Até o final do dia de hoje (25 de Novembro), cinco mulheres terão morrido nas mãos de um parceiro íntimo, e dezenas terão sido estupradas, mutiladas e agredidas. Temos que encarar os fatos: a violência contra as mulheres é endêmica e pode - e deve - ser equiparada à guerra. As mulheres mortas em incidentes de violência com base no género devem ser consideradas vítimas da guerra e as que foram feridas - física ou emocionalmente - devem ser consideradas sobreviventes da guerra. Os números nos dizem que somente quando mudamos nossa mentalidade para reconhecer esse estado de coisas, a extensão da violência baseada no gênero que as mulheres enfrentam diariamente pode ser confrontada e tratada.
As estatísticas são grosseiras. As Nações Unidas estimam que, globalmente, 35% das mulheres sofreram alguma forma de violência física ou sexual, chegando a 70% em certas regiões. Então, quando começamos os 16 Dias de Ativismo para a Não Violência Contra Mulheres e Crianças, precisamos admitir que, confrontados com a escala do problema, 16 dias por ano não é suficiente. Todos os dias devem ser um dia de ativismo contra a violência baseada em gênero. E todo sul-africano precisa fazer parte do esforço para reduzir e, eventualmente, eliminar esse flagelo, tanto em casa quanto no exterior.
Quando o dia terminar e o sol tropical não tiver mais cores para projetar, na imensidão de todas as superfícies e montanhas, nos lagos e baías, nas florestas e nos Palmares, não nascerá somente um novo dia, mas a vontade de lutar e vencer de quem faz da vida uma bandeira, do estudo um trunfo, das oportunidades um espelho. Gostaria de ter dito estas e outras palavras a Mércia. Jovem menina da UP Maxixe, estudante de leis e interpretações jurídicas, que acredita em Deus e, entende que Deus jamais escreve torto por linhas direitas ou, igualmente, torto em linhas tortas.
Nesta terça-feira, Rogério Zandamela, Governador do Banco de Moçambique, disse que o sistema informático nacional foi alvo de um ataque cibernético nuclear. O dedo acusador foi apontado à Bizfirst, os donos do software usado pela Sociedade Interbancária de Moçambique, SIMO. Estranho é que diante um tamanho ataque, "nuclear", não tenham sido acionados (pelo menos não se sabe até ao momento) os devidos mecanismos que o Estado tem para se prevenir de situações que atentam com a soberania, tal como se tem dito.