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domingo, 05 maio 2024 10:03

Roque, Basílio e (in)probidade pública

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Ontem, quando ficou patente a perspectiva da “lista curta” da Comissão Política da Frelimo ir a votos sozinha no pleito da sucessão de Filipe Nyusi, colocando virtualmente o actual SG Roque Silva na Ponta Vermelha, todo o mundo torceu o nariz. 
 
A figura foi logo escrutinada publicamente, mas o foco ficou-se apenas nos seus traços de personalidade, na sua postura em termos de relações humanas e interpessoais, seus tiques de autoritarismo, seu pendor bajulador, etc. Ninguém procurou saber a origem do seu patrimônio. 
 
Como putativo candidato presidencial, os militantes da Frelimo e a sociedade deviam ter mais informações sobre sua (in) probidade pública, incluindo credenciais no campo ambientalista. 
 
Ontem, quando o “fantasma” do Roque Silva irrompeu na sala, alguns militantes acenaram com a opção Basílio Monteiro. 
 
Mas ninguém questionou a origem do seu patrimônio e seu papel sinistro quando era Ministro do Interior de Nyusi. Basta lembrar os esquadrões da morte e os atentados contra Gilles Cistak (assassinado), Ericino de Salema, José Jaime Macuane etc. Basílio Monteiro não mexeu uma palha para a clarificação desses casos. Hoje, será que ninguém se lembra?  
 
Ninguém se lembra que a insurgência em Cabo Delgado surgiu quando ele era o Ministro do Interior e o assunto foi tratado como “assunto de Polícia” e, portanto, todo o “procurement” castrense passava pelas suas mãos e a matança terrorista foi-se alastrando e os gastos com a defesa aumentando? 
 
Por acaso alguém conhece o nome da empresa de seguros que fornece todos o serviço da área ao Ministério do Interior? Uma adjudicação do ano passado, completamente perniciosa? Conflito de interesses puro!   
 
A Frelimo está mesmo a procura de um candidato “patriota”? Duvido! Ou se mais um grupo para delapidar o patrimônio do Estado?
Mmosse 5 de Maio de 2024

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