Nyusi já desembarcou nos Estados Unidos. Inimputável? Pelos vistos! A geopolítica comanda os interesses americanos. A tentativa da clique de Iskandar Safa colar um tal “New Man” na sua planilha de subornos no quadro do calote não mobilizou nem tão pouco o Departamento de Justiça contra o inquilino na Ponta Vermelha.
O fim do julgamento das “Dívidas Ocultas” mereceu a oferta americana de um barco de patrulha para a nossa marinha. Notável coincidência!
Nyusi é inimputável lá e cá.
Quem se recorda das incidências do caso Carlos Cardoso?
No fim do julgamento, o juiz Paulino extraiu certidões com tudo o que era menção a um possível envolvimento de Nyimpine Chissano no caso. E enviou-as para o Ministério Público, para investigação subsequente.
Neste caso do calote, o juiz Efigênio não emitiu qualquer certidão. Incompetência? Amnésia? Estranho né? As declarações à volta do papel do Comando Operativo do Exército foram reveladoras do envolvimento institucional de Nyusi, a dado momento, no processamento do calote.
Seja como for, Nyusi é hoje menos “new man” e mais um “freed man”. An freed man in US. A escravidão mental por que passou com várias tentativas de lhe arrastarem para a brasa da barra quase que lhe desabaram o mundo sob a cabeça.
Era público e notório que Nyusi andou escapando viagens aos States. A primeira ida foi em Setembro de 2016 (Assembleia Geral da ONU e Cimeira US-Africa). Em Abril desse ano, o calote tinha sido descoberto e o Banco Mundial, seguido dos doadores bilaterais, cortaram o apoio orçamental. Num encontro com John Kerry, então Secretário de Estado, Nyusi prometeu mostrar como se combate a corrupção.
Nos meses subsequentes, o esquema do calote, seus mentores e beneficiários, foi sendo dissecado. Em Dezembro de 2018, o ex-Ministro das Finanças Manuel Chang foi detido na África do Sul, por acusação americana. Em Janeiro de 2019, essa acusação americana é revelada, com os nomes dos acusados e conspiradores encobertos.
Afinal, quem seria o terceiro acusados? E os conspiradores? A “voz populi”, ávida de responsabilização, localiza-os e dá os nomes que deu aos bois americanos, tendo a narrativa do campo guebuzista engendrado uma virulenta teoria conspiratória contra o FJN, alimentado-se dos segredos impúdicos da gangue Franco-libanesa.
Uma referência ao “New Man” e ao Partido Frelimo é feita em pleno Brooklyn, no tribunal nova-iorquino que julgava Jean Boustani, o pagador dos subornos do calote. Nyusi engole em seco, o mundo quase desabava. O receio de ser visado pelos pelos EUA pairava no ar.
E o campo guebuzista insistia em trazê-lo à colação. As primeiras semanas do julgamento do calote foram marcadas por essa guerra de frentes desavindas. Na semana passada, Efigenio Baptista acabou absolvendo um Presidente que nunca tinha sido acusado. Não Nyusi é um home livre. An mozambican in US. (Cartamz.com)