O último episódio da tragicomédia "Rede SIMO vs Bizfirst" não obedeceu a tradição de "viveram felizes para sempre". O governo e os bancos descobriram que, afinal de contas, aquele xerife do 25 de Setembro ostenta um revólver de água. Não mata ninguém.
Depois de jurar e prometer que o Banco Central nunca mais iria trabalhar com aquela empezinha de meia-tigela e sanguessuga, eis que, no último capítulo, Rogério Zandamela aparece dizendo que o restabelecimento do sistema foi uma ação coordenada entre o Banco Central e a banca comercial. Disse ele que, não tendo solução e sendo a Bizfirst a primeira a apresentar a solução, seria ingénuo e seria irresponsabilidade do regulador [o Banco Central] não cooperar para essa solução.
Quando se pergunta a uma pessoa bem sucedida ou rica (rica, não no sentido moçambicano da palavra) qual é o segredo do seu sucesso, a resposta tem sido simples: humildade e honestidade. Aos que gerem finanças alheias ou públicas pede-se-lhes o dobro. Isso não é brincadeira.
Por falta de honestidade, o governo ofereceu-nos uma dívida de estimação sem solução à vista.
Desde o revés sobre o "Nosso Banco", passando pelo negócio da "Kuhanha" sobre o "Moza" e agora o caso "SIMO-Rede", está mais do que claro que o xerife da 25 de Setembro entrou nesta empreitada com uma calculadora na mão, mas sem nenhuma de humildade. O senhor Zandamela devia trazer de casa um papel branco (resma), um lápis "Aga-Bê", uma borracha bicolor (tipo aquelas que apagam tinta de caneta Bic) e um afiador. O cota devia aprender a perguntar e a escrever as respostas mais simples e, sempre que necessário, desenhar as mais difíceis. É a vida.
O povo está a sofrer por falta de bom-senso dos gestores do Bê-Eme. Excesso de zelo. Excesso de ciência. Excesso de contas. Excesso de aritméticas. Excesso de cálculos. E mais que tudo, excesso de orgulho.
A vida não é só matemática de "vai-um". A vida não são só gráficos da oferta e da procura. A vida tem outros gráficos também: da humildade, por exemplo.
- Co'licença!
Publicado em 20-11-2018
*Desde a primeira edição de Carta, em 22 de Novembro de 2018, o cronista Juma Aiuba impregnava nestas páginas o doce sabor da sua escrita. Sua morte abrupta foi um tremendo golpe. Para tentar manter sua voz viva, Carta decidiu reeditar semanalmente uma das suas crónicas. Seu perfume permanecerá vivo!
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Gostaríamos que o SERNIC, de acordo com os seus novos termos de referência, fosse prender a Procuradora-Geral da República, a doutora Bia. Esta senhora tem estado a insultar o Chefe de Estado há 5 anos. Eu até diria que o pior insulto que Filipe Nyusi recebeu na sua vida veio desta senhora. Não só como Presidente da República, mas também como pessoa, nado vivo, cidadão comum.
Prendam a senhora Procuradora! Tem muito abuso esta senhora. Como é que ela ousa chamar o Presidente da República de 'Indivíduo-Quê'?! Como se atreve?! Como é que ela teve tamanho atrevimento de reduzir o nome de uma pessoa de bem numa simples letra do alfabeto?! Quanta petulância!!!
Arri!!! Mas você vai mesmo chamar um pessoa de 'Quê'?! Você vai chamar um político eleito esmagadora e retumbantemente Presidente da República de 'Indivíduo'?! Pooossas!!! Aprendeu aonde esse abuso?! 'Indivíduo'?!? Um Presidente?! Não se deve tratar o nosso Presidente da República com essa leviandade. 'Indivíduo-Quê' não devia sequer ser nome de um cachorro vira-lata. Chamar alguém de 'indivíduo' já é muita falta de consideração, quanto mais uma letra do abecedário!
Nós 'povos' não vamos tolerar esse abuso! Queremos que o nosso Presidente seja tratado com a máxima dignidade! Não vamos admitir esse tipo de desprezo! Se a senhora é malcriada, que não manifeste aqui. Tenha modos, senhora! Um Presidente da República merece respeito. Devia ser tratado por 'Sua Excelência Indivíduo-Quê'. Com os devidos salamaleques.
Prendam a doutora e rectifiquem o relatório da Kroll! Sublinhe-se: 'Sua Excelência Indivíduo-Quê'. Mais formalismos, se faz favor! Mais respeito!
- Co'licença
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