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quinta-feira, 27 junho 2019 07:30

GAIN defende que estado nutricional dos trabalhadores moçambicanos está muito longe do desejado

 A Global Alliane for Improved Nutrition (GAIN), através do seu estudo sobre nutrição, no local de trabalho, diz que o estado nutricional dos trabalhadores moçambicanos está muito longe do desejado, devido à incapacidade financeira das empresas.

 

A tese foi apresentada, esta quarta-feira (26 de Junho), pela Gestora do Projecto Nutrição no Local de Trabalho, naquela organização não-governamental, Diva Dessai, falando à imprensa, no âmbito do lançamento do Relatório sobre nutrição no local de trabalho.

 

O estudo, que avalia o estado nutricional dos trabalhadores moçambicanos, foi realizado pela GAIN, em parceria com a auditora KPMG, com o objectivo de aumentar o nível de conhecimento e consciencializar o empresariado nacional sobre como prover uma alimentação nutritiva dos trabalhadores para a melhoria não só da saúde, como também para o aumento da produtividade da empresa.

 

Segundo o Presidente do pelouro da Política Laboral e Acção Social da CTA, António Sousa, a nutrição no local de trabalho é vista como uma acção extremamente importante, pois, vai para além de um simples exercício de providenciar refeições aos trabalhadores, mas de prover uma alimentação nutritiva, de modo a melhorarem as suas condições de saúde, proporcionando, assim, uma melhor produtividade e maior retorno das actividades das empresas.

 

“Quando nós providenciamos alimentos para os trabalhadores, no local de trabalho, estamos a intervir responsavelmente na sociedade. Entretanto, com a divulgação deste estudo, a CTA tem o propósito de advogar junto do governo, fazendo com que, através das plataformas existentes, fiscais e entre outras, possa criar incentivos para garantir que mais empresários possam abraçar a causa, dando uma alimentação nutritiva aos seus trabalhadores”, disse Sousa.

 

O estudo foi dividido em três partes: a primeira traz uma análise legal, fazendo uma abordagem do quadro jurídico, no sentido de avaliar que leis e normas existem que regulam a alimentação ou a nutrição do trabalhador.

 

A segunda parte é um roteiro de advocacia da causa da nutrição no local de trabalho, em que em Moçambique recomenda o grupo de parceiro estratégico para a advocacia.

 

A terceira parte é uma análise de negócio que é uma pesquisa e avaliação às empresas e trabalhadores sobre a sua capacidade actual, quais são as suas necessidades, para em função disto se definir as intervenções que devem ser feitas, no país, que sejam à medida da real capacidade, não só do país como também das empresas nacionais.

 

Realizado durante os 12 meses do ano passado, o estudo usou uma amostra de 20 empresas nacionais, grandes, médias e pequenas, que fornecem e que não fornecem alimentação, sendo que as que fornecem estiveram em pequeno número, com destaque para as multinacionais.

 

O estudo recomenda que os programas de nutrição no trabalho podem gerar retornos de aproximadamente três USD para cada um USD e podem também resultar em menos dias de doença e acidentes dos trabalhadores. (Marta Afonso)

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