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A polícia moçambicana (PRM) vai proteger todo o processo eleitoral com ou sem logística suficiente para que a campanha eleitoral, que culminará com as eleições de 09 de Outubro próximo, seja um momento de celebração da democracia no país.

 

A garantia foi avançada esta quinta-feira (22) em Maputo, pelo Comandante-Geral da PRM, Bernardino Rafael, durante o lançamento do Plano Operativo “Planeta V” que tem em vista a protecção e segurança do processo eleitoral.

 

“Vamos proteger, vamos garantir a segurança dos eleitores, vamos garantir todo o processo sem pré-condição. Com logística suficiente ou pouca, nós vamos garantir as eleições”, assegurou.

 

Afirmou que, não obstante as dificuldades existentes no país, a PRM vai garantir o transporte seguro dos materiais de votação, dos membros das mesas das assembleias de voto, entre outros intervenientes.

 

“O país é nosso, o país real é este, as dificuldades que existem são essas, mas nós, a Polícia da República de Moçambique, vamos proteger as eleições em todo o território nacional. Vamos garantir o transporte do material de votação. Vamos garantir a protecção dos membros das mesas das assembleias de voto, da própria campanha eleitoral e de todos os partidos políticos que temos no nosso país”, reiterou.

 

Bernardino Rafael ressaltou que a corporação vai garantir a segurança física dos candidatos, dos cabeças-de-lista, porque é missão da polícia proteger a todos aqueles que vão intervir no processo. Repudiou o dramatismo relacionado com aspectos de segurança e clarificou que a polícia não está nem estará para atentar a vida de qualquer que seja o candidato ou membro e simpatizante de partidos políticos.

 

“Em nenhum momento a polícia pensou, nem tem plano, nem imagina pensar em atentar contra a vida de qualquer que seja o candidato ou cabeça-de-lista de um partido ou membro de um partido concorrente às eleições”, sublinhou.

 

O Comandante-Geral pediu a colaboração de todos, incluindo a dos órgãos de comunicação social para que passem mensagens construtivas e não levantem debates que incitem a violência e ódio.

 

“Transmitam o profissionalismo jornalístico que é para educar os moçambicanos a promover a cultura de paz e convivência pacífica no seu país. E nós confiamos em vós, porque a vossa palavra chega longe. Então, façam chegar a informação educativa e com transparência para o bem da ordem e segurança públicas”, afirmou.

 

Destacou a união como factor relevante para um processo eleitoral calmo e festivo. “Unamo-nos para garantirmos que este processo eleitoral seja uma verdadeira festa, em que os concorrentes se saúdam, dançam, conquistam o seu voto com paz e harmonia e sem violência”. 

 

Apelou para que todos contribuam para que o presente processo eleitoral seja exemplo de sucesso. Na ocasião, Bernardino Rafael dirigiu a cerimónia central de patenteamento de 204 agentes da polícia, de um total de 13.947 abrangidos à escala nacional.

 

Segundo o dirigente, os patenteados vão continuar a missão deixada por colegas que passaram à reserva, que é de garantir a ordem e segurança públicas. “Queremos que tragam a inovação, tragam um melhor ambiente de trabalho e tragam para os moçambicanos os resultados que eles esperam”, anotou. (AIM)

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O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) em Sofala deteve quatro indivíduos suspeitos de violar e matar Matilde Anselmo, uma jovem de Tete que perdeu a vida após conhecer um suposto namorado nas redes sociais.

 

De acordo com o principal suspeito, ele conheceu Matilde Anselmo na quinta-feira da semana passada, através da rede social “Facebook”. Na ocasião, o jovem utilizou uma foto que retratava um estilo de vida luxuoso, diferente da sua realidade. Após responder positivamente a várias perguntas feitas por Matilde Anselmo, o jovem conseguiu aliciá-la para viajar até Mafambisse, para um encontro pessoal.

 

O suposto namorado alegou que estava com problemas no cartão do banco e não podia enviar dinheiro para o transporte, e daí a malograda se predispôs a arranjar o valor para a viagem.

 

Ela solicitou um adiantamento no seu salário e pediu dispensa no local de serviço (Direcção provincial de Terra e Ambiente em Tete), para viajar dia seguinte, sexta-feira (16 de Agosto). Depois de pegar três carros, Matilde Anselmo finalmente chegou a Mafambisse, na província da Beira, para um suposto encontro pessoal.

 

No lugar de uma recepção calorosa e amorosa, encontrou um “bandido”. O suposto namorado revela os detalhes do crime:

 

"Quando ela chegou, saí com um amigo para recebê-la. Ela estranhou ser recebida por dois homens, mas logo a acalmei dizendo que era apenas um amigo. Caminhamos com ela até um local onde estavam outros amigos e começamos a ligar para a família dela. Após várias chamadas, a família se recusou a enviar o valor do resgate e ainda nos ameaçou, afirmando que, se algo acontecesse com a Matilde, seríamos encontrados e responsabilizados", explicou o suposto namorado que a vítima conheceu nas redes sociais.

 

O suposto namorado explica ainda: “depois das ameaças, eu e os meus amigos decidimos violar e matar a jovem para que ela não tivesse a chance de nos denunciar. Depois disso, roubamos os pertences dela e abandonamos o corpo na mata", relatou o suspeito.

 

O jovem de 25 anos também revelou que Matilde Anselmo, de 34 anos de idade, foi a sétima vítima que ele aliciou. De acordo com a sua confissão, esta foi a sua primeira vítima mortal, sendo que nas ocasiões anteriores ele apenas conseguiu violar e roubar alguns bens das outras vítimas (mulheres).

 

Entretanto, o SERNIC na Beira manifestou profundo pesar e repúdio em relação ao caso de Matilde Anselmo.

 

"Lamentamos profundamente a perda desta vida e a forma como tudo aconteceu. Apelamos à sociedade para que tenha cautela ao interagir com pessoas nas redes sociais. É fundamental que as pessoas investiguem com quem estão a interagir nas redes sociais e que compartilhem essas informações com outros para ouvir opiniões. É doloroso ouvir uma história como esta. Mais agravante ainda é saber que ela conheceu o suspeito no dia 15 e já no dia 16 estava disposta a viajar, mesmo sem receber o dinheiro e sem informar ninguém", disse o Porta-voz do SERNIC em Sofala, Alfeu Sitoe. O SERNIC também lamenta o facto de não ter registos dos outros casos mencionados pelo jovem, em que outras mulheres também foram vítimas. (M. Afonso)

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Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) de Nampula apresentou à imprensa, esta terça-feira (20), quatro indivíduos detidos recentemente na posse de ossadas humanas, numa residência nos arredores da capital provincial.

 

A porta-voz do SERNIC, Enina Tsinine, explicou que as autoridades suspeitam que as ossadas pertencem a uma adolescente albina sequestrada há dias, numa das comunidades do distrito de Ribáuè, quando regressava da igreja. Disse ainda que, na altura da detenção, os quatro indivíduos planeavam vender as ossadas no valor de 80 mil cada, sendo que esperavam encaixar cerca de um milhão e quinhentos mil meticais.

 

"Tivemos um caso de uma cidadã com problemas de pigmentação da pele que teria sido sequestrada enquanto voltava da igreja e até então não foi localizada. Dos trabalhos de investigação tivemos informações de que quatro indivíduos estariam a comercializar ossadas humanas trazidas do distrito de Ribáuè. Iremos continuar com as diligencias", disse Enina Tsinine, apontando que o quinto indivíduo se encontra foragido.

 

A porta-voz do SERNIC em Nampula acrescentou que as autoridades investigam ainda a violação de túmulos de albinos no distrito de Murrupula. Entretanto, os detidos negam o seu envolvimento no crime. Um dos acusados, por sinal proprietário da casa onde foram detidos, justificou que apenas acolheu os colegas que chegaram à cidade para vender tomate.

 

Ainda esta terça-feira (20), o SERNIC em Nampula apresentou dois indivíduos, um dos quais, ex-funcionário do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), acusados de venda de cartões de eleitor a um grupo de malfeitores para proceder ao registo junto das operadoras.

 

Em Março passado, o Serviço de Investigação Criminal desmantelou um escritório clandestino e apresentou cerca de 20 pessoas detidas no bairro Namicopo, envolvidas no registo ilegal de cartões de telefonias móveis. (Carta)

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A Comissão Nacional de Eleições (CNE) ainda não tem dinheiro suficiente para as VII Eleições Gerais, marcadas para 09 de Outubro do ano em curso. Dos 19.9 mil milhões de meticais (o dólar equivale a cerca de 64 meticais) necessários, a instituição tem um défice de 13 mil milhões.

 

“O orçamento para este ano é de 19.9 mil milhões de meticais. Mas ainda temos um défice de 13 mil milhões de meticais que, infelizmente, ainda não se reflectiram nas contas dos órgãos eleitorais”, revelou Paulo Cuinica, porta-voz da CNE, após a mesa-redonda sobre Integridade dos Processos e Confiança nas Instituições Eleitorais realizada esta terça-feira (20), na cidade de Maputo.

 

Neste contexto, Cuinica garantiu que a CNE está a trabalhar dentro das condições possíveis para garantir que, quando houver dinheiro, o trabalho possa prosseguir.

 

“Estamos com défice orçamental, mas o certo é que estamos a trabalhar e a preparar tudo o que é necessário para, quando o dinheiro aparecer, as actividades sejam realizadas. Portanto, tudo o que pode ser feito sem dinheiro, nós estamos a fazer”, esclareceu.

 

Cuinica reiterou que os fundos para os partidos políticos já estão a ser desembolsados. “Todos aqueles que já têm a sua situação regularizada já receberam o dinheiro. Esperamos que em pouco tempo possamos receber os justificativos, de modo que também possamos fazer os próximos desembolsos”, sublinhou.

 

Sem precisar o número de partidos políticos com a situação não regularizada, principalmente com relação ao Número Único de Identificação Tributária (NUIT), a fonte assegurou que são uma minoria, sendo que a maioria, com a situação regularizada, já recebeu a primeira tranche.

 

Questionado sobre a insegurança na zona norte do país, Cuinica disse estar ciente de que a situação constitui o principal empecilho nestas eleições. Porém, acredita que haverá condições para a realização da campanha eleitoral na província de Cabo Delgado.

 

“A CNE realizará as suas actividades após orientação das Forças de Defesa e Segurança (FDS)”, afirmou. Num outro desenvolvimento, Cuinica disse que a CNE realizou acções de formação à Polícia da República de Moçambique (PRM), aos órgãos da justiça, nomeadamente, os tribunais, Procuradoria-Geral da República (PGR) e Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), com vista a conferir maior integridade ao processo eleitoral. (AIM)

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A Associação Médica de Moçambique disse ontem à Lusa que o Sistema Nacional de Saúde não está preparado para um eventual surto de mpox, apontando a educação das comunidades e a capacidade institucional entre os principais desafios.

 

“Há uma série de questões que devem ser organizadas sob ponto de vista da previsão das cadeias de transmissão e como se pode conter um eventual surto. Não há informação ainda para as comunidades (…). Honestamente falando, não estamos preparados”, declarou o porta-voz da Associação Médica de Moçambique, Napoleão Viola, em entrevista à Lusa.

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de monkeypox (mpox) em África como emergência global de saúde, com casos confirmados entre crianças e adultos de mais de uma dezena de países e uma nova variante em circulação, considerada mais perigosa do que a detetada em 2022.

 

O alerta que a OMS fez tem a ver com a rápida expansão e elevada mortalidade de uma nova variante em África e de um caso na Suécia, de um viajante que esteve numa zona do continente africano onde o vírus circula intensamente.

 

Esta variante é diferente da que causou um surto violento em África em 2022 e centenas de casos na Europa, América do Norte e países de outras regiões.

 

Em Moçambique, as autoridades não registaram este ano qualquer caso, mas o chefe de Estado, Filipe Nyusi, alertou, na segunda-feira, que o mpox pode tornar-se “mais um desafio” à saúde pública no país, assinalando o reforço de medidas de vigilância e ações de prevenção da doença pelo Ministério da Saúde.

 

“Este pode ser mais um desafio no âmbito de saúde pública”, frisou o chefe de Estado, durante um evento público em Pemba, capital provincial de Cabo Delgado.

 

Durante o surto registado em 2022, Moçambique registou apenas um caso da doença na província de Maputo, sul do país, segundo dados avançados pelo próprio chefe de Estado.

 

Para a Associação Médica de Moçambique, a prioridade do país no caso de um eventual surto com a nova variante deve passar, primeiro, pela educação das comunidades e reforço da capacidade institucional.

 

“Essencialmente, estes são os dois pilares fundamentais: preparar as comunidades e, segundo, prioridade deve ser reforçar a capacidade das nossas unidades de saúde porque, infelizmente, as nossas unidades sanitárias não estão preparadas”, frisou.

 

Em declarações à imprensa internacional em Genebra, a OMS transmitiu, na terça-feira, uma mensagem de tranquilidade em relação ao surto de mpox em África e um caso detetado na Europa, tentando conter informações alarmistas e rumores sobre o modo de transmissão.

 

“O mpox não é covid (…). Com base no que sabemos, o mpox é transmitido principalmente através do contacto pela pele que apresenta lesões da doença, incluindo durante as relações sexuais”, disse o diretor da OMS Europa, Hans Kluge.

 

Perante a informação sobre a alegada transmissão desta nova estirpe da doença, o responsável da OMS admitiu que o modo de transmissão da nova variante não está totalmente claro e que são necessárias mais pesquisas.

 

Esta é a segunda vez em dois anos que a doença infecciosa é considerada uma potencial ameaça para a saúde internacional, tendo o primeiro alerta sido levantado em maio, depois de a propagação ter sido contida e a situação ter sido considerada sob controlo. (Lusa)

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O Secretário Geral da Frelimo e candidato presidencial Daniel Chapo escalou ontem a capital da Zâmbia, Lusaka, onde manteve encontro com membros e simpatizantes da Frelimo residentes naquele país. Daniel Chapo fazia-se acompanhar por Alcinda Abreu e Francisco Mucanheia, ambos membros da Comissão Política da Frelimo. Coube a Alcinda Abreu apresentar o perfil de Daniel Chapo, um candidato jovem e com experiência de gestão da coisa pública, sendo único com estas qualidades dentre os demais concorrentes às presidenciais de outubro.

 

Convidado a dirigir-se aos membros e simpatizantes da Frelimo residentes naquele país, Daniel Chapo começou por explicar que o manifesto da Frelimo e seu candidato tem como uma das prioridades a promoção da paz, a defesa da soberania bem como a unidade nacional, pois, segundo ele “devemos manter a nossa independência e manter a segurança do nosso país para podermos continuar a desenvolver porque sem paz não há desenvolvimento”. Este desenvolvimento tem em conta áreas de “educação, saúde, infra-estrutura, capital humano, emprego, formação técnico-profissional, habitação, financiamento para mulheres e jovens”, referiu Daniel Chapo. 

 

Daniel Chapo destacou ainda a necessidade de combate cerrado à corrupção, um mal que, segundo ele, condiciona o desenvolvimento. “Vamos trabalhar para combater a corrupção porque com a corrupção não se devolve um país, o dinheiro que seria para infra-estruturas sociais vai para uma pessoa ou grupo de pessoas e os ricos vão ficando ricos e os pobres cada vez mais pobres e aí não há justiça social, por isso vamos combater este mal e vamos combater juntos”.  

 

Sobre as reformas na educação, Chapo defende a necessidade de introdução de disciplinas como ética, moral, educação cívica e patriótica, pois, “precisamos de conhecer a nossa história, donde saímos, onde estamos e para onde vamos para ter uma juventude patriota e uma sociedade melhor amanhã”.

 

Solução para os desafios da diáspora moçambicana

 

O candidato presidencial da Frelimo assegurou que pretende trabalhar com os moçambicanos na diáspora “para que tenham todos Bilhete de Identidade e Passaporte moçambicano através do envio regular de equipas da migração e registo civil, para registarem e recensear os nossos filhos que nascem aqui para terem passaporte e sentirem o orgulho de ser moçambicanos apesar de estar na Zâmbia”.

 

Chapo disse que vai criar facilidades para o repatriamento dos recursos dos moçambicanos residentes na Zâmbia, para que “chegada a sua reforma, tenham fundos e construam as suas casas, bem como criar condições para que façam investimentos e negócios em Moçambique mesmo estando na Zâmbia”. 

 

Daniel Chapo assegurou ainda que vai trabalhar com as autoridades policiais, “para facilitar a vida dos compatriotas que vivem fora do país, sobretudo na região, pois muitas vezes são interpelados pela polícia e sua nacionalidade é posta em causa porque, mesmo tendo BI e passaporte moçambicano, não falam português. Apesar de não falar português, é moçambicano, por isso tem BI e passaporte. Muitas vezes são questionados onde arranjaram os documentos. Isto para que os nossos irmãos se sintam sempre em casa estando em Moçambique ou na diáspora”.

 

Recorde-se que o Secretário Geral da Frelimo e candidato presidencial Daniel Chapo tem estado a visitar alguns países africanos para interagir com membros e simpatizantes da Frelimo bem como a comunidade moçambicana na diáspora. 

 

Nesta senda, já escalou Tanzânia, Zimbabwe, Angola e esta segunda-feira esteve na Zâmbia. Recorde-se que foi na capital da Zâmbia onde foram assinados os Acordos de Lusaka, a 7 de Setembro de 1974, entre o Estado Português e a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO). Nestes acordos, o Estado Português reconheceu formalmente o direito do povo de Moçambique à independência.

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