Não seria necessário escrever muita coisa nem gastar o repertório vocabular jurídico. Era só escrever um parágrafo curto, claro, directo e grosso num vocabulário simples e com direito a um glossário no fim da página. Seria um texto mais ou menos assim:
"Ouça cá, você Maleiane. Nós, Juízes do Cê-Cê, sabemos que você anda a pagar as parcelas das dívidas ocultas que nós já declaramos nulas. Pára já com isso, velhote! Deixa que os gatunos que as contraíram paguem eles próprios! Não sobrecarregue ainda mais o já sofrido povo moçambicano! Não nos aquece a cabeça, você! Quando Nyusi te mandar pagar, liga para a malta! Não seja empata-f*da, cota! Deixa o país desenvolver! Assinado: Lúcia, Ozias, Manuel, Domingos, Mateus, Albano e Albino".
E prontos!... e mandem para ele. E deve estar anexado ao acórdão uma foto de chamboco e Mahindra. Talvez assim o velhote atine. Um acórdão simples para uma pessoa também simples. Um acórdão para acordar Maleiane. O Estado não pode estar aqui a se esforçar em empurrar o país para frente e aparecer um velhote molengão a atrapalhar o curso das coisas. Não pode! Dizer que "este pagamento era um acto meramente necessário" soa a conspiração. O senhor Maleiane não pode estar acima da lei. Violou o acórdão número 5/CC/2019, que anula os empréstimos da EMATUM. Agora, se violar este também, chamboco e Mahindra com o velhote!
- Co'licença!