Eu não concordo com essas afirmações que andam por aqui segundo as quais a música "Jerusalema" está a bater em Moçambique pura e simplesmente porque o moçambicano não gosta do que é seu, só valoriza o que vem de fora. Outros há que dizem que moçambicano está a dançar Jerusalema nesta quadra festiva só para deixar Mista-Bau para baixo por inveja. Hummmmm... Vamos ser sérios.
Eu acho que nem o próprio Mista-Bau pensou até aí. Aliás, um bom artista de verdade não pensaria tal mediocridade. Quem pensa assim é um artista medonho que só faz arte para aparecer. Aquele que pensa que há arte superior e inferior, cultura superior e inferior. Aquele que pensa que a arte tem limites geográficos, patrióticos, raciais, religiosos, sexuais, étnicos, e por aí fora.
Um músico é um artista. E um bom artista não procura culpados pelo seu insucesso. Não procura bodes-expiatórios. Um bom artista trabalha cada vez mais. Tenta melhorar a cada trabalho. Tenta se superar a cada exposição. Não espera sucesso sempre. Um bom artista deve saber cair e levantar-se.
Mista-Bau já lançou "hits" que bateram até explodir colunas de som. Eu que trabalho nas zonas recônditas do centro e norte de Moçambique, já vi pessoas a dançarem músicas de Bawito em lugares que nunca imaginei (pela localização e pela língua). Não é por acaso que ele próprio se auto-proclamou "King". Talvez seja por causa disso que ele é o músico (senão o artista) mais rico de Moçambique. Mista-Bau já venceu Ngomas.
Então, ele é tudo isso por causa dos moçambicanos. Foram os moçambicanos que fizeram do Mista-Bau o que ele é hoje. A fama dele não caiu do céu. Ele trabalhou e o povo reconheceu o seu trabalho. Não nos criem intrigas, seus fofoqueiros. Ninguém tem inveja de Mista-Bau. Mista-Bau é nosso artista e não vai deixar de ser por causa deste pequeno momento de "Jerusalema". Não é a primeira vez que um "hit" sul-africano bate por aqui. "Khona" de Mafikizolo bateu e passou. Até pernas de Zodwa Wabanthu assistimos, mas passaram também e voltamos para as da nossa rainha Matilde Conjo. Deixem de ser quadrados, bradas. Não coloquem na cabeça e no coração de Mista-Bau o que ele não está a pensar e nem está a sentir. Parem com isso!
Já dançamos Eme-Ci. Já dançamos Liloca. Já dançamos Deni-Ó-Dji. Já dançamos Ziqo. Já dançamos Lizha. Já dançamos Marlene. Já dançamos Tabazily. Já dançamos TODOS. Da África do Sul já dançamos Mafikizolo. Já dançamos Mandoza. Já dançamos Brenda. Já dançamos Zahara. Também já dançamos TODOS. Até pernas da Zodwa Wabanthu pagamos para ver. Então, dançar músicas da África do Sul não é coisa de hoje. Ouvir Hugh Massekela não significa não gostar de Wazimbo. Que hábito é esse, meus compatriotas?
Se, de facto, Mista-Bau é o tal "King" da música moçambicana irá fazer uma profunda introspecção. Mista-Bau não precisa de meninos-de-recado ou de sentinelas no "feici". Mista-Bau deve ser artista do estúdio e do palco, e não do "feici". Deixem o povo festejar o seu suado Natal em paz! Deixem o povo dançar o que quiser e como quiser! Não é o fim de Mista-Bau. "Jerusalema" é mais um "song" do momento como um outro qualquer que passou por aqui.
Ainda bem que Mista-Bau tem o que fazer. Mista-Bau e Liloca estão a fazer trabalhos de caridade bem no espírito natalício. Fizeram show na penitenciária e deram almoço e piscina aos meninos de rua. Um trabalho de louvar. Mista-Bau não está nessa vossa competição intriguista. Não está nessa vossa peleja de fofoqueiros. Ele sabe que é o "King" do povo e sabe respeitar a vontade do seu povo. Ele sabe que o povo o adora. Ele sabe que não será "Jerusalema" que o vai matar.
Parem com isso e entrem no espírito natalício! Perdoem e perdoem-se! Sejam felizes! Feliz Natal a todos!
- Co'licença!
Circula nas redes sociais uma carta supostamente da autoria do deputado da bancada parlamentar do partido FRELIMO, Edmundo Galiza Matos Júnior, falando do diploma de honra atribuído pela FRELIMO ao pseudo-profeta Joe Williams. Na suposta missiva o deputado Galiza escreve ao Secretário-Geral da FRELIMO, Roque Santeiro... digo Silva, um "Pedido de revogação de diploma ao Sr. Joe Williams" porque "o cidadão em causa, Joe Williams, não gozar de uma postura pública que se funde nos ideias do Partido de que somos membros (...)". Os argumentos do deputado Galiza Matos Júnior alicerçam-se nos Estatutos do partido.
A indignação do deputado Galiza é legítima. Todos nós estamos indignados com este reconhecimento do cinquentenário a este eclesiástico "swegga". Mas, se, de facto, a carta que circula nas redes sociais é do punho do digníssimo deputado, então estamos perante um populismo de proporções titânicas.
UM: em primeiro lugar, o deputado Galiza devia se indignar com o seu próprio partido FRELIMO por ter aceite o apoio de um cidadão com uma postura pública indecente. Isso é o mais importante. O digníssimo deputado não deve ficar enfurecido pelo diploma de honra. Um diploma é um reconhecimento. E se houve reconhecimento é porque houve um préstimo, um favor. E, quanto a mim, é o favor que devia estar em causa. É que, se o partido FRELIMO não tivesse aceite os préstimos do pouco-posturado-profeta, não haveria motivos para diplomas de honra. Então, o problema não está no diploma em si, mas - sim - na falta de pudor do partido FRELIMO.
Pela lógica, o deputado Galiza devia repudiar os apoios que o seu partido tem estado a receber.
DOIS: o que é pior: Manuel Chang ou Joe Williams; as dívidas ocultas ou o diploma de honra? É que não vimos a mesma indignação aquando da descoberta das dívidas ocultas. Não vimos nem ouvimos a indignação do deputado Edmundo Galiza Matos Júnior enquanto membro e porta-voz da bancada parlamentar da FRELIMO na Assembleia da República. Não vimos! Muito pelo contrário, assistimos a argumentos de defesa acérrimos às dívidas e ao seu camarada deputado Manuel Chang.
É muito populismo barato. É muita indignação por conveniência. O deputado e porta-voz Galiza apoiou a aprovação da inclusão das dívidas ocultas no Orçamento do Estado feita apenas pela sua bancada. Tem estado a assistir as demarches de apoio e resgate do "Chopstick" feita pelo seu partido. Tem estado a aplaudir os insultos protagonizados pelos seus pares.
Então, digníssimo camarada deputado, conta outra! Eu não caiu nessa! O seu partido aceitou a oferta do Joe Williams durante a campanha. O seu partido reconheceu os préstimos do Joe Williams durante a campanha. Se é para nos indignarmos, comecemos então do princípio. Comecemos pelas dívidas e pelo "Chopstick". Fora isso, é puro populismo mascarado. Só que nós estamos atentos. Nos conhecemos quem é quem.
Se a carta e a conta do "feici" não forem suas (e espero que não sejam mesmo), peço, antecipadamente, as minhas sinceras desculpas.
- Co'licença!
Não sei vocês, mas eu "pessoalmente" estou a gostar dessa nova revisão do Código Penal promulgada pelo Presidente da República esta semana. Acho que vai dar alguma adrenalina nessa cena de publicar imagens ou informações escondidas. Para falar a verdade, gravar ou publicar informação oculta não tinha piada. Faltava um Código Penal para dar uma apimentadinha. Faltava uma lei para aferir se o conteúdo publicado doeu ou não.
Nos nossos tempos de moleque roubavamos mangas, laranjas, goiabas, bananas e cana-doces de vizinhos. Os cotas ficavam "putos da vida" connosco e nós gramavamos maningue. E íamos roubar frutas daqueles cotas mais nervosos e temidos do bairro. Se tivesse cães maus em casa, melhor ainda. Era mais apetitoso. Ser mau e guarnecido era um bom chamariz. Era convidativo. Não havia nada mais relaxante do que ouvir a vizinha a insultar todo o bairro por causa de goiabas que você comeu sozinho a noite. Possas! A vizinha a disparar para tudo quanto é canto e você ali a ouvir numa "relex".
Vocês não fazem ideia de quão excitado estava o camarada que gravou o audio "eu não conheço o Nhangumele" na sessão do Comité Central. O néctar daquele audio é saber que foi feito e publicado à revelia. É saber que, se Guebas encontrasse o gajo, iria lhe dar umas boas sovas. Ou seja, se aquele audio tivesse sido gravado e publicado pelos canais oficiais do partido, não teria tido a piada que teve.
Confesso que estou muito excitado com essa tal promulgação. Esse tipo de coisas são "naicis". É como bolar uma "beibi": quanto mais difícil, melhor. A gente morre aí mesmo. A "drena" é outra. Se tiver irmãos que "djimam", é outra pontuação. Se o pai for polícia ou militar, yuuu "não-vala-pena".
O proibido é apetitoso. Nessa cena de áudios, vídeos, textos e afins só faltava mesmo uma lei que atrapalha para a coisa ter mais sal. Há uns anos inventaram uma lei de audiovisual e cinema que diziam que iria combater à pirataria. Hoje, feitas as contas, os estúdios do gueto aumentaram drasticamente. Aliás, hoje até vende-se disco pirata na esquadra.
Agora vai ter alguma piada gravar alguém escondido. Ter o prazer de ver um gajo a procurar advogados, com papelada do tribunal para cima e para baixo, tentado processar o gajo que lhe vazou o audio e você ali numa "relex" a palitar um atum imginario. Vai valer a pena o esforço. Não vou esconder, eu gosto de adrenalina.
- Co'licença!
Moçambique está eufórico pela vitória do Clube Ferroviário de Maputo à Taça de Clubes Campeões africanos de basquetebol em seniores femininos. Moçambique está em festa. Estamos em festa sem distinção de clube, raça, religião, gênero, altura, etnia, tamanho do pé, cabelo, escolaridade, etecetera. O Ferroviário uniu-nos. Hoje somos um só Moçambique. Somos todos moçambicanos.
Este Moçambique é nosso, e todos nós o queremos bem. Isto a propósito daqueles que acham que quando se exige que o bom nome de Moçambique seja cada vez mais lapidado e promovido é sinónimo de rebeldia. Aqueles compatriotas que pensam que o nome de Moçambique pode ser chamuscado, vulgarizado e qualquerizado sob o olhar impávido e sereno do seu povo. Aqueles concidadãos que pensam que a má fama de Moçambique além fronteiras deve nos agradar. Aqueles moçambicanos que não se indignam com a calhordice, com a canalhice, com a infâmia, com a humilhação, com a baixeza, com a mesquinhez, com a sordidez, com a sacanagem.
Este Moçambique é nosso. Não estamos contra Moçambique nem contra os moçambicanos. Não somos inimigos da nossa própria pátria. Não conspiramos contra nós próprios. A nossa luta pela transparência e pela justiça social é por patriotismo. Não somos apóstolos da desgraça, mas também não queremos celebrar desgraça. Não queremos puxar saco de ninguém.
Quando exigimos que os Mambas vençam, não estamos contra a Federação Moçambicana de Futebol nem contra os dirigentes. Não estamos contra a ministra nem contra o seleciona-a-dor. Queremos apenas que a nossa seleção nos dignifique. Queremos estar entre os bem-falados. Queremos estar no pódio também. Tudo ao nosso nível, sem sonhar alto, sem marcar um passo maior que a perna. Queremos sonhar um sonho sonhável.
Quando exigimos justiça sobre as dívidas ocultas, não estamos contra o Presidente da República, nem contra a Procuradoria-Geral da República. Quando exigimos que os gatunos sejam exemplarmente punidos, não estamos com inveja de quem-quer-que-seja. Antes desses gajos serem gatunos a vida deles nunca foi do nosso interesse. Nem os conhecíamos. Nunca estiveram na nossa agenda.
Quando exigimos que Moçambique esteja melhor posicionado nos índices internacionais, é porque gostamos deste país. É porque queremos o melhor para nós. É porque queremos sair da cauda de tudo quanto é tabela classificativa. Não queremos a fama de um país "nhangumelizado". Não queremos ser conhecidos como o país que luta para resgatar "Chopsticks" da vida. Se tivermos que lutar contra a África do Sul ou contra os Estados Unidos que não seja por causa de um ladrão.
Este país é nosso. É verdade que temos as nossas diferenças, mas quando Moçambique está no pódio unimo-nos, porque é esse o nosso desejo como povo. E é isso que cria (digo, devia criar) o belo em nós. É assim que uma dúzia de cores fazem o arco íris. É assim que as cinco cores fazem a nossa bandeira.
É assim que o Clube Ferroviário de Maputo faz connosco. Hoje o Ferroviário é o clube de todos nós. E é isso que queremos. Este Moçambique é nosso... muito nosso. Se nós não lutarmos por ele, ninguém o fará por nós. É por amor. Não estamos contra ninguém. Queremos apenas arrumar a casa e nesse processo as vezes temos de sacudir a poeira. E como diz o pai de Boustani, há muita poeira.
Parabéns ao Clube Ferroviário de Maputo pela vitória. Meninas, não é apenas a vossa vitória que nos orgulha, é, acima de tudo, a vossa luta, a vossa persistência e a vossa abnegação em levar o nome de Moçambique ao topo. O que nos orgulha é a vossa negação à qualquerização. É a vossa briga pela NOSSA honra que nos enche de amor-próprio.
Obrigado por nos fazerem uma nação! Num momento conturbado como este a UNIÃO faz-nos muita falta.
- Co'licença!
Na semana passada ficamos a saber que um cota amoroso e bem educado ofereceu ao seu sobrinho uns três carrões de alta cilindrada e uma alta vivenda na "Djuz". No princípio deste ano também ficamos a saber que um jovem bondoso e de bons costumes comprou meia dúzia de carros topo de gama e ofereceu aos seus bradas. O mesmo puto ofereceu um "senhor-carro" à namorada e ainda quis amavelmente oferecer uma mansão à uma amiga que acabava de conhecer há uns dias lá "nazeropas".
Isso - sim - é amor ao próximo. Valorizar quem te valoriza. Os "Indivíduos" estão a dar boas lições de moral a sociedade e nós estamos a fingir que não estamos a ver nada. As últimas referências de bondade que este país ainda guardava com muito sacrifício foram recolhidas à cadeia. E isso é muito feio. Já não se pode praticar um gesto de bondade neste país. Já não se pode nutrir afecto por um ente querido.
No fundo no fundo esses nossos gatunos são boas pessoas. Esse amor é demais. É muita ternura, muita fofura. Já estou a desconfiar que talvez nem são gatunos. As tantas nem roubaram, só levaram emprestado por tempo indeterminado sem autorização prévia.
Não podemo-nos esquecer desses irmãos nas próximas campanhas de solidariedade. Os gajos podiam acabar com os problemas do Idai em dois tempos. No futuro vão assessorar malta I-Ene-Gê-Cê e Cruz Vermelha. Essa cena de desviar donativos vai acabar. São muito sérios os gajos. Vão transformar aquele xilindró numa faculdade onde se desenvolvem competências para oferecer bens alheios.
É preciso desenvolver muita coragem e demasiada cara-de-pau para sair por aí fazendo beneficência com dinheiro roubado aos pobres. Muito diferente do Robin dos Bosques que roubava da nobreza para dar aos pobres. "Eni-wey", pelo menos tentaram. Os gatunos devem ter um conceito de caridade diferente do tradicional.
Mas é muito amor, gente. É muita bondade. Com aqueles "Indivíduos" na cadeia é país que perde. São os únicos protótipos de "bondade" que ainda restam no mundo. "Indivíduos" que resistiram às intempéries do egoísmo e da ganância. Gajos em vias de extinção. Bons samaritanos. Antes que desapareçam de vez deviam lançar livros e dar palestras sobre benevolência. Oferecer carros de luxo a um menino folgado e mimado é muita ousadia. É obra.
- Co'licença!
Essa mulher "dele" natural que tanto se fala onde está? Aliás, pessoa natural onde está? Desde os primórdios da humanidade as pessoas vivem insatisfeitas com as suas aparências naturais. A humanidade nunca se conformou com a sua fisionomia. A humanidade nunca se conformou com a vontade de Deus. A humanidade vive se transformando. Ou pinta aqui, ou corta ali. Ou fura isto, ou rasga aquilo. A mulher esteve sempre coberta de adornos. Jóias.
Olhemos um pouco à nossa volta. Na Indonésia tem um povo que as mulheres afiam os dentes para serem as mais preferidas, outras esticam o pescoço com argolas - as mulheres girafa. Em África temos tribos que as mulheres rasgam lábios e orelhas para colocarem um disco, tem tribos que usam argila para o arranjarem o cabelo. Aqui em Moçambique temos a tribo Makonde e Lomwê que as mulheres tatuam a face para se sentirem mais giras. Temos muitas tribos aqui que as mulheres alargam os grandes lábios (matunas) para se sentirem mais gostosas.
Tenho visto que no dia-a-dia as pretas "cabeludas" são as mais disputadas entre os homens. As artistas negras "cabeludas" e "unhadas" são as mais desejadas. Não vai ser hoje que a sul-africana Zozibini Tunzi ganhou o Miss Universo que os "chapéus" das nossas "sistas" não servem mais. Uwaaaaa!!!
Homens, vamos ser honestos. Já não há pessoa natural. Mesmo homens naturais já não existem mais. Esse machismo avulso que andamos a espalhar por aí é todo ele falso. Até os nossos orgasmos são laboratoriais. Estamos a proporcionar prazeres artificiais às madames. Até os nossos bíceps e tríceps são da China. A mulherada sabe disso e nunca nos incomodou. Então, vamos parar com isso.
Esse papo de cabelo e não-cabelo é pura hipocrisia! É hipocrisia porque quem compra aqueles cremes, cabelos e unhas são os namorados, maridos, pais, noivos, amigos, etecetera. São machos. Somos nós. Numa África pobre e sofrida - onde o poder financeiro das mulheres é fraco - não teríamos negócio de tissagens, se os homens não abonassem a prática. As mulheres pedem-nos para comprarmos aqueles cabelos e unhas porque nós gostamos. Nós apreciamos, sim. Quando deixarmos de apreciar, elas vão parar de usar.
O cabelo da Miss é um não-assunto. Não é assunto, tanto que ela nem é tão natural quanto se diz. Aquela é uma "rebocada" também. Então, vamos discutir o essencial do que ela disse nos seus discursos. Por exemplo, a promoção da liderança das raparigas. Isso - sim - é conversa. Vamos falar dos projectos que ela vai desenvolver enquanto Miss em prol da mulher no seu país, na região, no continente e no mundo. Vamos falar de como nós, enquanto vizinhos e "cunhados", podemos aproveitar da sua influência. Vamos falar de como ela pode-nos ajudar a levar aquelas pequenas miss's do Gabriel Júnior para as telas do mundo. Vamos falar do essencial.
Meninas, não caiam nessa balela. Isso é pura manifestação do patriarcado. Quem quer cabelo postiço, usa, quem não quer, deixa (sem falar mal de quem usa). Vocês não estão em nenhum concurso de Miss. E mesmo assim, se a Zozibini venceu, não contou a carapinha dela. Miss Universo é muito mais do que um desafio de cabelos e unhas.
Então, manas, se a moda é usarem cabelos das vossas primas asiáticas ou latino-américanas, vamos a isso. A gente paga, nem que seja em prestações. Curtimos bué. O resto é colóquio flácido para acalentar bovino. Papo furado.
- Co'licença!