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Redacção

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Um mês e algumas semanas depois da passagem do ciclone IDAI, dois mil pescadores que operam a nível do banco de Sofala vão receber embarcações novas e um crédito para aquisição de novos materiais de pesca. A informação foi avançada por Carlos Sendela, Director Provincial do Mar, Águas Interiores e Pescas, em Sofala, em entrevista à Rádio Moçambique (RM), semana finda, na cidade da Beira.

 

Segundo Sendela, a decisão foi tomada após uma reunião com os pescadores artesanais e os responsáveis do projecto “mais peixe sustentável”, liderado pelo Fundo Mundial de Alimentação (FAO), representação de Moçambique.

 

Dados apurados pela Direcção Provincial das Pescas de Sofala estimam que mais de 2.037 embarcações, entre artesanais, semi-industriais e industriais foram destruídas ou arrastadas pela força das águas e da tempestade que se fez sentir entre os dias 14 e 15 de Março.

 

Durante a passagem do ciclone IDAI, 2.067 pescadores artesanais foram directamente afectados, tendo criado um prejuízo avaliado em mil milhões de Mts, para além da destruição de 237 artes de pesca e o mesmo número de motores de pesca. Um total de 15 edifícios pesqueiros como armazéns, oficinas, salas de processamento de produção e escritórios das empresas ficaram destruídos. Foram ainda destruídos 53 tanques de piscicultura artesanal, 41 gaiolas piscícolas e 532,500 alvinos.   

 

O apoio, ora em curso, foi facultado após várias auscultações dos pescadores e outras instituições que trabalham ao longo do banco de Sofala. Carlos Sendela, em representação da direcção máxima do Ministério das Pescas, é quem coordenou os encontros, e o representante da FAO para área das pescas, Simão Lopes, um antigo quadro sénior do MIMAIP.

 

Os prejuízos provocados pelo Ciclone IDAI, no sector das pescas, são avaliados em 5.223.742,25 USD, equivalentes a 333.500.000,00 Mts, a nível do banco de Sofala. (Omardine Omar)

Passam quase duas semanas, após a passagem do ciclone Kenneth, por alguns distritos da província de Cabo Delgado e Nampula. No entanto, na última sexta-feira e nas primeiras horas do sábado, os insurgentes voltaram a semear “terror” em três aldeias do distrito de Macomia, tendo decapitado quatro pessoas, sendo uma delas um professor da vila.

 

Um mar de contradições marcou a sessão de audição aos declarantes, constituídos no âmbito do Processo Querela nº 963/19/A, relativo ao caso de falsificação do passaporte que permitiu Momade Assif Abdul Satar, mais conhecido por Nini Satar, fugir do país, em 2015.

 

Apesar de o porta-voz do partido Frelimo, Caifadine Manasse, ter dito há dias que o caso Samito Machel não seria nem ao de leve aflorado no conclave do Comité Central que hoje iniciou na Matola, a realidade, no terreno, tem estado a revelar-se exactamente contrária.

 

O encontro do braço juvenil do partido Frelimo, a Organização da Juventude Moçambicana (OJM), que aconteceu ontem na Catembe, foi marcado por ataques cerrados contra “os camaradas indisciplinados”. A reunião antecedeu o conclave do Comité Central do partido, que hoje inicia na Matola, devendo terminar no próximo domingo.

 

 A defesa da antiga Ministra do Trabalho, Maria Helena Taipo, arguida-detida no âmbito do processo nº 94/GCCC/2017-IP, que investiga o desvio de fundos no Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) submeteu, junto da Procuradoria da Cidade de Maputo, uma participação criminal contra o ex-juiz de instrução criminal Délio Portugal, agora presidente do Tribunal de Trabalho da província de Maputo.

 

sexta-feira, 03 maio 2019 07:05

João Madureira, El jovem Comandante!

João Madureira para seus colegas de escola e João Louro para os seus colegas da LAM, mais seu co-piloto no cockpit, arrancaram, a dia 26 de Abril, ensurdecedores aplausos dos passageiros que viajavam de Maputo a Nampula num voo TM 150. Ouviram-se também estridentes assobios. Mas tanto os aplausos como as assobiadelas eram de satisfação e, ao mesmo tempo, de alívio.

 

João Madureira teve de enfrentar todas as adversidades climáticas para poder aterrar em segurança no Aeroporto Internacional de Nampula, depois de ter falhado a primeira aproximação. Falhou e subiu nas alturas com toda a força, embrenhando o avião entre as nuvens, num dia que provavelmente não era bom para navegação aérea. Quiçá?!

 

Deu uma volta e antes de tentar a segunda aproximação, João avisou os passageiros: se falharmos a segunda só nos resta regressar à Beira. Onde uma hora antes o aparelho fizera uma escala técnica. Lá tentou o João Madureira naquela tarde de "mau tempo" e com sucesso aterrou em segurança. Uff! Choveram os aplausos, que duraram todo o tempo em que a aeronave fez o “taxi” para ir se imobilizar. Era satisfação enorme! No meio de uma tempestade brutal, o Madureira fez aterrar o avião aterrou em segurança e não foi preciso ir à Beira.

 

A LAM tem motivos para se orgulhar destes seus jovens quadros. Nem só de atrasos e de catering que deixa a desejar vive a LAM. Há boas coisas lá. Aliás, antes de sair de Maputo, João Madureira teve de abortar a descolagem porque uma porta quase abrira. Se não o tivesse feito, talvez acontecesse o pior. (Carta)

sexta-feira, 03 maio 2019 07:00

Calou-se a Rádio Nacedje, de Macomia

Na sequência do ciclone Kenneth que fustigou há dias o distrito de Macomia, em Cabo Delgado, cerca de 80 mil ouvintes estão privados do acesso/direito à informação, em virtude da rádio local, a Rádio Comunitária Nacedje, onde trabalhava o jornalista Amade Abubacar, ter sido danificada. Segundo fontes locais, a rádio já não existe. A infraestrutura foi totalmente danificada depois que uma mangueira caíu sobre ela.

 

Também foram afectados em Macomia pequenos negócios de cópias, internet-café e uma mini-escola de informática. Deste modo, os ouvintes das zonas mais rurais de Macomia estão longe de saber o que se passa a nível local e além-fronteiras. Devido à dimensão dos danos, tudo indica que a reposição da rádio vai levar tempo. O Instituto de Comunicação Social (ICS), proprietária da rádio, deverá mobilizar fundos para voltar a pôr a rádio no ar. (Carta)

sexta-feira, 03 maio 2019 06:54

Banco Mundial garante apoio a Moçambique

O Banco Mundial garante que vai prestar apoio a Moçambique, sobretudo na procura de soluções sustentáveis com vista a tornar o país mais resiliente aos efeitos das calamidades naturais. O compromisso foi assumido esta quinta-feira em Maputo pelo Presidente do Grupo do Banco Mundial, Davis Malpass, após ter sido recebido em audiência pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.

 

Na ocasião, Davis Malpass disse que o Banco Mundial vai dar assistência aos afectados pelo ciclone Idai e Kenneth nas zonas centro e norte. No encontro com Nysi, o Presidente do Grupo do Banco Mundial, apresentou uma mensagem de condolências às vítimas dos desastres naturais.

 

"Não iremos fazer a assistência a Moçambique apenas no âmbito logístico devido aos ciclones, mas estenderemos ainda mais o compromisso para apoiar ao longo prazo em termos de desenvolvimento do país”, disse Davis Malpass. 

 

Ele acrescentou que o apoio vai igualmente assegurar uma melhor assistência ao desenvolvimento humano, incluindo a melhoria das rendas das populações. Davis Malpass efectua hoje uma visita à cidade da Beira com objectivo de se inteirar do processo de reconstrução em curso. No regresso anunciará um pacote de medidas de apoio do banco a Moçambique. (Carta)

Está à vista um azedar de relações entre os armadores do banco de Sofala e o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas (MIMAIP), dirigido por Agostinho Mondlane. Segundo alguns armadores, em conversa com “Carta”, em causa está o facto de, mais de um mês após a passagem do Ciclone Idai, nenhum dirigente de nível central daquele ministério se ter deslocado à província de Sofala, em particular à cidade da Beira, para, no mínimo, solidarizar-se com eles e avaliar os estragos causados pela catástrofe.