Incumprimento das filas nos terminais, tarifas baixas e liberdade de escolher o destino a qualquer momento (isto é: não ter destinos fixos) são as principais queixas apresentadas por transportadores privados contra as empresas municipais de transportes públicos, geridos pelos municípios da zona metropolitana de Maputo –território que compreende Marracuene, Maputo Cidade, Matola e Boane.
A Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e a PROPARCO (também agência financeira francesa) desembolsam 55 milhões de dólares para financiar projeto de produção de energia solar na cidade de Metoro, distrito de Ancuabe, província de Cabo Delgado, nordeste de Moçambique. A informação foi tornada pública esta segunda-feira em Maputo, durante a assinatura de contrato de concessão do projeto, entre o Ministério dos Recursos Minerais e Energias (MIREM) e a Central Solar de Metoro SA, uma empresa participada em 25 % da Eletricidade de Moçambique (EDM) e Neoen, um produtor de energia de origem francesa com 75 %.
O projeto, cuja implementação está na responsabilidade da Neoen, inicia em 2019, com duração de 9 meses e, compreende a instalação de 130 mil painéis solares, com capacidade de gerar 41MWp. A infraestrutura vai contribuir em 69 GWh, para o sector elétrico em Cabo Delgado, o equivalente a consumo de 150.000 pessoas, 75% das necessidades de Pemba.
A Central Solar de Metoro permitirá também a coleção de impostos e dividendos para o Governo de Moçambique, avaliados em 39,5 milhões de dólares, incluindo 12,3 milhões de dólares de remunerações para a EDM pela venda da energia. Em termos de emprego, o empreendimento vai gerar 22 postos de trabalho para operações. Falando na ocasião o ministro do pelouro, Ernesto Max Tonela disse que a materialização do Projeto Solar de Metoro na matriz energética de Moçambique é uma resposta do Governo e do sector privado, ao grande desafio de criar condições para aumentar o acesso a fontes modernas de energia, de modo sustentável.
"O projeto irá contribuir para o combate contra a pobreza, melhoria do bem-estar dos moçambicanos e para o desenvolvimento socioeconómico do nosso país, através da expansão das infraestruturas energéticas", acrescentou o governante. O diretor regional da Neoen, Cyril Perrin, disse-se honrado pela concessão do Projeto Solar de Metoro que irá suportar o crescimento da região norte com uma eletrificação competitiva de qualidade e amigo do ambiente. Cyril Perrin disse também que Neoen vai honrar o compromisso para implementação do projeto em tempo previsto. Passados 25 anos a Central será transferida para a EDM. (Evaristo Chilingue)
Valor do comércio entre a China e os países de língua portuguesa atingiu 108 928 milhões de USD de Janeiro a Setembro, um aumento homólogo de 21,22%, segundo dados oficiais chineses divulgados pelo Fórum de Macau. A China exportou para os oito de língua portuguesa no período em análise bens no valor de 31 540 milhões de USD (+19,88%) e comprou mercadorias no montante de 77 387 milhões de USD (+21,78%), assumindo um défice comercial de 45 847 milhões de USD.
Agências de Crédito à Exportação vão disponibilizar 12 mil milhões de USD para financiar a exploração de gás natural na Área 1 da Bacia do Rovuma, em Palma. A informação foi revelada na semana passada em Maputo, numa reunião que juntou as referidas agências e o Ministério dos Recursos Minerais e Energia, representado pelo ministro Max Tonela. A ser disponibilizado pelas agências Atradius, C-EXIM, JBIC, SACE e US-EXIM, o valor servirá para a instalação de duas primeiras linhas de liquefação na zona de Afungi, província de Cabo Delegado cuja capacidade de produção é de 12 milhões de gás natural liquefeito por ano.
A empresa londrina Wentworth Resources confirmou nesta segunda-feira que está a sair da exploração de petróleo e gás em Moçambique. Isto significa que, a partir de 30 de Abril deste ano, a Wentworth desistirá da sua participação de 85% no bloco terrestre de Tembo, na Bacia do Rovuma, na província Cabo Delgado. Os outros 15% no bloco são da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique (ENH). No terceiro trimestre deste ano, Wentworth fez uma reavaliação das reservas de gás encontradas no bloco Tembo. Concluiu que o bloco contém volumes brutos de 87 bilhões de pés cúbicos de gás natural, dos quais 61 bilhões de pés cúbicos são recuperáveis. Esses números são baixos. Estimativas anteriores haviam sido superiores a 260 bilhões de pés cúbicos de gás. A Wentworth chegou à conclusão de que explorar o bloco não era comercialmente viável.
Redi Yesuf Muktar, o CEO da EMA, aceitou conversar com a “Carta”, por escrito, sobre os planos da companhia em Moçambique. Duas avarias recentes em seus dois aparelhos, levantou na opinião pública uma questão: estava a EMA preparada para iniciar suas operações em Moçambique? Redi Yesuf diz que “sim” e explica o que é que a EMA está a fazer para contornar o recente golpe das avarias. A resposta foi imediata. Ontem chegaram a Maputo duas aeronaves. A entrevista foi feita por escrito. Ei-la: