Para além de ter revelado que “Nuy: 1” era Filipe Jacinto Nyusi, que recebeu 1 milhão de USD para apoiar a sua campanha eleitoral, em 2014, Boustani afirmou que “Chopstick”, como é identificado Manuel Chang, então Ministro das Finanças e avalista das “dívidas ocultas”, no valor de 2.1 mil milhões de USD, recebeu 5 milhões, dos 7 milhões de USD que estavam previstos e o valor estava destinado à campanha eleitoral (para o cargo de deputado) e para a obtenção de uma licença para abrir o seu banco.
Em Moçambique, o capital social mínimo exigido para a abertura de um banco é de 170 milhões de Mts e, ao câmbio de 30 Mts, que vigorava na altura, “Chopstick” só necessitaria de mais 20 milhões de Mts para concretizar o seu sonho.
Por seu turno, o indivíduo identificado por “Prof: 1”, que segundo Boustani é o professor António [Manuel Renato] Matusse, que recebeu 1 milhão de USD e queria investi-los em uma empresa de rubis.
António Carlos do Rosário, oficial do SISE, encaixou 15 milhões de USD para aplicá-los no seu projecto imobiliário, em Maputo, enquanto Gregório Leão, então Director do SISE, recebeu 13 milhões de USD, com o argumento de que queria apoiar os serviços secretos.
Já o código “A: 4” é referente ao partido Frelimo que, segundo o libanês, recebeu 4 milhões de USD para apoiar a campanha eleitoral, uma informação que contraria a apresentada pelo agente do FBI, Jonathan Polonitza, no décimo dia de julgamento de Jean Boustani, de que o partido no poder recebeu 10 milhões de USD. (Carta)