Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

Redacção

segunda-feira, 11 novembro 2019 09:27

Música / Praise Project

Praise Project (da frase de língua inglesa que em português significa projecto de louvor) é um grupo de jovens cristãos que se uniu partilhando a mesma missão: tocar e cantar tudo que existe de belo no mundo baseado no amor Divino que nos livra de todos sofrimentos e ressentimentos. Este amor mantem-nos resignado às adversidades da vida porque nos prova a existência de um só Criador, Jehova.

 

(16 de Novembro, às 16 Hrs no Centro Cultural Brasil-Moçambique)

segunda-feira, 11 novembro 2019 09:26

Cinema / Harmada

Harmada aborda um tema universal: a luta de um homem que busca sobreviver e superar-se através da arte de representar e contar histórias. O filme narra a trajetória lúcida e alucinada de um artista. Harmada (2003), de Maurice Capovilla, 90 min.

 

(15 de Novembro, às 18:30Min no Centro Cultural Brasil-Moçambique)

segunda-feira, 11 novembro 2019 09:25

Cinema / A Hora da Estrela

Macabéa é uma migrante nortista de 19 anos, órfã de pai e mãe, foi criada pela tia. Após a morte desta, arranja emprego como datilógrafa e passa a dividir um quarto de pensão com mais três garotas. No escritório onde trabalha, sofre críticas constantes do seu chefe, Seu Raimundo, pela sua falta de organização e limpeza no trabalho. Em sua folga, a garota passeia pela cidade de São Paulo, sonhando com o dia de seu casamento. Enquanto caminha pelo parque, Macabéa conhece um metalúrgico migrante da Paraíba. Trata-se de Olímpico de Jesus, rapaz mais velho, também órfão, que passa a encontrar Macabéa frequentemente tendo início o namoro. Olímpico impacienta-se com as perguntas ingênuas de Macabéa que tenta descobrir o mundo através do seu namorado.

 

(15 de Novembro, às 18Hrs no Centro Cultural Brasil-Moçambique)

segunda-feira, 11 novembro 2019 03:21

EDM deve 221 milhões de randes à ESKOM

Três empresas estatais de electricidade devem conjuntamente à ESKOM, sul-africana, 632 milhões de Randes em pagamentos atrasados. A nossa EDM deve 221 milhões de Randes. O facto foi revelado no parlamento sul-africano, quando o Ministro das Obras Empresas Públicas, Pravin Gordhan, respondia a uma pergunta feita pela Aliança Democrática (DA, na sigla em inglês). No parecer da DA, embora Gordhan possa ter a opinião de que 632 milhões de Randes teriam um impacto mínimo no fluxo de caixa da Eskom, na realidade, cada centavo conta quando a concessionária de energia elétrica tem dívidas de cerca de 4 bilhões.

 

As três empresas devedoras são a Autoridade de Fornecimento de Eletricidade do Zimbabwe (Zesa Holdings), que deve 322 milhões, a Electricidade de Moçambique (EDM) 221 milhões e a empresa de energia estatal zambiana, Zesco (89 milhões). "Meio bilhão de Randes é uma enorme quantidade de dinheiro que, poderá, a longo prazo, ajudar bastante a estabilizar os problemas financeiros da Eskom", disse Natasha Mazzone, da DA.

 

"Como tal, a DA escreveu ao ministro Gordhan para solicitar que ele tornasse público os planos de pagamento que a Eskom possui com esses governos estrangeiros, que devem à concessionária milhões em dívidas não pagas", disse ela. Ela disse que, para além da dívida de empresas estrangeiras, a Eskom também tinha perto 20 bilhões em dívidas pendentes por municípios da África do Sul.

 

“Claramente, a Eskom é incapaz de cobrar dívidas em casa e no exterior. Isso levanta a questão: a Eskom realmente tem planos para cobrar dívidas? Caso contrário, a concessionária nunca conseguirá estabilizar o seu fluxo de caixa, e o contribuinte continuará pagando resgate após resgate", disse Mazzone. (Carta)

segunda-feira, 11 novembro 2019 02:15

Descobertos 15 engenhos explosivos em Tete

Quinze engenhos explosivos foram descobertos no bairro Samora Machel, na cidade de Tete, província de Tete. O facto ocorreu na semana finda, fruto de denúncias da população residente naquela zona, o que levou a Polícia da República de Moçambique (PRM), naquela província do centro do país, a deslocar uma equipa específica para aquele local.

 

Segundo a PRM, os engenhos foram encontrados na mesma região, onde a 19 de Setembro, quatro crianças perderam a vida também vítimas de “objectos” idênticos. A Polícia conta que as crianças encontravam-se a brincar naquele local, quando se depararam com os engenhos explosivos militares e, por desconhecimento, acabaram perdendo a vida.

 

Os engenhos, ora descobertos, juntam-se a outros cinco encontrados no passado dia 02 de Novembro e a outros quatro descobertos no dia 26 de Setembro, no bairro Samora Machel. Por essa razão, a Polícia exorta as comunidades a informarem à corporação sempre que encontrar os engenhos. (Carta)

segunda-feira, 11 novembro 2019 04:53

Maputo “envelhece” com seus problemas

A Cidade de Maputo, capital da República de Moçambique, celebrou, este domingo, 132 anos após a sua elevação à categoria de cidade, uma decisão tomada a 10 de Novembro de 1887, pelo então governo português.

 

Actividades desportivas e recreativas marcaram as festividades do dia do maior centro urbano, financeiro e mercantil do país, cuja sua “idade mais avançada” transporta consigo “velhos problemas”, desde a falta de transporte até ao crescimento desordenado da cidade, passando pela má gestão dos resíduos sólidos, falta de manutenção das vias de comunicação e a contínua “legalização” do comércio informal.

 

Num dia de festa, “Carta” saiu à rua para ouvir alguns munícipes em relação ao dia-a-dia da sua cidade e todos foram unânimes em afirmar que a mesma está a desenvolver, porém, apontando a falta de transporte como o desafio ainda actual no mais importante centro urbano do país.

 

Pedro Júlio é um dos residentes da também chamada cidade das Acácias e aponta a gestão dos resíduos sólidos como uma das batalhas ganhas, visto que, há alguns anos, “era difícil circular comendo alguma coisa na rua por conta do cheiro nauseabundo que se fazia sentir”.

 

Quem também vê melhorias na gestão de resíduos sólidos e águas negras é Anita Sitoe, que aponta as microempresas, contratadas para garantir a limpeza dos bairros periféricos, como sendo responsáveis pela “beleza” dos bairros suburbanos. Entretanto, aponta a falta de transporte como o maior desafio.

 

Mesmo desafio é apontado por Samuel Banze, que defende o aumento do número de autocarros por ainda registar-se problemas neste capítulo. Banze mostrou-se ainda preocupado com o comércio informal, que continua a crescer nas principais avenidas da capital do país, sob olhar impávido das autoridades municipais. A fonte entende ainda que o problema poder estar associado à falta de condições nos mercados, pelo que recomenda a sua reabilitação.

 

Comiche aponta a limpeza como maior desafio

 

Entretanto, enquanto os nossos entrevistados apontam a gestão dos resíduos sólidos como uma das “batalhas” ganhas, o Presidente do Conselho Autárquico da Cidade de Maputo aponta exactamente a “limpeza” como o maior desafio da urbe. Eneas Comiche diz ainda haver enormes desafios para tornar a cidade mais limpa.

 

“O problema não é limpar, mas sim é como produzimos o lixo e sabermos reutilizar o lixo. Temos de repensar sobre como fazer melhor gestão dos resíduos sólidos com envolvimento de todos, através da educação cívica nas escolas”, explica.

 

Falando, este domingo, na Praça dos Heróis Moçambicanos, após a deposição da coroa de flores naquele local, Comiche disse existir, na capital do país, “muito transporte”, porém, “há necessidade de se criar melhores condições de mobilidade, de modo que haja faixas dedicadas aos transportes de passageiros e também haja cumprimento de horários e deve haver melhorias nas estradas a nível dos bairros para garantir melhor mobilidade”.

 

“Estamos a prever a construção de um metro de superfície e esperamos que nos orgulhemos da cidade que temos, visto que ela se tornou mais acolhedora, mais habitável e para que aqueles que nos visitam continuem a encontrar motivos para elogiar”, disse o Edil, reiterando o sonho do seu antecessor, David Simango. (Marta Afonso)

O Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, foi, na última Sexta-feira (08), eleito Presidente da Câmara Agrícola Lusófona (CAL), em Assembleia Geral realizada na Cidade do Porto, Portugal, avança um comunicado recebido na nossa redacção.

 

De acordo com a nota, no CAL, Vuma irá ampliar as oportunidades de desenvolvimento da agricultura em Moçambique, bem como outros mercados. “A colaboração com a CAL surge no âmbito da internacionalização da CTA, bem como a promoção do agro-negócio como prioridade número um do actual elenco da Confederação, plasmado no seu Plano Estratégico 2017-2020”, sublinha o comunicado.

 

A CAL é uma associação empresarial sem fins lucrativos que promove a divulgação do agro-negócio a nível internacional com particular ênfase nos países de língua portuguesa, nomeadamente Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

 

A Associação permite às organizações e às empresas estabelecerem parcerias para promover a internacionalização, a inovação e o empreendedorismo. Trata-se de uma entidade reconhecida pelos Governos da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP). (Carta)

Passava das 18 horas da sexta-feira, 8 de Novembro, quando insurgentes escalaram a aldeia Rueia, no posto administrativo de Mucojo, distrito de Macomia, em Cabo Delgado, onde começaram a disparar para o ar, colocando a população de sobreaviso, a qual fugiu em debandada. Um casal que tinha ido ao mato defecar, visto que os locais não usam latrinas, viu os insurgentes a chegar e contou não mais que 10 homens.

 

Na incursão em Rueia, os insurgentes mataram a tiro uma pessoa que em vida respondia pelo nome de Mbaguia, conhecido na zona como pescador de polvo. Várias palhotas foram incendiadas, para além de 5 barracas de venda a retalho. A aldeia Rueia dista cerca de 2 km da sede do posto (Mucojo). Nas proximidades de Mocujo, existem duas posições das Forças de Defesa e Segurança. De Rueia, é onde considerável o número de jovens (mais de 20), que se juntou ao grupo rebelde, de acordo com fontes locais. (Carta)

Parece que nenhuma Missão de Observação Eleitoral está disposta a emitir a sua opinião final sobre as Eleições Gerais e das Assembleias Provinciais, realizadas no passado dia 15 de Outubro, antes do “carimbo” do Conselho Constitucional (CC). Depois das declarações preliminares, publicadas a 17 de Outubro último, dois dias após o escrutínio, que reelegeu Filipe Nysui para mais cinco anos na direcção máxima do país, nenhuma Missão de Observação apareceu, publicamente, a apresentar o seu relatório final em torno do processo.

 

Na última sexta-feira, a Missão de Observação Eleitoral da União Europeia anunciou, em comunicado de imprensa, que o seu Relatório Final, com uma “análise completa” em relação ao processo eleitoral, assim como recomendações, será publicado após a validação e proclamação dos resultados pelo CC, cuja data ainda é desconhecida.

 

Sem explicar as razões para atrasar a publicação do documento final, a Missão que iniciou as suas actividades a 31 de Agosto de 2019, destacando 170 observadores para o dia da votação, apenas reitera o facto de ter registado um “número de irregularidades e más práticas no dia eleitoral e durante o processo de apuramento de resultados”, porém, não emite o seu posicionamento sobre o processo.

 

No seu comunicado de uma página, a Missão de Observação da UE afirma que as irregularidades detectadas incluíram enchimento de urnas, voto múltiplo, invalidação intencional de votos da oposição e alteração de resultados de Mesas de Assembleia de Voto com adição fraudulenta de votos extra.

 

“Os observadores da UE notaram também dados improváveis de participação, grandes desvios de resultados entre Mesas da mesma Assembleia de Voto e, em muitos casos, membros de mesa, funcionários públicos e eleitores encontrados com boletins de voto fora das assembleias de voto. As irregularidades foram observadas em todas as províncias”, relata o comunicado, enviado à “Carta”.

 

Os observadores da EU, sublinha o documento, relataram também que os procedimentos de encerramento de votação não foram implementados uniformemente, com cerca de um terço das mesas de votação observadas a não efectuar o requisito de reconciliação de boletins de voto antes de iniciar a contagem.

 

“Durante a contagem e o preenchimento dos dados nos editais não foram feitas verificações aritméticas e a maioria dos membros das mesas observadas tiveram dificuldades em completar a documentação. Em oito, de 69 mesas de assembleia de voto observadas, um número de votos foram considerados inválidos mesmo sendo clara a intenção de voto”, defende a Missão de Observação Eleitoral.

 

A Missão de Observação da UE diz ter acompanhado o apuramento distrital em 51 distritos do país e revela que a recepção de materiais, em muitos distritos, foi desorganizada, tendo-se observado casos de editais a serem preenchidos pelos membros de mesas, enquanto esperavam na fila para entregar os materiais.

 

“Os procedimentos estabelecidos foram seguidos somente em metade dos distritos e os funcionários do apuramento distrital geralmente copiaram directamente os resultados das mesas de assembleia de voto para os formulários de apuramento distrital sem antes rever a exactidão dos dados”, narra a Missão, sublinhando ter registado um significante número de inconsistência de dados, incluindo somas de votos que excediam o número de votos na urna ou número de eleitores.

 

“A MOE UE recebeu informação credível e observou casos de intimidação de delegados dos partidos políticos. Os observadores da UE tomaram conhecimento de centenas de casos, em que presidentes de mesas de votação expulsaram delegados e membros de mesa nomeados pelos partidos da oposição, muitas vezes com a assistência da polícia. Muitos membros da oposição, quer delegados dos partidos, quer membros de mesa nomeados pelos partidos da oposição, que reclamavam durante o processo, foram considerados pelas autoridades como estando a perturbar o processo eleitoral e foram retirados do local ou expulsos com a assistência da polícia. Quando a polícia esteve envolvida na expulsão de delegados dos partidos, a situação tornou-se por vezes violenta”, acrescenta a Missão de Observação Eleitoral da União Europeia.

 

Os observadores da UE afirmam que vários delegados dos partidos permanecem detidos, desde o dia eleitoral e que o caso de detidos, na província de Gaza, é particularmente “alarmante, dada a evidência submetida à missão que os delegados de partidos estiveram detidos sem acesso à defesa de sua escolha ou respeito por procedimentos legais”.

 

Por essa razão, os observadores da UE consideram que a Comissão Nacional de Eleições e o Secretariado de Administração Eleitoral devem assumir a responsabilidade em esclarecer as irregularidades constatadas e que estão consciente de que os factos constatados constituem um esforço acrescido para o CC, que tem a oportunidade de dar resposta a algumas destas irregularidades, durante a validação de resultados. (Carta)

Iskandar Safa, o mogul da Privinvest, que arrastou o Estado moçambicano para uma malha de corrupção multimilionária, com o conluio de elementos da classe política local, quer que uma arbitragem suíça tenha precedência sobre a acção judicial movida por Moçambique em Londres. O construtor quer que a arbitragem suíça delibere primeiro sobre o seu imbróglio com o Estado moçambicano, antes do tribunal londrino de Queens julgar a acção judicial movida por Maputo contra si.

 

O advogado David Wolfson disse ao juiz Simon Picken, na quinta-feira, em audiência no Tribunal Superior de Queens, que seu cliente, a Privinvest  Shipbuilding, com sede em Abu Dhabi, pretende também contestar se o tribunal londrino tem jurisdição sobre o caso.

 

Moçambique está a processar o bilionário franco-libanês, Iskandar Safa, por fraude. Safa é o fundador da empresa de construção naval no centro do escândalo das "dívidas ocultas" de mais de 2 bilhões de USD. O governo de Maputo, representado pela Peters & Peters Solicitors LLP, apresentou suas alegações em Agosto contra a Privinvest e vários ex-funcionários do banco suíço em Londres, por danos e pretende a anulação de contratos revelantes.

 

Por sua vez, a Privinvest acusou Moçambique de violar o seu contrato e iniciou um processo de arbitragem contra Maputo na Suíça. A empresa procura uma indemnização. Wolfson diz que Safa vai se bater para que o diferendo seja primeiro dirimido em sede de arbitragem. (Law360.com)