Director: Marcelo Mosse

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Actualizado de Segunda a Sexta

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Co'Licença

sexta-feira, 14 dezembro 2018 00:00

A nação joga batota

Quando me disseram que o Ministério da Educação ia anular o exame da disciplina de Física da décima classe realizado há dias, me fiz a seguinte pergunta: Quem tem moral para anular o que quer que seja por suspeita de fraude aqui nesta pátria? Desde quando a fraude é proibida nessas bandas? Aliás, quem tem moral bastante para proibir tal acto? Onde está essa pessoa? Quem é esse aventureiro que quer se posicionar na contra-mão? 

Relaxa, camarada João Lourenço! Aqui relaxa-se. O melhor lugar do mundo para curtir umas férias é aqui. Aliás, aqui todo santo dia é dia de férias, feriado ou tolerância de ponto. Aqui trabalhar é pecado. Não entre na onda desses moçambicanos agitadores que dizem que o camarada devia ensinar alguma coisa ao nosso Presidente da República Filipe Nyusi. Não tente ensinar a trabalhar aqui. Não entre nessa. Vá por mim. 

terça-feira, 11 dezembro 2018 06:10

Haja juízo nos Juízes

O país está de tanga. Estamos a travar com jantes. Não temos dinheiro para financiar o nosso próprio orçamento do próximo ano. Não temos dinheiro para financiar eleições gerais do próximo ano.

Não temos remédios nos hospitais. Não temos carteiras nas escolas. Paramos de contratar professores e enfermeiros por falta de verba. As progressões também pararam.

Para piorar: ninguém quer arriscar em dar-nos crédito. Somos caloteiros porque não estamos a conseguir pagar a meia-parte-da-metade da primeira tranche do fiado que contraímos fora. Estamos sujos na praça. Perdemos credibilidade.

sexta-feira, 07 dezembro 2018 07:43

O tiro que "matou" o Mabjaia

A queda de Francisco Mabjaia (na verdade, os motivos da queda), como primeiro-secretário da FRELIMO da cidade de Maputo, coloca-nos diante de um mistério muito dificil de decifrar. Um caso capaz de embaraçar qualquer criminalista ou laboratório forense avançado. Um caso de Ci-Esse-Ai.

Tudo o que se sabe é que o "mista-tractor" vinha sendo vítima das suas próprias decisões um tanto quanto acrobáticas. Mas aí está. O homem é um colecionador nato de trafulhices. Qual foi então a trafulhice que precipitou a sua queda?

quinta-feira, 06 dezembro 2018 03:17

O tiro que "matou" o Mabjaia

A queda de Francisco Mabjaia (na verdade, os motivos da queda), como primeiro-secretário da FRELIMO da cidade de Maputo, coloca-nos diante de um mistério muito dificil de decifrar. Um caso capaz de embaraçar qualquer criminalista ou laboratório forense avançado. Um caso de Ci-Esse-Ai. 

Tudo o que se sabe é que o "mista-tractor" vinha sendo vítima das suas próprias decisões um tanto quanto acrobáticas. Mas aí está. O homem é um colecionador nato de trafulhices. Qual foi então a trafulhice que precipitou a sua queda? 

  1. A compra de votos para a sua reeleição conseguida com 97 por cento dos votos?
  2. A tentativa de oferta, numa reunião pública e em directo nas tê-vês e rádios nacionais e internacionais, de um tractor agrícola completo, novinho em folha, ao presidente do seu partido, no décimo primeiro congresso?
  3. A tentativa de concorrer, contra a vontade do Comité Central, à cabeça de lista do seu partido à presidência do Município de Maputo?
  4. O acotovelamento de Samito na eleição interna à cabeça de lista e a sua má gestão do assunto que traumatizou o Samito, sua mãe Graça e uma parte dos frelimistas?
  5. A desastrosa perseguição aos membros da AJUDEM que culminou com o afastamento de Samito da corrida eleitoral de 10 de Outubro? 

Nos últimos dois casos, parece que Mabjaia não tinha alternativas. Parece que as decisões foram tomadas num outro nível e a ele só cabia executar. Ou seja, fazer as trafulhices. O homem estava entre a espada e a parede. Mas podem ser essas últimas trafulhices que ditaram a sua queda vertiginosa. 

Enfim, seja o que seja (como diria a minha prima) parece que, ultimamente, Mabjaia tinha decidido "meter água" no partido. É tanta água turva que dificulta a autópsia, mas mesmo assim há que descobrir qual foi o tiro que "matou" o Mabjaia. O tiro no pé ou o que saiu pela culatra? Talvez nem o tempo dirá. 

- Co'licença! 

quarta-feira, 05 dezembro 2018 03:09

As grandes descobertas de Samito

De algum tempo a esta parte, Samito, filho de Samora e Josina e Graça, tem vindo a fazer grandes descobertas. Por exemplo, quando foi acotovelado no seu partido (FRELIMO) e matrecado pelo Conselho Constitucional (Cê-Cê), em conluio com os órgãos de gestão eleitoral, Samito descobriu que na FRELIMO não há democracia interna e que os processos eleitorais neste país são viciados. Ou seja, Samito descobriu que a Cê-Ene-É, o STAE e até o Cê-Cê agem a mando da FRELIMO.

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