Tal como em muitas áreas da sua sobrevivência como Estado, Moçambique acaba de pedir de estender a mão à Nova Dheli, pedindo ajuda para debelar a insurgência em Cabo Delgado. E a India aceitou. Tal como quando se soube da cooperação com a Tanzania e os Estados Unidos da América no mesmo domínio, a comunicação essencial sobre este acordo de cooperação militar é feita a partir de fora do país. No caso vertente, a fonte é um “press release” do Ministério de Defesa indiano, a propósito da visita a Maputo do seu ministro, Rajnath Singh, a qual termina hoje.
O processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) do braço armado da Renamo, principal partido da oposição em Moçambique, arrancou hoje na serra da Gorongosa, um momento que o líder do partido assinalou como "histórico e de grande simbolismo".
O início da operação, em Sandjudjira, província de Sofala, foi testemunhado pelo líder da Renamo, Ossufo Momade, peritos militares internacionais, jornalistas, além de membros do Governo moçambicano integrados na Comissão dos Assuntos Militares, que é também composta por representantes da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).
A consultora Fitch Solutions considera que a construção de um gasoduto entre o norte de Moçambique e a África do Sul é cada vez mais improvável porque nenhum dos mercados gera procura suficiente para justificar o investimento.
"O gasoduto proposto, que iria desde o norte de Moçambique até à África do Sul, cruzando Moçambique de norte a sul, enfrenta riscos consideráveis já que nem o mercado interno moçambicano nem o mercado sul-africano, de destino, oferecem níveis suficientes de procura para sustentar a viabilidade dos projetos", lê-se na análise da consultora ao setor do gás e petróleo moçambicano.
Até um dia a casa cai é uma peça de duas personagens, Joel e Nélio, que pelas peripécias da vida se conhecem e vivem juntos na rua. Nélio é mais velho e instruído na vida, vai ensinando ao mais novo, Joel, a ler, escrever e outras coisas da vida. Joel o protege, já que vive na rua desde os seus cinco anos e teve de aprender a dançar e cantar para poder ganhar a vida honestamente, também a se defender dos perigos vividos na rua. Nélio é um antigo funcionário de governo que foi preso injustamente e presenciou uma traição conjugal ao sair da cadeia. Sua vida virá do avesso e acaba na rua. Ciente da doença do seu companheiro, Joel vive idealizando o cenário da cerimónia do velório enquanto aguarda pela volta da sua amada que foi viver na Europa. Esta peça traz os dilemas do quotidiano destes dois companheiros das ruas. Cada um com a sua história, sonhos e seus poemas.
(31 de Julho, às 18:30Min no Centro Cultural Brasil-Moçambique)
O evento pretende assumir-se como uma plataforma de reflexão sobre o mercado de artes e indústrias culturais, uma componente que se tem desenvolvido pelo mundo. Também em Moçambique tem sido um tema em crescimento, ao mesmo tempo que influencia a vida das novas gerações, contribuindo para a sua transformação, sobretudo, se considerarmos a actividade desenvolvida em torno do património e das heranças culturais nacionais, que leva a um reforço da identidade colectiva e do espírito de defesa da memória, também colectiva.
(30 de Julho, às 15Hrs no Centro Cultural Português)
Em Joanesburgo, dois anos após as primeiras eleições democráticas, Thandeka, uma jornalista negra, vive na obsessão com o passado do seu país, a ponto de não poder mais trabalhar e de deixar fracassar as suas relações com Mangi, a sua filha surda e muda. Até ao dia em que uma velha Me'Tau vem ao jornal. Dez anos antes, Thandeka testemunhou o assassinato da sua filha, Dinéo, por uma equipa da polícia secreta. Me'Tau quer que Thandeka o ajude a encontrar os culpados e fazê-los confessar onde o corpo foi enterrado, para que os restos de Dinéo possam ser enterrados de acordo com a tradição. O que as duas mulheres não sabem é que os três assassinos vagueiam ao redor deles. O que Me'Tau não pode saber é que Thandeka já pagou por essa história, por ousar enfrentar a máquina branca do apartheid. Idioma: Inglês com legendas em Português.
(29 de Julho, às 19Hrs no Centro Cultural Franco-Moçambicano)
São apenas 5 Mts que a Direcção Nacional de Identificação Civil (DNIC) cortou na sua tabela de preços para a aquisição do Bilhete de Identidade (BI), o mais importante documento de identificação. Em conferência de imprensa, concedida na última sexta-feira, o porta-voz da DNIC, Alberto Sumbana, disse que, desde aquele dia (26 de Julho), o BI passaria a custar 160 Mts para adultos e 85 Mts para menores de 18 anos de idade. Até a última quinta-feira (25 de Julho), o documento custava 165 Mts para adultos e 90 Mts para menores de idade.
A medida, tomada à luz do Diploma Ministerial n° 64/2019, de 5 de Julho, dos Ministérios do Interior e da Economia e Finanças, “visa trazer as pessoas ao sistema da identificação civil”, pois, “muitas têm demonstrado dificuldades financeiras para suportar as despesas relacionadas com a emissão do BI”. Sem explicar de que maneira o corte de 5 Mts vai incentivar os moçambicanos a adquirirem o BI, Sumbana garantiu que a medida vai reduzir o número de pessoas sem o documento. (Marta Afonso)
Cidadãos de origem indiana são apontados pelas autoridades migratórias, na província de Nampula, a mais populosa do país, como sendo os que mais ignoram o Documento de Identificação e Residência para Estrangeiro (DIRE), um comprovativo de permissão temporária de residência em Moçambique.
Desde Janeiro deste ano até ao momento, existem, na Direcção Provincial de Migração de Nampula, mais de 300 DIRE não levantados, sendo que, deste número, cerca de 50 são de cidadãos de nacionalidade indiana, seguido de portugueses com mais de 20, chineses e nigerianos com 17 e os restantes de outras nacionalidades.
Um movimento de levantamento e distribuição de anti-retrovirais, denominado “Xitique de medicamento”, inspirado no sistema de poupança financeira (Xitique), adoptado por muitas famílias moçambicanas, sobretudo no sul do país, foi introduzido em todo o país, através dos Grupos de Apoio e Adesão Comunitária (GAAC), com vista a aumentar o número de pessoas com acesso ao Tratamento Anti-retroviral (TARV), assim como reduzir filas nas unidades sanitárias.
Criado há mais de 10 anos pela Organização Não-Governamental Médicos Sem Fronteiras, em parceria com o Ministério da Saúde, o movimento consiste em, mensalmente, um membro de cada grupo levantar os medicamentos dos restantes integrantes a nível das unidades sanitárias, num sistema de rotatividade.