Director: Marcelo Mosse

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Actualizado de Segunda a Sexta

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Co'Licença

terça-feira, 01 setembro 2020 06:39

Um dia esses cães vão morder Nyusi

O encontro entre o Presidente da República Filipe Nyusi e o Bispo de Pemba Dom Luiz Lisboa é, de longe, um sinal aos cachorrinhos do sistema de que neste quintal deve haver respeito pelos que nele vivem. É um sinal aos cães para pararem de ladrar. Significa que o sacerdote é uma pessoa bem-vinda e honrada. É um 'xxxiiiu!' para toda a matilha. 
 
 
Sem sombras de dúvida, é um gesto salutar. Mas, para domar melhor os seus cães é preciso que o Chefe de Estado acabe com a mania de mandar indirectas públicas. Para domesticar e docilizar os seus cachorros é preciso que ele [o Presidente da República] deixe o hábito de mandar bocas. Filipe Nyusi deve parar de fazer gestos que confundem os seus cachorros. É preciso que Filipe Nyusi saiba que os seus cachorros agem conforme os seus gestos e não deve se esquecer que nem todos eles entendem os seus gestos. 
 
 
Explico: Filipe Nyusi não teve tempo suficiente para treinar os seus cães. Esses cães não conhecem todos os gestos do seu dono. Não entendem quando o seu dono está a brincar ou a falar a sério. Para eles, todos os gestos de Filipe Nyusi são ordens para atacar. Qualquer indirecta de Filipe Nyusi é um comando para morder. Só de Filipe Nyusi apontar para alguém é sinal de 'Rex, toma conta do gajo'. 
 
 
O Bispo de Pemba foi mordido por causa de uma indirecta que o Presidente da República deu no dia 15 de Agosto, em Pemba, onde disse qualquer coisa como 'aqueles que bem protegidos levam de ânimo leve o sofrimento de quem os protege, incluindo alguns estrangeiros que livremente escolheram viver em Moçambique'. Esta indirecta foi muito mal absorvida pelos seus cachorros que trataram logo de esquartejar o Padre com adjectivos pejorativos e vilipendiosos, chegando a acusá-lo de financiar o terrorismo em Cabo Delgado e até sugerido a sua exemplar expulsão do país. 
 
 
Se o Chefe de Estado tivesse feito um comentário decente e virtuoso, em fórum próprio e com humildade e classe própria de um Chefe de Estado, nenhum cachorro teria latido contra o Dom Lisboa... teriam simplesmente abanado o rabo como estão a fazer agora. Afinal de contas, eles querem apenas agradar ao seu dono. Querem garantir ossos. Não analisam, não questionam. Mordem, primeiro, e só depois é que perguntam quem é e o que fez.
 
 
Neste andar, daqui a pouco esses cães vão começar a se governar sozinhos. Aos poucos vão perdendo sensibilidade aos assobios do dono. Vão deixar de obedecer aos comandos do seu dono e ainda, com um pouco de azar, vão morder o próprio dono. Um dia serão os cães a dar ordens ao seu próprio dono. E parece que estão muito perto disso. Nos últimos dias esses cães estão a sair do canil com mais frequencia. Esses cachorros estão ávidos em governar-se e em governar o quintal. Já não sabem qual é o assobio para atacar. Já não farejam as vítimas, mordem primeiro. Já estão a se tornar cães vadios e vira-latas. 
 
 
O Chefe de Estado deve deixar claro aos seus cachorros, de uma vez por todas, que o mau da fita são os insurgentes e não o povo. O Chefe de Estado deve contratar um domador que treine os seu cães a morderem os bandidos. Eles que parem de esquartejar os filhos da casa bem a frente do seu dono sem que este reaja. Que contrate um amestrador que os ensine o assobio do seu proprietário. 
 
 
O Chefe de Estado deve parar de ficar nervoso a frente dos seus cães. Isso os confunde. Nyusi deve parar de assobiar de qualquer maneira, em qualquer lugar e em qualquer momento. Deve ter um sinal de 'stop' para os cachorros. O mais importante: deve levar os seus cachorrinhos ao veterinário para apanharem vacinas antirrábica dos 30 anos da democracia e da liberdade de expressão. Esses cães devem saber que nesta casa as pessoas conversam, debatem, discutem ideias. Devem saber que pensar diferente não é sinónimo de inimizade. Devem saber que nesta casa as pessoas vivem e convivem pacificamente apesar das suas diferenças. 
 
 
Cuidado, senhor Presidente! Cão raivoso é muito perigoso até para o próprio dono. Mas, pior mesmo do que um cão raivoso é um cão mal treinado. Um cão que acha que é inteligente. Um cão que quer mostrar serviço. Um cão com excesso de zelo. Quem avisa amigo é! Muito cuidado com um cão que esqueceu que é cão! 'Ai-ami-tellingue-yu-mista-presidente'. Um dia... eu disse, um dia... 
 
 
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sexta-feira, 28 agosto 2020 04:33

Gatunos enrolados... digo, arrolados

Passam muitos dias que o juiz da Secção Comercial do Tribunal Superior de Justiça de Londres enrolou - perdão, arrolou - os nossos gatunos de estimação, e, até hoje, eles [os gatunos] queixam-se de ainda não terem recebido formalmente as devidas intimidações - digo, intimações. Isso é, no mínimo, uma 'granda' aberração! Deixar um gatuno já enrolado - queria dizer arrolado - a espera da sua intimidação - desculpa, intimação - é, na pior das hipóteses, uma grosseira falta de patriotismo. É ultraje aos símbolos nacionais. De resto, falta de autoestima. 
 
 
Que decepção, compatriotas! Afinal, estamos a fazer o quê para o nosso país, então?! Se até entregar uma simples intimidação - perdão, intimação - a um gatuno já enrolado - dizia arrolado - fora do país não queremos, então, qual será o nosso contributo na valorização do nosso património? Se não nos preocuparmos com os nossos gatunos, então, vamo-nos preocupar com o quê?! Se os nossos gatunos foram chamados para desfilar nas passarelas de Londres, e nós não os avisamos atempadamente para se prepararem, então, como é que queremos que os nossos gatunos sejam conhecidos?! Como seremos reconhecidos como nação de gatunos?! De onde virá o nosso orgulho, então?! 
 
 
Até agora nenhum dos nossos gatunos recebeu uma intimidação - possas, intimação - formal do seu enrolamento - é arrolamento. Só estão a ouvir as enrolações e intimidações (queria mesmo dizer arrolações e intimações) pelo 'feici'. Estão ansiosos. Querem papel timbrado, assinado e carimbado na mão. Vocês não imaginam o que é estar enrolado - dizia, arrolado -  a espera de ser intimidado - meu Deus, intimado - por muito tempo. Um gajo fica enrolado e destemido - digo, arrolado e desintimado. É muito frustrante. 
 
 
Então, companheiros, vamos sair do sofá! Vamos sair do 'feici'! Vamos pegar nessas intimidações - digo, intimações - e vamos entregar aos seus legítimos enrolados - arrolados (mas este verbo 'arrolar' é antigo?)! Vamos ao menos ajudar os gringos na enrolação - yuuu arrolação - dos nossos gatunos de estimação! Vamos pegar nesses envelopes e vamos distribuir aos legítimos donos. Uns já conhecemos onde estão, outros vamos procurando aí nas suas mansões. É só chegar, bater a porta e dizer: 'co'licença, tio... sei que foste enrolado - arrolado - e eu vim te intimidar - digo, intimar - formalmente'. Não custa nada. 
 
 
Um povo que se preze não pode deixar os seus  gatunos andando enrolados - arrolados (cansei com esse verbo) - por aí sem serem intimidados - intimados - por muito tempo. Vamos ajudar, pessoal! Vamos fazer a nossa parte! Vamos intimidar - digo, intimar - os nossos gatunos que já andam enrolados - arrolados, na verdade - há muito tempo! Vamos promover uma campanha com o slogan 'para cada gatuno enrolado uma intimidação'. Vamos contribuir para um Moçambique melhor! 
 
 
- Co'licença!
quinta-feira, 27 agosto 2020 07:21

Vahanle está na tesouraria a distribuir dinheiro

Em Janeiro deste ano, a senhora Abiba Abá fez uma carta ao Município de Nampula pedindo apoio monetário no valor de 40 mil meticais para levar uma parente à cidade de Maputo para tratamento médico. O seu pedido teve uma resposta positiva: o Município passou um cheque de 36 mil meticais que ela devia pagar em duas prestações. Na semana passada - portanto, 7 meses depois - a senhora Abiba pagou 15 mil meticais desse valor.

 

Ainda em Janeiro deste ano, sob orientação do Presidente do Conselho Municipal de Nampula, Paulo Vahanle, o Departamento de Transportes emitiu uma carta solicitando empréstimo ou aluguer da viatura com chapa de inscrição AHE 323 MC pertencente a senhora Abiba Abá (a mesma do cheque) para transportar empresários portugueses parceiros do Município. A proprietária respondeu positivamente sob duas condições: o Município abastecer a viatura e fazer manutenção da mesma. E tudo isso foi feito. 

 

Quem é Abiba Abá:

 

  • É Delegada Provincial da RENAMO em Nampula.
  • É Deputada da Assembleia da República pela Bancada Parlamentar da RENAMO.
  • É Presidente da 9ª Comissão da Assembleia da República: Comissão da Ética Parlamentar.

 

Enquanto isso na página do Município de Nampula lê-se o seguinte: 

 

"[...] queremos esclarecer aos nossos munícipes e o público em geral de que Abiba Abá para além de ser delegada do partido RENAMO que ela é, também é munícipe da cidade de Nampula, e goza dos direitos de qualquer munícipe desta cidade, para o efeito não poderia constituir algum alarme muito menos mau uso dos fundos do erário público".

 

Fiquei todo esse tempo pensando que Vahanle estava a dormir. Me enganei bem! O gajo está na tesouraria... bem acordado... a distribuir tako para os amigos dele e certamente para ele também. 'Fidamãe' do gajo! Estão a mamar mola estes gajos, sabe!

 

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quarta-feira, 26 agosto 2020 06:10

Uma continência aos tomates do Matias

Neste triste e enfadonho seriado de perseguições e tentativas de silenciamento do jornal 'Canal de Moçambique', entre processos judiciais, tentativa de rapto e, nesta última temporada, fogo posto, eu me rendo aos tomates do Matias Guente e sua equipa. É tanto tomate, gente! Tiro o chapéu! 

 

Na segunda-feira, quando vi as fotos do que (não)sobrou do incêndio da redação do 'Canal', fiz um texto cheio de pedras e azagaias. Aquilo era um festival de raiva. Um 'cocktail molotov' de adjectivos vis que eu queria lançar. Mas, quando soube que o Matias e sua equipa estavam a trabalhar numa tenda improvisada no quintal do prédio, rendi. Perdi forças. Aquilo foi pura e simplesmente uma verdadeira catequese de resiliência... com salpicos de rebeldia. É muita persistência, é muita coragem.

 

Mesmo que arrecadássemos todos os dólares do mundo na campanha de solidariedade, mesmo que oferecéssemos os melhores computadores do mundo, mesmo que comprássemos todos os jornais dos ardinas, mas sem os berlindes do Matias, nada feito. Não é resiliência, é teimosia... é ser confuso também.

 

Sem querer desmerecer a honrosa campanha de solidariedade nem as diversas formas de conforto ao 'Canal', a perseverança do Matias e sua equipa merecem o nosso maior respeito. É uma firmeza que nos representa. O tomateiro do Matias é tudo o que o 'Canal de Moçambique' precisa neste momento. Aliás, é o que Moçambique precisa. Todos nós precisamos da semente dos tomates do Matias. Urge uma produção massiva. O ministro Celso devia ver os tomates do Matias... o SUSTENTA vai precisar.

 

'Tomatada à Matias' devia ser o prato do dia: uma xícara de solidariedade geral e uma colher de sopa de cidadania activa com polpa de tomates maduros do Matias (que baste). É isso! Até o nosso hino nacional devia ser 'tomateiro amado': Moçambique nosso tomateiro glorioso / tomate a tomate construindo o novo dia / milhões de tomates / uma só fruta / ó tomateiro amado / não vamos vender. É isso! Com tomates desses nenhum tirano nos irá escravizar mesmo. 

 

Não basta ter tomates, é preciso tê-los no lugar como o Matias os tem. Conheço jovens académicos, historiadores, advogados, sociólogos que abandonaram a luta mesmo sem terem sido seviciados. Outros são cotas professores, cientistas, físicos, astrólogos, químicos, matemáticos. Hoje fazem parte de um conjunto de espécimes especializados em insultar e fazer georeferenciamento dos alvos a abater tudo a troco de vinho e 'per diem'. Viraram insectos e ácaros de tomateiros alheios. Por isso, dizia, não basta ter tomates, é preciso que o tomateiro esteja muito bem localizado. 

 

Produzir um jornal no meio das chamas não é para qualquer respirante. Escrever sobre um incêndio no próprio incêndio é para cabra-macho. Bombeiro pedir para afastarem o computador para ele passar com a sua mangueira para debelar as chamas na redação, nem nos filmes. Já tinha visto emissão televisiva e radiofónica em directo, mas emissão de jornal ao vivo, foi a primeira vez. Aquilo era entrevistar a testemunha, escrever a matéria, tirar a foto, imprimir o jornal e vender ali mesmo... ao vivo. O verdadeiro conceito de 'jornal fresquinho' como pão na padaria. Um jornal saía com cheiro a jornal queimado. É preciso ter muito tomate, irmãos... e no lugar, acima de tudo! Foco, foco, foco. Não se deixar atrapalhar.

 

Ao 'Canal de Moçambique', em especial à sua ávida equipa de profissionais, vai o meu abraço de solidariedade. Disponho-me de bandeja. Eis o meu sangue vermelho para o vosso tinteiro. Aqui trava-se um combate, é duro, mas temos de vencer - como diria o pai de Samito, esse outro jovem cultor de bons tomates. O importante é não desistir. 

 

Ao Matias Guente, simplesmente, uma continência com trombetas e honras de Estado aos seus tomates. Respect!

 

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sábado, 22 agosto 2020 07:50

Ó povo complicado!

Ahhhhh, porque este governo não é democrático. Quando queremos fazer greve, manifestação, manda Polícias bigs tipo King Kong para nos baterem. Isso não é democracia. O país não pode avançar assim. O povo também tem os seus direitos. 

 

Ahhhhh, porque a Polícia está a exagerar nesta quarentena. Você quer beber escondido de repente aparece Mahindra com Polícias grandes e brutos e começam a lançar chambocos. Não foi isso que o Presidente da República disse. Há exageros. A Polícia tem de pautar pelo diálogo. Deve trabalhar serena e calmamente. Nada de violência.

 

Ahhhhh, porque toda a hora refresco, toda a hora refresco para a Polícia. Estão a exagerar. Nós nem sempre temos refresco para dar Polícia. Carta de condução já subiu, renovação também. Essa Polícia só passa a vida a estorquir os automobilistas. Quando você dá um cinquentinha, não querem. 

 

Agora, está aí a obra de Deus Todo Poderoso imbuído de exacerbada generosidade. Deus Omnipresente. Deus que ouve preces dos mais humilhados. Deus que ajuda as suas criaturas. 

 

Está aí a resposta de Deus O Beneficente, O Misericordioso. Deus Benfeitor. Enviou os seus anjinhos, uns meninos fardados de azul feito agentes da lei e ordem. Enviou sobre a terra dos fiéis os seus servos inocentes e imaculados. Espalhou sobre a terra do povo sofrido uns agentes mais baixinhos que a sua própria arma, mais leves que o seu próprio casquete, mais magros que o seu próprio chamboco. Gajos que precisam de andaime para subirem no seu próprio Mahindra. Gajos que fazem equipas de 4 para dispararem uma A-Kapa-47. Gajos que precisam de grua para darem uma coronhada. Gajos que precisam de tomar balanço tipo Ronaldo para chutarem alguém. Gajos que precisam de adjudicar serviços para lançamento de gás lacrimogéneo. Gajos que compram fardamento da Pep.

 

Hoje podemos fazer as nossas greves a vontade. Já não serão aqueles latagões com cara de Hulk. Já podemos bater nossas 'Impalas' numa wella. Quando Mahindra chegar, os agentes vão precisar da nossa ajuda para saírem do carro. Já podemos conduzir bêbados. Só vão nos pedir megas de 20 ou, no máximo, um Fizz. Quando te pedirem Danone, aí já estás muito encrencado, primo. 

 

As nossas preces foram ouvidas. Já que a Polícia não nos defende, então, pelo menos, que sejam pequeninos. Mas, como nós somos confusos e nem sabemos o que queremos, estamos a reclamar também. Um povo que não enxerga bênçãos a meio-palmo do seu nariz. Ó povo complicado!

 

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segunda-feira, 17 agosto 2020 07:12

'Je suis Diomba!'

Irmãos, que tal fazermos uma corrente beneficente a favor do camarada Raimundo Diomba?! Ele não pode sair da casa do Estado porque não tem onde morar. Não tem onde ir. Que tá-lé?! Vamo-nos unir em prol desta causa justa, pessoal!

 

O velhote merece a solidariedade do povo moçambicano do Rovuma ao Maputo, do Zumbi ao Índico. Vejam só: o velhote foi governador provincial durante 15 anos consecutivos sem descansar. É muito sofrimento isso! Quem de nós aceitaria ser governador provincial durante 3 mandatos consecutivos? Quem?! Quem aceitaria tal sacrifício? 

 

Vamos a isso, pessoal! O camarada Diomba não tem casa. Precisa de um teto. Ele fez muito pelo povo moçambicano. Sacrificou-se. Aceitou sofrer. Ser governador provincial ninguém merece. Imagina, então, durante 15 anos ininterruptos! 

 

Deux-tá-ver! Ajudar o próximo é muito bom! Então, ajudemos Sua Excelência Raimundo Diomba, antigo governador da província de Niassa, Gaza e Maputo e actual Secretário do Comité de Verificação do partido FRELIMO. O homem não teve oportunidade de construir uma casinha sequer. Estava preocupado em resolver os problemas do povo moçambicano. Não teve tempo. 

 

Não me perguntem onde ele vivia antes de ser governador provincial durante 15 anos sem repouso. Não me perguntem isso. Talvez era um molowene, um mendigo, um vira-lata. Não sei. Só sei que ele se sacrificou em sair das ruas para ir viver num palácio com direito à escolta, segurança e sirenes durante uma década e meia. Esse é um acto de grande heroicidade para um marginal. Foi muito corajoso. Esses molowenes de hoje em dia - xiliquentos que são - não aceitariam um sacrifício desses. É preciso ter muita bondade no coração. Esses últimos 15 anos devem ter sido os piores da sua vida. Mas, também, este governo de Nyusi é muito insensível sabe!... querer tirar um 'madala' daqueles, pobre-coitado, do palácio mesmo!!! 

 

Participe desta campanha de angariação de uma duplex tipo 5 com cozinha americana, garagem para 4 viaturas e piscina olímpica para o camarada Diomba! Envie a sua contribuição para o 'Eme-Pesa' de Nhangumele. Aqueles jovens que outrora receberam terrenos na Guiné, oferecidos pelo vereador da área de Autoestima Juvenil, também podem oferecer, querendo. Será um grande passo. Quem tiver um talhão em Mocimboa ou em Macomia, também pode oferecer. Em qualquer lugar... aí em Muxunguê idem... não tem problema. Vai ajudar muito. 

 

Sejamos solidários, gentxi! Participemos efusivamente desta campanha de solidariedade 'Je Suis Diomba!' Façamos cartazes, dísticos, camisetes e bonés. Este camarada precisa de ter onde cair morto. Coitado!

 

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