A Triton Minerals assinou um memorando de entendimento com a empresa chinesa Qingdao Jinhui Graphite Co. Ltd que poderá converter-se num acordo vinculativo dentro de seis meses, informou recentemente a empresa australiana.
O memorando assinado com “uma das principais empresas de grafite da China, com grande experiência na exploração mineira, de processamento e de comercialização” surgiu na sequência de contactos iniciais por parte da Jinhui Graphite, a que se seguiram encontros comerciais e técnicos, relacionados com o desenvolvimento do projecto de grafite de Ancuabe, em Moçambique.
Uma semana depois do ciclone IDAI ter fustigado a região Centro do País, causando vítimas humanas e destruição de infra-estruturas públicas e privadas, a actividade económica no Corredor da Beira começa a voltar a normalidade.
A Cornelder de Moçambique, gestora dos Terminais de Contentores e de Carga Geral, reabriu o porto da Beira à navegação, na última terça-feira (18 de Março), depois de ter sido encerrado, preventivamente, no dia 13 (quarta-feira), um dia antes do Ciclone IDAI.
Após as acusações de um consórcio que se diz credor da Portucel Moçambique, a Navigator nega que aquela empresa de capitais portugueses tenha dívidas para com empresas de capitais sul-africanos, zimbabueanos ou outras e admitiu recorrer a tribunal para defender o seu bom nome.
Numa reação a notícia publicada, esta semana pela Agência Lusa, também difundida pela “Carta”, dando conta da intenção de um consórcio de empresas em avançar com um processo-crime em Portugal contra o grupo The Navigator Company, detentor da sociedade florestal, por prejuízos de mais de 50 milhões de dólares naquele país, a Portucel Moçambique garantiu não ter “quaisquer dívidas para com estas empresas de capitais sul-africanos e zimbabueanos, nem para quaisquer outras entidades”.
Com um potencial de 15.2 milhões de toneladas, por ano (MTPA), o projecto de Gás Natural Liquefeito (GNL), desenvolvido na bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado, vai atrair entre 27 e 32 biliões de dólares norte-americanos em investimento directo estrangeiro (IED), devendo rentabilizar 2.6 biliões de pés cúbicos de recursos de GNL ao largo, aumentar de 15 a 18 biliões de dólares o Produto Interno Bruto (PIB) de Moçambique, por ano, e transformar o País, a breve trecho, no quarto maior produtor de GNL do mundo. Os resultados do estudo macroeconómico independente sobre o potencial da Área 4 do projecto de Gás Natural Liquefeito, elaborado pelo Standard Bank, foram apresentados terça-feira, 19 de Março, em Maputo, e indicam que o GNL do Rovuma tem potencial para tornar a província de Cabo Delgado numa das regiões de maior crescimento acelerado do mundo, com a perspectiva de desenvolver o apoio às cadeias de valor industrial e agrícola.
Um consórcio de credores da Portucel Moçambique anunciou hoje que vai avançar com um processo-crime em Portugal contra o grupo The Navigator Company, detentor da sociedade florestal, por prejuízos de mais de 50 milhões de dólares naquele país. Em entrevista à agência Lusa, o empresário Izak Holtzhausen, presidente da SMOPS, empresa que detinha cerca de 80% dos serviços de florestação da Portucel Moçambique na província da Zambézia, centro de Moçambique, disse que a ação legal visa o grupo The Navigator Company (antigo Grupo Portucel/Soporcel), e alguns dos seus responsáveis, uma vez que as "várias tentativas" de contacto junto da empresa portuguesa em Moçambique têm sido frustradas desde março de 2017.
Com objectivo de produzir jóias, a Empresa Moçambicana de Exploração Mineira (EMEM) pretende instalar no país uma indústria de corte e lapidação de gemas. Para o efeito, a EMEM lançou ontem um concurso público para a selecção da empresa adjudicatária, que fundamentalmente terá a missão de realizar um estudo, durante dois meses, de viabilidade técnica e financeira para a implementação da referida indústria.
No concurso, a EMEM explica que a instalação duma indústria de corte e lapidação de gemas para produção de joias, deve-se ao baixo nível do sector de gemas na tributação e contribuição no Produto Interno Bruto (PIB), não obstante o enorme potencial geológico que o país possui, consubstanciado por ocorrências massivas de gemas em quase toda a zona centro e norte do país. Como motivo da fraca contribuição, a EMEM refere-se à fragilidade dos mecanismos de controlo do volume de exportações de gemas produzidas, sobretudo em moldes de pequena escala, bem como a tributação dos minerais em bruto (não lapidadas).
Diz a EMEM que “perante o cenário de fragilidade nos mecanismos de controlo, a estratégia para colmatar este cenário passa pelo desenvolvimento de iniciativas orientadas para a máxima aquisição de produtos produzidos no vasto território nacional, bem como no seu processamento (corte e lapidação) e revenda nos mercados nacionais e no estrangeiro”. Outra motivação para a EMEM tencionar instalar uma indústria de processamento e produção de jóias a partir de gemas em Moçambique é a tendência crescente do volume de negócios no sector de rubis, justificada pela arrecadação de receitas na ordem de 335,5 milhões de USD, como resultado de nove leilões realizados na Índia e em Singapura no período 2014-2017 pela concessionária Montepuez Ruby Mining. Na perspeciva da EMEM, isso “permite projectar um enorme potencial do sector de gemas em Moçambique”. (Evaristo Chilingue)