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Redacção

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A fundação Tzu Chi, de Taiwan, vai financiar as obras de construção de três mil "casas resilientes" para as vítimas do ciclone Idai nos distritos de Nhamatanda e Búzi, na província moçambicana de Sofala, anunciou hoje aquela entidade.

 

"A nossa intenção é que sejam casas resilientes e que resistam a várias intempéries, incluindo ciclones. As mesmas terão um tanque para a conservação da água", afirmou Dino Foi, diretor executivo da Tzu Chi, na Beira, durante a cerimónia de apresentação dos modelos das moradias a serem edificadas.

 

O arranque das obras não tem ainda data prevista, na medida em que a agremiação deverá ainda manter "encontros de concertação" com o Governo moçambicano.

 

"Acima de tudo, queremos construir pequenas cidades nos distritos e tirar as pessoas das tendas, para além de que pretendemos que os beneficiários tenham áreas para a prática da agricultura para o seu sustento", afirmou Dino Foi, acrescentando que "agora está tudo dependente do Governo".

 

Nhamatanda e Búzi estão entre os distritos mais afetados pelo ciclone Idai no centro de Moçambique.

 

O ciclone Idai atingiu o centro de Moçambique em março, provocando 604 vítimas mortais e afetando cerca de 1,8 milhões de pessoas.

 

Pouco tempo depois, Moçambique voltou a ser atingido por um ciclone, o Kenneth, que se abateu sobre o norte do país em abril, matando 45 pessoas e afetando outras 250.000.(Lusa)

 A Global Alliane for Improved Nutrition (GAIN), através do seu estudo sobre nutrição, no local de trabalho, diz que o estado nutricional dos trabalhadores moçambicanos está muito longe do desejado, devido à incapacidade financeira das empresas.

 

A tese foi apresentada, esta quarta-feira (26 de Junho), pela Gestora do Projecto Nutrição no Local de Trabalho, naquela organização não-governamental, Diva Dessai, falando à imprensa, no âmbito do lançamento do Relatório sobre nutrição no local de trabalho.

 

O estudo, que avalia o estado nutricional dos trabalhadores moçambicanos, foi realizado pela GAIN, em parceria com a auditora KPMG, com o objectivo de aumentar o nível de conhecimento e consciencializar o empresariado nacional sobre como prover uma alimentação nutritiva dos trabalhadores para a melhoria não só da saúde, como também para o aumento da produtividade da empresa.

 

Segundo o Presidente do pelouro da Política Laboral e Acção Social da CTA, António Sousa, a nutrição no local de trabalho é vista como uma acção extremamente importante, pois, vai para além de um simples exercício de providenciar refeições aos trabalhadores, mas de prover uma alimentação nutritiva, de modo a melhorarem as suas condições de saúde, proporcionando, assim, uma melhor produtividade e maior retorno das actividades das empresas.

 

“Quando nós providenciamos alimentos para os trabalhadores, no local de trabalho, estamos a intervir responsavelmente na sociedade. Entretanto, com a divulgação deste estudo, a CTA tem o propósito de advogar junto do governo, fazendo com que, através das plataformas existentes, fiscais e entre outras, possa criar incentivos para garantir que mais empresários possam abraçar a causa, dando uma alimentação nutritiva aos seus trabalhadores”, disse Sousa.

 

O estudo foi dividido em três partes: a primeira traz uma análise legal, fazendo uma abordagem do quadro jurídico, no sentido de avaliar que leis e normas existem que regulam a alimentação ou a nutrição do trabalhador.

 

A segunda parte é um roteiro de advocacia da causa da nutrição no local de trabalho, em que em Moçambique recomenda o grupo de parceiro estratégico para a advocacia.

 

A terceira parte é uma análise de negócio que é uma pesquisa e avaliação às empresas e trabalhadores sobre a sua capacidade actual, quais são as suas necessidades, para em função disto se definir as intervenções que devem ser feitas, no país, que sejam à medida da real capacidade, não só do país como também das empresas nacionais.

 

Realizado durante os 12 meses do ano passado, o estudo usou uma amostra de 20 empresas nacionais, grandes, médias e pequenas, que fornecem e que não fornecem alimentação, sendo que as que fornecem estiveram em pequeno número, com destaque para as multinacionais.

 

O estudo recomenda que os programas de nutrição no trabalho podem gerar retornos de aproximadamente três USD para cada um USD e podem também resultar em menos dias de doença e acidentes dos trabalhadores. (Marta Afonso)

O governo moçambicano e parceiros, com destaque para a Agência dos Estados Unidos da América para o Desenvolvimento Internacional (USAID), a Organização Mundial da Saúde (OMS), UNICEF, PATH e FHI360, celebraram, esta quarta-feira, na cidade da Matola, província de Maputo, os êxitos de uma parceria público-privada inovadora, destinada a integrar o desenvolvimento da primeira infância (DPI) na prestação de serviços de saúde e acção social, em Moçambique.

 

Falando na ocasião, Jennifer Adams, Directora da USAID, disse que esta era “uma base sólida para a saúde e aprendizagem, na primeira infância, que traz benefícios que duram até à idade adulta. É por isso que a parceria de Desenvolvimento da Primeira Infância é tão importante ”.

 

A dirigente adiantou que, em Moçambique, a taxa de mortalidade de menores de cinco anos tem vindo a diminuir nas últimas duas décadas. Enquanto, mais crianças sobrevivem, estima-se que quase 61 por cento delas com idade inferior a cinco anos correm o risco de ter um mau desenvolvimento e, portanto, não estão a crescer.

 

Com vista a colmatar esta lacuna crítica, ao abrigo desta parceria financiada pela USAID e pela Fundação Conrad N. Hilton, a PATH trabalhou com a Direcção Provincial de Saúde de Maputo e com os Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social (Serviços Distritais para Saúde, Mulheres e Acção Social) para projectar, testar e implementar uma nova abordagem para melhorar os resultados do desenvolvimento infantil em crianças dos zero aos três anos de idade.

 

Dado que o sistema de saúde é frequentemente o único meio de atingir de forma consistente crianças pequenas e seus cuidadores, a PATH concentrou-se na integração de medidas de desenvolvimento da primeira infância, nos serviços de saúde existentes, fornecidos pelo Governo de Moçambique e parceiros de saúde.

 

Através da integração de cuidados nutricionais, monitoria de marcos de desenvolvimento para crianças menores de três anos e sessões de jogos nas áreas de espera das unidades de saúde nas suas intervenções diárias, esta parceria público-privada está a proporcionar uma oportunidade para que crianças em Moçambique não só sobrevivam, mas também prosperem.

 

A PATH tem uma história de trabalho forte e bem sucedida com parceiros moçambicanos, visando melhorar a nutrição e os resultados de desenvolvimento nas crianças moçambicanas. Essa parceria permitiu à PATH e aos seus homólogos do governo aumentar a oferta de treinamento, orientação e supervisão de apoio para cuidar de cerca de 80 por cento de todos os estabelecimentos de saúde e 100 por cento dos agentes polivalentes elementares (agentes polivalentes de saúde comunitária) em toda a província de Maputo.

 

Ao abrigo desta parceria, a PATH também deu formação e apoio técnico aos parceiros nas províncias de Sofala e Zambézia sobre como integrar os cuidados nutricionais no aconselhamento para o desenvolvimento da primeira infância a partir de casa.

 

“Esta parceria produziu o primeiro programa em África, em que os cuidados para o DPI foram integrados numa rede de saúde, em toda a província, e alcançou um total de 407.871 profissionais de saúde e crianças menores de cinco anos”, disse Melanie Picolo, Directora de Projectos da PATH.

 

“Com este projecto, estamos a provar que abordagens simples e de baixo custo podem ser dimensionadas em todo o sistema de saúde, com o potencial de mudar a trajectória de saúde de toda uma geração”, acrescentou.

 

As inovações da parceria estão agora a ser introduzidas em todo o país. Por meio dos esforços de advocacia da PATH, o cuidado com o desenvolvimento da primeira infância foi integrado às principais estratégias nacionais de saúde e nutrição, curricula, normas e protocolos clínicos. Os indicadores de desenvolvimento na primeira infância também foram incluídos nos registos de saúde infantil que estão a ser implementados em Moçambique.

 

Além disso, lições aprendidas, materiais e abordagens desenvolvidas a partir dessa parceria alcançaram um público global. Como resultado, em parceria com a Organização Mundial da Saúde, países como Tanzânia, Quénia e Costa do Marfim estão a usar ferramentas e materiais desenvolvidos em Moçambique para adoptar abordagens semelhantes que ajudarão a garantir que as crianças desses países tenham a oportunidade de atingir o seu potencial de desenvolvimento.

 

O apoio ao desenvolvimento na primeira infância para Moçambique continuará em Maputo e Nampula. A Fundação Conrad N. Hilton ficou muito satisfeita por integrar uma parceria formal com os governos de Moçambique e dos Estados Unidos, visando elevar a importância de incorporar intervenções para apoiar o desenvolvimento de crianças pequenas como parte dos serviços de saúde - algo novo, disse Lisa Bohmer, Oficial Sénior de Programa da Fundação Hilton. (Carta)

O Ministro da Defesa Nacional, Atanásio Mʼtumuke, confirmou à "Carta", esta terça-feira (25 de Junho), à margem das celebrações do 44º aniversário da independência nacional, que os insurgentes atacaram o Posto Administrativo de Diaca, no distrito de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado. O ataque ocorreu na madrugada da passada segunda-feira (24 de Junho), tendo resultado na morte de sete civis.

 

Sem avançar detalhes sobre o sucedido, Mʼtumuke preferiu centrar o seu discurso na reivindicação do grupo terrorista Estado Islâmico que, há dias, disse ter atacado uma posição das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, no distrito de Mocímboa da Praia.

 

Para o governante, a reivindicação do Estado Islâmico não passa de uma alegação apenas, pois, no seu entender, existem pessoas que querem desestabilizar o país, como foi durante a guerra dos 16 anos.

 

O governante reiterou ainda a necessidade de a população de Cabo Delgado denunciar os insurgentes que têm aterrorizado aquela província, desde 05 de Outubro de 2017. Garantiu também que as Forças de Defesa e Segurança vão continuar a defender a soberania nacional, no intuito de garantirem o desenvolvimento do país. (Omardine Omar)

O primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosario, disse a jornalistas em Nova Iorque que o governo está a elaborar uma matriz de projectos, por áreas e sectores, a ser realizada na reconstrução da cidade central. da Beira, que foi devastada pelo ciclone Idai em Março. Os primeiros desembolsos, das promessas de 1,2 mil milhões de dólares feitas na conferência de doadores realizada na cidade da Beira em 31 de Maio e 1 de Junho, são esperados em Julho e Agosto, daí a necessidade de assegurar uma matriz de projectos.

 

Rosario falava numa conferência de imprensa, marcando o fim de uma visita de trabalho a Nova York, onde participou da Quarta Sessão Temática Especial das Nações Unidas sobre Água e Desastres.

 

“Cabe a nós projetar a matriz do que fazer e como e quando fazê-lo durante a fase de reconstrução”, disse ele. “Sabemos que os aspectos técnicos e administrativos estão em andamento, o que garantirá que os primeiros desembolsos começarão a fluir em Julho e Agosto”. Na matriz de projetos, dois se destacam. Uma é a infra-estrutura fundamental, como estradas e pontes, ferrovias e linhas de transmissão de eletricidade. O outro é o alojamento. Em ambas as áreas, reparos de emergência foram realizados imediatamente após o ciclone, mas ainda há muito a ser feito.

 

“Queremos dividir o pacote que emergiu da conferência da Beira em vários projetos bem estruturados e direcionados que podemos vender aos nossos parceiros”, disse Rosario. “Há quem queira apoiar o setor de saúde, outros interessados ​​no abastecimento de água, outros na habitação - daí a preparação de pacotes para instituições internacionais e até para personalidades”. As representações diplomáticas moçambicanas vão também desempenhar um papel importante, acrescentou, porque devem acompanhar os contactos feitos com parceiros individuais e institucionais que expressaram o desejo de trabalhar com Moçambique. (AIM)

Dados publicados, recentemente, pelo Banco de Moçambique (BM), na sua análise sobre a Balança de Pagamentos (BoP), referentes ao exercício económico de 2018, indicam que o Investimento Directo Estrangeiro (IDE), no ano passado, mostrou uma recuperação, ao sair dos 2,293.1 milhões de USD, registados, em 2017, correspondentes a 18 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,692.3 milhões de USD, em 2018, equivalente a 18 por cento do PIB, registados no ano de 2017.

 

De acordo com a BoP, o resultado demonstra uma reviravolta na tendência para queda que se registou de 2013 a 2017, justificado pelo fim de um ciclo por parte dos Grandes Projectos (GP), que esteve associado à entrada, em produção, das unidades fabris dos maiores investimentos realizados no período entre 2010 e 2013.

 

Como consequência, explica o documento, “o facto concorreu para a redução na demanda por novos recursos de investimentos e ainda à espera pela decisão final de investimentos por parte das empresas e/ou aprovação legal de projectos de investimento por parte do Governo”.

 

A BoP esclarece ainda que, do total de aumento registado, em 2018, 74.8 por cento foi realizado pelos GP, na ordem de 2,013.3 milhões de USD, e estes, mais uma vez, ocupam a posição de motor direccional do IDE, dado que as restantes empresas do País registaram um decréscimo de 51 por cento, para 679.0 milhões de USD, o equivalente a 25.2 por cento do total.

 

Em termos sectoriais, o relatório do BM demonstra que a indústria extractiva mantém a sua posição de maior receptor do IDE na economia, com 2,080.4 milhões de USD (77 por cento), dos quais 83 por cento absorvidos pelo sector de gás.

 

“Em seguida, tem-se a indústria transformadora (7 por cento) e a actividade imobiliária e prestação de serviços com 4 por cento”, acrescenta a fonte.

 

Para além dos referidos sectores, o BM realça, na BoP, que o investimento realizado no sector de educação, representa um possível novo foco do IDE, em Moçambique, não obstante, em termos de peso, ser menos de 1 por cento do total, situando-se em 12.9 milhões de USD.

 

No que tange à origem do IDE de 2018, o relatório do BM realça maiores influxos dos Países Baixos, do Japão e da Itália, todos com investimentos, maioritariamente, direccionados para a indústria extractiva.(Evaristo Chilingue)

As receitas de exportação de produtos agrícolas fixaram-se em 301.8 milhões de USD, em 2018, um decréscimo de 10.1 por cento face ano anterior, em que foram encaixados 335.7 milhões de USD, referem dados da Balança de Pagamentos (BoP), recentemente, publicada pelo Banco de Moçambique (BM).

 

De acordo com o documento, o decréscimo da receita total do sector pode ser explicado pela queda das receitas de exportações de castanha de caju e algodão em 68.8 por cento e 68.1 por cento, respectivamente.

 

Do lado do algodão, a BoP explica que a contracção na exportação foi resultado de incêndios em duas empresas de fomento, que afectaram parte da produção e, consequentemente, as quantidades exportadas.

 

“Em sentido contrário, destaca-se a exportação de tabaco, justificada pelo aumento do preço médio internacional em cerca de dois por cento”, observa o relatório.

 

No geral, em 2018, o país gerou receitas de exportações totais de 5,195.6 milhões de USD, equivalentes a 37.7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), um crescimento de 10 por cento face aos 4,725.3 milhões de USD, registados no ano anterior.

 

Segundo o BM, no período em análise, a evolução das exportações foi, maioritariamente, influenciada pelo desempenho dos Grandes Projectos (GP), que foram responsáveis por um total de 75.3 por cento das receitas, num montante equivalente a 3,913.2 milhões de USD (28.4 por cento do PIB), aparecendo o carvão mineral (USD 1719.1 milhões) e o alumínio (USD 1234.2 milhões) na dianteira, como produtos de maior fonte de captação de receitas de exportação.

 

Contudo, “dados dos últimos oito anos indicam que, apesar de se registar um crescimento relativo das receitas das exportações tradicionais, em termos absolutos, o seu peso tem vindo a decrescer, sobretudo, a partir de 2015, com o peso a passar de cerca de 39 por cento, em 2013, por sinal o valor mais alto dos últimos oito anos, para 15.7 por cento, em 2018, situação resultante do forte dinamismo imposto pelos GP, traduzido num rápido aumento da receita de exportação deste grupo, sobretudo do carvão, quando comparado com as exportações dos sectores tradicionais”, lê-se na BoP.

 

Ainda no domínio das exportações, o documento salienta, porém, a evolução dos produtos da indústria extractiva (com destaque para o carvão mineral), que tiveram um peso de 46.6 por cento do total das exportações, contribuindo com USD 2,421.8 milhões, um crescimento de 3.2 por cento face ao ano de 2017, em que o sector contribuiu para a receita total em 2346.8 milhões de USD.

 

A BoP destaca também o crescimento das receitas dos produtos da indústria transformadora (com enfoque para o alumínio) que, no ano passado, se fixaram em 1,551.4 milhões de USD, um incremento de 26.5 por cento face aos 1,226.5 milhões de USD registados, em 2017.

 

De acordo com a fonte, das evoluções há ainda a destacar o crescimento de 66.1 por cento nas receitas de exportação do açúcar, para 88.2 milhões de USD, perante os 53 milhões de USD registados no ano anterior, como resultado do aumento da capacidade produtiva nacional, nomeadamente, por via da expansão de campos de cultivo de cana e investimentos nas unidades fabris.

 

“O destaque vai também para a evolução das receitas da exportação de energia eléctrica que, no ano passado, registaram uma melhoria de 6.8 por cento, tendo atingido o montante de 385.5 milhões de USD, justificada, fundamentalmente, pela aceleração do preço”, acrescenta a BoP.

 

Principais destinos das exportações

 

No que tange ao destino das exportações, no ano de 2018, a BoP destaca a Índia, com um peso no total das exportações de 27.6 por cento, seguido dos Países Baixos, da África do Sul, da China e da Itália, com 22.2 por cento, 17.2 por cento, 5.8 por cento e 1.4 por cento, respectivamente. (Evaristo Chilingue)

Depois de ter denunciado o recrudescimento do tribalismo, na sua formação política, a Frelimo, o ex-Presidente da República, Armando Emílio Guebuza, voltou a defender a necessidade da união e auto-estima entre os moçambicanos, como condição sine qua non para um futuro melhor.

 

A tese foi defendida, esta terça-feira, à margem das comemorações dos 44 anos da independência nacional, quando questionado pelos jornalistas sobre o futuro do país, tendo em conta a actual situação política, social e económica do país.

 

Tal como estava previsto, o partido Renamo formalizou, esta quarta-feira, a candidatura de Ossufo Momade, presidente do partido, à Presidência da República, nas eleições de 15 de Outubro próximo. E como avançara “Carta”, na manhã de ontem, o novo timoneiro da “Perdiz” não se fez presente no Conselho Constitucional (CC) para, de perto, assistir à entrega da sua candidatura para a eleição presidencial, na qual, até aqui, vai disputar a corrida com Filipe Nyusi (Frelimo) e Daviz Simango (Movimento Democrático de Moçambique).

 

E porque a vinda de Ossufo Momade a Maputo para assistir ao processo de entrega do expediente, ao CC, era vista como de vital importância para dissipar todas as dúvidas que pairam à volta da “solidez” da sua liderança, a sua ausência, praticamente, dominou toda a cerimónia.

 

A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição em Moçambique, anunciou ontem ter identificado "possíveis" centros de acantonamento para os membros do seu braço armado, como sinal de compromisso com o processo de paz.

 

"O grupo [da Renamo] encarregue do DDR [Desarmamento, Desmobilização e Reintegração] rodou por todas as províncias a fazer a identificação das bases da Renamo e a identificar os possíveis locas para o acantonamento", declarou o secretário-geral da Renamo, André Majibire.