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Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

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O Banco Nacional de Investimento (BNI) e o Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank) assinaram, na última terça-feira, um acordo estratégico para o estabelecimento de uma linha de crédito denominada “Afreximbank – Revolving Working Capital Facility” para Pequenas e Médias Empresas (PME) que operam nas cadeias de valor do agronegócio, indústria leve, processamento de alimentos e logística. O representante do BNI, Abdul Jivane, disse que o principal objectivo da linha de crédito é melhorar a rentabilidade das receitas das empresas de exportação, bem como permitir às PME obter o capital necessário ao desenvolvimento das suas actividades.

 

A expectativa é que essa iniciativa proporcione às empresas maior capacidade de expansão das suas operações e alcance de novos mercados, resultando num aumento significativo das exportações.  Além disso, contribuirá para a entrada de divisas no país, promovendo a melhoria da balança comercial e reduzindo a dependência das importações”, adiantou Jivane.

 

Por sua vez, o vice-presidente do Afreximbank, Denys Denya, disse que o acordo entre as duas instituições constitui um marco importante no apoio ao sector das PME, pois reconhece o papel crucial que desempenham na economia do país

 

Com acesso aos recursos financeiros proporcionados por esta linha de crédito, as pequenas e médias empresas terão a oportunidade de alavancar seus negócios, fortalecendo a economia local”, disse Denya.

 

Denya acrescentou: “ao fornecer apoio financeiro às PME, procuramos criar um ambiente propício para o aumento da produção, desenvolvimento de novos produtos e expansão para mercados internacionais. Com a concretização deste acordo, esperamos que as instituições estejam bem posicionadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades globais, contribuindo assim para o desenvolvimento sustentável do país”. (Diário Económico)

A violência jihadista em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, colocou o país na classificação mais grave de violações à liberdade religiosa no mundo, no relatório publicado hoje pela fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

 

“Os ataques de aumentaram em Moçambique por parte de um grupo jihadista filiado no Daesh chamado Ahlu Sunnah wa Jama’a (ASWJ) – conhecido localmente como Al-Shabaab (sem relação com o Al-Shabaab, filiado da Al-Qaeda na Somália) e internacionalmente como IS-Moz”, indica o documento, enviado à Agência ECCLESIA.

 

O território moçambicano é identificado como um dos países em que a situação da liberdade religiosa piorou, no período em análise – entre janeiro de 2021 e dezembro de 2022 – e integra o elenco de 28 Estados “marcados a vermelho”, como nações que se “transformaram, de alguma forma nos locais mais perigosos do mundo para a prática livre da religião”.

 

Esta categoria aborda situações de perseguição, crimes de ódio e violência desencadeada por motivos religiosos, representando 14% dos 196 países sob análise no Relatório 2023 sobre a Liberdade Religiosa no Mundo.

 

O documento cita um relatório do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, segundo o qual o IS-Moz conta com “pelo menos 1000 militantes” que tentam capturar Cabo Delgado para estabelecer “um regime islâmico separatista”. “Os incidentes violentos registados em 2022 – assassinatos, raptos, pilhagens e destruição de propriedade – aumentaram 29%”, adverte a AIS.

 

Estes ataques foram significativos, uma vez que a violência foi principalmente dirigida contra civis (cristãos e muçulmanos), representando 66% de todos os eventos violentos, mais do que em qualquer outra região do continente. Até à data, mais de um milhão de pessoas estão deslocadas internamente. O relatório precisa que a concentração da atividade jihadista é “especialmente evidente na região do Sahel, em torno do Lago Chade, em Moçambique e na Somália”, acrescentando que a mesma está a alastrar-se para os países vizinhos.

 

No início da última semana, o bispo de Pemba apelou para que o governo moçambicano “decrete luto”, face às notícias que dão conta de mais de 1350 mortos no “massacre” de Palma, em 2021. O ataque terrorista de 24 de março de 2021 teria provocada dezenas de mortes, segundo as autoridades locais, mas uma investigação do jornalista norte-americano Alex Perry aponta para números muito superiores.

 

D. António Juliasse, bispo de Pemba, citado pela Fundação AIS, diz que a confirmarem-se esses números, “houve um massacre” e o governo deve decretar “luto nacional”. A 9 de junho, durante a homilia da Missa de encerramento da formação permanente dos missionários, o responsável católico deixou votos de que a população possa chorar e homenagear os seus mortos.

 

“Se os dados não são refutáveis, então nós tivemos aqui em Cabo Delgado um massacre que ninguém mencionou antes. Somadas as outras mortes desta guerra, são milhares de famílias a quem não se prestou condolências”, referiu D. António Juliasse.

 

O bispo de Pemba, que é também presidente da Comissão Episcopal de Justiça e Paz de Moçambique, afirmou ainda esperar que o governo se pronuncie sobre a investigação do jornalista norte-americano.

 

“Espero que o governo se dê ao trabalho de confirmar os dados divulgados, faça o reconhecimento público do sucedido e, se aplicável, decrete simbolicamente um momento de luto nacional para que os moçambicanos chorem por outros moçambicanos barbaramente massacrados em Palma”, sustentou.

 

Para o responsável católico, é necessário criar “memória coletiva de forte repúdio a atos deste tipo”.

 

A informação que a Diocese de Pemba enviou à Fundação AIS esclarece ainda que, segundo o relatório publicado pelo jornalista Alex Perry, responsáveis governamentais e da empresa petrolífera no local “omitiram os dados” referentes à verdadeira dimensão do ataque. (ECCLESIA)

CarlosMucapera ANAMM municupal

A Associação Nacional dos Municípios garante que os funcionários municipais têm direito a receber salários com base na Tabela Salarial Única (TSU), segundo afirmou o Secretário-geral da Associação, Carlos Mucapera. Ele falava esta quinta-feira em Maputo, durante um encontro de reflexão sobre a revisão da Lei de finanças municipais, criada há 15 anos, olhando para o actual número de autarquias do país.

 

″Os funcionários municipais são servidores públicos e têm o direito de receber com base na TSU. Isso não pode ser negado. A questão é viabilizar a implementação deste direito. Mas para viabilizar não é de noite para dia, há toda uma questão de procedimentos para que se pague com base na TSU″ - disse Mucapera.   

 

Sobre a arrecadação de receitas, a fonte garante que há autarquias no país que captam receitas que seriam suficientes para a sua sobrevivência e com menos dependência do Fundo de Compensação Autárquica.

 

“Nós temos municípios que realmente tem uma capacidade de recolha de receitas que é bastante positiva, entretanto, também recebem recursos do Estado, como por exemplo os Municípios da Matola, Maputo e outros. Por esta razão, os municípios são chamados cada vez mais a encontrar soluções para os seus problemas ao nível local’’.

 

Entretanto, a Vereadora das Finanças no Município da Matola, Ana Maria Alves, diz que esta autarquia está em condições de pagar os funcionários com base na Tabela Salarial Única (TSU).

 

“O pagamento com base na TSU exige o cadastramento de todos os funcionários no Sistema de Gestão de Recursos Humanos e, brevemente, o processo terá o seu término e, daí em diante, iniciaremos o pagamento com base na Tabela Salarial Única”, disse a Vereadora Ana Maria Alves. (Marta Afonso)

pr nyusi CTA

O Presidente da República (PR), Filipe Nyusi, garantiu que o seu Governo vai analisar as várias questões apresentadas pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), durante a XVIII edição da Conferência Anual do Sector Privado (CASP), que decorre de 21 a 23 de Junho corrente em Maputo. Com essa afirmação, Nyusi quis transmitir que o seu Governo não vai satisfazer aquelas inquietações que visam permitir a CTA fazer negócio mais barato do mundo, lesando a economia nacional.

 

Antes de discursar, durante a cerimónia de abertura da CASP, Nyusi e o seu Governo ouviram atentamente as questões que para a CTA minam o ambiente de negócios em Moçambique. De entre as várias questões, o Presidente da CTA, Agostinho Vuma, destacou o contínuo crescimento do atraso no pagamento de facturas por parte do Estado aos empreiteiros e fornecedores de bens e serviços.

 

Para a CTA, a demora no pagamento significa que as empresas, maioritariamente, as Pequenas e Médias Empresas (PME) estão a financiar o Estado e, com isso, limitando o seu crescimento. Numa situação destas, acrescentou Vuma, a despesa pública acaba sendo adversa e prejudicial para a economia.

 

“Aqui, propomos que o Governo crie limites máximos de acumulação dos atrasados para que essa despesa seja controlada e monitorada. Paralelamente, propomos que no Orçamento Anual seja incluída uma rubrica específica para o pagamento dessas facturas atrasadas aos empreiteiros e fornecedores de bens e serviços ao Estado”, apelou Vuma.

 

Em nome da classe empresarial privada, o Presidente da CTA queixou-se igualmente da morosidade no pagamento pelo Estado de reembolso do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). Mencionou que do total de 904 processos de pedidos de reembolso de IVA em 2022, estimados em 25,6 mil milhões de Meticais, foram autorizados a pagar 96 processos, que representam, em termos de montante, cerca de 21 por cento. Por isso, Vuma sublinhou que a CTA continua a ansiar por melhorias no processo de reembolso do IVA, particularmente para a indústria transformadora.

 

A CTA clama igualmente pela redução do IVA na indústria gráfica, numa altura em que o Governo investe, anualmente, cerca de 22 milhões de USD na aquisição do livro escolar. O que efectivamente inquieta a classe empresarial neste assunto é que, segundo Vuma, a indústria gráfica tem procurado se colocar numa posição estratégica para competir e se tornar fornecedora deste bem.

 

“Entretanto, o quadro actual do IVA não permite a competitividade deste sector, particularmente porque quem importa o livro impresso se beneficia da isenção do IVA na importação. Contrariamente, a indústria gráfica, ao imprimir localmente, tem que suportar o IVA na importação das respectivas matérias-primas como papel, toner, entre outros”, acrescentou o Presidente da CTA. Como solução, propôs que o Governo continue a aprimorar o quadro fiscal de forma a incentivar a adição de valor e criação de emprego a nível local.

 

“Sobre os raptos, foi com muita esperança que ouvimos do Presidente o anúncio do estabelecimento da Unidade Anti-Raptos. Para os empresários, isso representou o início de acções enérgicas para se debelar este problema. Desta forma, gostaríamos de encorajar o Governo a acelerar as acções anti-raptos e interagir mais com o Sector Privado para colher ideias e opiniões, bem como a contribuição material para a prossecução daquele desiderato comum”, vincou Vuma.

 

Falando perante um auditório de mais de 15 mil participantes (grande parte empresários), dos quais, três mil presentes fisicamente e os restantes remotamente, o Presidente da CTA mencionou ainda o elevado custo de financiamento, facto agravado pela taxa de inflação que fechou o ano de 2022 em 11.91 por cento, estando acima da meta fixada pelo Banco de Moçambique (inflação abaixo de 1 dígito).

 

Embora no presente ano (2023), a inflação esteja a assistir a uma redução tendencial, fixando-se em 8,23 por cento no fecho do mês de Maio, a CTA diz que continua em níveis penosos para a economia, particularmente para o sector industrial, onde encarece ainda mais os custos de produção e aumenta incertezas que limitam a implementação de investimentos industriais e geradores de emprego.

 

“Um outro aspecto relacionado à inflação é o excesso de liquidez no sector bancário reportado pelo Banco de Moçambique que, desde Janeiro de 2022, se situa numa média de aproximadamente 60 mil milhões de Meticais. Aqui, o que nos preocupa é o facto deste excesso de liquidez não estar a fluir para as indústrias e, ao mesmo tempo, o Banco de Moçambique oferecer instrumentos de investimento aos bancos (bilhetes de tesouro e operações reversíveis), através dos quais estes fazem a rolagem da liquidez excessiva, preterindo assim a concessão de crédito à indústria, bem assim à economia no geral”, acrescentou Vuma.

 

Durante a apresentação das inquietações, o Presidente da CTA apontou igualmente os níveis elevados das taxas de juros que, no entender da classe, desestimulam os investimentos, associados a uma postura de política monetária, imprimida pelo Banco Central, não consentânea com a facilitação de financiamento ao sector empresarial.

 

“Sobre a carga tributária, queremos pedir, aqui, ao Governo para colocar uma mão e travão ao que chamamos de “taxas e taxinhas”. Desde os municípios, distritos, províncias, Ministérios e instituições autónomas como institutos e tribunais, de forma simultânea, tem estado a introduzir novas taxas ou agravar as existentes. Este tipo de acção vai em contramão com o que Presidente da República decidiu fazer através do Plano de Aceleração Económica”, lamentou Vuma.

 

Por seu turno, o PR disse ter tomado nota de todas as questões levantadas e garantiu dar a devida avaliação. “Tomamos nota da lista das questões que foram levantadas pela CTA. O meu Governo é sensível a todas as questões colocadas e terá um tempo próprio para pegar cada questão, estudar com vista a proteger a economia, mas dentro das balizas de gestão económica que os países optam”, afirmou Nyusi.

 

Desta forma, o PR quis transmitir que o seu Governo vai satisfazer as questões que não tornam vulnerável a economia do país, que precisa de crescer nas balizas universais, evitando fazer o negócio mais barato do mundo, o que não vai permitir à economia moçambicana concorrer a nível internacional.

 

“Mas como disse, tomamos nota das questões levantadas, como o atraso no pagamento das empresas pelo Estado, o IVA, da indústria gráfica, a questão dos raptos, a inflação, o excesso de liquidez na óptica da CTA, as taxas de juro, ou aquilo que chamou de taxinhas generalizadas ao longo das autarquias etc., bem como a política tributária em Moçambique. São questões que merecerão a devida avaliação”, garantiu o PR.

 

A XVIII CASP conta com a participação de diversas instituições internacionais e com figuras de órgãos de soberania, da diplomacia e da academia, comprometidas em emprestar do seu saber e vontade para ajudar a promover o nome de Moçambique e atrair mais investimentos para o país.

 

O evento é dominado por três componentes principais, nomeadamente, a promoção de investimentos e oportunidades de negócio, a promoção do Diálogo Público-Privado e a promoção de parcerias bilaterais. Este ano, a XVIII CASP conta com uma carteira de projectos avaliada em 1.4 mil milhões de USD, sustentada por 10 instituições financeiras de desenvolvimento internacionais e por 12 países convidados. (Evaristo Chilingue)

reparacao N1 min

Acaba de sofrer um revês a expectativa dos moçambicanos de verem a Estrada Nacional Nº 1, a principal via do país que liga o território nacional do sul ao norte, ser reabilitada ainda este ano, tal como anunciou, em Agosto de 2022, o Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Alberto Fortes Mesquita.

 

Esta quinta-feira, o Chefe de Estado, Filipe Jacinto Nyusi, anunciou que as obras de reabilitação da Estrada Nacional Nº 1 vão arrancar em Maio de 2024, contrariando o anúncio inicial que apontava para o segundo semestre de 2023. A informação foi avançada na abertura, ontem, da 18ª edição da Conferência Anual do Sector Privado, que termina esta sexta-feira, em Maputo.

 

Nyusi não avançou as razões da mudança de datas para o arranque das obras. Sublinhou apenas que as obras vão abranger um total de 508 Km, nos troços Inchope-Gorongosa; Gorongosa-Caia; Chimuara-Nicoadala; e Metoro-Pemba, sendo financiadas pelo Banco Mundial, num valor de 400 milhões de USD.

 

No entanto, há dias, Carlos Mesquita defendeu que a reabilitação da Estrada Nacional Nº 1 havia iniciado, com a realização de estudos. “É preciso fazer estudos, temos estudos, temos de actualizá-los porque, ao longo deste período em que a estrada se foi danificando e particularmente agora que saímos da época chuvosa, houve danos adicionais e isso requer uma apreciação mais profunda.”

 

Lembre-se que, em Agosto de 2022, o Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos disse aos jornalistas, à margem do 6º Congresso de Engenharia, que decorreu em Maputo, que as obras iam arrancar no segundo semestre deste ano. “A primeira questão era mesmo conseguir o financiamento, sendo que pelo menos uma parte já está garantida. Até 2023, no segundo semestre, as obras vão começar”, disse Mesquita, tendo reiterado esta narrativa em Outubro, na Assembleia da República.

 

“A primeira fase deve iniciar no segundo semestre de 2023 e compreenderá a reabilitação de 414 Km, nos troços Inchope-Gorongosa (70 Km), Gorongosa-Caia (168 Km) e Chimoara-Nicoadala (76 Km). A fase 2 compreende a reabilitação de 345 Km, nos troços Rio Save-Muxúnguè, Muxúnguè-Inchope, Gorongosa-Caia e Rio Lúrio-Metoro. A fase 3 consistirá na reabilitação de 293 Km, nos troços Pambara-Rio Save, Muxúnguè-Inchope e Metoro-Pemba”, detalhou.

 

Refira-se que a Estrada Nacional Nº 1, que liga as províncias de Maputo e Cabo Delgado, encontra-se numa situação deplorável, clamando urgentemente de obras de reabilitação, sobretudo nos troços Save-Nicoadala e Metoro-Pemba. (Carta)

quinta-feira, 22 junho 2023 16:36

Médicos regressam à greve a 10 de Julho

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A Associação Médica de Moçambique (AMM) reinicia a terceira greve no próximo dia 10 de Julho, que poderá durar 21 dias prorrogáveis. A paralisação vai prolongar-se até à correcção de diversas irregularidades e a implementação dos acordos alcançados.

 

“No âmbito do processo de monitoria dos diversos acordos firmados entre o Governo de Moçambique e a AMM, a classe médica analisou no passado dia 07 de Junho, em reunião nacional, o grau de implementação destes acordos, tendo-se constatado um grande incumprimento”, refere o comunicado da AMM enviado à nossa redacção.

 

Face ao incumprimento dos acordos, assim como de várias irregularidades que culminaram com as reduções salariais no mês de Maio, foi mandatado o Conselho de Direcção da Associação Médica de Moçambique para convocar a segunda fase da terceira greve nacional da classe.

 

No dia 09 de Junho, a classe enviou ao Governo uma carta contendo um conjunto de irregularidades que a Associação pretende ver resolvidas. O documento foi enviado ao Ministério da Saúde, com conhecimento do Presidente da República, do Primeiro Ministro, da Ministra da Administração Estatal, da Ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, dando a conhecer o reinício da greve.

 

Nos próximos dias, a classe irá publicar as directrizes que irão nortear esta fase da greve. (Carta)

quinta-feira, 22 junho 2023 15:09

BCI reitera apoio ao ensino superior moçambicano

ustm graduacao min

O Presidente do Conselho de Administração (PCA) do BCI, Carlos Agostinho do Rosário, reafirmou, na terça-feira (20), em Maputo, o posicionamento do BCI como parceiro estratégico das instituições de ensino superior. Falava, por ocasião da XIª cerimónia de graduação da Universidade São Tomás de Moçambique (USTM), realizada neste estabelecimento de ensino.

 

Referiu-se à oferta do Banco que abarca, entre outros instrumentos, “o desenvolvimento de meios de pagamento específicos através, por exemplo, da disponibilização de cartões electrónicos com características próprias, quer de imagem e de funcionalidades diferenciadoras; a concepção de soluções de financiamento mais vantajosas para o prosseguimento de estudos de graduação e de pós-graduação e a criação de inúmeros serviços e mecanismos de gestão de tesouraria que facilitam o funcionamento das instituições de ensino superior”.

 

Nesta sessão, que conferiu graus académicos a 437 estudantes, o BCI concedeu prémios monetários aos estudantes que mais se destacaram nos cursos de Contabilidade e Auditório, Gestão Financeira e Bancária, Gestão de Empresas e Economia. Neste quadro, o PCA do BCI felicitou os graduados afirmando que “a partir de hoje tendes na mão, uma enxada de ouro que é o certificado de conhecimentos adquiridos, com o qual podeis enfrentar, da melhor maneira e com sucesso, os desafios da vida”. Instou-os, todavia, a serem humildes. “A vaidade e o espírito de que já sabem tudo, uma vez com o diploma na mão, são corrosivos ao graduado” – disse.

 

Para o Reitor da USTM, Joseph Wamala, “tal como aprenderam durante a vossa formação, sejam profissionais de verdade, com uma forte componente de ética e de trabalho. A ética de trabalho é materializada de muitas formas, inclui por exemplo a pontualidade, a manutenção do espírito de colaboração, o cumprimento dos prazos, a manutenção das tarefas, durante todo o dia de trabalho, e a comunicação eficaz com os vossos colegas de trabalho e superiores hierárquicos” – e alertou: “trabalhem todos os dias para ganharem e manterem os vossos postos de trabalho. É mais difícil manter o trabalho do que encontrá-lo. Manter o emprego é mais desafiador do que consegui-lo”.

 

A cerimónia decorreu sob o lema “USTM comprometida com a transformação socioeconómica de Moçambique pela educação assente na ética e dignidade da pessoa humana”. Do universo dos graduados, 356 são mulheres e 81 homens, sendo a 7ª vez consecutiva que a USTM gradua mais mulheres do que homens.

drogas marracuene m min

Um cidadão nigeriano, um colombiano e dois mexicanos foram ontem detidos num bairro de Marracuene, na Província de Maputo, sob a alegação de terem montado uma fabriqueta de drogas.

 

O colombiano e os dois mexicanos chegaram a Moçambique recentemente, com vistos de turismo de um mês e, quando os mesmos expiraram, foram alojar-se no referido armazém onde a Polícia encontrou maquinetas suspeitas. 

 

O nigeriano detido disse, em entrevista à imprensa, que chegou a Moçambique em 2010, dedicando-se à venda de peças de automóveis. Ele garantiu que se entregou pessoalmente à Polícia, para contar sua relação com os restantes detidos. 

 

Ele contou que foi contactado a partir da Nigéria por um conterrâneo, em parte incerta, que lhe terá solicitado a identificação de um armazém para processar farinhas e sabonetes. Foi identificado um recinto num bairro de Marracuene, onde a renda, que nunca foi paga, ascenderia aos 50 mil Meticais por mês.

 

O nigeriano desmentiu tratar-se de uma fábrica de drogas.

 

Um dos detidos é um mexicano, de 19 anos de idade. Ele foi encontrado no armazém de Marracuene onde estava, alegadamente, a fazer trabalhos de limpeza. Um outro colombiano, de 40 anos, também estava a “limpar” o armazém para ganhar dinheiro para renovar o visto e pagar hotel. 

 

A Polícia na Província de Maputo diz que os homens foram detidos em flagrante delito. Agentes da corporação suspeitaram de movimentos estranhos no recinto e entraram nele onde, para além dos homens, encontraram “equipamento que a Polícia suspeita seja para fabrico de drogas”, mas que ainda está a investigar para aferir a veracidade dos factos. (Carta)

quinta-feira, 22 junho 2023 06:47

Show aéreo e náutico na cidade de Maputo

aero show

O céu da cidade e da baía de Maputo foi palco, no sábado (17), de um espectáculo aéreo e motonáutico ao qual assistiram milhares de citadinos que acorreram ao show, organizado pelo Aero Clube de Moçambique, em parceria com a VIVO e o Município de Maputo, e com o apoio do BCI.

 

O festival, com momentos de emoção e de adrenalina, compreendeu demonstrações de voo e competições no mar; de saltos de paraquedismo, acrobacias, proporcionadas por cerca de trinta aviões e helicópteros, pilotados por moçambicanos e estrangeiros, assim como competições no mar.

 

O evento, que contou com a presença de altas personalidades do Governo e do Conselho Municipal, tinha em vista, segundo os organizadores, promover a cultura aeronáutica em Moçambique, e promover a prática de desportos aeronáuticos e aviação recreativa, assim como contribuir para dignificar a cidade de Maputo como um destino de desporto, cultura e turismo, integrando o Maputo Air Show, no roteiro anual dos festivais aéreos da SADC.

 

Esta é a segunda vez que o BCI concede apoio a esta iniciativa singular, cuja última edição teve lugar em 2019, tendo o Banco proporcionado aos seus clientes um espaço privilegiado para testemunhar o magnífico espectáculo.

filandia ucrane

O governo não apenas cortará a ajuda ao desenvolvimento em milhões, mas também a priorizará e redirecionará. “A Ucrânia se tornará um novo país receptor”, disse Tavio.



A Finlândia não dará nenhuma ajuda ao desenvolvimento a governos e países que apoiar a guerra da Rússia na Ucrânia, de acordo com o programa do novo governo de direita da Finlândia, disse o ministro de Comércio Exterior e Desenvolvimento, Ville Tavio, na segunda-feira.



“A Finlândia não dará ajuda ao desenvolvimento a governos ou entidades que apoiem a guerra de agressão da Rússia”, diz o programa do novo governo.



Tavio se recusou a citar os países sujeitos a possíveis cortes, mas citou a África como um todo. “Testemunhamos países africanos apoiando a Rússia. Esses países estarão sob vigilância”, disse o novo ministro.



De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, os principais parceiros bilaterais da Finlândia na África são Etiópia, Quênia, Moçambique, Somália e Tanzânia, com cooperação para o desenvolvimento que dura várias décadas.



A Finlândia comprometeu-se a atribuir 0,7% do seu rendimento nacional bruto (RNB) ao financiamento do desenvolvimento, de acordo com a recomendação da ONU. No entanto, essa meta foi alcançada apenas uma vez no início dos anos 1990. Este ano, estima-se que o orçamento da cooperação para o desenvolvimento seja de 1,177 mil milhões de euros, 0,42% do RNB.



O novo governo diz que cortará o financiamento gradualmente e levará em consideração os compromissos anteriores.



Até 2027, o financiamento do desenvolvimento deve ser reduzido em cerca de € 280 milhões, anunciou o governo. (Pekka Vänttinen EURACTIV.com)

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