O governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, disse na terça feira na Assembleia da República que o mais importante de momento é encontrar uma saída urgente para a crise no sistema de pagamentos eletrónicos do sector bancário, em Moçambique, Ouvido na comissão parlamento de Plano e Orçamento, Rogério Zandamela disse ter sido já acionado um plano de contingência que compreende a contratação de serviços de um novo provedor de Software, já identificado, e que “ainda esta semana estará em Moçambique para resolver o mais rápido possível a crise” mas não precisou quando a situação fica em definitivo solucionada.
Cerca de três mil pessoas são esperadas na múltipla exposição sobre a atividade turística ao longo da VI Feira Internacional de Turismo Moçambique, FIKANI, que abre nesta quinta-feira, 22 de Novembro, na cidade de Maputo. O facto foi revelado pelo Presidente da Federação Moçambicana de Turimo, FEMOTUR, Quessanias Matsombe, um dos organizadores do evento.
Atracou em Maputo na terça feira o MSC Música, marcando o início da época de cruzeiros no Porto local e a estreia do Terminal de Passageiros. Esta novíssima infra-estrutura que compreende também um refeitório/cafeteria e um ginásio teve um custo de construção de mais de 66 milhões de meticais e marca o início de uma nova era na recepção de cruzeiros. No seu interior, os turistas podem encontrar diversos serviços: ponto de informação turística, câmbios, transportes e tours turisticos, serviços de telefonia móvel, artesanato e venda de produtos gastronomia local.
Depois do seu violento repúdio contra as declarações de Roque Silva, o solícito e interventivo SG da Frelimo que elevara o PR Filipe Nyusi ao estatuto divino de Allah, o lobby muçulmano de Maputo não ficou de braços cruzados. Esperavam uma reacção pública de Silva? Talvez não! Mas houve quem tivesse considerado o repúdio uma acção exagerada. Roque Silva já se tinha retratado usando os canais discretos na sua relação com a comunidade. Longe dos holofotes. Alguém na comunidade forçou aquela reacção, aquele registo de grupo de pressão.
Em Fevereiro deste ano, uma mensagem alarmista viralizou nas redes sociais: o viaduto da Ponta Vermelha, nomeado em homenagem ao Eng. Alcântara Santos, um ferroviário perecido com Samora Machel em Mbuzini em 1986, estava ruindo. A razão do alarme tinha uma base, movediça: uma chapa metálica de revestimento da junta de dilatação cimeira, ali onde um dos tabuleiros se une à massa de betão incrustada na terra, tinha sido removida. A chapa metálica escondia uma “fissura” no topo da estrutura, um espaçamento de cerca de 10 cm deixado propositadamente aquando da construção da obra (entre 1971 e 1974) para permitir o movimento esperado das peças do tabuleiro (6 peças).
Quando Rogério Zandamela tomou conta do Banco de Moçambique vindo do FMI em 2016 atiraram-lhe logo com a alcunha de Xerife, alguém que empunhava uma estrela reluzente de autoridade no peito e duas “smith and wesson” nos coldres. A imagem era como que para matar uma sede por autoridade...o sector financeiro, apanhado na armadilha dos bonds das Ematuns, precisava de um valente safanão. O Metical derrapava a olhos vistos. A banca comercial apenas cumpria a espaços os índices prudenciais do banco central. Impondo uma política monetária restritiva, o Xerife amainou a erosão inflacionária e estabilizou a taxa de câmbio na ordem dos 60 Mts por cada USD. O maior teste, no entanto, estaria por vir. O Moza mergulhara numa crise profunda principalmente motivada por seu envolvimento na contratação da nociva dívida oculta, e outras coisas de gestão patentes numa auditoria da Ernst and Young.
Usando um tacanho juridiquês e fazendo tábua rasa a questões fulcrais de mérito, o CC afastou a AJUDEM de Samora Machel Junior da corrida eleitoral na autarquia de Maputo. Depois que foi estabelecido em 2003 sob a batuta do jurista Rui Baltazar, o Conselho Constitucional (CC) tornou-se rapidamente num sólido pilar dentro no nosso precário sistema de integridade. Apesar de ser composto na base de uma proporção guiada pela representatividade parlamentar dos partidos políticos, cabendo à maioria da Frelimo indicar a maioria dos juizes, suas decisões eram unicamente baseadas nos ditames da Lei e do bom senso, em defesa da Constituição contra quaisquer desvios de inclinação partidária.
Os representantes dos bancos filiados na Associação Moçambicana de Bancos estiveram reunidos hoje com o Primeiro Ministro e ofereceram-se para pagar o valor exigido pela BizFirst para levantar o sistema. O acordo alcançado hoje afasta a Rede SIMO da relação com a empresa portuguesa. Os bancos comerciais vão a partir de amanhã rubricar contratos bilaterais com a BizFirst e pagarão na totalidade 3 milhões de Euros por uma renovação da licença por tempo indeterminado e 500 mil Euros para um ano de manutenção. O Banco de Moçambique que não queria se envolver com o BizFirst acabou cedendo a uma pressão política. Logo que todos os bancos pagarem o valor de cada fatia, o sistema vai ser levantado. A BizFirst fez uma exigência: entraria no acordo com a banca comercial desde que a SIMO não fosse envolvido.
Na semana passada, aquando da “exposé” sobre a selva (ou paraíso) fiscal no sector privado da Educação em Moçambique prometi trazer também os contornos da “mafia” curricular vigente. A revelação carecia ainda de um trabalho de campo, para evitar mencionar escolas em concreto sem dar-lhes a oportunidade soberana do contraditório. Não queria apontar o dedo acusador sem que elas se pronunciassem. Esse trabalho de campo estava a ser feito.
O novo documento de estratégia da EDM (2018/2028) coloca uma fasquia ambiciosa: levar eletricidade a todos os recantos de Moçambique até 2030. Mas o documento, com uma lógica de intervenção clara, que enfoca também em coisas como qualidade e corporate governance, coloca o dedo nalgumas feridas: os valores subsidiados que a Eskom sul-africana paga pela energia da HCB. O atual PCA da EDM, Mateus Magala está de saída, devendo deixar a empresa em finais de Setembro.