Marcar a data e local do Congresso que vai eleger o novo líder da Renamo é o principal ponto de agenda da reunião do Conselho Nacional do partido que arranca hoje na Serra da Gorongosa, em Sofala. A reunião, de dois dias, vai relançar o debate interno da sucessão do líder, que morreu de doença em Maio. Os putativos candidatos são Elias Dhlakama, irmão do antigo líder, Ossufo Momade, atual Coordenador-interino, e Manuel Bissopo, o Secretário-Geral.
Com o objetivo de incluir mais atores no debate interno, o CN será alargado a outros quadros.
De referir que a Renamo recebeu nas suas fileiras, nos últimos meses, figuras com visível capital político e social, alguns idos do Movimento Democrático de Moçambique (MDM, destacando-se na lista os nomes de Manuel de Araújo (atual edil da Cidade de Quelimane), Venâncio Mondlane (ex-deputado da Assembleia da República) e Geraldo de Carvalho (Deputado pelo MDM e ex-mobilizador nacional daquela força política). É provável que alguns destes nomes se façam presentes na serra. Venâncio Mondlane está em Maputo onde assumiu funções no seu emprego. Ricardo Tomás, também Deputado pelo MDM na AR e candidato derrotado nas últimas eleições na Cidade de Tete, poderá estar presente.
O CN da Renamo vai também fazer o balanço das eleições de 10 de Outubro e da situação de Marromeu, assim como dos municípios onde ainda reclama vitória: Alto-Molocué, Monapo, Matola, Moatize.
Nas autárquicas do mês passado, o maior partido da oposição venceu em oito Conselhos Autárquicos, nomeadamente Nampula, Quelimane, Nacala-Porto, Cuamba, Chiúre, Ilha de Moçambique, Angoche e Malema. (Omardine Omar)
A Feira de Artesanato, Flores e Gastronomia em Maputo (FEIMA) está, nos últimos tempos, a registar muita fraca afluência de clientes. A situação afeta perto de 400 expositores. Para estes, o problema deve-se a falta de publicidade dos produtos e daquele mercado de artes e artesanato. Alguns expositores dizem que ficam quase uma semana sem vender, o que compromete o seu negócio. António Ezembro, artesão e expositor na FEIMA, diz que, por falta de clientes, já acumulou uma dívida. "Se não consigo pagar ao Município pela ocupação das duas bancas, também me custa sustentar uma família de quatro filhos", queixou-se Ezembro, um homem na casa dos 50 anos. A publicitação não é o único problema que compromete o negócio dos artistas. A dificuldade na exportação de produtos de arte e artesanato é outro desafio. A legislação limita em 20 kg a quantidade máxima de circulação de objeto de arte ou artesanato. “Esta limitacão não nos favorece, pois afecta os clientes, principalmente estrangeiros”, lamentou Armando Jacob, artesão e também expositor na FEIMA. Criada a 10 de Novembro de 2010, a FEIMA esteve sob gestão privada até 2014, altura em que o Município de Maputo assumiu a direção. Face à crise, os artistas sugerem que o Governo Municipal deva publicitar os produtos, bem como o próprio local, como fazia a anterior gestão, que produzia cartazes e panfletos que eram distribuídos em aeroportos, hotéis e outros locais turísticos. (Evaristo Chilingue)
A SIMO terá de desembolsar, para a implementação da solução Euronet, perto de 7 Milhões de USD, mais 2 Milhōes do que a BizFirst estava a cobrar para licenciar de forma vitalícia o software Bizswich, que estava na posse da Interbancos. Os 7 milhões de USD correspondem ao valor total do contrato proposto com a Euronet Worldwide e engloba “um licenciamento perpétuo, manutenção e suporte, implementação, bem como os custos de deslocação e hospedagem dos recursos da Euronet”. Os dados constam de um “memo” a que “Carta” teve acesso. O documento mostra, em detalhe, os contornos do caso e as opções avaliadas pela SIMO quando em Abril iniciou contactos com outros provedores do serviço.
A solução Bizswich esteve em funcionamento na Interbancos durante o período em que a instituição operou em Moçambique. No documento, a SIMO diz que o software fazia parte dos activos adquiridos com a aquisição da Interbancos. Quando a SIMO engoliu a Interbancos, ela assinou com a BizFirst uma adenda ao contrato de manutenção com validade até Junho de 2019. Mas essa adenda apresentava limitantes. O software só podia estar instalado nos servidores da Interbancos em Maputo e o SIMO só podia aceder ao Software se celebrasse com a BizFirst um novo contrato de licenciamento para a licença de utilização vitalícia do software no valor de 5 Milhões de Euros sem período de exclusividade. Opcionalmente, um acordo contemplaria uma licença de utilização vitalícia do software com período de exclusividade de 3 anos no valor de 2 Milhões de Euros.
Os gestores do SIMO não gostaram destas propostas e partiram ao ataque: encontrar um provedor alternativo. A busca começou em Abril. Por convite, foram contactadas a Progressoft da Jordânia, a OpenWay da Rússia e a Euronet dos EUA. Durante os meses de Maio e Junho, a SIMO manteve discussões técnicas com as 3 provedoras. A empresa jordana exigia pouco mais de 1 milhão de USD para implementar a sua solução. A Open Way não apresentou nem proposta técnica nem financeira.
A solução Euronet começou a ser tratada em finais de Junho. No passado mês de Outubro houve viagens e workshops diversos onde a solução foi apresentada. A Euronet submeteu uma proposta técnica e financeira em finais de Outubro. A SIMO optou por esta proposta pois ela apresentava produtos ainda não implementados em Mocambique como é o caso do contactless. A SIMO também considerou positivo o facto de a Euronet apresentar serviços adicionais que o software da Bizfirst não apresenta, nomeadamente: certificação UnionPay (Acquiring e Issuing), certificação Mastercard Acquiring e Issuing), certificação Dinners (Acquiring) e certificação Amex (Acquiring). Por outro lado, em termos de terminais de pagamento ATM e POSs, a solução apresenta a funcionalidade de remote key load, fazendo com que as chaves criptográficas dos terminais possam ser carregadas sem custos de deslocação. A única desvantagem identificada foi que o preço do licenciamento e implementação era superior que o da Progressoft. Ou seja, o preço da Progressoft era estranhamente tão inferior. E a OpenWay nunca apresentou nada.
Ontem, “Carta” apurou que o Banco de Moçambique iniciou já contactos com a Euronet visando a sua contratação. Os contactos estão ainda numa fase preliminar mas confirmam o que o Governador do BM, Rogério Zandamela, foi dizer no Parlamento na semana passada: que estavam a caminho de Maputo consultores ligados a uma empresa, que não revelou, para estudar a alternativa ao apagão. Esse estudo já estava afinal em curso desde Junho. E, com a Euronet, só faltava a assinatura do contrato relevante. (Marcelo Mosse)
A Mcel também se está preparando para implantar o seu serviço de 4G, em versão avançada, disse uma fonte da empresa, negando que ela esteja a perder para a concorrência. No recente leilão de frequências lançado pelo Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM), a Mcel adquiriu um dos cinco lotes de 5 MHrz disponíveis. A Vodacom e a Movitel compraram dois lotes cada, aumentando a robustez do seu espectro. Mas a Mcel diz que já está a negociar um lote adicional para se equiparar em capacidade aos restantes. (Carta)
A Ncondezi Energy pretende iniciar no primeiro semestre de 2023 a exploração comercial do projecto de mina de carvão e central térmica com 300 megawatts de potência em Tete, província central de Moçambique, informou a empresa britânica em comunicado.
“Esta data faz parte de um novo calendário e programa de trabalho que foi agora ultimado com os potenciais parceiros estratégicos”, como sejam o Ministério dos Recursos Minerais e Energia e a estatal Electricidade de Moçambique, pode ler-se no documento.
O novo calendário prevê que os contratos de construção sejam adjudicados no primeiro trimestre de 2019, que os contratos de venda sejam assinados no primeiro trimestre de 2020 e o envelope financeiro seja alcançado no primeiro semestre de 2020.
O comunicado recorda que o governo de Moçambique pretende fazer com que em 2030 toda a população do país tenha acesso a energia eléctrica, objectivo que inclui a produção de 1350 megawatts em centrais alimentadas a carvão. (Macauhub)
Vai ser apresentado publicamente, o livro da autora Stélia Neta, denominado “As Presidências Abertas e Inclusivas como Estratégia de Comunicação Governamental”, sob a chancela da Alcance Editores. Este livro fala da Gestão eficaz das dinâmicas da comunicação institucional e constitui uma matriz primordial para o fortalecimento dos alicerces de uma sociedade democrática. Segundo a autora, uma correta estratégia de comunicação governamental aglutina os cidadãos em torno das grandes questões nacionais, no caso moçambicano a consolidação da paz, unidade nacional e promoção do desenvolvimento econômico e social. Esta obra convida-nos a um mergulho na análise dos processos de comunicação institucional em Moçambique. A eficácia e os desafios que o modelo das Presidências Abertas e Inclusivas (PAI´s) têm constituem o mote e o principal objeto de estudo. Por se tratar de um trabalho realizado para fins académicos, nomeadamente a obtenção do grau de Doutoramento em Ciências de Comunicação, a investigação assenta num referencial teórico sólido complementado por uma exaustiva recolha de dados empíricos junto de várias personalidades relevantes na matéria.
(29 de Novembro, às 17h:30 min no Centro Cultural Português)
A transferência da base de dados da Semlex para a Muhlabuer Mozambique, a nova provedora de passapartes e bilhetes de identidade, contratada recentemente pelo Ministério do Interior, está a provocar atrasos na emissão dos principais documentos de identificação para cidadãos nacionais e estrangeiros. Em Outubro de 2017, o Ministério do Interior rompeu o contrato com o consórcio belga Semlex, anunciando a entrada da alemã Muhlbauer Mozambique. O concurso ganho pela Muhlbauer teve contornos rocambolescos, mas o contrato com o Ministério dirido por Basílio Monteiro já foi assinado. Mesmo assim, a firma alemã ainda não começou a operar.
Segundo fontes do Ministério Interior, em anonimato, a emissão dos documentos está, neste momento de transição, sob a gestão de técnicos nacionais, os quais, segundo apurámos, não têm domínio das máquinas. Este facto tem ditado a morosidade em causa. A crise agudizou-se nos últimos meses. “Carta” apurou que a situação ganhou outras proporções há quatro meses, quando o tempo de espera passou a exceder de longe os períodos normais de lei,complicando a vida dos utentes.
A Embaixada da Espanha em Moçambique apresenta esta semana, de 28 a 30 Novembro, múltiplas jornadas de trabalho sobre poesia, improvisação poética (técnica do repentismo) e redes sociais. Os workshops serão financiados pela Cooperação Espanhola (Programa ACERCA) e contam com a parceria do Teatro Avenida, da Fundação Fernando Leite Couto, assim como o Brado Africano do Bairro da Mafalala. Os workshops serão orientados pelo poeta cubano e repentista Alexis Dias Pimienta e pelo poeta e cantor espanhol Juanlu Mora.
Estes workshops têm como base transversal a criação poética, a aprendizagem de técnicas de escrita, improvisação poética, criação e difusão da obra de um ou de vários autores nas redes sociais e serão de formação que visa facultar ferramentas, metodologias e o conhecimento teórico-prático para criar poesia de qualidade e difundi-la nas plataformas adequadas.
A arte do repentismo é composta da integralidade da pessoa que a recebe, por isso, estar em constante recepção e renovação das diferentes áreas do conhecimento, desenvolverá no poeta melhores capacidades interpretativas e maiores recursos literários na hora de executar sua criação poética. Os workshops focam também no uso de novas tecnologias (Youtube, redes sociais, WhatsApp, Skype e outras aplicações como suporte de aprendizagem e desenvolvimento da improvisação de modo a que os participantes vejam em pouco tempo, os resultados e possam aplicá-los nas suas respetivas áreas de trabalho, de forma online e offline. Eis o programa:
Teatro Avenida (28 a 30 de Novembro) das 10h00 as 13h00, as inscrições são limitadas e terão que ser feitas através do seguinte correio electrónico: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar..
Brado Africano (Bairro da Mafalala), dia 28 de Novembro das 17h00 às 19h00 um evento aberto ao publico com a apresentação teatral dos grupos de teatro de rua: Vitissa, Utive e Dzarasca.
Fundação Fernando Leite Couto (29 de Novembro) das 17h00 às 13h00, inscrições limitadas e terão que ser feitas através dos seguintes correios electrónicos: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. ou Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
A LAM diz que vai efetuar, a partir de Julho do próximo ano, uma nova rota doméstica ligando Pemba a Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado, aproximando-se do epicentro do “el dourado” de Palma no contexto dos projetos de exploração de gás natural na bacia do rovuma. “Carta” obteve esta informação junto do Diretor Geral da Companhia, João Pó Jorge. Ele disse que a LAM já está a estudar a viabilidade da rota. Ele explicou que a vila de Mocímboa da Praia é o ponto mais próximo de Palma com condições mínimas da operação. Mocímboa da Praia e Palma são distritos próximos cujas vilas-sede distam menos de cem quilómetros. “Mocímboa tem uma pista, o que falta é a presença de um corpo de bombeiros para assistir aos voos”, disse João Pó. A ligação aérea Pemba-Mocímboa da Praia será feita por um Boeing 737, com capacidade de cerca de 120 passageiros. O Diretor-Geral da LAM confidenciou-nos que o voo Pemba-Mocímboa da Praia vai ter a duração de quinze minutos. (Carta)
O Governo moçambicano pretende colocar o País, até 2025, na lista dos destinos turísticos mais visitados do continente africano como fruto das medidas que têm sido tomadas com vista a impulsionar o sector, tais como a facilitação do movimento de turistas através da flexibilização da emissão do visto de fronteira, o incremento do número de pontos de entrada ao País e a liberalização do espaço aéreo nacional, que permitiu a entrada de novas companhias aéreas e a consequente promoção do turismo doméstico e criação de pacotes, roteiros e excursões a preços competitivos.
Esta pretensão foi manifestada na terça-feira, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, no discurso de abertura do Congresso Internacional sobre Cultura e Turismo, organizado pela Universidade Politécnica, em parceria com o Ministério da Cultura e Turismo e a Universidade do Minho (Portugal), sob o lema “Cultura e Turismo, como Factores de Desenvolvimento, Promoção da Paz e Aproximação entre as Nações”.