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Actualizado de Segunda a Sexta

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segunda-feira, 03 dezembro 2018 03:00

A penosa missão do Elias

Para muitos, Elias Dhlakama é apenas irmão de Afonso, também Dhlakama, o falecido líder da RENAMO. É uma irmandade despoletada em forma de propaganda política da FRELIMO e de Filipe Nyusi quando, só em 2015, Elias foi promovido a dois cargos de relevo nas Efe-A-Dê-Eme: em Fevereiro, promovido a comandante do comando de reservistas e, em Setembro, promovido da patente de coronel para brigadeiro. De resto, foram duas cerimónias pomposas e mediáticas vistas por alguns analistas como arranjo de cavalheiros. Golpe político.

Fora isso, Elias não passa de um profeta bíblico que significa "Jeová é meu Deus" que tenta a todo custo infiltrar-se e benzer a RENAMO. Elias não passa de uma menina mimada que não ajuda a escolher o feijão, nem a acender e a soprar o fogão, mas que aparece, fazendo aquele sorriso administrativo, na hora de comer.

sexta-feira, 30 novembro 2018 03:00

A mesma jogada em câmara lenta

A FRELIMO venceu a repetição da eleição decorrida na vila municipal de Marromeu com uma diferença de menos de meia centena de votos em relação à RENAMO. Algumas pessoas andam muito nervosas com isso, e com razão.

Mas eu confesso que não estou nervoso. Posso estar indignado, mas, sinceramente, não estou nervoso. Na verdade, não estou surpreso. É que eu conheço essa jogada. É uma jogada antiga. É a mesma jogada.

terça-feira, 27 novembro 2018 03:00

Que comece o assalto, então!

Infelizmente, repito: infelizmente mesmo, a luta pelo bolo que estamos a assistir na RENAMO em Nacala-Porto não é novidade nenhuma. Infelizmente! Afinal de contas, todo aquele teatro que os partidos políticos têm-nos proporcionado, aqui neste pedaço de terra com apelido de jóia, não é nada mais nada menos do que uma corrida ao bufê mahala. Infelizmente!

O azar da RENAMO foi os convidados terem insultado o garçom e o "di-djei" ter gravado e publicado a discussão. Coisas de caloiros. Falta de experiência. Normalmente essas coisas não se discutem nem antes nem depois da festa. Esse "modus faciendi" já vem nos estatutos do grupo.

segunda-feira, 26 novembro 2018 03:00

Rogério Zandamela: um xerife tipo Rangel

O último episódio da tragicomédia "Rede SIMO vs Bizfirst" não obedeceu a tradição de "viveram felizes para sempre". O governo e os bancos descobriram que, afinal de contas, aquele xerife do 25 de Setembro ostenta um revólver de água. Não mata ninguém.

Depois de jurar e prometer que o Banco Central nunca mais iria trabalhar com aquela empezinha de meia-tigela e sanguessuga, eis que, no último capítulo, Rogério Zandamela aparece dizendo que o restabelecimento do sistema foi uma ação coordenada entre o Banco Central e a banca comercial. Disse ele que, não tendo solução e sendo a Bizfirst a primeira a apresentar a solução, seria ingénuo e seria irresponsabilidade do regulador [o Banco Central] não cooperar para essa solução.

Ora essa! Afinal, não é disso que andamos a falar esse tempo todo? Precisa ser cientista para ver que essa é a solução mais sustentável, embora temporária, enquanto se busca um provedor mais "expressivo"?

Ninguém disse que a Bizfirst era o melhor provedor para esses serviços. Mas podia-se (na verdade, devia-se) encontrar um provedor à altura e fazer-se uma transição tranquila e pacífica. Uma transição sem apagões, sem conferências de imprensa, sem comunicados, sem idas ao Parlamento, sem baixarias, sem evasivas nem subterfúgios. Mudar de provedor ou de fornecedor de todo mundo muda querendo. Divórcios acontecem. São coisas da vida. Mas é possível fazer as coisas com alguma racionalidade. Há assuntos que não se devem tratar com leviandade e descaso.

Essa novela toda só veio demonstrar que o nosso xerife é um Rango: um pistoleiro que não é pistoleiro. Um herói do acaso. Vítima e mártir das suas próprias trafulhices.

Pensar dói, como dizia um "titxa" meu.

terça-feira, 20 novembro 2018 14:28

Outros gráficos da vida

Quando se pergunta a uma pessoa bem sucedida ou rica (rica, não no sentido moçambicano da palavra) qual é o segredo do seu sucesso, a resposta tem sido simples: humildade e honestidade. Aos que gerem finanças alheias ou públicas pede-se-lhes o dobro. Isso não é brincadeira.

Por falta de honestidade, o governo ofereceu-nos uma dívida de estimação sem solução à vista.

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