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Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

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Dez mil pessoas encontram-se neste exacto momento sitiadas, umas sobre casas e outras no cimo árvores, na sede do distrito de Búzi, e estão em risco de vida se medidas urgentes drásticas não forem tomadas, disse o Ministro da Terra e Coordenação Ambiental, Celso Correia, no decurso de uma reunião de balanço na última noite na cidade da Beira, província de Sofala, no centro de Moçambique.

 

“Estamos num momento crítico, num momento em que o relógio conta, os minutos contam para conseguirmos tirar as pessoas que estão nas ilhas, as equipes estão a trabalhar para salvar mais vidas”, disse. Ele defende uma intervenção urgente para evitar o que designou de desastre humanitário. “Temos que agir rápido, milhares de pessoas estão em risco de vida, precisamos de barcos, helicópteros, tendas, água, alimentos para os afectados”, disse. (Carta)

Debate com as artistas da exposição sobre a condição da mulher na arte e na vida cultural, seus sonhos e seus desafios. Ser mulher. É viver mil vezes em apenas uma vida. É lutar por causas perdidas e sempre sair vencedora. É estar antes do ontem e depois do amanhã. É desconhecer a palavra recompensa apesar dos seus atos.

 

(21 de Marco, às 18Hrs no Centro Cultural Brasil-Moçambique)

terça-feira, 19 março 2019 14:56

Pique Nique / En Blanc

Todos os francófonos são convidados a um pique-nique em branco no jardim do CCFM. Vista-se de branco, traga uma capulana, um jantar, uma bebida e venha partilhar momentos inesquecíveis num pique-nique francófono convivial.

 

(20 de Março, às 18Hrs no Centro Cultural Franco-Moçambicano)

terça-feira, 19 março 2019 14:54

Exposição / Do Que Permanece

 A diversidade cultural do Brasil e de Portugal, a memória e a história do que se constrói e não desaparece, numa multiplicidade de suportes visuais, podem ser visitadas na exposição “Do Que Permanece”. A curadora Carolina Quintela apresenta-nos uma exposição com especial foco em obras e discursos artísticos de relevância produzidos ou apresentados a partir do ano 2000, e que muito têm contribuído para o bom entendimento e desenvolvimento do valor artístico no panorama da contemporaneidade, esta exposição reúne uma selecção de obras de artistas de nacionalidade brasileira com representação em galerias e em colecções institucionais e privadas em Portugal, assim como de artistas portugueses que no seu percurso tiveram contacto com o Brasil.

 

(20 de Marco, das 10 às 19Hrs em Lisboa)

Será lançada oficialmente esta quarta-feira (20) a Associação de Profissionais de Relações Públicas de Moçambique (APRPM), numa cerimónia agendada para as 16h00 no anfiteatro da Universidade Politécnica, em Maputo.

 

A APRPM tem como objecto defender e advogar, em todo o país, a melhor e mais ampla compreensão e valorização das ideias, objectivos e práticas que constituem os serviços ou actividades de Relações Públicas.

 

O lançamento da APRPM conta com a parceria da Universidade Politécnica. Para além de convidados, estarão presentes no evento Narciso Matos, Magnífico Reitor da Politécnica, e Lourenço do Rosário, Chanceler da mesma instituição. Entre as actividades que farão parte da cerimónia destaca-se a apresentação da Associação, seus objectivos e contributo social, seguindo-se a tomada de posse dos seus membros fundadores.

 

Ainda no mesmo evento, Narciso Matos, Presidente da Assembleia da APRPM, Afonso Vaz Vassoa, Chanceler Magnum, Lourenço do Rosário e a Directora Executiva da APRPM, Iva Garrido, irão intervir sobre diversos assuntos ligados àquela Associação. (Carta)

 

terça-feira, 19 março 2019 13:56

Desastre humanitário em Sofala? Por Rafael Bié*

Quem que não está na província de Sofala pode não ter a dimensão da catástrofe que se abateu sobre as suas gentes. As imagens que circulam nas redes sociais mostram apenas a décima milionésima parte de um quadro apocalíptico após a passagem do Ciclone IDAI. Até domingo, dia 17 de Março, eram 68 mortos, 1348 feridos, populações inteiras cercadas, infraestruturas destruídas, incluindo hospitais e centros de saúde.

 

O Hospital Central da Beira encerrou o seu bloco operatório e não realiza consultas externas “até que a situação se normalize,” disse um responsável desta unidade hospitalar.

A antiga Embaixadora de Moçambique nos Estados Unidos da América (EUA), Amélia Sumbana, foi hoje condenada a uma pena de 10 anos de prisão efectiva pelos crimes de abuso de cargo e de função, peculato, branqueamento de capitais e violação do direito de legalidade e respeito pelo património público. A sentença foi lida esta manhã por um juiz da sétima secção criminal do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo.

 

Para além de cumprir a pena em reclusão, a diplomata deverá indemnizar o Estado no valor de 17.393.076,00 Mts, correspondente ao valor desviado das contas do Estado durante o exercício das suas funções entre 2010 e 2015.

 

À saída do Tribunal, a arguida negou tecer qualquer comentário em relação a decisão, deixando “tudo” a cargo do seu advogado, Pedro Macaringue, que, por sua vez, mostrou-se insatisfeito com o veredito, tendo prometido recorrer. A fonte garantiu haver evidências, ignoradas pelo Tribunal, que inocentam a sua constituinte. (A.M.)

Um consórcio de credores da Portucel Moçambique anunciou hoje que vai avançar com um processo-crime em Portugal contra o grupo The Navigator Company, detentor da sociedade florestal, por prejuízos de mais de 50 milhões de dólares naquele país. Em entrevista à agência Lusa, o empresário Izak Holtzhausen, presidente da SMOPS, empresa que detinha cerca de 80% dos serviços de florestação da Portucel Moçambique na província da Zambézia, centro de Moçambique, disse que a ação legal visa o grupo The Navigator Company (antigo Grupo Portucel/Soporcel), e alguns dos seus responsáveis, uma vez que as "várias tentativas" de contacto junto da empresa portuguesa em Moçambique têm sido frustradas desde março de 2017.

terça-feira, 19 março 2019 08:05

Maputo abraça Beira com um navio de solidariedade

No Porto de Maputo, começa a crescer um movimento de solidariedade de pessoas e empresas da capital de Moçambique para com as vítimas do IDAI no centro do país. Contentores estão a ser enchidos de víveres e roupas para doar a quem está sofrendo. O “Border”, um navio para 400 contentores e que também carrega viaturas, um “combo vessel” como se chama na gíria, propriedade da African Ocean Conteiner Line, foi mobilizado para vir a Maputo carregar tudo o que estiver disponível para levar à Beira. O “Border” está neste momento na Beira, mas deve chegar a Maputo entre quinta e sexta-feiras para fazer a operação de ajuda humanitária.

 

No Porto da Beira houve instruções para que lhe fosse dada prioridade no descarregamento. O plano é que ele regresse à Beira o mais cedo possível. Para isso, foi estabelecido que a embarcação permanecerá em Maputo apenas 24 horas. No porto de Maputo, 2 armazéns foram preparados para receber a ajuda que seguirá para a Beira. Já há fardos com apoios da Cruz Vermelha, da Comunidade Mahometana e do Programa Mundial de Alimentos. São também muitas as pessoas e entidades colectivas oferecendo ajuda. As operações estão a ser coordenadas pelo Porto de Maputo em estreita ligação com o INGC. (Carta)

O Programa Mundial da Alimentação (PMA), agência que coordena a resposta humanitária da ONU em Moçambique, pediu hoje 35 milhões de euros para ajudar vítimas do ciclone Idai, que devastou a província de Sofala, no centro de Moçambique. "Fizemos um apelo temporário por volta de 40 milhões de dólares (35 milhões de euros), mas, provavelmente, vai aumentar por causa da segunda leva de cheias que, infelizmente, está a assolar o centro do país", referiu Karin Manente, representante do PMA, em declarações em Maputo. Manente referiu que a ajuda humanitária da ONU está já no terreno e acentuou que, nos próximos dias, haverá necessidade de mais recursos para desenvolver o plano de ajuda do PMA, para ajudar 22 mil pessoas em áreas de difícil acesso. "Começámos com a distribuição de 'papinhas' enriquecidas no centro de acomodação na cidade da Beira. Estamos a distribuir estes biscoitos enriquecidos as pessoas que estão isoladas e muito afetadas no distrito de Nhamatanda", disse. Com as prioridades centradas na "busca, salvamento e resgate", a responsável da PMA frisou que a Organização Internacional para as Migrações, presidido por António Vitorino, e a Unicef estão "a proporcionar abrigo e medicamentos e a Cruz Vermelha e várias organizações não-governamentais estão muito ativas". (Lusa)