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quinta-feira, 06 maio 2021 08:03

Velhos Riscos...Novos perigos

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Risco é a probabilidade de um evento geralmente prejudicial e previsível acontecer.

Quem passa por um risco está sujeito a um episódio temerário que pode acarretar alguma consequência. Há vários tipos de riscos, dentre eles; o biológico, de acidente, o financeiro, político, social, etc., etc.

 

Perigo é uma fonte potencial de dano, ou seja, tudo aquilo que pode desencadear eventos inadequados que podem causar ao homem e/ou ao meio ambiente um desconforto, incómodo, desassossego, alarme, pânico, terror e até perdas humanas e materiais.

 

Nos tempos que correm, a Sociedade Moderna tornou-se de alto risco pelos perigos que ela própria criou.

 

Conceitos como Pluralismo, Democracia, Ciência, Análises, Jornalismo, Política, Redes Sociais, entre muitos outros, constituem na prática a cadeia que alimenta a histeria social que degenera em sentimentos de medo, nas sociedades dos países “desenvolvidos” em que estão inseridos e em sentimentos de terror nas comunidades, suas vítimas.

 

A escravatura, a exploração abusiva, a colonização e a neocolonização tiveram, ao longo da história, actores indígenas imprudentes que funcionavam como câmaras de eco dos injustos beneficiários.

 

A Ingenuidade de muitos, a disponibilidade de outros, a cooperação de alguns, e o desconhecimento da maioria faz com que narrativas excepcionais (modernas) confirmem a regra.

 

Alguns “cientistas” da modernidade sofrem de amnésia militante, o que promove a Sociedade de Risco Mundial, pondo em causa a intelectualidade (ser fiel à ciência) e à história.

 

Metade da Europa já foi muçulmana por aproximadamente mil anos.

A “mutação” dos povos no mundo é anterior à “modernidade, que de acordo com os canhenhos europeus da época, teve início pós inquisição, no século XVI“.

 

Esta “modernidade” que pretende apagar ou adulterar a história põe em risco a segurança das sociedades vindouras.

 

De facto, os europeus só se tornaram hegemónicos há aproximadamente 200 anos, com o desaparecimento do Império Otomano.

 

A Europa apelidada do “velho continente” (outra mentira da história) usa uma linguagem milenar proveniente da Ásia (Índia), ciência e filosofia da China, Direito Constitucional e código penal, justiça justa, ciências médicas, do Médio Oriente, monoteísmo, astrologia, matemática, arquitectura e irrigação de África e do Médio Oriente, só para citar alguns exemplos.

 

A língua portuguesa possui 18 mil vocábulos de origem árabe. Oitenta por cento dos nomes de vilas e cidades a Sul do Ribatejo, incluindo; Lisboa, Sintra, Almada, Setúbal, Alcácer do Sal, Sagres, Alentejo e Algarve, entre outras, são nomes de origens árabes.

 

Dom Afonso Henriques-I, Rei de Portugal, era neto de um “monarca” árabe.

 

Só uma esquizofrenia pode levar parte considerável de um povo a renegar, nos termos mais inconcebíveis, as suas origens.

 

Enfermos de um grave complexo ou ignorância (não sabem, que não sabem) colectiva pode levar parte de um povo (in)civilizado a referir-se aos árabes (seus ancestrais) como incompatíveis por choque civilizacional.

 

Os colonizadores ocidentais, por (in)cultura ou por novo-riquismo, tiveram e têm comportamentos desumanos, cruéis e ignorantes para com os povos detentores dos recursos por eles pilhados, subvertendo a desejável modernidade societária.

 

Ainda hoje reeditam o espírito da Conferência de Berlin – sobre o slogan: Europeus juntos pela pilhagem e exploração de recursos de outrem, onde vale tudo, até decapitar.

 

Os Ocidentais estão no final da linha do ciclo hegemónico (quase 200 anos depois), sendo este o menor ciclo de poder, na história universal, consequência da sua brutalidade. Engana-se estimado leitor, se pensar que este comportamento é rácico ou xenófobo.

 

As maiores, longas e cruéis guerras no mundo aconteceram entre os europeus, estranhamente, após declararem a “modernidade”, só para citar três exemplos; - a Guerra dos 30 Anos, a Primeira e a Segunda Guerra Mundiais. Desenganem-se aqueles que pensam que os colonizadores céticos e relutantes são-no por defeito. Na verdade, é uma questão de feitio.

 

Senão vejamos, a Microsoft detém o monopólio do software no mercado e não está satisfeita, quer mais.

 

A Google apropria-se da maior parte da informação universal disponível e agrega na sua plataforma digital, manipulando-a a seu bel-prazer, violando todas as regras do pluralismo, democracia e direitos humanos.

 

Se o leitor não acha grave os parágrafos anteriores, então veja este modelo socio-democrático em que 1% da população ocidental detém a riqueza 90 vezes mais, do que 20% da população mundial mais pobre.

 

Outrossim, 100 empresas detêm a metade da capitalização total bolsista dos USA.

 

Como pode, em pleno 2021, os Estados Unidos da América (USA) adquirir o dobro das vacinas que precisa contra a Covid-19, prejudicando até à morte outros povos, incluíndo os seus aliados?

 

Se numa questão de pandemia entre aliados se (des)tratam desta forma incivilizada, como serão os seus (des)entendimentos?

 

Algumas ilustres personalidades, entre nós, continuam amarradas à velha máxima “mulungo é que sabe, mulungo é que faz”.

 

Se queremos aferir como somos, avaliemos como tratamos os nossos idosos, as nossas mulheres e as nossas crianças.

 

Como pode uma sociedade ser civilizada, quando eleva o seu egoísmo a patamares suicidas, a ponto de recusar-se a ter descendentes, só para não prejudicar a sua qualidade de vida, colectivamente, condenando-se à sua própria extinção?

 

Será que alguma sociedade com este nível psiquiátrico pode ajudar outros?

 

A Mãe Natureza ensina-nos que todos os seres no universo estão dotados de oportunidades e capacidades para nutrir as suas necessidades.

 

Senhor Comandante-Em-Chefe não se deixe pressionar pelos facilitadores da comunicação com interesses do Ocidente.

 

Cumpra a sua difícil missão, capacite as nossas forças, desenvolva acções de paz, incentive a produção alimentar e a sua industrialização.

 

Quando achar conveniente a ajuda militar procure-a, entre nós, os (in)cultos e ou (in)civilizados - ajuda que, certamente, chegará com amor e solidariedade pelo próximo.

 

Os recentes combates em Palma evidenciaram que “somos capazes”.

 

Velhos princípios...novas ideias!

 

 

A Luta Continua,

 

 

Amade Camal

Sir Motors

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