A auto-proclamada Junta Militar da Renamo elegeu, esta segunda-feira (19), o seu presidente. Chama-se Mariano Nhongo Chissingue, de 49 anos idade, natural do distrito de Chemba, província de Sofala, que, igualmente, se considera Presidente da que chamou de “verdadeira” Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).
O colectivo de juízes da 7ª secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM), liderado pelo Juiz Rui Dauane, marcou para 12 de Setembro próximo (quinta-feira) a leitura da sentença do Processo Querela nº 20/2016/7ª-B, envolvendo o ex-Embaixador de Moçambique na Federação Russa, Bernardo Xirinda, e o adido financeiro, Horácio Paulo Matola, acusados dos crimes de peculato, desvio de fundos e corrupção passiva, entre os anos 2003 e 2012.
Depois de ter recorrido à Procuradoria-Geral da República (PGR) para denunciar os membros da Comissão Nacional de Eleições (CNE) que subscreveram a polémica deliberação nº 88/CNE/2019, de 23 de Junho, relativa aos resultados do recenseamento eleitoral, em que a província de Gaza apareceu com dados referentes a 2040, tal como avançou o Instituto Nacional de Estatística, o maior partido político da oposição no país (Renamo) pondera voltar a recorrer àquele órgão de soberania, desta vez, para denunciar o que considera de candidatura dolosa de Júlio Parruque, Manuel Rodrigues, Francisca Domingas e Judite Massengela aos cargos de Governador das Províncias de Maputo, Nampula, Manica e Niassa, respectivamente, nas próximas Eleições Gerais a ter lugar no dia 15 de Outubro próximo.
Todos os 20 arguidos das “dívidas ocultas”, à excepção de Elias Moiane (sobrinho de Inês Moiane, que beneficiou de uma caução) vão ser julgados em reclusão. O Ministério Público decidiu que os que estavam em liberdade devem também recolher à cadeia – e isso está a acontecer desde a manhã de hoje.
As detenções ocorrem na véspera de a juíza Evandra Uamusse, que vai julgar o caso, emitir o derradeiro Despacho de Pronúncia que levará todos os arguidos às barras do tribunal. O despacho de pronúncia deverá ser emitido o mais tardar até quarta-feira.
É uma peça escrita pelo dramaturgo francês Pierre de Marivaux, também conhecido por Pierre Carlet de Chamblain de Maria, que também foi jornalista e romancista. Marivaux é considerado por alguns como o mestre francês da máscara e da mentira. Principal instrumento da mentira, a linguagem é também máscara por detrás da qual se escondem os personagens. "Ilha dos Escravos” é uma comédia utópica. Quatro sobreviventes de um naufrágio abordam a uma ilha onde as leis em vigor implicam mudanças drásticas de comportamentos. Amos e criados invertem os seus papéis e após fazerem prova de adaptação a uma nova ordem social, podem assim reconquistar a liberdade e retomar a viagem de regresso aos seus lugares de origem.
SINOPSE
Uma comédia impregnada de “moralidade” que surpreende pela sua acutilante actualidade. O autor, entre a ironia e o sarcasmo, parece eleger o amor como a terapia certa para que os homens estabeleçam novas relações entre si e assim dessa maneira, poderem melhorar os seus comportamentos. "Ilha dos Escravos" é uma metáfora que nos revela um lugar utópico como prenúncio de um mundo humanizado, tolerante e solidário, bem diferente daquele que hoje se nos apresenta.
(23 de Agosto, às 20:30Min no Centro Cultural Franco-Moçambicano)
Cantor e compositor moçambicano, Mavundja começa a dar os primeiros passos na música em 2006 no Fest Coros (Reality Show de Canto Coral) produzido pela STV. Fundou o seu agrupamento Vafana Va Unanga que hoje conta com 10 anos de carreira, tendo participado de vários eventos de música a nível nacional e internacional. Decide seguir carreira a solo nos finais de 2017, tendo assinado com a Nehazi Productions. Neste momento encontra-se a divulgar seus projectos, preparando-se para lançar o seu primeiro álbum de originais.
(22 de Agosto, às 18Hrs na Fundacao Fernando Leite Couto
A palestra do António Cabrita sob o tema: Pode ainda salvar-nos? Dizia Dostoievski que só o Belo nos pode salvar. Mas pode ainda tal acontecer depois dessa categoria ter sido abandonada desde os primeiros alvores da arte do século XX? E nas sociedades pós-coloniais, depois da hecatombe urbanística das suas cidades, pode ainda a noção do Belo ser útil, como uma espécie de Provedoria do olhar para a infância e o ensino pela arte? E por que continua, no oriente, o Belo a ser uma categoria actuante? Que diferenças se colocam aí?
(22 de Agosto, às 18:30Min no Centro Cultural Brasil-Moçambique)
O Governo vai lançar um concurso público destinado à aquisição de material eléctrico e serviços para fazer com que 260 mil famílias passem a ter acesso à energia eléctrica em diversos locais do país, disse o ministro dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique.
Ao usar da palavra quinta-feira, na sessão de abertura do 5º Conselho Coordenador do ministério, que decorre no distrito de Chibuto, província meridional de Gaza, Max Tonela disse que distritos das províncias meridional de Maputo, central de Manica e nortenhas de Nampula e Niassa serão abrangidos por este projecto.
Dados do Ministério dos Recursos Minerais e Energia mostram que, usando fontes renováveis de energia, foram electrificados 86 povoados e construídas as centrais hídricas de pequena dimensão em Rotanda, Mouha, Sembezia e Chiurairue, na província de Manica, e estão em construção Majawa e Berue, na província central da Zambézia e Luaice no Niassa.
Os mesmos dados indicam que de momento apenas 32 por cento da população de Moçambique tem acesso à energia eléctrica, tendo em 2018 sido lançado o programa “Energia para Todos”, que pretende garantir o acesso de todos os moçambicanos à energia no prazo de 10 anos. (Macauhub)
Integrado na iniciativa presidencial, “Um Distrito Um Banco”, o Moza Banco acaba de inaugurar duas novas agências bancárias nas províncias de Tete (Distrito de Tsangano) e Nampula (Distrito de Memba).
O Moza Banco acaba de dar um importante passo para a consolidação como a instituição financeira com a 3ª maior rede de Agências no País, com a inauguração das Agências de Tsangano e Memba, enquadradas na iniciativa presidencial “Um Distrito Um Banco”, lançada em 2016, que preconiza que todos os distritos do País tenham pelo menos uma Agência Bancária.
Com a entrada em funcionamento destas Unidades de Negócio, as populações locais e de áreas circunvizinhas passam a ter, “à porta”, um Banco onde poderão convenientemente e em total segurança realizar operações bancárias, e encontrar as soluções financeiras adequadas às suas necessidades específicas.
Ao abraçar esta iniciativa, o Moza está em linha com o seu compromisso na promoção de uma maior inclusão financeira e bancarização da economia através da expansão da sua actividade para os Distritos que não apresentam cobertura em termos de rede de agências bancárias, pois, o Moza acredita que a instalação de serviços financeiros e de outros serviços conexos irá despontar o potencial existente nessas zonas, fomentando o desenvolvimento local e sustentável das comunidades.
No âmbito da parceria com o Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, contabilizam-se já 6 Agências do Moza a operar em pleno, nos Distritos de Chicualacuala (na Província de Gaza); Gondola e Vanduzi (em Manica), Murrupula e Memba (em Nampula) e Tsangano (em Tete).
Até 2020, o Moza estará presente nos distritos de Liúpo, (em Nampula), Chinde, Derre, Lugela e Mocubela (na Zambézia); Meluco e Quissanga (em Cabo Delgado); Majune, Chimbonila, Ngauma e Sanga (em Niassa); Marínguè (em Sofala); Machaze (em Manica); Chigubo, Guijá e Mapai (em Gaza).
Actualmente, o Moza detém a 3ª maior rede de Agências do País composta por mais de 57 Unidades de Negócio espalhadas por todas as capitais provinciais e alguns Distritos e Vilas. À estas, juntar-se-ão mais 7 Agências do BTM como resultado da integração e fusão das duas instituições, ampliando deste modo, a condição de um banco verdadeiramente universal em termos de cobertura do espectro do negócio bancário, e com forte implementação nacional.
O Governo de Moçambique, através da empresa pública nacional, Electricidade de Moçambique (EDM), assinou sexta-feira finda (16), em Maputo, um acordo de financiamento com o Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW), para o financiamento do Projecto de Interligação Moçambique-Malawi, que consiste na construção de uma linha de transporte de energia de 218 km entre Matambo (província de Tete) e Phombeya (Malawi), ligando as redes eléctricas do Malawi e de Moçambique.
A nova linha de transporte de energia, cujas obras iniciam princípio do próximo ano e terminam em 2022, ligará Malawi pela primeira vez ao Grupo de Empresas de Electricidade da África Austral (SAPP), o que permitirá a Moçambique exportar energia para o Malawi. O correspondente Acordo de Compra de Energia e os demais acordos técnico-comerciais entre a EDM e a concessionária de energia eléctrica do Malawi, ESCOM, foram assinados em Abril deste ano em Blantyre (Malawi).
A cooperação financeira alemã, através do KfW, apoiará a EDM para instalar uma nova subestação de 400kV em Matambo e construir uma linha de transporte de 142 km a 400kV para ligar a subestação de Matambo com a parte do Malawi na interligação.
Os custos totais da parte moçambicana do programa de interligação ascendem a 100 milhões de USD. O Governo alemão destinou 30 milhões de euros (aproximadamente 34 milhões de dólares) em donativos, que serão canalizados através do KfW.
O Banco Mundial vai, igualmente, disponibilizar em regime de donativo um montante de 42 milhões de USD ao Governo de Moçambique para o mesmo projecto. Além disso, outro montante também em regime de donativo de 24 milhões de USD será disponibilizado pela Noruega e será canalizado através do Banco Mundial.
O projecto é de importância estratégica para Moçambique, pois, contribui para uma maior diversificação de transacções de energia.
O ministro dos Recursos Minerais e Energia (de Moçambique), Max Tonela, disse, na ocasião: “Moçambique é rico em fontes convencionais e renováveis de energia e apresenta-se como um pólo energético regional, pelo que a interligação entre Moçambique e Malawi proporciona o acesso ao mercado regional, permitindo a viabilização dos grandes projectos de energia em Moçambique”.
A assinatura do acordo cria as condições necessárias para o Malawi se tornar membro operacional da Associação das Empresas de Electricidade dos países da África Austral.
“Malawi poderá, deste modo, participar em igualdade de condições com todos os outros Estados Membros, no comércio regional de electricidade, incluindo importação e exportação para o mercado regional. De facto, constitui mais um passo importante para a integração regional no contexto da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral”, disse Max Tonela.
Por sua vez, o Embaixador da República Federal da Alemanha em Moçambique, Detlev Wolter, disse: “A transmissão fiável e a comercialização transfronteiriça de energia eléctrica são do interesse de todos os países membros do Grupo de Empresas de Electricidade da África Austral. Contribuirá para melhores condições de agregados familiares e empresas. Ao fazê-lo, promoverá o desenvolvimento económico de toda a região da África Austral. Um projecto desta dimensão e complexidade requer a cooperação de diferentes governos, instituições estatais, bancos e vários outros parceiros. Estou convencido de que a estreita cooperação no âmbito do projecto irá expandir e aprofundar ainda mais as relações de Moçambique com o Malawi, mas também com outros estados da África Austral.”
O programa de financiamento também apoiará a EDM na aquisição e instalação de Cabos de Fibra Óptica (OPGW) na nova linha de transporte, bem como em duas outras linhas de transporte já existentes (com um comprimento total de 832 km).
Essas medidas contribuem para um monitoramento e gestão automatizados da rede eléctrica, bem como para a melhoria dos serviços de telecomunicações. (Evaristo Chilingue)