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Política

Nathan Hayes

 O analista da Economist Intelligence Unit (EIU) que segue a economia de Moçambique considerou hoje à Lusa que sem uma resolução dos empréstimos ocultos, o Fundo Monetário Internacional não aprovará um programa de assistência financeira.

 

"Sem resolução destes empréstimos feitos, não haverá um programa completo do FMI", disse Nathan Hayes em entrevista à agência Lusa, na qual apontou que Moçambique está a violar todos os critérios sobre a sustentabilidade da dívida.

 

Moçambique processou o banco suíço Credit Suisse, um construtor de navios dos Emirados Árabes Unidos (a Privinvest) e um grupo de banqueiros em Londres pelo seu papel no calote de 2 bilhões de USD, alegando que eles devem ser os responsáveis pelo pagamento de toda a dívida contraída pelo Governo no âmbito dos projectos da Ematum, MAM e Proíndicus.

 

​Moçambique é representado no caso por Joe Smouha (da Essex Court Chambers) e Scott Ralston e Ryan Ferro (da 3VB), ambos instruídos por Keith Oliver, da Peters & Peters LLP. Esta firma foi a escolha pela Procuradoria Geral da República (advogado do Governo) para representar o Estado na litigação em tribunal britânico. A notícia de que a PGR intentou uma acção cível em Londres contra parte dos envolvidos no calote não é propriamente uma novidade.

 

O antigo PR Joaquim Chissano, homenageado (por seus 80 anos) no passado sábado na tenda gigante da Soico, na Catembe (denominada Arena 3D), dedicou, no seu discurso, uns largos minutos a Samora Júnior, o filho de Samora Machel que se envolveu recentemente num “braço de ferro” com a liderança da Frelimo, na pessoa do actual Presidente Filipe Nyusi.

 

Samora Júnior completava 50 anos de idade no mesmo dia e Chissano anunciou esse facto aos presentes, justificando a ausência de Samito (como é tratado Samora júnior) e dizendo que, por isso, Graça Machel iria abandonar mais cedo a cerimónia. “Carta” sabe que Joaquim e Marcelina Chissano foram juntar-se mais tarde ao corte do bolo de Samito Machel.

 

sexta-feira, 22 novembro 2019 06:18

Dívidas Ocultas: “Chopstick” queria abrir banco

O julgamento que decorre no Tribunal de Brooklyn, no Estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos da América (EUA), desde o passado dia 15 de Outubro, tem sido rico em novidades, algumas detonadas pelas testemunhas e outras pelo único réu do processo, o libanês Jean Boustani.

 

Esta quarta-feira, terceiro dia da audição do executivo da Privinvest, Jean Boustani revelou as identidades das alcunhas que constam da lista de pagamento de subornos da Privinvest, os valores que cada um deles recebeu e onde cada um ia aplicá-los.

 

A codificada planilha de subornos da Privinvest foi ontem totalmente decifrada em Nova Iorque. Jean Boustani disse que Filipe Nyusi, o Presidente-Eleito, recebeu subornos de 1 milhão de dólares da Privinvest, ainda em 2014. Armando Inroga, antigo Ministro da Indústria e Comércio no governo de Armando Guebuza, também recebeu 1 milhão de dólares das dívidas ocultas.

 

Eis a prova final de Matemática da Décima Classe (e respectiva Guia de Correção) que está a ser realizada neste momento em todas as escolas secundárias de Moçambique.  “Carta” recebeu a prova (e a guia de correção) ontem, no final do dia, e esta manhã obtivemos a certeza de que não estávamos perante versões falsas, mas genuínas. Em Maputo, a prova foi largamente adquirida por alunos interessados. (Carta)